segunda-feira, 31 de julho de 2023

bom dia evangelho - 1 de agosto de 2023

 

Bom dia evangelho

01 de agosto de 2023 - Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum

 A caminho da JMJ 2023 – Portugal.(Paróquia Nsa. Da Esperança-Asa Norte- BSB df)

Oração: Minha querida Mãe, pelo teu amor a Deus Todo-Poderoso, rogo-te que me ajudes sempre, mas sobretudo no último momento da minha vida. Não me abandones então, até que me vejas a salvo no céu, para me abençoar e que eu possa cantar as tuas misericórdias por toda a eternidade. Essa é a minha esperança. Amém!

Evangelho (Mt 13,36-43)

 Naquele tempo, Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: «Explica-nos a parábola do joio». Ele respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os que cortam o trigo são os anjos.
»Como o joio é retirado e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos e eles retirarão do seu Reino toda causa de pecado e os que praticam o mal; depois, serão jogados na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça».

«Explica-nos a parábola do joio» - Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje, com a parábola do joio e do trigo, a Igreja nos convida a meditar sobre a convivência do bem e do mal. O bem e o mal dentro do nosso coração; o bem e o mal que vemos em outros, que vemos existir neste mundo.
«Explica-nos a parábola» (Mt 13,36), pedem os discípulos a Jesus. E nós, hoje, podemos fazer o propósito de ter mais cuidado com a nossa oração pessoal, com o nosso trato cotidiano com Deus. Senhor, podemos dizer-lhe, explique-me por que não avanço suficientemente em minha vida interior. Explique-me como posso lhe ser mais fiel, como posso buscar-lhe em meu trabalho, ou através dessa circunstância que não entendo, ou não quero. Como posso ser um apóstolo qualificado. A oração é isso, pedir explicações a Deus. Como é minha oração? É sincera? É constante? É confiante?
Jesus Cristo nos convida a ter os olhos fixos no céu, nossa morada eterna. Freqüentemente, vivemos enlouquecidos pela pressa, e quase nunca nos detemos para pensar que um dia próximo ou não, não o sabemos deveremos prestar contas a Deus de nossa vida, de como temos feito frutificar as qualidades que Ele nos tem dado. E o Senhor nos diz que no fim dos tempos haverá uma triagem. Devemos ganhar o Céu na terra, no dia-a-dia, sem esperar situações que possivelmente nunca virão. Devemos viver heroicamente o que é ordinário, o que aparentemente não possui nenhuma transcendência. Viver pensando na eternidade e ajudar os outros a pensar nela!: paradoxalmente, «esforça-se para não morrer o homem que há de morrer; e não se esforça para não pecar o homem que há de viver eternamente» (São João de Toledo).
Colheremos o que houvermos semeado. Devemos lutar para dar 100% hoje. Para que quando Deus nos chame a sua presença Lhe apresentemos as mãos cheias: de atos de fé, de esperança, de amor. Que se concretizam em coisas muito pequenas e em pequenos vencimentos que, vividos diariamente, nos fazem mais cristãos, mais santos, mais humanos.

Santo Afonso Maria de Ligório - BISPO, DOUTOR DA IGREJA, +1787

Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, nasceu perto de Nápoles, Itália, em 1696 numa das mais antigas e nobres famílias da região. Formou-se em Direito Civil e Canónico aos 16 anos. Defendia tanto ricos como pobres com enorme dedicação, embora, como bom cristão e com uma profunda vida espiritual, desse preferência aos mais desfavorecidos. Exerceu advocacia durante 10 anos e tornou-se famoso por toda a Itália; mas, ao aperceber-se da corrupção moral existente na época, deixa tudo e segue a vida religiosa, renunciando à herança e aos títulos de nobreza a que tinha direito. Os pais acabaram por apoiá-lo na sua decisão e Afonso foi ordenado em 1726, com 30 anos. Nessa altura, adotou o nome de Maria por ter grande devoção a Nossa Senhora. Dedicou-se à evangelização, tendo como lema: “Deus enviou-me a evangelizar os pobres”; e ao conforto e orientação de quem o procurava no sacramento da reconciliação. Em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, também conhecida por Padres Redentoristas, destinada à pregação aos pobres das zonas mais desprotegidas, através de missões e retiros. Foi missionário no sul de Itália, pregando o Evangelho e a devoção a Maria, tendo convertido numerosas pessoas. Em 1762, o papa nomeou-o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, onde esteve durante 13 anos. Por estar paralítico e quase cego devido à artrite degenerativa de que sofria, retirou-se para o seu convento. Nos 12 anos seguintes, que foram de grande sofrimento, completou a sua imensa e importante obra composta por 120 livros e tratados, dos quais os mais célebres são: Teologia MoralGlórias de MariaVisitas ao SS. Sacramento e Tratado sobre a Oração. Como músico, que também era, compôs e escreveu muitos cânticos, entre eles “Tu scendi dalle stelle” (Tu desces das estrelas), que ainda hoje é cantado no Natal. Morreu aos 91 anos, no dia 1 de agosto de 1781, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Foi canonizado em 1839, declarado Doutor da Igreja em 1871 e em 1950 proclamado padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral. Foi-lhe concedido o título de Doutor Zelosíssimo.

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domingo, 30 de julho de 2023

bom dia evangelho - 31. julho. 023

 

Bom dia evangelho


31 de julho de 2023 - Segunda-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Quadro da Última Ceia / Crédito: Domínio público -       

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Jul. 23 / 06:00 am (ACI).- Um artigo de ‘National Catholic Register’ informou sobre os lugares onde, com maior certeza e baseando-se em pesquisas de arqueólogos, estariam os túmulos dos doze apóstolos. Os doze apóstolos são: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; Tiago Maior (filho de Zebedeu) e seu irmão João; Felipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago Menor (filho de Alfeu); Simão, o cananeu, Judas Tadeu e Judas Iscariotes, que entregou Jesus. Em substituição a este último, Matias foi nomeado posteriormente.

Oração: Ó Senhor, que desejais que nos exercitemos sempre mais no caminho da santidade, auxiliando-nos para isso com a companhia de Maria Vossa Mãe e nossa, concedei-nos por intercessão de Santo Inácio de Loyola a graça de largarmos aos pés do altar da Vossa Cruz a espada do pecado que Vos produz chagas, e receber cada vez mais profundamente na alma os projéteis de amor com que quereis nos alvejar, e alvejar, de modo que com esta santa troca tudo façamos para a Vossa maior glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mt 13,31-35):

Naquele tempo Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: «O Reino dos Céus é como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior que as outras hortaliças e torna-se um arbusto, a tal ponto que os pássaros do céu vêm fazer ninhos em seus ramos».
E contou-lhes mais uma parábola: «O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até que tudo ficasse fermentado». Jesus falava tudo isso em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar de parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: «Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo».

«Nada lhes falava sem usar de parábolas» - Rev. D. Josep Mª MANRESA Lamarca(Valldoreix, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho apresenta-nos Jesus predicando aos seus discípulos. E o faz do jeito que nele é habitual, através das parábolas, quer dizer, empregando imagens simples e comuns para explicar os grandes mistérios escondidos do Reino. Assim todo mundo podia entender, desde as pessoas com maior formação até as menos formadas.
«O Reino dos Céus é como um grão de mostarda...» (Mt 13,31). Os grãos de mostarda não se vêem, são muito pequenos, mas se temos cuidado deles e os regamos... Acabam se tornando em grandes árvores. «O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha...» (Mt 13,33). O fermento não se vê, mas se não estivesse aí, a massa não subiria. Assim também é a vida cristã, a vida da graça: não se percebe no exterior, não faz barulho, mas... Se você deixa que se introduza no seu coração, a graça divina vai fazendo frutificar a semente e transformando assim às pessoas pecadoras em santas.
Esta graça divina dá-se nos pela fé, pela oração, pelos sacramentos, pela caridade. Mas a vida da graça é, sobretudo, um dom que devemos esperar e desejar com humildade. Um dom que sábios e eruditos deste mundo não sabem valorar, mas que Deus Nosso Senhor quer fazer chegar aos humildes e simples.
Tomara que quando nos procure, encontre-nos não no grupo dos orgulhosos, mas naquele dos humildes, que se reconhecem fracos e pecadores, mas muito agradecidos e confiando na bondade do Senhor. Assim, o grão de mostarda chegará a ser uma grande árvore; assim o fermento da Palavra de Deus dará em nós frutos de vida eterna. Porque, «quanto mais se abaixa o coração pela humildade, mais se levanta até a perfeição» (São Agostinho).

Santo Inácio de Loyola

Santo Inácio de Loyola é um nome que podemos afirmar ser conhecido por católicos de todos os cantos do mundo. Um fidalgo e militar bruto que se rendeu ao Rei dos Reis e viveu como um manso servo do Senhor. Fundou uma das ordens religiosas mais influentes de toda história da Igreja: a Companhia de Jesus. Foi um mestre da vida interior, com os Exercícios Espirituais. E, de certa forma, é responsável direto pela penetração do Catolicismo no Brasil. Afinal, São José de Anchieta foi um presente jesuíta para a Terra de Santa Cruz.

Iremos, então, conversar sobre a vida de Iñigo López de Onãz y Loyola, um dos maiores santos de todos os tempos.

Quem foi Santo Inácio de Loyola?  

Santo Inácio de Loyola era o filho mais novo de treze irmãos. Vindo de uma família nobre do norte da Espanha, Iñigo (seu nome de batismo) logo cedo já demonstrou que tinha aptidões militares e grande desejo de se consagrar no meio das batalhas e guerras. Não era, antes de sua conversão, muito interessado nos estudos e cultivava desejos de glória e reconhecimento na aristocracia espanhola.

Para sua felicidade (e nossa!), foi resgatado por Deus em um lindo processo de conversão que entraremos mais a fundo adiante. A partir desse momento, todas as suas aptidões originais se moldariam à realidade do Cristo. Lutaria batalhas, mas espirituais. Conduziria exércitos, mas de membros da Companhia. Alcançaria glória, mas do Céu. Conquistaria pessoas, mas para Deus.

A conversão de Santo Inácio de Loyola é um exemplo alegórico do “Efeito Borboleta”! Esse efeito, usado para descrever a teoria do caos, diz que o bater de asas de uma borboleta pode gerar sequência de eventos tão imprevisíveis ao ponto de levar a um tufão do outro lado do mundo. E é assim com a conversão de Inácio. Uma bala de canhão teve como consequência final uma nova onda de disseminação do Catolicismo pelo mundo.
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quinta-feira, 27 de julho de 2023

bom dia evangelho - 28. julho. 023

 

Bom dia evangelho


28 de julho de 2023 - Sexta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Escoteiros carregam o andor com a imagem de Nossa Senhora de Fátima / Santuário de Fátima - FATIMA, 27 Jul. 23 / 04:22 pm (ACI).- Cerca de 400 escoteiros saíram hoje (27) da capelinha das aparições do santuário de Fátima, Portugal, para uma peregrinação a pé de 135 quilômetros até Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Eles carregam a imagem peregrina número 2 de Nossa Senhora de Fátima.

Oração: Deus eterno e todo poderoso quiseste que Santo Inocêncio I governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mt 13,18-23)

 Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Vós, portanto, ouvi o significado da parábola do semeador. A todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração; esse é o grão que foi semeado à beira do caminho. O que foi semeado nas pedras é quem ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando chega tribulação ou perseguição por causa da palavra, ele desiste logo. O que foi semeado no meio dos espinhos é quem ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele fica sem fruto. O que foi semeado em terra boa é quem ouve a palavra e a entende; este produz fruto: um cem, outro sessenta e outro trinta».

«Vós, portanto, ouvi o significado da parábola do semeador» - P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat(Montserrat, Barcelona, Espanha)

Hoje, contemplamos a Deus como um lavrador bom e magnânimo, que semeia com as mãos cheias. Não poupou nada para a redenção do homem, mas gastou tudo em seu próprio Filho, Jesus Cristo, que como grão enterrado (morte e sepultamento) converteu-se em nossa vida e ressurreição graças à sua santa Ressurreição.
Deus é um agricultor paciente. Os tempos pertencem o Pai, porque só Ele sabe o dia e a hora (cf. Mc 13,32) de ceifar e de separar os grãos da palha. Deus espera. Também nós temos de esperar, sincronizando o relógio da nossa esperança com o desígnio salvador de Deus. Diz São Tiago «Olhai o agricultor: ele espera com paciência o precioso fruto da terra, até cair a chuva do outono ou da primavera» (Tg 5,7). Deus espera a colheita fazendo-la crescer com a sua graça. Nós tampouco não podemos dormir, mas devemos colaborar com a graça de Deus prestando a nossa cooperação, sem pôr obstáculos a esta ação transformadora de Deus.
O cultivo de Deus que nasce e cresce assim na terra é um fato visível em seus efeitos; podemos vê-los nos milagres autênticos e nos exemplos clamorosos de santidade de vida. Há muita gente que depois de haver escutado todas as palavras e o ruído deste mundo, tem fome e sede de ouvir a autêntica Palavra de Deus, ali onde ela se encontra viva e encarnada. Há milhões de pessoas que vivem a sua pertença a Jesus Cristo e à Igreja com o mesmo entusiasmo inicial do Evangelho, pois a palavra divina «encontra a terra onde germinar e dar fruto» (São Agostinho); o que temos que fazer é levantar a nossa moral e olhar o futuro com olhos de fé.
O êxito da colheita não se encontra nas nossas estratégias humanas nem no marketing, mas na iniciativa salvadora de Deus “rico em misericórdia” e na eficácia do Espírito Santo, que pode transformar as nossas vidas para que demos frutos saborosos de caridade e de contagiosa alegria.

Santo Inocêncio I

Ele é lembrado como um homem muito enérgico e ativo, grande defensor da doutrina dos apóstolos, da disciplina eclesiástica, da unidade da Igreja e da paz do mundo. Segundo o Liber Pontificalis, ele nasceu em Albano numa data desconhecida e cresceu entre o clero romano e no serviço à Igreja Católica. Na época de seu pontificado, Roma estava cercada pelos bárbaros godos que eram liderados por Alarico, e só não tinha sido invadida graças às intervenções do papa junto a Alarico. O papa tentou mediar a negociação entre o imperador Honório e o invasor bárbaro, mas não conseguiu e a cidade foi saqueada. Foram três dias de roubo, devastação e destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de contato e mediação com o Papa Inocêncio I. Mesmo assim, a invasão foi tão terrível que seria comentada e lamentada depois, por Santo Agostinho e São Jerônimo. Inocêncio enfrentou muitas dificuldades, mas conseguiu manter a disciplina e tomou decisões litúrgicas vigentes até hoje. Elas se encontram nas correspondências deixadas pelo papa Inocêncio I. Com essas cartas se formou o primeiro núcleo das coleções canônicas, que faz parte do magistério ordinário dos pontífices, alvo de estudos ainda nos nossos dias. Também foi ele que estabeleceu a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com a doutrina apostólica romana. Sua influência política obteve do imperador Honório a proibição das lutas de gladiadores. Durante o seu pontificado difundia-se a heresia pelagiana, condenada no ano 416 pelos concílios regionais de Melevi e de Cartago, convocados por iniciativa de Santo Agostinho e com aprovação do Papa Inocêncio I, que formalmente sentenciou Pelágio e seu discípulo Celestio. Ele também é conhecido por defender São João Cristóstomo, Bispo de Constantinopla, da perseguição do Patriarca de Alexandria, Teófilo. O Papa Inocêncio I morreu em 28 de julho de 417, foi enterrado numa basílica sobre as catacumbas de Ponciano e venerado como um santo.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: A vida de Santo Inocêncio foi uma constante luta pela paz e pela pregação da Palavra de Deus. Suas ações na Igreja e no mundo político sempre tiveram como objetivo a luta pela dignidade humana. Que a vida de Santo Inocêncio inspire-nos ações de respeito e solidariedade com as pessoas.

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quarta-feira, 26 de julho de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 27. JULHO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


27 DE JULHO DE 2023 - Quinta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Missa com voluntários da JMJ Lisboa 2023 / JMJ Lisboa 2023       

Lisboa, 26 Jul. 23 / 04:09 pm (ACI).- Depois dos anos de pandemia de covid-19, a JMJ Lisboa 2023 é a jornada do “desconfinamento juvenil universal”, disse hoje (26) o patriarca de Lisboa, cardeal Manuel Clemente, em missa com os voluntários. Por causa das medidas restritivas impostas contra a covid, a Jornada Mundial da Juventude, que incialmente estava prevista para 2022, foi adiada para 2023 e acontecerá de 1º a 6 de agosto.

Oração: Senhor Deus da Vida, por intercessão de São Pantaleão, dignai-Vos solidificar o Sangue de Cristo no nosso coração, para que Ele flua em boas obras no corpo da nossa alma e todos possam por eles ver o milagre da nossa ressurreição ao Céu. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mt 13,10-17):

 Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: «Por que lhes falas em parábolas?». Ele respondeu: «Porque a vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não. Pois a quem tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas a quem não tem será tirado até o que tem. Por isto eu lhes falo em parábolas: porque olhando não enxergam e ouvindo não escutam, nem entendem. Deste modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Por mais que escuteis, não entendereis, por mais que olheis, nada vereis. Pois o coração deste povo se endureceu, e eles ouviram com o ouvido indisposto. Fecharam os seus olhos, para não verem com os olhos, para não ouvirem com os ouvidos, nem entenderem com o coração, nem se converterem para que eu os pudesse curar’.
»Felizes são vossos olhos, porque vêem, e vossos ouvidos, porque ouvem! Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram; desejaram ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram».

«Felizes são vossos olhos, porque veem, e vossos ouvidos, porque ouvem!» - Rev. D. Manel MALLOL Pratginestós(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje, recordamos o “louvor” dirigido por Jesus aos que se juntavam a Ele: «felizes são vossos olhos, porque vêem, e vossos ouvidos, porque ouvem!» (Mt 13,16). E perguntamo-nos: Estas palavras de Jesus dirigem-se também a nós, ou são somente para aqueles que O viram e escutaram directamente? Parece que os felizes são eles, pois tiveram a sorte de conviver com Jesus, de permanecer fisicamente e de modo sensível a seu lado. Enquanto nós estaríamos antes entre os justos e profetas - sem sermos justos, nem profetas! - que gostariam de O ver e ouvir.
Não esqueçamos, porém, que o Senhor se refere aos justos e profetas anteriores à sua vinda, à sua revelação: «Garanto-vos que muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, mas não viram» (Mt 10,17). Com Ele chega a plenitude dos tempos, e nós estamos nessa plenitude, já estamos no tempo de Cristo, no tempo da salvação. É verdade que não vimos Jesus com os nossos olhos, mas conhecemo-Lo. E não escutámos a sua voz com os nossos ouvidos, mas sim escutámos e escutaremos as suas palavras. O conhecimento que a fé nos dá, embora não seja sensível, é um conhecimento autêntico, põe-nos em contacto com a verdade e, por isso, nos dá a felicidade e a alegria.
Agradeçamos a nossa fé cristã, contentes com ela. Tentemos que o trato com Jesus seja próximo e não distante, tal como o tratavam aqueles discípulos que estavam junto a Ele, que O viram e ouviram. Não olhemos para Jesus indo do presente ao passado, e sim do presente ao presente, estamos realmente no seu tempo, um tempo que não acaba. A oração - falar com Deus -, e a Eucaristia – recebê-Lo – garantem-nos esta proximidade e fazem-nos realmente felizes ao vê-Lo com olhos e ouvidos de fé. «Recebe, pois, a imagem de Deus que perdeste pelas tuas más obras» (Santo Agostinho).

São Pantaleão

Pantaleão nasceu em Nicomédia (atual Izmit), Turquia, no século III. Seu pai era gentio, sua mãe cristã, que o educou na Fé católica. Porém deixou-se levar pelo paganismo. Após a morte da mãe, seu pai o encaminhou para o estudo da Retórica, Filosofia e Medicina, tornando-se um médico de prestígio. Pantaleão conheceu o virtuoso sacerdote Hermolau, que explicou a ele que Cristo é o verdadeiro Senhor da vida e da saúde, incentivando-o a conhecer “a cura que vem do alto”. Aconteceu então a Pantaleão encontrar-se diante de um menino morto pela picada de uma víbora. Resolveu testar se era verdade o que Hermolau dizia, e disse: “Em nome de Jesus Cristo, levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste”. Imediatamente a criança se pôs de pé, e a serpente morreu. Pantaleão converteu-se e foi batizado, passando a atender os doentes em nome de Deus, e a curar gratuitamente aos pobres. A época era de dura perseguição aos cristãos, promovida pelo imperador romano Diocleciano, e chegou à Nicomédia. A inveja dos médicos pagãos pelas suas curas milagrosas os levou a denunciá-lo às autoridades. Acabou por ser condenado à morte e decapitado em 303, a 27 de julho, entre os 20 e 30 anos de idade. Parte das relíquias do seu corpo foram guardadas na Sé da cidade do Porto, em Portugal, e porções do seu sangue são conservadas em Istambul (Turquia), Ravello (Itália) e no Real Mosteiro da Encarnação em Madri (Espanha). Neste último, o sangue, em estado sólido durante a maior parte do ano, liquefaz-se próximo à data da sua festa, fato observado pelo público. São Pantaleão é padroeiro dos médicos e da cidade do Porto. Na Argentina está o primeiro Santuário a ele dedicado.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Pode um incrédulo intencionalmente realizar milagres? Claro, é só Deus que os realiza, mas sem dúvida Ele tem o poder de usar como instrumento de Sua ação também um incrédulo, pois as más escolhas da legítima liberdade humana não superam a capacidade divina de tirar o Bem de um mal. Mas nestes casos não há intenção participativa da pessoa, somente a graça de Deus que supera o pecado. Portanto, a expectativa de Pantaleão já era de Fé, no sentido de que de fato aceitou como possibilidade real a ressurreição do menino, e deixou livre o caminho para que fluísse a ação de Deus. É esta a atitude que devemos ter ao pedir qualquer coisa ao Senhor. O ouvir da Boa Nova através de Hermolau já criara em Pantaleão a boa disposição de alma; o apostolado nunca é vão. A cura mais milagrosa é a conversão da alma, pois significa ressuscitar da mordida da “antiga serpente”, o diabo (cf. Ap 12,9). A cada Confissão a dureza do pecado se liquefaz, seu veneno transformado em sangue novo de vida na alma. A cada Sacramento, ocorre a mudança da solidez de um barro sem vida na participação humana no vivo Sangue do Cristo Ressuscitado, de onde escorrem as boas obras da Salvação. Mas os Sacramentos só estão disponíveis, encarnados, na casa própria da realeza de Deus, a Igreja, Seu Corpo Místico, estabelecida por exemplo no Real Mosteiro da Encarnação. Na Igreja e com os Sacramentos devemos nos levantar da morte do pecado, e com autoridade denunciar a inveja do Mal que mata a si mesmo, condenando-se ao inferno: “Retira-te satanás, nunca me aconselhes coisas vãs, é mal o que tu ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno” (parte final da oração da Medalha de São Bento).

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terça-feira, 25 de julho de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 26. JULHO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


26 DEJULHO DE 2023 - Quarta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Sant’Ana e São Joaquim

Oração: Deus Pai, que criastes a vida, concedei-nos por intercessão de São Joaquim e Santa Ana a graça de sermos como eles tão familiares a Nossa Senhora que, ignorados em tudo o mais, baste esta referência em nossa vida, para sermos plenamente conhecidos no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mt 13,1-9):

 Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar. Uma grande multidão ajuntou-se em seu redor. Por isso, ele entrou num barco e sentou-se ali, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. Ele falou-lhes muitas coisas em parábolas, dizendo: «O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. Outras caíram em terreno cheio de pedras, onde não havia muita terra. Logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol saiu, ficaram queimadas e, como não tinham raiz, secaram. Outras caíram no meio dos espinhos, que cresceram sufocando as sementes. Outras caíram em terra boa e produziram frutos: umas cem, outra sessenta, outra trinta. Quem tem ouvidos, ouça».

«O semeador saiu para semear» - P. Julio César RAMOS González SDB(Mendoza, Argentina)

Hoje, Jesus – pela mão de Mateus – introduz-nos nos mistérios do Reino através desta forma tão característica de nos apresentar a sua dinâmica, por meio de Parábolas.
A semente é a palavra proclamada, e o semeador é Ele mesmo. Ele não procura semear no melhor dos terrenos para garantir a melhor das colheitas. Ele veio para que todos «tenham vida, e a tenham em abundância» (Jo 10,10). Por isso, é que não se poupa a espalhar mãos-cheias generosas de sementes, seja «à beira do caminho (Mt 13,4), seja no «terreno cheio de pedras» (v. 5), ou «no meio dos espinhos» (v. 7), e finalmente «em terra boa» (v.8).
Assim, as sementes espalhadas por mãos generosas produzem a percentagem de rendimento que as possibilidades “toponímicas” lhes permitem. O Concílio Vaticano II diz: «A palavra do Senhor é comparada à semente lançada ao campo: os que a ouvem com fé e pertencem ao pequeno rebanho de Cristo, acolheram o reino de Deus; e então a semente germina por virtude própria e cresce até ao tempo da ceifa» (Lumen gentium, n. 5).
«Os que a ouvem com fé», diz-nos o Concílio. Estamos habituados a ouvi-la, talvez a lê-la e talvez a meditá-la. Conforme a profundidade de escuta na fé, assim será a possibilidade de produzir frutos. Embora estes venham, de certa forma, garantidos pela potência vital da Palavra-semente, não é menor a responsabilidade que nos cabe na escuta atenta dessa Palavra. Por isso, «Quem tem ouvidos, ouça» (Mt 13,9).
Pede hoje ao Senhor o desejo do profeta: «Bastava descobrir as tuas palavras e eu já as devorava, as tuas palavras para mim são prazer e alegria do coração, pois a ti sou consagrado, Senhor, Deus dos exércitos» (Jr 15,16).

Santa Ana e São Joaquim (pais de Nossa Senhora)

As informações sobre os pais da Virgem Maria, São Joaquim e Santa Ana, incluindo seus nomes, não se encontram na Bíblia, mas vêm de referências de textos apócrifos, como o Protoevangelho de Tiago e o Evangelho do Pseudo-Mateus, além da Tradição. Tais fontes indicam que moravam em Jerusalém, eram judeus exemplares e piedosos, e assim esperavam a vinda do Messias. Ana era filha de Achar e irmã de Esmeria, a mãe de Isabel e avó de São João Batista. Joaquim era um homem piedoso e muito rico, da tribo de Davi. Depois de casados, não tiveram filhos, o que, para a mentalidade judaica, era sinal de falta da bênção de Deus e condição humilhante. Suplicaram então a Deus, com orações, lágrimas e jejuns, a graça de gerarem um filho, mesmo já tendo chegado à velhice. O pedido foi atendido, e à filha deram o nome de Mirian (Maria), que significa “a amada”, “a esperada”, “a desejada”. Até os três anos de vida, Maria morou com os pais numa casa próxima à piscina de Betesda (ou Betzaeda, Betezatá, Betsata, Betzada), onde Jesus anos depois curou milagrosamente um paralítico (Jo 5,1-9). Os Cruzados construíram no local, no século XII, uma igreja dedicada a Santa Ana, ainda existente. Foi então levada pelos pais ao Templo de Jerusalém, para ser consagrada a seu serviço, em sinal de gratidão. Só em 1969 a Igreja definiu um dia único para venerar o casal, 26 de julho. Anteriormente, apenas Santa Ana era festejada, e em datas diferentes no Ocidente e no Oriente. Ela é invocada como padroeira das mães (que pedem um parto feliz, filhos saudáveis e leite suficiente para amamentar) e das viúvas, nos partos difíceis e contra a esterilidade conjugal. Santana ou San’Ana é também nome de muitas localidades e adotado igualmente como sobrenome familiar.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Independentemente da exatidão dos dados históricos sobre os pais de Nossa Senhora, que contudo não são necessariamente falsos e condenáveis e podem ser aceitos com razoabilidade, o que unicamente importa é que foram especialmente abençoados por Deus. E seus nomes conhecidos, em Hebraico, exprimem coerentemente as suas pessoas: Ana é “graça”, e Joaquim “Javé prepara” ou “Javé fortalece”. Imensa é a graça, a fortaleza, e o preparo, necessários para alguém ser responsável por Nossa Senhora! E para nós, que A queremos levar no coração por toda a vida, não menores são a graça, o preparo e a fortaleza indispensáveis para viver responsavelmente qualquer devoção e consagração a Ela oferecidas. A vida espiritual não pode ser leviana. Deus nos pedirá contas do modo como tratamos a Sua Mãe. Mesmo para quem não Lhe é devoto, ao menos um santo respeito é exigido, mas sobretudo é o amor filial, íntegro, simples, verdadeiro, que basta na relação com a mais acolhedora das mães. Não gerar vida, diante de Deus, é sim algo humilhante, não em relação à do corpo, mas à da alma… Logo, como Joaquim e Ana roguemos incessantemente a Deus, entre lágrimas sinceras e jejum dos pecados, da indiferença e da acomodação, para sermos solo fecundo. Caso contrário, o tempo inevitavelmente passará, e a velhice de alma, que corresponde a uma paralisia no trato com Deus, nos tornará estéreis na caridade, as boas obras que são o sinal de vida eterna. Somente na intimidade fecunda com o Espírito Santo é que poderemos gerar esta vida. Mas toda vida que nasce precisa crescer, e por isso deve ser consagrada ao Senhor, para que, imersa na piscina de Suas bênçãos, se torne “Mirian”: a vida amada, a vida desejada, isto é, a vida infinita. A união da alma com Deus gera frutos de caridade, que crescem e se transformam na vida celeste que esperamos. É natural que contemos com esta sabedoria nas pessoas mais velhas (embora atualmente o hedonismo e o ateísmo corrompam mesmo muitos dos que mais deveriam estar atentos à inevitabilidade da morte), e sobretudo que a saibam transmitir às novas gerações. É um dos maiores bens que os idosos podem fazer, santificando-se e aos demais, pois a autoridade deste seu apostolado tem profunda repercussão na formação dos jovens e crianças. O seu exemplo de fidelidade aos verdadeiros valores, sob as mais diferentes circunstâncias, através de um longo período de tempo, é em si uma santificação. Por isso os mais idosos, no contexto bíblico, estão associados a referência de respeitosa veneração (cf. 2 Mc 6,23). São Joaquim e Santa Ana são portanto modelo na santidade vivida em idade avançada. A eles devemos rogar, pedindo pelo resgate da valorização dos mais velhos na sociedade atual, que senil e estéril de comunhão com Deus, induz crianças, jovens e adultos a menosprezarem e mesmo promoverem o “desfazer-se” dos anciãos, pelo crime da eutanásia.

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segunda-feira, 24 de julho de 2023

bom dia evangelho - 25. julho. 023

 

Bom Dia evangelho


25 de julho de 2023 - 25 de julho: São Tiago, Apóstolo

O botafumeiro em pleno voo na catedral de Santiago  de Santiago

Oração: Deus Pai, que nos criastes para estarmos Convosco, concedei-nos por intercessão de São Tiago Maior a têmpera de ter verdadeira intimidade com Jesus, acompanhando-O exclusivamente, nos momentos de excelsa transfiguração e nos de pavorosa agonia, para que ao final desta peregrinação terrestre, tendo definitivamente decepado o apego ao corpo de pecado, possamos ser verdadeiramente chamados Filhos de Deus e não Filhos do Trovão. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mt 20,20-28)

 A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido. Ele perguntou: «Que queres?». Ela respondeu: «Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda». Jesus disse: «Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?». Eles responderam: «Sim, podemos». Declarou Jesus: «Do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou».
Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os e disse: «Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos».

«Podes beber do cálice que eu vou beber?» - Mons. Octavio RUIZ Arenas Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, o episódio que nos narra este fragmento do Evangelho nos põe diante a uma situação que ocorre com muita frequência nas diferentes comunidades cristãs. João e Santiago foram muito generosos ao abandonar sua casa e suas redes para seguir Jesús. Escutaram que o Senhor anuncia um Reino e que oferece a vida eterna, mas não chegam a entender ainda a nova dimensão que apresenta o Senhor e, por isso, sua mãe pedir a algo bom, mas que estão nas simples aspirações humanas: «Manda que estes dois filhos meus que se sentem, um a tua direita e outro a tua esquerda, em teu Reino» (Mt 20,21).
Igualmente, nós escutamos e seguimos o Senhor, como fizeram os primeiros discípulos de Jesus, mas não sempre chegamos entender totalmente sua mensagem e nos deixamos levar por interesses pessoais ou ambições dentro da igreja. Esquecemos que ao aceitar ao Senhor, temos que entregarmos confiança e de maneira plena a Ele, que não podemos pensar em obter a gloria sem ter aceitado a cruz.
A resposta que lhes dá Jesus pões exatamente a entonação neste aspecto: para participar de seu Reino, o que importa é aceitar beber de seu próprio «cálice» (cf. Mt 20,22), ou seja, estar dispostos a entregar nossa vida por amor a Deus e dedicarmos ao serviço de nossos irmãos, com a mesma atitude de misericórdia que teve Jesus. O Papa Francisco, em sua primeira homilia, ressaltava que para seguir a Jesus devemos caminhar com a cruz, pois «quando caminhamos sem a cruz, quando confessamos um Cristo sem cruz, não somos discípulos do Senhor».

São Tiago Maior

As informações sobre São Tiago Maior vêm do Novo Testamento. Nasceu em Betsaida da Galileia, em Israel, por volta do ano 5 a.C.. Era filho de Zebedeu e Salomé e irmão mais velho de São João Evangelista, este o mais jovem dos Apóstolos. É sempre citado como um dos três primeiros dos 12 Apóstolos, com Pedro e André. É chamado de “maior” para não ser confundido com outro dos Apóstolos, também de nome Tiago porém mais novo, e por isso identificado como “menor”, filho de Alfeu e Maria de Cléofas e primo de Jesus. Zebedeu, Tiago e João eram sócios de Pedro e André no trabalho da pesca. No mesmo dia, Jesus chama Pedro e André, e logo depois Tiago e João, para segui-Lo como “pescadores de homens”, e todos imediatamente largam tudo, até mesmo o pai dos dois últimos, Zebedeu, para ir com o Senhor (Mt 4, 17-22). Tiago, Pedro e João foram particularmente íntimos de Jesus, pois só os três estavam presentes com Ele em certos momentos importantes, como a ressurreição da filha de Jairo (Lucas 8,51), a cura da sogra de Pedro (Mc 1,29), a Transfiguração no Monte Tabor (Mt 17,1) e a agonia no Horto das Oliveiras (Mt 26,37). O temperamento exaltado de Tiago e João lhes valeu de Jesus o apelido de boanerges, isto é, “filhos do trovão”, como se evidencia quando ambos perguntam ao Senhor se quer que “mandem”(!) descer fogo do céu para matar os samaritanos que não O acolheram bem (Lc 9,51-56). Um outro traço de que os irmãos eram exagerados (e ainda com mentalidade muito mundana) é o pedido que fazem à própria mãe de interceder a Jesus por eles, para reservar-lhes no Seu reino os principais lugares (Mt 20, 20-28). Conta a Tradição que depois de Pentecostes Tiago foi evangelizar a Espanha, voltando depois a Jerusalém, onde está registrada a sua morte por decapitação a mando do rei Herodes Agripa (At 12,2), nos inícios das perseguições à Igreja. Foi o primeiro mártir entre os Apóstolos. Seu corpo teria sido levado para a Espanha. Em 831, segundo a Tradição, o bispo de Iria, cidade espanhola (atualmente Iria Flávia), viu uma estrela iluminando particularmente um campo, e ali foi encontrado um sepulcro com a inscrição: “Aqui jaz Jacobus, filho de Zebedeu e de Salomé”. (Jacobus, ou Jacó, é traduzido por “Tiago”). O local foi batizado de Campus stellae (“campo da estrela”), nome que originou a cidade de Santiago de Compostela. Construiu-se lá uma catedral e basílica dedicada a ele, um santuário que é local de peregrinações desde a Idade Média, quando a Igreja concedia indulgência plenária a todos aqueles que fizessem peregrinação ao local com espírito de penitência, arrependimento e conversão. Este benefício espiritual atraiu cada vez mais fiéis ao longo do tempo, com aumento gradativo das rotas de peregrinação, atualmente com cerca de 800 quilômetros. Normalmente esta devoção é feita a pé, mas também de bicicleta ou outro veículo que exija esforço humano, e hoje há ampla organização e infraestrutura para acolher os peregrinos do mundo todo ao longo das várias vias de acesso. Na Espanha há três datas anuais comemorativas do santo: 23 de maio, quando da sua aparição na batalha de Clavijo em 844 (contra os muçulmanos invasores da Europa, montando um cavalo branco); 25 de julho, quando do seu martírio; e 30 de dezembro, quando da transladação dos seus restos mortais para a Galícia, região onde fica Compostela. Esta última referência indica que não apenas a Tradição é fonte da sua passagem pela Espanha. São Tiago Apóstolo, Santiago ou Santiago de Compostela deu nome a muitas cidades e é padroeiro da Espanha, Guatemala, Chile e Nicarágua, dos peregrinos e cavaleiros, bem como dos exércitos espanhol e português (em honra da sua coragem em dar testemunho do Cristo; por isso foi criada a famosa Ordem de Santiago, valorizando honra, lealdade, coragem e fé).(Colaboração: : José Duarte de Barros Filho)

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