Bom dia evangelho
Do alto de um rochedo de onde se via a região Norte da
recém-fundada cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, o capitão Baltazar de
Abreu Cardoso construiu uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Penha,
em 1635. A capela, que hoje é santuário mariano arquidiocesano, foi um cenário
importante no desenvolvimento da cidade nos séculos seguintes, e continua sendo
um relevante ponto turístico e religioso.
DIA 17 DE MARÇO - TERÇA-FEIRA - IV SEMANA DA
QUARESMA *(ROXO – OFÍCIO DO DIA)
Oração do dia: Ó Deus, que a fiel observância dos exercícios
quaresmais prepare o coração dos vossos filhos e filhas para acolher com amor o
mistério pascal e anunciar ao mundo a salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Evangelho (João 5,1-16)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
5 1 Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
2 Há em Jerusalém, junto à porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, que tem cinco pórticos.
3 Nestes pórticos jazia um grande número de enfermos, de cegos, de coxos e de paralíticos, que esperavam o movimento da água.
4 De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse.
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
6 Vendo-o deitado e sabendo que já havia muito tempo que estava enfermo, perguntou-lhe Jesus: "Queres ficar curado?"
7 O enfermo respondeu-lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; enquanto vou, já outro desceu antes de mim".
8 Ordenou-lhe Jesus: "Levanta-te, toma o teu leito e anda".
9 No mesmo instante, aquele homem ficou curado, tomou o seu leito e foi andando. Ora, aquele dia era sábado.
10 E os judeus diziam ao homem curado: "É sábado, não te é permitido carregar o teu leito".
11 Respondeu-lhes ele: "Aquele que me curou disse: Toma o teu leito e anda".
12 Perguntaram-lhe eles: "Quem é o homem que te disse: ´Toma o teu leito e anda?´"
13 O que havia sido curado, porém, não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado da multidão que estava naquele lugar.
14 Mais tarde, Jesus o achou no templo e lhe disse: "Eis que ficaste são; já não peques, para não te acontecer coisa pior".
15 Aquele homem foi então contar aos judeus que fora Jesus quem o havia curado.
16 Por esse motivo, os judeus perseguiam Jesus, porque fazia esses milagres no dia de sábado.
Palavra da Salvação.
Comentário ao
Evangelho
UM GESTO SOLIDÁRIO
Traço característico da ação de Jesus foi sua solidariedade com os excluídos. Ele foi extremamente sensível com os marginalizados da vida social e religiosa. Os doentes eram uma destas categorias. Naquele tempo, a doença era considerada como castigo de Deus por possíveis pecados cometidos. Sendo assim, suas vítimas eram impedidas de participar das liturgias do templo, e mesmo mantidas longe do espaço sagrado e do ambiente social.
Ao chegar na Cidade Santa, Jesus dirigiu-se ao lugar onde se concentrava um grande número de doentes: a piscina de Betesda. Aí permaneciam à espera que as águas da piscina borbulhassem, para, ao contato com elas, conseguir a cura.. Entre eles, estava um doente que talvez fosse o mais excluído de todos. Havia 38 anos, esperava que alguém lhe fizesse a caridade de aproximá-lo das águas, quando se pusessem a borbulhar. Outros menos afetados pela doença e talvez com a ajuda alheia, chegavam antes dele. Foi precisamente ele, o paralítico, o escolhido por Jesus para ser objeto de sua misericórdia. Com uma só palavra, o Mestre o curou.
Contudo, o miraculado não percebeu a animosidade dos judeus contra Jesus. Estes estavam à procura de um pretexto para eliminar o Mestre. Foi o próprio homem, que tinha sido curado, quem apresentou-lhes um: Jesus o havia curado em dia de sábado.
Traço característico da ação de Jesus foi sua solidariedade com os excluídos. Ele foi extremamente sensível com os marginalizados da vida social e religiosa. Os doentes eram uma destas categorias. Naquele tempo, a doença era considerada como castigo de Deus por possíveis pecados cometidos. Sendo assim, suas vítimas eram impedidas de participar das liturgias do templo, e mesmo mantidas longe do espaço sagrado e do ambiente social.
Ao chegar na Cidade Santa, Jesus dirigiu-se ao lugar onde se concentrava um grande número de doentes: a piscina de Betesda. Aí permaneciam à espera que as águas da piscina borbulhassem, para, ao contato com elas, conseguir a cura.. Entre eles, estava um doente que talvez fosse o mais excluído de todos. Havia 38 anos, esperava que alguém lhe fizesse a caridade de aproximá-lo das águas, quando se pusessem a borbulhar. Outros menos afetados pela doença e talvez com a ajuda alheia, chegavam antes dele. Foi precisamente ele, o paralítico, o escolhido por Jesus para ser objeto de sua misericórdia. Com uma só palavra, o Mestre o curou.
Contudo, o miraculado não percebeu a animosidade dos judeus contra Jesus. Estes estavam à procura de um pretexto para eliminar o Mestre. Foi o próprio homem, que tinha sido curado, quem apresentou-lhes um: Jesus o havia curado em dia de sábado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE).
SÃO PATRÍCIO
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
São Patrício - 377+461
Há poucos dados sobre a origem de
Patrício, mas os que temos foram tirados do seu livro autobiográfico
"Confissão". Nele, Patrício diz ter nascido numa vila de seu pai,
situada na Inglaterra ou Escócia, no ano 377. Era filho de Calpurnius, e neto
de um padre e apesar de ter nascido cristão, só na adolescência passou a se
dedicar à religião, e aos estudos. Aos dezesseis anos, foi raptado por piratas
irlandeses e vendido como escravo. Levado para a Irlanda foi obrigado a
executar duros trabalhos em meio a um povo rude e pagão. Por duas vezes
Patrício tentou a fuga, até que na terceira vez conseguiu se libertar. Embarcou
para a Grã-Bretanha e depois para as Gálias, atual França, onde freqüentou
vários mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária. A
princípio, acompanhou São Germano do mosteiro de Auxerre, numa missão
apostólica na Grã-Bretanha. Mas seu destino parecia mesmo ligado à Irlanda,
mesmo porque sua alma piedosa desejava evangelizar aquela nação pagã, que o
escravizara. Quando faleceu o Bispo Paládio, responsável pela missão no país, o
Papa Celestino I o convocou para dar segmento à missão. Foi consagrado bispo e
viajou para a "Ilha Verde", no ano 432. Sua obra naquelas terras
ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria
Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo. Em quase três décadas, o
bispo Patrício converteu praticamente todo o país. Não contava com apoio
político e muito menos usou de violência contra os pagãos. Com isso, não houve
repressão também contra os cristãos. O próprio rei Leogário deu o exemplo
maior, possibilitando a conversão de toda sua corte. O trabalho desse
fantástico e singelo bispo foi tão eficiente que o catolicismo se enraizou na
Irlanda, vendo nos anos seguintes florescer um grande número de Santos e
evangelizadores missionários. O método de Patrício para conseguir tanta
conversão foi a fundação de incontáveis mosteiros. Esse método foi imitado pela
Igreja também na Inglaterra e na evangelização dos alemães do norte da Europa.
Promovendo por toda parte a construção e povoação de mosteiros, o bispo
Patrício fez da Ilha um centro de irradiação de fé e cultura. Dali partiram
centenas de monges missionários que peregrinaram por terras estrangeiras
levando o Evangelho. Temos, como exemplo, a atuação dos célebres apóstolos
Columbano, Galo, Willibrordo, Tarásio, Donato e tantos outros. A obra do bispo
Patrício interferiu tanto na cultura dos irlandeses, que as lendas heróicas
desse povo falam sempre de monges simples com suas aventuras, prodígios e
graças, enquanto outras nações têm como protagonistas seus reis e suas façanhas
bélicas. Patrício morreu no dia 17 de março de 461, na cidade de Down,
atualmente Downpatrick. Até hoje, no dia de sua festa os irlandeses fixam à
roupa um trevo, cuja folha se divide em três, numa homenagem ao venerado São
Patrício que o usava para exemplificar melhor o sentido do mistério da
Santíssima Trindade: "um só Deus em três pessoas". A data de 17 de
março há séculos marca a festa de São Patrício, a glória da Irlanda. Os
irlandeses sempre sentiram um enorme orgulho de sua pátria, tanto, por ter ela
nascido na chamada Ilha dos Santos, quanto, por ter sido convertida pelo
venerado bispo. Só na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em honra a
São Patrício, seu padroeiro. Rezo com São Patrício: Cristo guarde-me hoje,
Cristo comigo, Cristo à minha frente, Cristo atrás de mim, Cristo em mim,
Cristo embaixo de mim, Cristo acima de mim, Cristo à minha direita, Cristo à
minha esquerda, Cristo ao me deitar, Cristo ao me sentar, Cristo ao me
levantar, Cristo no coração de todos os que pensarem em mim, Cristo na boca de
todos que falarem em mim, Cristo em todos os olhos que me virem, Cristo em
todos os ouvidos que me ouvirem. Levanto-me, neste dia que amanhece, Por uma
grande força, pela invocação da Trindade, Pela fé na Trindade, Pela afirmação
da Unidade, Pelo Criador da Criação. Amém.
tjl@ - paulinas.org.br – Domtotal.com –
acidigital.com – arquidiocesedorio.com
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