Batismo de
José Lourenço na capela são Judas Tadeu. Foto: Marina Lopes/Pascom Santuário
São José.
PARANÁ, 14 Jul. 23 / 01:34 pm (ACI).- Aos 104 anos, José Lourenço da Silva foi batizado, fez a primeira Eucaristia e a Crisma na capela são Judas Tadeu, em Alto Piquiri (PR) no dia 17 de junho. Para ele, “foi muito bacana, foi bom”, pois “o corpo estava pesado” e “agora tá tudo levinho”. Os sacramentos da iniciação cristã para Silva só foram possíveis com a ajuda e preocupação da agente da pastoral idosa e sua madrinha de batismo, Sidônia dos Santos e do vigário do santuário são José, padre Murilo Macedo. Sidônia relatou em vídeo da pascom do santuário são José, da diocese de Umuarama que sempre visitava Silva e falava ao marido que tinha vontade de cuidar dele. “Com paciência fui fazendo uma visita para ele até ele pegar confiança em mim. Daí eu peguei e falei assim: ô seu Zé, o senhor é batizado? Ele falou assim: ‘eu sou batizado em casa, eu nunca fui batizado na igreja, que não existia’. O senhor não tem vontade de batizar na igreja? ‘Tenho vontade de batizar sim, porque eu quero tomar a Hóstia, aquela Hóstia assim’, ele falava”, contou a madrinha do senhor José.
Oração: Deus, nosso Pai, vós sois aquele que tudo vê,
tudo escuta, tudo faz, tudo cria, se revelando sem se mostrar. A exemplo de
Santo Aleixo, busquemos a simplicidade de vida, pois vós sois o simples, o
indivisível, e somente os simples verão a vossa face única e verdadeira.
Dai-“Deus, nosso Pai, vós sois aquele que tudo vê, tudo escuta, tudo faz e tudo
cria, revelando-se sem se mostrar. A exemplo de Santo Aleixo, dai que busquemos
a simplicidade de vida, pois vós sois o Simples, o Indivisível, e somente os
simples verão a vossa face única e verdadeira. Dai-nos a retidão no falar e no
agir, a compaixão no acolher e a dedicação em servir, pois realizar essas
coisas é participar das vossas bem-aventuranças. Por Cristo nosso Senhor Amém.
Santo Aleixo, rogai por nós.”
Evangelho (Mt 10,34--11,1)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
«Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada.
De fato, eu vim pôr oposição entre o filho e seu pai, a filha e sua mãe, a nora
e sua sogra; e os inimigos serão os próprios familiares.
»Quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. E quem ama filho ou
filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não me
segue, não é digno de mim. Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua
vida por causa de mim a encontrará. Quem vos recebe, é a mim que está
recebendo; e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou. Quem receber
um profeta por ele ser profeta, terá uma recompensa de profeta. Quem receber um
justo por ele ser justo, terá uma recompensa de justo. E quem der, ainda que
seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequenos, por ser meu
discípulo, em verdade vos digo: não ficará sem receber sua recompensa».
Quando Jesus terminou estas instruções aos doze discípulos, partiu dali, a fim
de ensinar e proclamar a Boa Nova nas cidades da região.
«E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim» - Rev. D. Valentí ALONSO i Roig(Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus nos oferece uma importante mistura de
recomendações; é como um desses banquetes modernos onde os pratos são pequenas
porções para saborear. Trata-se de conselhos profundos e de difícil digestão,
destinados a seus discípulos na formação e preparação missionária (cf. Mt
11,1). Para gostar deles devemos contemplar o texto em partes diferentes.
Jesus começa dando a conhecer o efeito do seu ensino. Não obstante os efeitos
positivos, evidentes na atuação do Senhor, o Evangelho evoca as contrariedades
e contratempos da predicação: «e os inimigos serão os próprios familiares» (Mt 10,36).
Isso é o contraditório de viver na fé, temos a possibilidade de enfrentarmos,
até mesmo com os que estão mais perto de nós, quando não compreendemos quem é
Jesus, o Senhor, e não o percebemos como o Mestre da comunhão.
Em um segundo momento Jesus nos pede para ocupar o lugar mais alto na escala do
amor: «Quem ama pai ou mãe mais do que a mim...» (Mt 10,37), «e quem ama filho
ou filha mais do que a mim...» (Mt 10,37). Desse jeito, propõe deixarmos
acompanhar por Ele como presença de Deus, já que «quem me recebe, está
recebendo aquele que me enviou» (Mt 10,40). O resultado de morar acompanhados
pelo Senhor, acolhido em nossa morada, é gozar da recompensa dos profetas e
justos, porque temos recebido um profeta e um justo.
A recomendação do Mestre acaba valorizando as pequenas demonstrações de ajuda e
proteção às pessoas que moram acompanhadas pelo Senhor, os seus discípulos, que
somos todos os cristãos. «Quem der, ainda que seja apenas um copo de água
fresca, a um desses pequenos, por ser meu discípulo...» (Mt 10,42). A partir
deste conselho, nasce uma responsabilidade: em relação ao próximo, sejamos
conscientes de que as pessoas que moram com o Senhor, quem quer que sejam,
devem ser tratadas como Ele mesmo. São João Crisóstomo diz: «Se o amor estivesse
espalhado por todas as partes, nasceria dele uma quantidade infinita de bens».
Um mendigo que o povo venerava como santo viveu em Edessa, na Síria, no início do século V, e era conhecido como o “homem de Deus”. Segundo a lenda, o mendigo era Santo Aleixo, nascido em 350, em Roma, filho de um senador romano. Conta-se sobre ele que era muito virtuoso e caridoso. Quando ficou um pouco mais velho seguindo a tradição, seus pais o prometeram a uma jovem de excelente família cristã e eles acabaram se casando. Os pais de Aleixo não sabiam que ele tinha o desejo no coração de tornar-se consagrado a Deus. Por isso, na noite de núpcias, Aleixo conversou com sua noiva que também parecia ter o desejo de ser consagrada e eles resolveram não consumar o matrimonio para se dedicar totalmente a Deus. Ao perceber que a vida cheia de riquezas era um perigo para a alma, Aleixo abandonou todos os bens materiais e passou a peregrinar em oração por diversas cidades. Chegou a Edessa, na Síria e lá permaneceu por um bom tempo, vivia como mendigo pedindo esmolas perto da Basílica de São Tomé, repartia tudo que ganhava com os outros, ajudava os doentes na rua, a compaixão movia seu coração. Diversos casos de curas milagrosas aconteceram por causa de suas orações. Aleixo começou a ficar famoso pelas suas curas milagrosas e essa fama o incomodou fazendo com que ele voltasse a vida de peregrinação. Só que desta vez, o ser peregrino lhe causou muitos sofrimentos e maus tratos lhe causando uma deformação no rosto, por isso, voltou para Roma e pediu ajuda na casa do seu pai. Por causa do rosto deformado Aleixo não foi reconhecido pelo pai, mesmo assim, Santo Aleixo pediu: “Tende compaixão deste pobre de Jesus Cristo e permita-me ficar em algum canto do palácio”. O pai o acolheu e ordenou que ele ficasse cuidando da cocheira e dos animais, foram dezessete anos trabalhando na cocheira do palácio sem que ninguém desconfiasse de sua identidade, sendo maltratado pelos outros empregados. Mesmo assim, nunca revidou manteve acesa a chama de sua fé. Morreu em 17 de julho e foi colocado num cemitério comum para criados. Porém, antes de morrer, entregou um pergaminho ao criado que o socorreu, no qual revelava sua identidade. Os pais quando souberam, levaram o caso ao conhecimento do Bispo, que autorizou sua exumação. Aleixo foi levado então para um túmulo construído na propriedade do senador. A fama de sua história de "homem de Deus" se espalhou entre os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto. A casa do senador, pai de Santo Aleixo, ficava no monte chamado Aventino. No ano 1217 iniciou-se no local a construção de uma igreja dedicada a São Bonifácio. Ao se fazerem as escavações para a fundação, encontraram os restos mortais de Santo Aleixo. Por isso, a igreja construída ali passou a ser dedicada a Santo Aleixo, sob as ordens do Papa Honório III. Em fins do século X, o bispo Sérgio de Damasco fundou o Mosteiro de Santo Aleixo, dedicado a uma vida simples e pobre, para os monges gregos em Roma. No ano 1817, a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria nomeou Santo Aleixo como o segundo patrono, por seu exemplo de paciência, caridade e humildade.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
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