segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Quaresma conduz-nos para os caminhos do Senhor. Se temos um coração aberto para acolhê-lo, sentimos também os efeitos da graça divina. Foi grande a alegria com que o povo da Galileia acolheu Jesus. Devemos viver a mesma experiência dos galileus, acolhendo aquele que está disposto a assumir a dor e o sofrimento para nos redimir. Muitos sofrem por causa de doença, desemprego, violência... mas, sem amor e compaixão não podemos nada resolver. Seja, pois, a Quaresma o tempo do acolhimento da misericórdia divina sobre nós. TJL@04042011-0932LT BOM DIA EVANGELHO Segunda-feira, 4 de abril de 2011 Quarta Semana da Quaresma - 4ª Semana do Saltério (Livro II) - cor Litúrgica Roxa Hoje: Dia Mundial dos Direitos do Consumidor Santo do dia : Santo Isidoro de Sevilha, bispo, Doutor da Igreja, +636

Oração:

Ó Deus, que renovais o mundo com admiráveis sacramentos, fazei a vosso Igreja caminha segundo vossa vontade, sem que jamais lhe faltem neste mundo os auxílios de que necessita. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Salmo: 29 (30) 2 e 4.5-6.11-12a e 13b (R/.2a) Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes! Eu vos exalto, ó Senhor; pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo! Cantai salmos ao Senhor; povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria. Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor; o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos! Evangelho: João (Jo 4, 43-54) O Segundo sinal de Jesus Naquele tempo, 43 Jesus partiu da Samaria para a Galiléia. 44 O próprio Jesus tinha declarado, que um profeta não é honrado na sua própria terra. 45Quando então chegou à Galiléia os galileus receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus tinha feito em Jerusalém, durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. 46 Assim, Jesus voltou para Caná da Galiléia, onde havia transformado água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário do rei que tinha um filho doente. 47 Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo. 48 Jesus disse-lhe: "Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais". 49 O funcionário do rei disse: "Senhor; desce, antes que meu filho morra!" 50 Jesus lhe disse: "Podes ir, teu filho está vivo". O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora. 51 Enquanto descia para Cafarnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. 52 O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: "A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde". 53 O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: 'Teu filho está vivo". Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a família. 54 Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judéia para a Galiléia. Palavra da Salvação! Leituras paralelas: Mt 8, 5-13; Lc 7, 1-10 Comentário do Evangelho O Segundo sinal O evangelista João chama de sinais os fatos portentosos realizados por Jesus no exercício do seu ministério messiânico. Eles não pretendem ser uma prova da identidade de Jesus, nem tampouco visam forçar as pessoas a abraçarem a fé. Os sinais são manifestações da glória de Jesus para quem está disposto a lançar-se na dinâmica da fé. Indicam que nele existe algo que pode conduzir à fé, desde que bem entendido. Sem ela, será impossível identificar os feitos de Jesus como sinais. Eles possibilitam, a quem se aproxima de Jesus, penetrar no mistério divino, presente na história humana; permitem contemplar Deus atuando em favor da humanidade. Por outro lado, dão a entender que, em Jesus, a salvação torna-se realidade. O Deus invisível faz-se visível na ação de Jesus. Todos estes elementos estão presentes no sinal relatado pelo Evangelho. O funcionário real acredita que Jesus pode salvar-lhe o filho, que está à beira da morte. Como resposta, recebeu a ordem de ir para casa, pois seu filho já estava curado. Ao receber a notícia da cura, informou-se sobre a hora exata em que acontecera. E constatou ter sido na mesma hora em que Jesus lhe garantira a cura do filho. Por isso, “ele acreditou, e toda a sua casa”. O sinal levou o funcionário real à fé, porque estava predisposto a acolher Jesus. Neste caso, fez surtir o efeito desejado: foi gerador de fé. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Jaldemir Vitório, ©Paulinas]

Para sua reflexão: O milagre demonstra o poder de Jesus diante da morte iminente. Tem início um ato de confiança baseada na fama de Jesus, a quem o funcionário do rei pede um milagre. Quando Jesus pronuncia sua palavra, o homem crê nele. Quando comprova o milagre, creu nele com toda a família. No nosso tempo Jesus continua curando através da atitude de cada cristão evangelizador, de um lado, e em resposta de plena fé, e do ponto de vista de cada criatura evangelizada. Torne-se um instrumento do Senhor para que os milagres continuem acontecendo em nosso meio. A IGREJA CELEBRA HOJE Santo Isidoro Isidoro foi um dos homens mais influentes da Nação espanhola, Pai dos Concílios, dirigiu um dos mais celebres quarto Concílio em 633, o de Toledo, conselheiro até dos reis. É considerado como o maior símbolo e apogeu da Espanha Católica do século VII, comparado por muitos, a Santo Agostinho. Sua obra fundamental foi Etimologias, uma grande enciclopédia constituída por 20 livros que reunia toda a cultura antiga, salvando-a do perigo do naufrágio. Escreveu inumeráveis livros além de regra de vida monástica que exerceu grande influxo na difusão do monacato na Espanha. Foi uma das sementes mais ricas para o florescimento do catolicismo. Bispo e doutor da Igreja da Idade Média. Zeloso e preocupado com a maturidade cultural e moral do clero espanhol. Sua profunda sabedoria estava sempre aliada à humildade e caridade. Mais dois de seus irmãos foram bispos e santos (Leandro e Fulgêncio) e sua irmã, Florentina, religiosa. Leandro, o mais velho, foi tutor e mestre de Isidoro que ficou órfão ainda menino. Quem sabe, faz a hora: não espera acontecer! Dom Redovino Rizzardo, cs, Bispo de Dourados - MS A canção de Geraldo Vandré apareceu em 1968, mas 42 anos depois, em Dourados, ela teve uma reinterpretação, através de três eventos altamente significativos. O primeiro deles aconteceu no dia 21 de fevereiro de 2011, quando foi implantado o “Observatório Social de Dourados”. Ele integra a rede “Observatório Social do Brasil”, presente em mais de 100 cidades, destinado a pôr nas mãos do povo instrumentos que lhe possibilitem vigiar e aprimorar a atuação do poder executivo, legislativo e judiciário. Presente ao ato, dei o meu recado a quem me entrevistou: “O Observatório Social vem ao encontro de uma necessidade há muito esperada pelo povo. Votar não é suficiente; é preciso continuar participando: acompanhando e fiscalizando o que se refere à gestão da coisa pública”. A fundação do “Observatório Social” foi seguida de mais duas iniciativas semelhantes. No dia 25, os índios de Dourados implantaram o “Observatório de Direitos Indígenas do Mato Grosso do Sul” (ODIN). Com a finalidade de promover os interesses culturais, jurídicos e econômicos dos povos indígenas, o novo organismo conta com a participação de advogados, lideranças políticas, associações culturais, professores e acadêmicos. De acordo com o advogado e seu primeiro presidente, Wilson Matos da Silva, o ODIN Nacional já existe há dois anos, e tem sua sede em Brasília: “O ODIN do Mato Grosso do Sul quer ser o elo nas questões que envolvem disputas por terras no Estado, que, muitas vezes, resultam na criminalização de líderes indígenas». Para ele, é toda a sociedade brasileira que precisa se comprometer com a Constituição de 1988, para que seja assegurado aos índios o respeito à pluralidade e a seus costumes, usos, linguagem e crenças: «Para tanto, é necessário que a sociedade conheça os povos indígenas; é o que pretende fazer o Observatório de Dourados, contribuindo para a harmonia entre as partes”. A data de 8 de março assinala o dia internacional da mulher. A forma encontrada por um grupo de mulheres indígenas de Dourados para celebrar a efeméride foi inovadora. No dia 5 de março, a imprensa local publicou a seguinte notícia: “As mulheres da Reserva Indígena de Dourados se uniram para dar um ponto final à miséria e à violência que cercam as aldeias. Mães, mulheres de todas as idades, elas querem aprender uma profissão e se tornar empreendedoras. Para isso, estão adequando a cultura local para atender o mercado de trabalho fora da Reserva. A fundação da “Associação de Mulheres Indígenas de Dourados” (AMID) foi o pontapé inicial. Através de parcerias, a Associação leva cursos profissionalizantes às índias. Muitas delas já querem montar o seu próprio negócio”. Esclarecedoras as razões que motivaram as mulheres, assim sintetizadas por uma delas: “A mulher indígena não quer continuar dependente. Queremos trabalhar e conseguir dinheiro para manter nossa família, sem doação de ninguém. Queremos dignidade!». Outra colega da associação completou a dose: “Nossa cultura nos leva a ensinar os filhos a trabalhar desde cedo, ajudando o pai ou a mãe na lavoura e na comercialização do que é produzido na aldeia ou fora dela. Infelizmente, a lei diz que criança não pode trabalhar. O que sobra para elas? Muitas acabam nas drogas, na prostituição e na bebida”. Não posso negar: fazia anos que eu esperava por essas iniciativas na sociedade douradense e, sobretudo, na comunidade indígena. Se o “Observatório Social de Dourados” veio despertar nos cidadãos uma força e um compromisso há tempo adormecidos, as associações indígenas expressam o grito de libertação de um povo que já não suporta um assistencialismo do Estado, cujo objetivo mais ou menos oculto parece ser mantê-lo distante e alheio ao desenvolvimento. Estou convencido que, para preservar uma cultura tão rica em valores humanos como é a indígena, será necessário partir para novas formas de subsistência, que ofereçam aos índios os benesses indispensáveis de uma sociedade organizada, tais como a educação, a saúde, a moradia, o lazer e a segurança. Mas nada disso acontecerá – e a própria demarcação de terras não passará de ilusão e falácia – se a distribuição de cestas básicas não for acompanhada pela oferta de trabalho digno e de salário justo para todos. [CNBB] Vence a violência com suavidade, a malícia com a bondade. (Santo Isiodoro) Aconteceu no dia 4 de abril de 1968: Martin Luther King é assassinado em Memphis

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