terça-feira, 5 de abril de 2011

. Para sua reflexão: - O doente é um paralítico ou aleijado crônico, impedido fisicamente e não muito desembaraçado mentalmente, pois sofre de notável falta de iniciativa. O lugar é uma piscina dividida ao meio, de modo que se formam cinco séries de pórticos, que acolhem numerosos e variados doentes (cf. Is 35, 5-6). Às suas águas se atribuía poder terapêutico variado, que atraía doentes de diversas procedências. Só os primeiros que chegavam se aproveitavam dela. Jesus toma a iniciativa pois curar é sua missão.O doente não fica sabendo quem o curou naquela hora. Para os judeus Jesus teria infringido o descanso sabático, um preceito sagrado. Jesus encontra o homem curado no templo e vincula a doença ao pecado o que implica a cura do espírito. TJL@05042011-1233LT BOM DIA EVANGELHO Terça-feira, 5 de abril de 2011 Quarta Semana da Quaresma - 4ª Semana do Saltério (Livro II) - cor Litúrgica Roxa Santos: Vicente Ferrer, Derfel Gadarn, Etelburga de Lyminge (matrona), Geraldo de Sauve-Majeure (abade), Alberto de Montecorvino (bispo), Juliana de Monte Cornillon (virgem e beata), Crescência de Kaufbeuren (virgem e beata franciscana da 3ª ordem), Catarina Tomás, Zeno, João de Penna (bem aventurado, confessor franciscano da 1ª ordem) Oração: Ó Deus, que a fiel observância dos exercícios quaresmais prepare o coração dos vossos filhos e filhas para acolher com amor o mistério pascal e anunciar ao mundo a salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Salmo: 45 (46), 2-3.5-6.8-9 (R/.8) Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó. O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; assim não tememos, se a terra estremece, se os montes desabam, caindo nos mares. Os braços de um rio vêm trazer alegria à cidade de Deus, à morada do altíssimo. Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la. Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó! vinde ver, contemplai os prodígios de Deus e a obra estupenda que fez no universo. Evangelho: João (Jo 5, 1-16) Cura o enfermo da piscina 1 Houve uma festa dos judeus, e Jesus foi a Jerusalém. 2 Existe em Jerusalém, perto da porta das ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Betesda em hebraico. 3 Muitos doentes ficavam ali deitados: cegos, coxos e paralíticos. 4 De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. 5 Aí se encontrava um homem, que estava doente havia trinta e oito anos. 6 Jesus viu o homem deitado e sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: "Queres ficar curado?" 7 O doente respondeu: "Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente". 8 Jesus disse: "Levanta-te, pega na tua cama e anda". 9 No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou na sua cama e começou a andar. Ora, esse dia era um sábado. 10 Por isso, os judeus disseram ao homem que tinha sido curado: "É sábado! Não te é permitido carregar tua cama". 11 Ele respondeu-lhes: "Aquele que me curou disse: 'Pega tua cama e anda"'. 12 Então lhe perguntaram: "Quem é que te disse: 'Pega tua cama e anda?"' 13 O homem que tinha sido curado não sabia quem fora, pois Jesus se tinha afastado da multidão que se encontrava naquele lugar. 14 Mais tarde, Jesus encontrou o homem no templo e lhe disse: "Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior. 15 Então o homem saiu e contou aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado. 16 Por isso, os judeus começaram a perseguir Jesus, porque fazia tais coisas em dia de sábado.” Palavra da Salvação! Leituras paralelas: Mt 9,1-8; Mc 2,1-12; Lc 5, 17-26) Comentário do Evangelho Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Romano, o Melodista (c. 560), compositor de hinos Cântico «Os novos baptizados», str. 1-5,19 (a partir da trad. SC 283, pp. 343ss.) A Quaresma, última preparação daqueles que serão baptizados na Páscoa Nós, os novos baptizados, os filhos do baptistério que acabámos de receber a luz, damos-Te graças, Cristo Deus. Tu iluminaste-nos com a luz do Teu rosto, Tu revestiste-nos com a veste que convém às Tuas núpcias (Sl 4, 7; Mt 22, 11). Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. Quem dirá, quem mostrará ao primeiro homem criado, Adão, a beleza, o brilho, a dignidade dos seus filhos? Quem contará também à infeliz Eva que os seus descendentes se tornaram reis, revestidos de uma veste de glória, e que com grande glória glorificam Aquele que os glorificou, brilhantes de corpo, de espírito e de veste? [...] E quem os exaltou? Foi, evidentemente, a sua Ressurreição. Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. [...] Tu és brilhante e radioso, Adão. [...] Ao ver-te, o teu adversário definha e exclama: Quem é este que vejo? Não sei. O pó foi renovado (Gn 2, 7), as cinzas foram divinizadas. O pobre doente foi convidado, foi refrescado, entrou e sentou-se à mesa, foi conduzido ao banquete e tem a audácia de comer e o desplante de beber Aquele que o criou. E quem Lho deu? Foi, evidentemente, a sua Ressurreição. Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. Esqueceu as suas culpas antigas, não ostenta a menor cicatriz dos primeiros ferimentos. Abandonou os seus longos anos de paralisia na piscina, como tinha feito o paralítico, e deixou de trazer o leito aos ombros, mas traz às costas a cruz Daquele que teve piedade dele [...]. Outrora, o Amigos dos homens (Sap 1, 6) lavou muitos homens nas águas, mas eles não brilharam assim; àqueles, porém, a Ressurreição tornou-os luminosos. Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. [...] Eis-te recriado, novo baptizado, eis-te renovado; não curves as costas ao peso dos pecados. Possuis a cruz como cajado, apoia-te nela. Leva-a à tua oração, leva-a para a mesa, leva-a para o leito, leva-a para todo o lado como título de glória. [...] Grita aos demónios: Com a cruz na mão, ergo-me, louvando a Ressurreição. Glória a Ti, glória a Ti, porque tal foi do Teu agrado. A igreja celebra hoje: São Vicente Ferrer São Vicente Ferrer tornou-se sacerdote na época mais difícil da história da Igreja: em 1378 quando houve o grande cisma que perdurou até 1417, dividindo os cristãos em duas obediências: a Roma e a Avignon. Pregava a unidade da Igreja e um milagre aconteceu: enquanto falava em sua língua materna, muitos que não eram do país ouviram-- no em sua própria língua. Sua voz era vigorosa e pregava tão bem que multidões ajuntavam-se para ouvi-lo nas praças, pois a Igreja não os comportava. Fustigava os costumes, ameaçava, e chegava a ser violento em suas palavras na tentativa desesperadora de evangelizar. Dois anos antes de morrer, teve o consolo de ver a Igreja novamente unida: em 1417. Realmente, Deus chama os homens certos para os momentos críticos do povo e da Igreja. Recomposta a unidade da Igreja no concílio de Constância, viajou para a França na tentativa de por fim à guerra dos Cem anos. Ainda hoje na Espanha é costume dizer "Beba a água do Mestre Vicente!" - quando se deseja incutir o silêncio. Este fora um conselho que são Vicente Ferrer dera a uma mulher que sofria com o humor alterado com seu marido, quase sempre a brigar com ela. E qual foi o conselho que o santo lhe deu? "Minha senhora, quando seu esposo chegar do trabalho, encha a boca de água e permaneça assim o maior número de minutos que puder. Assim não lhe será difícil não responder aos insultos dele". São Vicente Ferrer foi chamado de "o anjo do Apocalipse" pois em suas pregações quase sempre falava dos flagelos e tribulações pelas quais haveria de passar a humanidade. Itinerário quaresmal Dom Genival Saraiva, Bispo de Palmares - PE O período da Quaresma é vivido na Igreja Católica da Quarta feira de Cinzas até a manhã da Quinta Feira Santa, dado que o “Tríduo Pascal começa com a Missa Vespertina de Quinta-Feira Santa, tem o seu momento mais alto na Vigília Pascal e termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.” Na verdade, este período litúrgico já está dentro do chamado “Ciclo da Páscoa”, como preparação dos fiéis para a celebração da Páscoa do Senhor. Na mensagem divulgada para a Quaresma de 2011, o Papa Bento XVI fala do “itinerário quaresmal” que leva os fiéis à Páscoa da Ressurreição. Itinerário tem sua raiz na palavra latina “iter” que significa “caminho”, “viagem”, “passagem”, “marcha”. Nessa expressão está a ideia de ser a Quaresma um período que mobiliza os cristãos, pondo-os em ação e mudança; consequentemente, o tempo quaresmal desinstala os fiéis de sua comodidade, indiferença, apatia, omissão, diante de seus deveres para com Deus e de suas obrigações familiares e sociais. Trata-se, claramente, do caminho espiritual, moral, ético e social a ser percorrido pelos cristãos. Para seguirem esse caminho, as pessoas impõem-se exigências que vão da conversão, na sua expressão mais radical, até o nível mais elevado do aperfeiçoamento humano e, nesse seu esforço, contam com a graça de Deus. O itinerário quaresmal, a que se refere o Papa, segue a Liturgia do Ano A. “O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição dos homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida”. No segundo domingo, ao proclamar o texto da Transfiguração do Senhor, no Evangelho de Mateus, a Igreja “põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. (...) É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.” Na liturgia do terceiro domingo, “O pedido de Jesus à Samaritana: ‘Dá-Me de beber’(Jo 4, 7) (...) exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da ‘água a jorrar para a vida eterna’ (...) Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, ‘enquanto não repousar em Deus’ segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.” Na celebração do quarto domingo, o Evangelho do “cego de nascença” apresenta Jesus que “quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como ‘filho da luz’.” No quinto domingo, o Evangelho da ressurreição de Lázaro, segundo as palavras do Papa, coloca as pessoas “diante do último mistério da nossa existência: ‘Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?’ (...) A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.” O itinerário quaresmal deve ser trilhado pelos cristãos, segundo essa proposta celebrativa e catequética da Igreja, para seu proveito pessoal e seu testemunho comunitário. Você ama a vida? Então não desperdice o tempo, pois é a matéria de que a vida é feita. (Benjamin Franklin) Aconteceu no dia 5 de abril de 1794: Morte do advogado e revolucionário francês George Jacques Danton 1794

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