segunda-feira, 18 de abril de 2011

BOM DIA EVANGELHO 19 de abril- Terça-feira, Festa da Igreja : 3ª feira da Semana Santa, Nossa Senhora da Alegria Santo do dia : Santo Expedito, mártir, séc. III, S. Leão IX, papa, +1054, Santa Maria da Encarnação, viúva, religiosa, +1613 Oração Pai, faze-me viver em sintonia com Jesus, de modo que meus preconceitos não venham a influenciar minha adesão a ele EVANGELHO Judas e Pedro na Ceia com o Mestre Jo 13,21-33.36-38 "Em verdade... vos digo: um de vós me entregará"... Bem ao lado de Jesus estava reclinado um dos seus discípulos, aquele que Jesus mais amava... O discípulo, então... perguntou: "Senhor, quem é?" Jesus respondeu: "É aquele a quem eu der um bocado...". Então, Jesus molhou um bocado e deu a Judas Iscariotes... Jesus, então, lhe disse: "O que tens a fazer, faze logo"... Então, depois de receber o bocado, Judas saiu imediatamente. Era noite. Depois que Judas saiu, Jesus disse: "Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, Deus também o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo eu ainda estou convosco... : 'Para onde eu vou, vós não podeis ir'". Simão Pedro perguntou: "Senhor, para onde vais?... Eu darei minha vida por ti!" Jesus respondeu: "Darás tua vida por mim? Em verdade, em verdade, te digo: não cantará o galo antes que me tenhas negado três vezes". Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e em seguida bispo de Constantinopla, doutor da Igreja. Homilias sobre a conversão pronunciadas aquando do seu regresso do campo, n°1 (a partir da trad. DDB 1978, p. 32) «Judas saiu logo, fazia-se noite» Judas exprimira o seu arrependimento: «Pequei ao entregar sangue inocente» (Mt 27, 4). Mas o demónio, ao ouvir estas palavras, percebeu que Judas estava no bom caminho e esta transformação assustou-o. Em seguida, reflectiu: «O seu mestre é benevolente, pensou; na altura em que ia ser traído por ele, chorou pelo seu destino e suplicou-lhe de mil maneiras; seria de admirar que não o recebesse se ele se arrependesse com toda a sua alma, que renunciasse a abraçá-lo se se erguesse e reconhecesse o seu pecado. Não foi por isso que Ele foi crucificado?» Após estas reflexões, lançou uma profunda perturbação no espírito de Judas; fez com que nele crescesse um imenso desespero capaz de o desconcertar, extenuou-o até que conseguiu levá-lo ao suicídio, roubar-lhe a vida após tê-lo despojado dos seus sentimentos de arrependimento. Não há dúvida nenhuma: se ele tivesse vivido, seria salvo. Basta olhar para o exemplo dos carrascos. Com efeito, se Cristo salvou aqueles que O crucificaram, se, mesmo na cruz, ainda rezava a Deus e intercedia junto d'Ele para que lhes concedesse o perdão daquele pecado (Lc 23, 34), como não teria acolhido o traidor com total benevolência, desde que este provasse a sinceridade da sua conversão? [...] Pedro retratou-se por três vezes após ter participado na comunhão dos santos mistérios; as suas lágrimas absolveram-no (Mt 26, 75; Jn 21, 15ss.). Paulo, o perseguidor, o blasfemador, o presunçoso, Paulo que perseguiu, não apenas o Crucificado, mas também todos os seus discípulos, tornou-se apóstolo após ter-se convertido. Deus pede-nos apenas uma penitência ligeira para nos conceder a remissão dos nossos pecados. A igreja celebra hoje Santo Expedito Expedito, era chefe da 12a Legião romana, então estabelecida em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque o imperador Diocleciano tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército. Essa legião era conhecida como a "Fulminante", nome que lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Foi sob Marco Aurélio, durante a campanha da Alemanha. O imperador, estabelecido em um campo fortificado, na região dos Quades, isto é, na atual Hungria, se havia deixado cercar pelos bárbaros. Era pleno verão. A água faltava e a 12a Legião, recrutada, era em grande parte cristã. Seus soldados se reuniram fora do campo, ajoelharam e oraram, como oram os cristãos. Depois, retomaram logo a ofensiva, mas, mal tinham começado, uma chuva abundante se pôs a cair, e fez recuar os inimigos. Subitamente, os raios e o granizo caíram sobre o exército inimigo com tal violência, que os soldados debandaram em pânico indescritível. O exército romano estava salvo e vencedor. Como se vê, santo Expedito estava à testa de uma das mais gloriosas legiões romanas, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. Mas a história da Igreja é bastante pobre em detalhes sobre a vida de seus chefes que se distinguiram no comando pelas virtudes de cristãos e de lealdade à causa por que lutavam, como exemplo das mais belas virtudes. "Expedito" ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava, então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam, freqüentemente, a certas pessoas um apelido, o qual designava um traço de seu caráter. Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe da 12a Legião romana, martirizado com seus companheiros em Melitene, no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir. Desde seu martírio, Expedito tem se revelado um santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes. Ele era militar e, se já não bastasse a tradição que envolve o seu nome, temos a da sua conversão. Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava "Crás! Crás!", que significa, em latim, "Amanhã! Amanhã!". O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado: "Hodie! Hodie!", ou seja, "Hoje! Hoje!". E assim agiu. Santo Expedito
BOM DIA EVANGELHO 18 de abril de 2011 — Segunda-feira Semana Santa (Pref. da Paixão II, Cor Roxa) Festa da Igreja : 2ª feira da Semana Santa Santo do dia : Beata Mafalda, virgem, Beata Sabina Petrilli, religiosa, +1923 Iniciemos com grande fé a Semana Santa. Voltemos nossos sentimentos e nossos pensamentos para o profundo mistério de nossa redenção: A paixão, morte e ressurreição de Cristo. Nele está nossa realização humana e a certeza da eternidade. Caminhemos com Ele, para que com Ele também ressuscitemos. Quem não se dispõe a estar com Ele, mesmo na dor, não é capaz de experimentar o tamanho de seu amor e de sua misericórdia. Quando o coração se abre para Ele, também se transforma.

Oração Pai, tira de mim toda malícia que me impede de compreender, em profundidade, os gestos de Jesus, o qual se fez pobre entre os pobres, e morreu como um deles.

Deus nos fala O Servo Sofredor entrega-se silenciosamente, “não clama, nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas”. Jesus, na gratuidade de seu amor, vai a Betânia, à “casa da graça”, onde o gesto de Maria nos mostra que vale a pena deixar tudo pela causa de Cristo.

Livro de Salmos 27(26),1.2.3.13-14. O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte da minha vida: quem me assustará? Quando os malvados avançam contra mim, para me devorar, são eles, meus opressores e inimigos, que resvalam e caem. Ainda que um exército me cerque, o meu coração não temerá. Mesmo que me declarem a guerra, ainda assim terei confiança. Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos vivos. Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR! Qual é a linguagem do amor? Evangelho segundo S. João 12,1-11. Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Ofereceram-lhe lá um jantar. Marta servia e Lázaro era um dos que estavam com Ele à mesa. Então, Maria ungiu os pés de Jesus com uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, e enxugou-lhos com os seus cabelos. A casa encheu-se com a fragrância do perfume. Nessa altura disse um dos discípulos, Judas Iscariotes, aquele que havia de o entregar: «Porque é que não se vendeu este perfume por trezentos denários, para os dar aos pobres?» Ele, porém, disse isto, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa do dinheiro, tirava o que nela se deitava. Então, Jesus disse: «Deixa que ela o tenha guardado para o dia da minha sepultura! De facto, os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim não me tendes sempre.» Um grande número de judeus, ao saber que Ele estava ali, vieram, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Os sumos sacerdotes decidiram dar a morte também a Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, os abandonavam e passavam a crer em Jesus. Da Bíblia Sagrada Comentário ao Evangelho do dia feito por : Papa Bento XVI Homilia de 02/04/2007 por ocasião do 2º aniversário do desaparecimento de João Paulo II (trad. © Libreria Editrice Vaticana) A casa encheu-se com a fragrância do perfume. A narração evangélica confere um clima pascal intenso para a nossa meditação: a ceia de Betânia é prelúdio para a morte de Jesus, no sinal da unção que Maria fez em homenagem ao Mestre e que Ele aceitou em previsão da Sua sepultura (cf. Jo 12, 7). Mas é também anúncio da ressurreição, mediante a própria presença do redivivo Lázaro, testemunho eloquente do poder de Cristo sobre a morte. Além da plenitude do significado pascal, a narração da ceia de Betânia tem em si uma ressonância pungente, repleta de afecto e devoção; um misto de alegria e de sofrimento [...]. Para nós, reunidos em oração na recordação do meu venerado Predecessor, o gesto da unção de Maria de Betânia é rico de ecos e de sugestões espirituais. Evoca o testemunho luminoso que João Paulo II ofereceu de um amor a Cristo sem reservas e sem se poupar. O «perfume» do seu amor «encheu toda a casa» (cf. Jo 12, 3), isto é, toda a Igreja. Sem dúvida, quem beneficiou dele fomos nós que lhe estivemos próximos, e por isto agradecemos a Deus, mas dele puderam gozar também todos os que o conheceram de longe, porque o amor do Papa Wojtyla por Cristo superabundou, poderíamos dizer, em todas as regiões do mundo, porque era muito forte e intenso. A estima, o respeito e o afecto que crentes e não-crentes lhe manifestaram por ocasião da sua morte não é porventura um testemunho eloquente? [...] O intenso e frutuoso ministério pastoral, e ainda mais o calvário da agonia e a morte serena do nosso amado Papa, fizeram conhecer aos homens do nosso tempo que Jesus Cristo era verdadeiramente o seu «tudo». [...] «E a casa encheu-se com o cheiro do perfume» (Jo 12, 3). Voltemos a esta anotação, tão sugestiva do evangelista João. O perfume da fé, da esperança e da caridade do Papa encheu a sua casa, encheu a Praça de São Pedro, encheu a Igreja e propagou-se no mundo inteiro. O que aconteceu depois da sua morte foi, para quem crê, efeito daquele «perfume» que alcançou todos, próximos e distantes, e os atraiu para um homem que Deus tinha progressivamente conformado com o Seu Cristo. [...] Que o «Totus tuus» do amado Pontífice nos estimule a segui-lo pelo caminho da doação de nós próprios a Cristo por intercessão de Maria. Há 26 anos que o Domingo de Ramos é considerado o Dia Mundial da Juventude. Este ano, por iniciativa de Bento XVI, foi editado na semana passada o catecismo para os jovens. o YouCat, traduzido e publicado já em português. Já pensou oferecê-lo aos seus filhos (sobrinhos ou netos)? TJL@http://www.editorasantuario.com.br/ - http://www.paulinas.org.br/diafeliz/ http://www.evangelhoquotidiano

terça-feira, 12 de abril de 2011

BOM DIA EVANGELHO 13 de abril de 2011 — Quarta-feira 5ª Semana da Quaresma Santo do dia : S. Martinho I, papa, +656, Santo Hermenegildo, rei visigótico, mártir, +585 (Pref. da Paixão I, Cor Roxa) O verdadeiro discípulo é aquele que acolhe a Palavra da verdade, a de Cristo, em sua vida. Essa Palavra torna-o verdadeiramente livre, e quem a rejeita torna-se escravo. Como diz Jesus, “se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Deixemos, pois, que a Palavra nos inspire e nos indique o caminho a seguir, e desse modo vivamos a verdadeira liberdade. Oração Pai, liberta-me por tua palavra de verdade que afasta o egoísmo do coração, e capacita-me a amar meu semelhante, como amor total, a exemplo de Jesus. Deus nos fala A fé, como a dos três jovens, vivida com intensidade e sinceridade, incomoda os poderosos e desafia-os. Quem crê na verdade que é Cristo liberta-se, pois seu Evangelho torna-nos pessoas adultas e maduras na fé. Evangelho segundo S. João 8,31-42. Então, Jesus pôs-se a dizer aos judeus que nele tinham acreditado: «Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.» Replicaram-lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém! Como é que Tu dizes: 'Sereis livres'?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o pecado é servo do pecado, e o servo não fica na família para sempre; o filho é que fica para sempre. Pois bem, se o Filho vos libertar, sereis realmente livres. Eu sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque não aderis à minha palavra. Eu comunico o que vi junto do Pai, e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai.» Eles replicaram-lhe: «O nosso pai é Abraão!» Jesus disse-lhes: «Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão! Agora, porém, vós pretendeis matar-me, a mim, um homem que vos comunicou a verdade que recebi de Deus. Isso não o fez Abraão! Vós fazeis as obras do vosso pai.» Eles disseram-lhe, então: «Nós não nascemos da prostituição. Temos um só Pai, que é Deus.» Disse-lhes Jesus: «Se Deus fosse vosso Pai, ter-me-íeis amor, pois é de Deus que Eu saí e vim. Não vim de mim próprio, mas foi Ele que me enviou. Da Bíblia Sagrada Comentário ao Evangelho do dia feito por Catecismo da Igreja Católica §§ 214-219 «Conhecereis a verdade» Deus, «Aquele que É», revelou-Se a Israel como Aquele que é «cheio de misericórdia e fidelidade» (Ex 34, 6). Estas duas palavras exprimem, de modo sintético, as riquezas do nome divino. Em todas as Suas obras, Deus mostra a sua benevolência, a Sua bondade, a Sua graça, o Seu amor; mas também a Sua credibilidade, a Sua constância, a Sua fidelidade, a Sua verdade. [...] Deus é a verdade. «A verdade é princípio da Vossa palavra, é eterna toda a sentença da Vossa justiça» (Sl 119, 160). «Decerto, Senhor Deus, Vós é que sois Deus e dizeis palavras de verdade» (2 Sm 7, 28); é por isso que as promessas de Deus se cumprem sempre. Deus é a própria verdade; as Suas palavras não podem enganar. É por isso que nos podemos entregar com toda a confiança e em todas as coisas à verdade e à fidelidade da Sua palavra. O princípio do pecado e da queda do homem foi uma mentira do tentador, que o levou a duvidar da palavra de Deus, da Sua benevolência e da Sua fidelidade (Gn 3, 1). A verdade de Deus é a Sua sabedoria, que comanda toda a ordem da criação e o governo do mundo. Só Deus – que, sozinho, criou o céu e a terra – pode dar o conhecimento verdadeiro de todas as coisas, criadas na sua relação com Ele. Deus é igualmente verdadeiro quando Se revela: todo o ensinamento que vem de Deus é «doutrina de verdade» (Ml 2, 6). Quando Ele enviar o Seu Filho ao mundo, será «para dar testemunho da verdade» (Jo 18, 37): «Sabemos [...] que veio o Filho de Deus e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro» (1 Jo 5, 20). Deus é amor. [...] O amor de Deus para com Israel é comparado ao amor dum pai para com o seu filho (Os 11, 1). Este amor é mais forte que o de uma mãe para com os seus filhos (Is 49, 14-15). Deus ama o Seu povo, mais que um esposo a sua bem-amada (Is 62, 4-5); este amor vencerá mesmo as piores infidelidades; e chegará ao mais precioso de todos os dons: «Deus amou de tal maneira o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Único» (Jo 3, 16). A igreja celebra hoje São Martinho I O papa Martinho I sabia que as conseqüências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas. Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador. Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II. Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I. Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época. Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação. Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

BOM DIA EVANGELHO Segunda-feira, 11 de abril de 2011 Quinta Semana da Quaresma - 1ª Semana do Saltério (Livro III) - cor Litúrgica Roxa A liturgia de hoje realça a imagem da pessoa justa, que tem somente Deus em conta, ao contrário dos poderosos que tramam contra os justos. A justiça e a coerência de vida incomodam aqueles que pensam no mundo só para si. Susana foi fiel ao Senhor, e Jesus mostra misericórdia para com a mulher acusada de pecado. Diante destes dois fatos, devemos perguntar-nos: Quais são nossas atitudes para com os outros? Como nos relacionamos e tratamos com eles? Pensemos! Santos: Leão Magno (papa e doutor), Barsanófio, Isaac de Espoleto, Godeberta (virgem), Gutlaco, Valtimano (beato e abade), Rainério "Incluso" (beato), Jorge Gervásio (mártir e beato), Gema Galgani (virgem), Helena Guerra (beata), Estanislau. Oração do Dia: Ó Deus, que pela vossa graça inefável nos enriqueceis de todos os bens, concedei-nos passar da antiga à nova vida, preparando-nos assim para o reino da glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Salmo: 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R/.4a) Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal em temerei, estais comigo 1O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. 2Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, 3ae restaura as minhas forças. 3bEle me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. 4Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança! 5Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda. 6Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos. Evangelho: João (Jo 8, 12-20) Jesus, que é a luz do mundo, vem do pai e volta para o Pai Naquele tempo, 12disse Jesus aos fariseus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. 13Então os fariseus disseram: “O teu testemunho não vale, porque está dando testemunho de ti mesmo”. 14Jesus respondeu: “Ainda que eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é válido, porque sei de onde venho e para onde vou. Mas vós não sabeis donde venho, nem par aonde vou. 15Vós julgais segundo a carne, eu não julgo ninguém, 16e se eu julgo, o meu julgamento é verdadeiro, porque não estou só, mas comigo está o Pai, que me enviou. 17Na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. 18Ora, eu dou testemunho do mim mesmo e também o Pai, que me enviou, dá testemunho de mim”. 19Perguntaram então: “Onde está o teu Pai?” Jesus respondeu: “Vos não conheceis nem a mim, nem o meu Pai. Se me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai”. 20Jesus disse estas coisas, enquanto estava a ensinando no templo, perto da sala do tesouro. E ninguém o prendeu, porque a hora dele ainda não havia chegado. Palavra do Senhor! Comentando o Evangelho Caminhando na luz Ao autoproclamar-se “luz do mundo”, Jesus reconhecia que este, marcado pelo pecado, não tinha como salvar-se por si mesmo. Foi necessário que o Pai enviasse o Filho com a missão de abrir perspectivas novas para a humanidade, a qual se fechara no próprio egoísmo. Portanto, somente por meio de Jesus é possível chegar à salvação. Quando a humanidade deixa-se guiar por esta luz descobre os caminhos que conduzem à vida. Quando vaga nas trevas, seu destino é a morte. Luz e trevas, vida e morte, condenação e salvação são as opções que todos temos de dizer. O caminho orientado pela luza da vida comporta duas dimensões. A primeira é a dimensão histórica: consiste em trilhar o caminho do amor, da misericórdia e da solidariedade, no trato mútuo,. É a vida manifestada num modo de proceder peculiar, próprio de quem possui a vida divina. A segunda corresponde à vida eterna, à comunhão plena com o Deus da vida. O caminho de quem prefere as trevas também comporta as mesmas duas dimensões. A primeira consiste numa vida pontilhada de in justiças e de maldade para com o próximo. A segunda, por sua vez, corresponde à ruptura definitiva com o Deus da vida, ou seja, à morte eterna. É sempre tempo de decidir-se, de acolher a luz oferecida por Jesus e, por ela, caminhar. [Evangelho nosso de cada dia, Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997] Para sua reflexão: Um dos ritos da festa das Cabanas consistia em acender vários candelabros num átrio do templo. Jesus se apresenta como “luz do mundo”, não só de Israel. A luz descobre as formas e permite a visão (Jó 38, 13-14), e por isso é símbolo de conhecimento intelectual. Além disso, é vida. A luz é um dos símbolos mais ricos e frequentes para falar de Deus e do divino. Em João o símbolo atrai seu oposto, as trevas, morte física e do espírito. A luz se impe com sua evidência, não precisa demonstrações, mas a pessoa pode fechar os olhos à luz. Seguir Jesus é caminhar atrás, deixando que marque e ilumine nosso caminho. A igreja celebra hoje Santo Estanislau Estanislau (Szczepanów, Cracóvia, Polônia, 26 de julho de 1030 - Cracóvia, 8 de maio de 1079). Bispo da Arquidiocese de Cracóvia, santo e mártir da Igreja Católica. Seus pais eram pobres, mas estes encontraram uma forma de educação para o filho com os monges beneditinos. Estudando na escola da Catedral de Liège (por um certo período, sede da Primazia Eclesiástica da Polônia), entrou na carreira eclesiástica. Foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo de Cracóvia, Lamberto Zula, sendo-lhe entregue a comunidade de Czembocz, de onde surgiu a fama de pastor honesto e zeloso. Foi nomeado Canônico do Capitólio Metropolitano e vigário diocesano geral. Em 1072, com a morte de Lamberto Zula, Estanislau foi denominado seu sucessor pelo próprio Papa Alexandre II. Recebeu, inicialmente, a boa ajuda do Rei Boleslau II, que auxiliava em todos os trabalhos de evangelização. Entretanto, o rei apaixonou-se por uma bela matrona, Cristina, que era casada com Miecislau. Apesar dos conselhos de Estanislau e de sua exigência de que os preceitos católicos do casamento fossem respeitados, Boleslau não se conformou em ficar sem a sua amada. Simplesmente, mandou raptá-la. O bispo ameaçou excomungá-lo, mas o rei não recuou. Estanislau cumpriu a ameaça e Boleslau, enfurecido, ordenou a execução do religioso, comandando em pessoa a invasão da igreja de São Miguel, na Cracóvia, onde Estanislau celebrava uma missa. Visto que os guardas não conseguiram matar o Bispo, o rei teve de assassiná-lo com as próprias mãos. Estanislau foi trucidado no dia 11 de abril de 1079. Foi solenemente canonizado em Assis pelo Papa Inocêncio IV em 17 de agosto de 1253: é padroeiro principal da Polônia e seu culto é particularmente vivo na Lituânia, Bielorrússia, Ucrânia e Estados Unidos. [Wikipedia] O abraço de cada dia Dom Anuar Battisti, Arcebispo de Maringá - PR Nestes dias em Visita Pastoral nas paróquias de Cruzeiro do Sul, Uniflor, Paranacity e Inajá pude viver muitas experiências edificantes e de grande valia para o meu ministério. Tive contatos com as realidades religiosa, social e política de cada município e, de maneira especial, conheci melhor as lideranças que atuam nas pastorais e movimentos eclesiais, formando uma verdadeira frente de trabalho na Ação Evangelizadora. Como em outras ocasiões, a grande motivação para esta missão do bispo é o conhecimento, pois só se ama aquilo que se conhece, como diz Santo Agostinho. No meio a tantos contatos, no ambiente escolar, junto aos pequenos e grandes, aos professores e funcionários, o que mais me alegrou foi ver as escolas repletas. Porém, faltam vagas para acolher a todos. Escolas com disciplina, com organização, com pessoas preparadas para viver o dia a dia. Mesmo sabendo que a missão é árdua, todos parecem cientes de que um é que semeia e outro é que colhe. Como me fez bem ver e ouvir pessoas felizes trabalhando na educação. Uma diretora dizia: "Aqui estão os meus filhos. Eu amo esses jovens, pois eles são maravilhosos". Um outro aspecto marcante: Em uma das paróquias, o padre tem o costume de ficar, em alguns dias, na frente da casa paroquial enquanto os alunos passam para ir à escola. Um deles, de seis aninhos, quando vê o padre se aproxima e dá um abraço e segue contente o caminho para sala de aula. Um determinado dia ele passa, vê o padre e não faz a costumeira saudação ao seu amigo. Aliás, eu o conheci na comunidade, pois é sempre o primeiro a chegar à Igreja e sempre pronto a prestar serviço. Então o padre reclama: "E o meu abraço amiguinho?" Ele responde: "Hoje não tem. Estou estressado"! Quando o padre me contou o fato eu me perguntei: Como estar estressado às 7h, um menino de seis aninhos? O que será que aconteceu para que ele se sentisse estressado ao ponto de não querer o abraço do bom amigo de todos os dias? Não é o caso de muitas explicações, mas não deixa de ser um fato que toca também os grandes. Como faz bem receber um abraço quando se está estressado. Como faz bem receber um abraço quando começa ou termina o dia, mesmo sem estresse. Como faz bem à mente e ao coração o carinho e o afeto do povo, ao chegar às comunidades, nas repartições públicas, nas casas dos doentes, nas empresas, nas escolas, e ao encontrar as pessoas nas ruas. Ninguém é de ferro. Chega o fim do dia cansado, porém um cansaço que não pesa, que faz a gente dizer: Que dia abençoado! Quanta gente encontrei! Quantas coisas bonitas! Quantas dificuldades, quantas coisas a serem feitas! Quantos desafios na educação, nas famílias, no meio da juventude! Quanto trabalho na evangelização a ser feito! Em uma das cidades, durante a visita ao hospital, um dos médicos, muito jovem e animado com o trabalho, entusiasmado com o futuro da instituição, dizia: "Eu venho ao hospital mesmo quando não é o meu plantão. Eu amo o que faço! Fico feliz por tantas coisas bonitas e positivas, que existem em nossa realidade. O trabalho mais gratificante na missão do bispo são as Visitas Pastorais, pois é ali, no meio do povo de Deus, que posso abraçar e ser abraçado. Não deixe de dar um abraço, mesmo quando estiver estressado. [CNBB] O ser humano vive de razão e sobrevive de sonhos. (François de La Rochefoucauld) Aconteceu no dia 8 de abril de 1963: Papa João XXIII publica a Encíclica "Pacem in Terris"

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Os homens continuam em seus intentos, e Jesus continua fiel a sua missão, pregando abertamente em Jerusalém, sem esconder quem Ele era, mesmo diante da ameaça de morte. Quem é fiel a Deus sabe cumprir sua missão, e nada o tira de seu caminho. Olhemos para as ideias e pensamentos de nosso mundo, e em confronto com o evangelho de Cristo, saibamos discernir as que são de Deus e as que são dos homens. E seja, de fato, a Quaresma o tempo de nossa conversão. tjl@08042011-1227lt Arcebispo do Rio de Janeiro repudia massacre ocorrido esta manhã na escola Tasso da Silveira RIO DE JANEIRO, 07 Abr. 11 (ACI) .- O Arcebispo do Rio de Janeiro (Brasil), Dom Orani João Tempesta, repudiou o atentado, ocorrido esta quinta-feira, contra uma escola na que um jovem de 23 anos assassinou 11 pessoas e deixou feridas outras 18 para suicidar-se logo depois. O fato, disse, "feriu não só aqueles que foram atingidos, mas também a todos os cariocas". www.acidigital.com BOM DIA EVANGELHO Sexta-feira, 8 de abril de 2011 Quarta Semana da Quaresma e do Saltério (Livro II), cor litúrgica roxa Santo do dia : S. Gualter (Valter) de Pontoise, abade, +1099, Santa Júlia Billiart, virgem, fundadora, +1816, Santa Cacilda, princesa moura, eremita, +1007 Hoje: Dia Mundial da Luta contra o Câncer, dia do Profissional de Marketing e dia da Natação Oração: Ó Deus, que preparastes para nossa fraqueza os auxílios necessários à nossa renovação, dai-nos recebê-los com alegria e vê-los frutificar em nossa vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Salmo: 33 (34), 17-18.19-20.21 e 23 (R/.19a) Do coração atribulado está perto o Senhor 17O Senhor volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança. 18Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. 19Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido. 20Muitos males se abatem sobre os justos, mas o Senhor de todos eles os liberta. 21Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege, e nenhum deles haverá de se quebrar. 23Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, e castigado não será quem nele espera. Deus nos fala Os injustos ficam chocados com os justos, impressionados por sua sabedoria e por isso, investem contra eles. Todos nós devemos reconhecer Jesus como o enviado do Pai, ou nos opor a Ele comprometendo nosso próprio futuro. Evangelho: João (Jo 7, 1-2.10.25-30) Na festa das tendas Naquele tempo, 1Jesus andava percorrendo a Galiléia. Evitava andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo. 2Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas. 10Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a festa, não publicamente mas, sim, como que às escondidas. 25Alguns habitantes de Jerusalém disseram então: "Não é este a quem procuram matar? 26Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o messias? 27Mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde ele é". 28Em alta voz, Jesus ensinava no templo, dizendo: "Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, 29mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou.” 30Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora. Palavra da Salvação! Comentário do Evangelho Só o Pai tem poder sobre Jesus Os perseguidores de Jesus foram estreitando, sempre mais, o cerco a seu redor, com o intento de matá-lo. O Filho de Deus, porém, não ficou abalado, nem mudou seu programa de ação, temendo represálias. Sua ousadia brotava da segurança com que buscava ser fiel ao querer do Pai. Embora ameaçado de morte, Jesus pregou abertamente em Jerusalém, defendendo sua condição de enviado e sua missão. Seus inimigos, nem de longe se davam conta da origem divina do Mestre. Por causa de seus preconceitos, detinham-se apenas na aparência humana de Jesus. Entretanto, além de ser realmente homem, ele era o enviado de junto do Pai, com a missão precisa de trazer salvação à humanidade. Os adversários de Jesus só esperavam o momento propício para concretizar seu intento de matá-lo. Não conseguiam, contudo, pôr em prática seu desígnio maligno, porque a hora de Jesus ainda não havia chegado. Só o Pai tinha poder sobre o Filho. Por conseguinte, a vida de Jesus se consumaria na hora determinada por ele. A cruz dependia do plano de Deus para Jesus. As tramas dos inimigos não tinham nenhuma importância, pois a vida de Jesus seguia um projeto sobre o qual eles não tinham o poder de influir. Nada aconteceria com Jesus, sem o consentimento do Pai. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997] A igreja celebra hoje: Santa Julia Billiart e São Gastão Santa Júlia Billiart: Santa Júlia, fundadora das Irmãs de Notre Dame e fundadora de escolas para crianças pobres fez sua missão na Bélgica, a qual passou a ter um inesperada repercussão. Por essa razão, mesmo paralítica aos 22 anos, viu-se obrigada a fugir em uma carroça e a esconder-se sob palhas para não ser morta pelos seus perseguidores. Apesar de injustamente perseguida, apenas comentava com grande admiração sobre a bondade de Deus. Partiu para a eternidade em 1816. São Gastão: De família nobre, ainda jovem foi para Lorena na finalidade de levar uma vida virtuosa e retirada. O bispo de Toul sagrou-o sacerdote, alegando que o clero se encontrava muito escasso de sacerdotes. O bispo, certamente por inspiração divina ordenou-o sacerdote sem que ele tivesse noção do cristianismo! Desejando conhecer ao menos as noções básicas pediu um catequista indicada pelo bispo de Toul, que o instruísse no caminho para Reims. Para confirmar sua missão sacerdotal, Deus permitiu que restituísse a vista de um cego que encontrara pelo caminho, o que sabendo o rei sobre tal episódio se converteu. Em Reims são Gastão foi batizado. Entregou-se a instrução dos fiéis e assistência aos pobres e em pouco tempo foi consagrado bispo de Arras e ocupou tal cargo durante quarenta anos. Apesar da conversão do rei Clovis o qual passara a lhe ser grande amigo, acontecia ainda muitas festas pagãs, principalmente quando a coroa foi passada para o Clotário. Certa vez convidaram são Gastão para uma dessas festas, propositadamente: para observar possivelmente sua indignação. Aceitando o convite, dirigiu-se à sala onde copos cheios de cerveja se encontravam sobre a mesa preparada. Antes de assentar-se, abençoou e ao sinal da Cruz todos os copos se espatifaram, derramando toda a cerveja sobre a mesa. Perceberam então o quanto eram condenados em seus desregramentos. Porém quantos continuavam no estado de embrutecimento e miséria espiritual obstante esses santos que levavam a sã doutrina em meio a milagres. Numa noite de fevereiro, muito fria, uma nuvem espessa e luminosa foi vista sobre sua residência, ou seja, o chamado palácio episcopal. Tratava-se justamente do momento da partida de são Gastão. Aos que se encontravam á sua volta e ao clero, recomendou as virtudes teologais, ou seja, fé, a esperança e, sobretudo a caridade e depois adormeceu em paz no Senhor, a 6 de fevereiro de 540. Preparando a Páscoa Dom Benedicto de Ulhoa Vieira, Arcebispo Emérito de Uberaba - MG Estamos perto da grande solenidade da Páscoa, quando, com a Igreja, comemoramos a vitória de Cristo sobre a morte. O anúncio foi dado pelos Anjos aos que chegavam ao sepulcro para verem o corpo do Senhor e homenagearem o morto: “Não está aqui. Ressuscitou.” Não demorou a soar nos ouvidos de todos a alvissareira notícia das primeiras aparições do Senhor que fora morto no suplício da cruz, dois dias antes, agora de novo estava vivo. A Igreja que, na sua liturgia se cobrira de tristeza e de luto pela crucifixão do Senhor, agora vai revestir-se de branco e de luzes ao proclamar: Jesus venceu a morte. Está vivo e resplendente. Nós o vimos e ouvimos a sua palavra. De fato, Jesus vivo e triunfante apareceu aos apóstolos duas vezes. A primeira foi à tarde do próprio dia da ressurreição, quando Tomé não estava com o grupo dos onze. Na segunda vez o Senhor deu à sua Igreja o misericordioso dom do perdão dos pecados: “A quem perdoardes os pecados, serão por certo perdoados.” Nesta ocasião da festa da Páscoa, o Senhor tendo dado à sua Igreja este inefável presente de poder perdoar, deve-se recordar que a confissão dos pecados nada tem de humilhante que nos possa deprimir e rebaixar. É sim a festa do perdão, que não deprime nem humilha. É a volta para os braços paternais de Deus. É por forças da morte e ressurreição de Cristo que o pecador se reconcilia com Deus, perdoado das suas fraquezas, e enriquecido da graça e da paz. O perdão divino traz alegria e a serenidade de viver perto de Deus, como filho e herdeiro. A vida do homem de fé deve ser sempre uma busca de valores absolutos e uma fuga corajosa do mal e da mediocridade. Agora este é um momento oportuno da preparação para a próxima festa da Páscoa, que é vida e paz. Este período de cinquenta dias que nos traz as alegrias da Ressurreição deve levar-nos a uma vivência dos valores do Evangelho e colocar-nos bem perto do coração de nosso Deus. Então, ao celebrar a festa da Páscoa, cantaremos os aleluias da ressurreição, isto é, a alegria de vivermos mais perto de Deus, ouvindo os cantos dos anjos antecipadamente como se já estivéssemos na luz da eternidade. Preparemo-nos. Páscoa é vida! Dia Mundial da Luta contra o Câncer Câncer ou neoplasia é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças caracterizadas pelo crescimento descontrolado de células anormais. Elas invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo (quando ocorrem as metástases). O comportamento das células cancerosas pode ser explicado por mutações genéticas ou secreção anormal de hormônios ou enzimas. Essas células tendem a ser muito agressivas, formando os tumores (ou acúmulo de células cancerosas) que podem ser benignos ou malignos. Geralmente, o câncer começa no órgão onde as células anormais iniciam o ataque. Se for diagnosticado, pode ser curado com cirurgia ou radioterapia. E quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Hoje já se sabe que são raros os casos de câncer relacionados exclusivamente a fatores hereditários. No entanto, pode-se dizer que é forte a influência de fatores externos, como o meio ambiente ou hábitos e costumes presentes em nosso dia-a-dia. Essa pode ser uma boa notícia, pois assim fica mais fácil evitar esse problema. Sem causar grandes transtornos em nossa rotina ou deixar de lado aquilo que gostamos de fazer ou comer, é possível reduzir os riscos de adoecer. Primeiro, é bom deixar claro que os fatores ambientais são responsáveis por 80% a 90% dos casos de câncer. Só para dar alguns exemplos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele e alguns vírus podem causar leucemia. E ainda, alguns estudos revelaram que certos alimentos também são fatores de risco. Então, pensar nos alimentos que ingerimos diariamente é um passo importante para sairmos vitoriosos nessa luta. Alguns tumores malignos têm cura e outros não, vai depender basicamente do tipo de câncer e do estágio em que se encontra. As possibilidades de cura estão diretamente relacionadas com tempo em que tumor é detectado no paciente. Quanto mais cedo, mais chances de o tratamento dar certo. Se o diagnóstico for tardio, o índice de cura diminui e complicações podem aparecer mesmo depois de tratado. O câncer é a doença crônica mais curável nos dias de hoje. Nos países desenvolvidos, cerca de 50% dos casos foram tratados. Já no Brasil, estima-se que este número seja menor, principalmente pelo fato de que os diagnósticos não são feitos precocemente. [IBGEteen] Nunca aprisiones teus dons! Em algum lugar alguém tem fome e sede do teu saber. (Beth Guedes) Aconteceu no dia 8 de abril de 1973: O falecimento de Pablo Picasso, pintor espanhol (n. 1881)

terça-feira, 5 de abril de 2011

BOM DIA EVANGELHO 6 de abril de 2011 — Quarta-feira Santo do dia : S. Celestino I, papa, +432, S. Marcelino de Cartago, pai de família, mártir, +411 -4ª Semana da Quaresma -(Cor Roxa) Ouvir a Palavra do Senhor é exigência que se impõe a todos os que têm fé, pois, “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, possui a vida eterna”. Vemos no evangelho que há os que se opõem a Jesus e desejam matá-lo porque Ele vai ao encontro dos necessitados, rompendo as tradições judaicas no respeito ao sábado. Olhemos, pois, para Jesus e vejamos como Ele tratou as pessoas, e tenhamos atitudes semelhantes às dele, pois nossa missão é ser sinais transparentes do evangelho em que acreditamos. A Quaresma faz-nos mais atentos a isso. Oração Ó Deus, que recompensais os méritos dos justos e perdoais aos pecadores que fazem penitência, sede misericordioso para conosco: fazei que a confissão de nossas culpas alcance o vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Deus nos fala Deus carrega-nos em suas mãos não apenas para nos dar sua misericórdia, mas para que sejamos de verdade obras saídas de suas mãos. Havia uma preocupação daqueles judeus, porque Jesus falava em nome de Deus, mas rompia as tradições; por isso procuravam matá-lo. EVANGELHO Jo 5, 17-30 “O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz” 17 Jesus então lhes disse: «Meu Pai continua trabalhando até agora e eu também trabalho.» 18 Por isso, as autoridades dos judeus tinham mais vontade ainda de matar Jesus, porque, além de violar a lei do sábado, chegava até a dizer que Deus era o seu Pai, fazendo-se assim igual a Deus. Jesus dá vida a quem está morto -* 19 Então Jesus disse às autoridades dos judeus: «Eu garanto a vocês: o Filho não pode fazer nada por sua própria conta; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho também faz. 20 O Pai ama o Filho, e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras ainda maiores, que deixarão vocês admirados. 21 Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer dar. 22 O Pai não julga ninguém. Ele deu ao Filho todo o poder de julgar, 23 para que todos honrem o Filho, da mesma forma que honram o Pai. Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou. 24 Eu garanto a vocês: quem ouve a minha palavra e acredita naquele que me enviou, possui a vida eterna. Não será condenado, porque já passou da morte para a vida. 25 Eu garanto a vocês: está chegando, ou melhor, já chegou a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus: aqueles que ouvirem sua voz, terão a vida. 26 Porque assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo ele concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. 27 Além disso, ele deu ao Filho o poder de julgar, porque é Filho do Homem. 28 Não fiquem admirados com isso, porque vai chegar a hora em que todos os mortos que estão nos túmulos ouvirão a voz do Filho, 29 e sairão dos túmulos: aqueles que fizeram o bem, vão ressuscitar para a vida; os que praticaram o mal, vão ressuscitar para a condenação. 30 Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Eu julgo conforme o que escuto e o meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.» * 19-30: Em tudo o que faz, Deus procura dar a vida, e sua maior obra é a ressurreição. Ressuscitar não é apenas voltar à vida física, mas levantar-se para começar vida nova e transformada. A fé em Jesus, que é compromisso com sua palavra e ação, leva o povo a começar a vida nova da ressurreição, organizando-se como família dos filhos de Deus e irmãos de Jesus. Assim, a morte já está sendo vencida, e o será definitivamente na ressurreição final. Bíblia Sagrada - Edição Pastoral Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja O Génesis em sentido literal, 4, 11-13 [21-24] (a partir da trad. Bibliothèque Augustinienne, t. 48, DDB 1972, pp. 307ss. rev.) «O Meu Pai continua a realizar obras até agora, e Eu também continuo!» Gostaríamos de explicar como é possível compatibilizar o texto do Génesis onde está escrito que Deus repousou ao sétimo dia de todas as Suas obras, com o texto do evangelho onde o Senhor, por Quem todas as coisas foram feitas, diz: «O Meu Pai continua a realizar obras até agora, e Eu também continuo!» [...] A observância do sábado foi prescrita aos judeus para prefigurar o repouso espiritual que Deus prometeu aos fiéis que fizessem boas obras, repouso cujo mistério o Senhor Jesus Cristo confirmou com a Sua sepultura, porque foi num dia de sábado que Ele repousou no túmulo, [...] depois de ter consumado todas as Suas obras. Podemos pensar que Deus repousou de ter criado os diversos géneros de criaturas, porque não voltou a criar novos géneros; mas [...] nem neste sétimo dia deixou de governar o céu, a terra e todos os outros seres que tinha criado, pois de outra maneira eles ter-se-iam diluído no nada. Porque o poder do Criador, a força do Omnipotente, é a causa pela qual subsistem todas as criaturas. [...] Com efeito, não se passa com Deus o mesmo que com um arquitecto que, concluída a casa, se afasta e [...] a obra subsiste. Pelo contrário, o mundo não poderia subsistir, um instante que fosse, se Deus lhe retirasse o Seu apoio. [...] É isto que afirma o apóstolo Paulo quando pretende anunciar Deus aos atenienses: «Nele vivemos, nos movemos e somos» (Act 17, 28). [...] Com efeito, não somos em Deus como a Sua própria substância, no sentido em que é dito que Ele «tem a vida em Si mesmo»; mas, sendo algo diferente Dele, só podemos ser Nele porque Ele age desta maneira: «A Sua sabedoria estende-se de um extremo ao outro do mundo e governa o universo» (Sb 8, 1). [...] Nós vemos as obras boas que Deus fez (Gn 1, 31). e veremos o Seu repouso depois de termos realizado as nossas obras boas. A IGREJA CELEBRA HOJE: São Marcelino Marcelino foi um sábio e dedicado religioso, amigo e discípulo de Agostinho, bispo de Hipona, depois canonizado e declarado doutor da Igreja. Entretanto Marcelino acabou sendo vítima de um dos lamentáveis cismas que dividiram o cristianismo. Foram influências políticas, como o donatismo, que levaram esse honrado cristão à condenação e ao martírio. Tudo teve início muitos anos antes, em 310. O imperador Diocleciano ordenara ao povo a entrega e queima de todos os livros sagrados. Quem obedeceu, passou a ser considerado traidor da Igreja. Naquele ano, Ceciliano foi eleito bispo de Cartago, mas teve sua eleição contestada por ter sido referendada por um grupo de bispos traidores, os mesmos que entregaram os livros sagrados. O bispo Donato era um desses e, além disso, tinha uma posição totalmente contrária ao catolicismo ortodoxo. Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, não por pecadores, isto é, gente comum. Os seguidores do bispo Donato, portanto, tornaram-se os donatistas, e a Igreja dividiu-se. Em Cartago, Marcelino ocupava dois cargos de grande importância: era tabelião e tribuno, funcionando, assim, como um porta-voz da população diante das autoridades do Império Romano. Era muito religioso, ligado ao bispo Agostinho, de Hipona, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja. Algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho partiram de consultas feitas por Marcelino. Foram os tratados "sobre a remissão dos pecados", "sobre o Espírito", e o mais importante, "sobre a Trindade", porém nenhum deles pôde ser lido por Marcelino. Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista, em 411, foi denunciado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar são Marcelino como mártir. Sua festa litúrgica foi marcada para o dia 6 de abril, data de sua errônea execução. São Marcelino Marcelino foi um sábio e dedicado religioso, amigo e discípulo de Agostinho, bispo de Hipona, depois canonizado e declarado doutor da Igreja. Entretanto Marcelino acabou sendo vítima de um dos lamentáveis cismas que dividiram o cristianismo. Foram influências políticas, como o donatismo, que levaram esse honrado cristão à condenação e ao martírio. Tudo teve início muitos anos antes, em 310. O imperador Diocleciano ordenara ao povo a entrega e queima de todos os livros sagrados. Quem obedeceu, passou a ser considerado traidor da Igreja. Naquele ano, Ceciliano foi eleito bispo de Cartago, mas teve sua eleição contestada por ter sido referendada por um grupo de bispos traidores, os mesmos que entregaram os livros sagrados. O bispo Donato era um desses e, além disso, tinha uma posição totalmente contrária ao catolicismo ortodoxo. Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, não por pecadores, isto é, gente comum. Os seguidores do bispo Donato, portanto, tornaram-se os donatistas, e a Igreja dividiu-se. Em Cartago, Marcelino ocupava dois cargos de grande importância: era tabelião e tribuno, funcionando, assim, como um porta-voz da população diante das autoridades do Império Romano. Era muito religioso, ligado ao bispo Agostinho, de Hipona, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja. Algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho partiram de consultas feitas por Marcelino. Foram os tratados "sobre a remissão dos pecados", "sobre o Espírito", e o mais importante, "sobre a Trindade", porém nenhum deles pôde ser lido por Marcelino. Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista, em 411, foi denunciado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar são Marcelino como mártir. Sua festa litúrgica foi marcada para o dia 6 de abril, data de sua errônea execução. FONTE: TJL@ -WWW.PAULIANS.ORG.BR-http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT -http://www.franciscanos.org.br/v3/vidacrista/liturgia/evangelho/2011/
. Para sua reflexão: - O doente é um paralítico ou aleijado crônico, impedido fisicamente e não muito desembaraçado mentalmente, pois sofre de notável falta de iniciativa. O lugar é uma piscina dividida ao meio, de modo que se formam cinco séries de pórticos, que acolhem numerosos e variados doentes (cf. Is 35, 5-6). Às suas águas se atribuía poder terapêutico variado, que atraía doentes de diversas procedências. Só os primeiros que chegavam se aproveitavam dela. Jesus toma a iniciativa pois curar é sua missão.O doente não fica sabendo quem o curou naquela hora. Para os judeus Jesus teria infringido o descanso sabático, um preceito sagrado. Jesus encontra o homem curado no templo e vincula a doença ao pecado o que implica a cura do espírito. TJL@05042011-1233LT BOM DIA EVANGELHO Terça-feira, 5 de abril de 2011 Quarta Semana da Quaresma - 4ª Semana do Saltério (Livro II) - cor Litúrgica Roxa Santos: Vicente Ferrer, Derfel Gadarn, Etelburga de Lyminge (matrona), Geraldo de Sauve-Majeure (abade), Alberto de Montecorvino (bispo), Juliana de Monte Cornillon (virgem e beata), Crescência de Kaufbeuren (virgem e beata franciscana da 3ª ordem), Catarina Tomás, Zeno, João de Penna (bem aventurado, confessor franciscano da 1ª ordem) Oração: Ó Deus, que a fiel observância dos exercícios quaresmais prepare o coração dos vossos filhos e filhas para acolher com amor o mistério pascal e anunciar ao mundo a salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Salmo: 45 (46), 2-3.5-6.8-9 (R/.8) Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó. O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; assim não tememos, se a terra estremece, se os montes desabam, caindo nos mares. Os braços de um rio vêm trazer alegria à cidade de Deus, à morada do altíssimo. Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la. Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó! vinde ver, contemplai os prodígios de Deus e a obra estupenda que fez no universo. Evangelho: João (Jo 5, 1-16) Cura o enfermo da piscina 1 Houve uma festa dos judeus, e Jesus foi a Jerusalém. 2 Existe em Jerusalém, perto da porta das ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Betesda em hebraico. 3 Muitos doentes ficavam ali deitados: cegos, coxos e paralíticos. 4 De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. 5 Aí se encontrava um homem, que estava doente havia trinta e oito anos. 6 Jesus viu o homem deitado e sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: "Queres ficar curado?" 7 O doente respondeu: "Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente". 8 Jesus disse: "Levanta-te, pega na tua cama e anda". 9 No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou na sua cama e começou a andar. Ora, esse dia era um sábado. 10 Por isso, os judeus disseram ao homem que tinha sido curado: "É sábado! Não te é permitido carregar tua cama". 11 Ele respondeu-lhes: "Aquele que me curou disse: 'Pega tua cama e anda"'. 12 Então lhe perguntaram: "Quem é que te disse: 'Pega tua cama e anda?"' 13 O homem que tinha sido curado não sabia quem fora, pois Jesus se tinha afastado da multidão que se encontrava naquele lugar. 14 Mais tarde, Jesus encontrou o homem no templo e lhe disse: "Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior. 15 Então o homem saiu e contou aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado. 16 Por isso, os judeus começaram a perseguir Jesus, porque fazia tais coisas em dia de sábado.” Palavra da Salvação! Leituras paralelas: Mt 9,1-8; Mc 2,1-12; Lc 5, 17-26) Comentário do Evangelho Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Romano, o Melodista (c. 560), compositor de hinos Cântico «Os novos baptizados», str. 1-5,19 (a partir da trad. SC 283, pp. 343ss.) A Quaresma, última preparação daqueles que serão baptizados na Páscoa Nós, os novos baptizados, os filhos do baptistério que acabámos de receber a luz, damos-Te graças, Cristo Deus. Tu iluminaste-nos com a luz do Teu rosto, Tu revestiste-nos com a veste que convém às Tuas núpcias (Sl 4, 7; Mt 22, 11). Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. Quem dirá, quem mostrará ao primeiro homem criado, Adão, a beleza, o brilho, a dignidade dos seus filhos? Quem contará também à infeliz Eva que os seus descendentes se tornaram reis, revestidos de uma veste de glória, e que com grande glória glorificam Aquele que os glorificou, brilhantes de corpo, de espírito e de veste? [...] E quem os exaltou? Foi, evidentemente, a sua Ressurreição. Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. [...] Tu és brilhante e radioso, Adão. [...] Ao ver-te, o teu adversário definha e exclama: Quem é este que vejo? Não sei. O pó foi renovado (Gn 2, 7), as cinzas foram divinizadas. O pobre doente foi convidado, foi refrescado, entrou e sentou-se à mesa, foi conduzido ao banquete e tem a audácia de comer e o desplante de beber Aquele que o criou. E quem Lho deu? Foi, evidentemente, a sua Ressurreição. Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. Esqueceu as suas culpas antigas, não ostenta a menor cicatriz dos primeiros ferimentos. Abandonou os seus longos anos de paralisia na piscina, como tinha feito o paralítico, e deixou de trazer o leito aos ombros, mas traz às costas a cruz Daquele que teve piedade dele [...]. Outrora, o Amigos dos homens (Sap 1, 6) lavou muitos homens nas águas, mas eles não brilharam assim; àqueles, porém, a Ressurreição tornou-os luminosos. Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. [...] Eis-te recriado, novo baptizado, eis-te renovado; não curves as costas ao peso dos pecados. Possuis a cruz como cajado, apoia-te nela. Leva-a à tua oração, leva-a para a mesa, leva-a para o leito, leva-a para todo o lado como título de glória. [...] Grita aos demónios: Com a cruz na mão, ergo-me, louvando a Ressurreição. Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. A igreja celebra hoje: São Vicente Ferrer São Vicente Ferrer tornou-se sacerdote na época mais difícil da história da Igreja: em 1378 quando houve o grande cisma que perdurou até 1417, dividindo os cristãos em duas obediências: a Roma e a Avignon. Pregava a unidade da Igreja e um milagre aconteceu: enquanto falava em sua língua materna, muitos que não eram do país ouviram-- no em sua própria língua. Sua voz era vigorosa e pregava tão bem que multidões ajuntavam-se para ouvi-lo nas praças, pois a Igreja não os comportava. Fustigava os costumes, ameaçava, e chegava a ser violento em suas palavras na tentativa desesperadora de evangelizar. Dois anos antes de morrer, teve o consolo de ver a Igreja novamente unida: em 1417. Realmente, Deus chama os homens certos para os momentos críticos do povo e da Igreja. Recomposta a unidade da Igreja no concílio de Constância, viajou para a França na tentativa de por fim à guerra dos Cem anos. Ainda hoje na Espanha é costume dizer "Beba a água do Mestre Vicente!" - quando se deseja incutir o silêncio. Este fora um conselho que são Vicente Ferrer dera a uma mulher que sofria com o humor alterado com seu marido, quase sempre a brigar com ela. E qual foi o conselho que o santo lhe deu? "Minha senhora, quando seu esposo chegar do trabalho, encha a boca de água e permaneça assim o maior número de minutos que puder. Assim não lhe será difícil não responder aos insultos dele". São Vicente Ferrer foi chamado de "o anjo do Apocalipse" pois em suas pregações quase sempre falava dos flagelos e tribulações pelas quais haveria de passar a humanidade. Itinerário quaresmal Dom Genival Saraiva, Bispo de Palmares - PE O período da Quaresma é vivido na Igreja Católica da Quarta feira de Cinzas até a manhã da Quinta Feira Santa, dado que o “Tríduo Pascal começa com a Missa Vespertina de Quinta-Feira Santa, tem o seu momento mais alto na Vigília Pascal e termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.” Na verdade, este período litúrgico já está dentro do chamado “Ciclo da Páscoa”, como preparação dos fiéis para a celebração da Páscoa do Senhor. Na mensagem divulgada para a Quaresma de 2011, o Papa Bento XVI fala do “itinerário quaresmal” que leva os fiéis à Páscoa da Ressurreição. Itinerário tem sua raiz na palavra latina “iter” que significa “caminho”, “viagem”, “passagem”, “marcha”. Nessa expressão está a ideia de ser a Quaresma um período que mobiliza os cristãos, pondo-os em ação e mudança; consequentemente, o tempo quaresmal desinstala os fiéis de sua comodidade, indiferença, apatia, omissão, diante de seus deveres para com Deus e de suas obrigações familiares e sociais. Trata-se, claramente, do caminho espiritual, moral, ético e social a ser percorrido pelos cristãos. Para seguirem esse caminho, as pessoas impõem-se exigências que vão da conversão, na sua expressão mais radical, até o nível mais elevado do aperfeiçoamento humano e, nesse seu esforço, contam com a graça de Deus. O itinerário quaresmal, a que se refere o Papa, segue a Liturgia do Ano A. “O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição dos homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida”. No segundo domingo, ao proclamar o texto da Transfiguração do Senhor, no Evangelho de Mateus, a Igreja “põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. (...) É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.” Na liturgia do terceiro domingo, “O pedido de Jesus à Samaritana: ‘Dá-Me de beber’(Jo 4, 7) (...) exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da ‘água a jorrar para a vida eterna’ (...) Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, ‘enquanto não repousar em Deus’ segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.” Na celebração do quarto domingo, o Evangelho do “cego de nascença” apresenta Jesus que “quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como ‘filho da luz’.” No quinto domingo, o Evangelho da ressurreição de Lázaro, segundo as palavras do Papa, coloca as pessoas “diante do último mistério da nossa existência: ‘Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?’ (...) A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.” O itinerário quaresmal deve ser trilhado pelos cristãos, segundo essa proposta celebrativa e catequética da Igreja, para seu proveito pessoal e seu testemunho comunitário. Você ama a vida? Então não desperdice o tempo, pois é a matéria de que a vida é feita. (Benjamin Franklin) Aconteceu no dia 5 de abril de 1794: Morte do advogado e revolucionário francês George Jacques Danton 1794

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Quaresma conduz-nos para os caminhos do Senhor. Se temos um coração aberto para acolhê-lo, sentimos também os efeitos da graça divina. Foi grande a alegria com que o povo da Galileia acolheu Jesus. Devemos viver a mesma experiência dos galileus, acolhendo aquele que está disposto a assumir a dor e o sofrimento para nos redimir. Muitos sofrem por causa de doença, desemprego, violência... mas, sem amor e compaixão não podemos nada resolver. Seja, pois, a Quaresma o tempo do acolhimento da misericórdia divina sobre nós. TJL@04042011-0932LT BOM DIA EVANGELHO Segunda-feira, 4 de abril de 2011 Quarta Semana da Quaresma - 4ª Semana do Saltério (Livro II) - cor Litúrgica Roxa Hoje: Dia Mundial dos Direitos do Consumidor Santo do dia : Santo Isidoro de Sevilha, bispo, Doutor da Igreja, +636

Oração:

Ó Deus, que renovais o mundo com admiráveis sacramentos, fazei a vosso Igreja caminha segundo vossa vontade, sem que jamais lhe faltem neste mundo os auxílios de que necessita. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Salmo: 29 (30) 2 e 4.5-6.11-12a e 13b (R/.2a) Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes! Eu vos exalto, ó Senhor; pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo! Cantai salmos ao Senhor; povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria. Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor; o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos! Evangelho: João (Jo 4, 43-54) O Segundo sinal de Jesus Naquele tempo, 43 Jesus partiu da Samaria para a Galiléia. 44 O próprio Jesus tinha declarado, que um profeta não é honrado na sua própria terra. 45Quando então chegou à Galiléia os galileus receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus tinha feito em Jerusalém, durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. 46 Assim, Jesus voltou para Caná da Galiléia, onde havia transformado água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário do rei que tinha um filho doente. 47 Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo. 48 Jesus disse-lhe: "Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais". 49 O funcionário do rei disse: "Senhor; desce, antes que meu filho morra!" 50 Jesus lhe disse: "Podes ir, teu filho está vivo". O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora. 51 Enquanto descia para Cafarnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. 52 O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: "A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde". 53 O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: 'Teu filho está vivo". Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a família. 54 Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judéia para a Galiléia. Palavra da Salvação! Leituras paralelas: Mt 8, 5-13; Lc 7, 1-10 Comentário do Evangelho O Segundo sinal O evangelista João chama de sinais os fatos portentosos realizados por Jesus no exercício do seu ministério messiânico. Eles não pretendem ser uma prova da identidade de Jesus, nem tampouco visam forçar as pessoas a abraçarem a fé. Os sinais são manifestações da glória de Jesus para quem está disposto a lançar-se na dinâmica da fé. Indicam que nele existe algo que pode conduzir à fé, desde que bem entendido. Sem ela, será impossível identificar os feitos de Jesus como sinais. Eles possibilitam, a quem se aproxima de Jesus, penetrar no mistério divino, presente na história humana; permitem contemplar Deus atuando em favor da humanidade. Por outro lado, dão a entender que, em Jesus, a salvação torna-se realidade. O Deus invisível faz-se visível na ação de Jesus. Todos estes elementos estão presentes no sinal relatado pelo Evangelho. O funcionário real acredita que Jesus pode salvar-lhe o filho, que está à beira da morte. Como resposta, recebeu a ordem de ir para casa, pois seu filho já estava curado. Ao receber a notícia da cura, informou-se sobre a hora exata em que acontecera. E constatou ter sido na mesma hora em que Jesus lhe garantira a cura do filho. Por isso, “ele acreditou, e toda a sua casa”. O sinal levou o funcionário real à fé, porque estava predisposto a acolher Jesus. Neste caso, fez surtir o efeito desejado: foi gerador de fé. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Jaldemir Vitório, ©Paulinas]

Para sua reflexão: O milagre demonstra o poder de Jesus diante da morte iminente. Tem início um ato de confiança baseada na fama de Jesus, a quem o funcionário do rei pede um milagre. Quando Jesus pronuncia sua palavra, o homem crê nele. Quando comprova o milagre, creu nele com toda a família. No nosso tempo Jesus continua curando através da atitude de cada cristão evangelizador, de um lado, e em resposta de plena fé, e do ponto de vista de cada criatura evangelizada. Torne-se um instrumento do Senhor para que os milagres continuem acontecendo em nosso meio. A IGREJA CELEBRA HOJE Santo Isidoro Isidoro foi um dos homens mais influentes da Nação espanhola, Pai dos Concílios, dirigiu um dos mais celebres quarto Concílio em 633, o de Toledo, conselheiro até dos reis. É considerado como o maior símbolo e apogeu da Espanha Católica do século VII, comparado por muitos, a Santo Agostinho. Sua obra fundamental foi Etimologias, uma grande enciclopédia constituída por 20 livros que reunia toda a cultura antiga, salvando-a do perigo do naufrágio. Escreveu inumeráveis livros além de regra de vida monástica que exerceu grande influxo na difusão do monacato na Espanha. Foi uma das sementes mais ricas para o florescimento do catolicismo. Bispo e doutor da Igreja da Idade Média. Zeloso e preocupado com a maturidade cultural e moral do clero espanhol. Sua profunda sabedoria estava sempre aliada à humildade e caridade. Mais dois de seus irmãos foram bispos e santos (Leandro e Fulgêncio) e sua irmã, Florentina, religiosa. Leandro, o mais velho, foi tutor e mestre de Isidoro que ficou órfão ainda menino. Quem sabe, faz a hora: não espera acontecer! Dom Redovino Rizzardo, cs, Bispo de Dourados - MS A canção de Geraldo Vandré apareceu em 1968, mas 42 anos depois, em Dourados, ela teve uma reinterpretação, através de três eventos altamente significativos. O primeiro deles aconteceu no dia 21 de fevereiro de 2011, quando foi implantado o “Observatório Social de Dourados”. Ele integra a rede “Observatório Social do Brasil”, presente em mais de 100 cidades, destinado a pôr nas mãos do povo instrumentos que lhe possibilitem vigiar e aprimorar a atuação do poder executivo, legislativo e judiciário. Presente ao ato, dei o meu recado a quem me entrevistou: “O Observatório Social vem ao encontro de uma necessidade há muito esperada pelo povo. Votar não é suficiente; é preciso continuar participando: acompanhando e fiscalizando o que se refere à gestão da coisa pública”. A fundação do “Observatório Social” foi seguida de mais duas iniciativas semelhantes. No dia 25, os índios de Dourados implantaram o “Observatório de Direitos Indígenas do Mato Grosso do Sul” (ODIN). Com a finalidade de promover os interesses culturais, jurídicos e econômicos dos povos indígenas, o novo organismo conta com a participação de advogados, lideranças políticas, associações culturais, professores e acadêmicos. De acordo com o advogado e seu primeiro presidente, Wilson Matos da Silva, o ODIN Nacional já existe há dois anos, e tem sua sede em Brasília: “O ODIN do Mato Grosso do Sul quer ser o elo nas questões que envolvem disputas por terras no Estado, que, muitas vezes, resultam na criminalização de líderes indígenas». Para ele, é toda a sociedade brasileira que precisa se comprometer com a Constituição de 1988, para que seja assegurado aos índios o respeito à pluralidade e a seus costumes, usos, linguagem e crenças: «Para tanto, é necessário que a sociedade conheça os povos indígenas; é o que pretende fazer o Observatório de Dourados, contribuindo para a harmonia entre as partes”. A data de 8 de março assinala o dia internacional da mulher. A forma encontrada por um grupo de mulheres indígenas de Dourados para celebrar a efeméride foi inovadora. No dia 5 de março, a imprensa local publicou a seguinte notícia: “As mulheres da Reserva Indígena de Dourados se uniram para dar um ponto final à miséria e à violência que cercam as aldeias. Mães, mulheres de todas as idades, elas querem aprender uma profissão e se tornar empreendedoras. Para isso, estão adequando a cultura local para atender o mercado de trabalho fora da Reserva. A fundação da “Associação de Mulheres Indígenas de Dourados” (AMID) foi o pontapé inicial. Através de parcerias, a Associação leva cursos profissionalizantes às índias. Muitas delas já querem montar o seu próprio negócio”. Esclarecedoras as razões que motivaram as mulheres, assim sintetizadas por uma delas: “A mulher indígena não quer continuar dependente. Queremos trabalhar e conseguir dinheiro para manter nossa família, sem doação de ninguém. Queremos dignidade!». Outra colega da associação completou a dose: “Nossa cultura nos leva a ensinar os filhos a trabalhar desde cedo, ajudando o pai ou a mãe na lavoura e na comercialização do que é produzido na aldeia ou fora dela. Infelizmente, a lei diz que criança não pode trabalhar. O que sobra para elas? Muitas acabam nas drogas, na prostituição e na bebida”. Não posso negar: fazia anos que eu esperava por essas iniciativas na sociedade douradense e, sobretudo, na comunidade indígena. Se o “Observatório Social de Dourados” veio despertar nos cidadãos uma força e um compromisso há tempo adormecidos, as associações indígenas expressam o grito de libertação de um povo que já não suporta um assistencialismo do Estado, cujo objetivo mais ou menos oculto parece ser mantê-lo distante e alheio ao desenvolvimento. Estou convencido que, para preservar uma cultura tão rica em valores humanos como é a indígena, será necessário partir para novas formas de subsistência, que ofereçam aos índios os benesses indispensáveis de uma sociedade organizada, tais como a educação, a saúde, a moradia, o lazer e a segurança. Mas nada disso acontecerá – e a própria demarcação de terras não passará de ilusão e falácia – se a distribuição de cestas básicas não for acompanhada pela oferta de trabalho digno e de salário justo para todos. [CNBB] Vence a violência com suavidade, a malícia com a bondade. (Santo Isiodoro) Aconteceu no dia 4 de abril de 1968: Martin Luther King é assassinado em Memphis