Escultura
de Timothy Schmalz. / Cortesia La Machi -
Vaticano, 03 Jul. 23 / 03:09 pm (ACI).- O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, abençoou na Itália a escultura "Deixai livres os oprimidos", do artista canadense Timothy Schmalz. A obra representa santa Josefina Bakhita, padroeira das vítimas do tráfico de pessoas. A escultura foi inaugurada na quinta-feira (29) em frente à igreja de São Francisco de Assis em Schio, por ocasião da festa de São Pedro Apóstolo, padroeiro da cidade. Segundo um comunicado de imprensa, a obra “evoca a figura de santa Josefina Bakhita com a intenção de conscientizar sobre o problema do tráfico de pessoas”. Durante seu discurso, o cardeal Parolin disse que além da escravidão física sofrida pelas vítimas do tráfico representadas na escultura, muitas pessoas também podem se identificar com ela: "Porque acredito que todos temos uma escravidão da qual devemos nos libertar".
Oração:
Senhor Deus, que apascentas o
Vosso rebanho com plena solicitude, concedei-nos por intercessão de Santo
Antônio Maria Zaccaria realizar a sua proposta para a pastoral familiar,
levando o Bom Pastor ao núcleo das sociedades: as famílias constituídas como
Vos as criastes, de modo a reformar todo o orbe para vossa Adoração infinita
num único povo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mt 8,28-34):
Quando
Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu
encontro dois possessos, saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém
podia passar por aquele caminho. Eles então gritaram: «Que queres de nós, Filho
de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?». Ora, acerta
distância deles estava pastando uma manada de muitos porcos. Os demônios
suplicavam-lhe: «Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos». Ele disse:
«Ide». Os demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se
precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas. Os
que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o que
houve com os possessos. A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que
o viram, pediram-lhe que fosse embora da região.
«Pediram-lhe que fosse embora da
região»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona,
Espanha)
Hoje, no
Evangelho, contemplamos um triste contraste. “Contraste” porque admiramos o
poder e a majestade divina de Jesus Cristo, a quem voluntariamente se submetem
os demônios (sinal claro da chegada do Reino dos Céus). Mas, ao mesmo tempo,
deploramos a estreiteza e a mesquinhez de que é capaz o coração humano que
repudia o portador da Boa Nova: «A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E
logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região» (Mt 8,34). E “triste”
porque «a luz verdadeira, que vindo ao mundo (...), mas o mundo não a
reconheceu» (Jo 1, 9.11).
Mais contraste e mais surpresa ainda se reparamos no fato de que o homem é
livre e esta liberdade tem a “capacidade de reter” o poder infinito de Deus.
Digamos isto de outra maneira: a infinita Potestade divina chega até onde o
permite nossa “poderosa” liberdade. E isto é assim porque Deus nos ama
principalmente com um amor de Pai, e portanto, não nos há de surpreender que
ele respeite muito nossa liberdade: Ele não impõe seu amor: apenas o propõe
para nós.
Deus, com sabedoria e bondade infintas, governa providencialmente o universo,
respeitando nossa liberdade; e também faz isto quando essa liberdade humana lhe
dá as costas e não quer aceitar sua vontade. Ao contrário do que possa parecer,
não se lhe escapa o mundo das mãos: Deus leva tudo a bom termo, apesar dos
impedimentos que Lhe possamos opor. Na verdade, nossos impedimentos são antes
de tudo, impedimentos para nós mesmos.
Podemos afirmar então, que «frente a liberdade humana, Deus quis se fazer
“impotente”. E pode-se mesmo dizer que Deus está pagando por este grande dom [a
liberdade] que nos concedeu como seres criados por Ele à sua imagem e
semelhança [o homem]» (João Paulo II). Deus obedece!: sim, se o expulsamos, Ele
obedece e se vai. Ele obedece, mas nós perdemos. Ao contrário, saímos ganhando
quando respondemos como Santa Maria: «Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em
mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38).
Antônio Maria nasceu em 1502 em Cremona, Itália, na nobre família Zaccaria. Seu pai faleceu quando tinha dois anos, e sua mãe recusou outros casamentos para se dedicar totalmente a ele. Desde pequeno era muito inteligente, e caridoso, sendo comum voltar do colégio sem seu manto de lã, que dera a algum mendigo. Com 18 anos, decidiu deixar tudo o que seria sua herança com a própria mãe (que por toda a vida aceitou a solidão de modo a não atrapalhar a vocação do filho), indo estudar Filosofia em Pávia, e posteriormente Medicina em Pádua, onde se doutorou. Durante este tempo levou vida austera, simples e humilde, afastando-se das turbulências comuns à vida universitária. Já formado e tendo abandonado as roupas luxuosas, trocadas por vestes simples, dedicou-se a tratar principalmente dos mais necessitados, curando as doenças físicas mas também oferecendo conforto e esperança com a palavra de Deus. Por fim, em 1528, decidiu tornar-se sacerdote, mudando-se para Milão. Fundou nesta cidade, com o auxílio de Tiago Morigia e Bartolomeu Ferrari, a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, cujos membros ficaram conhecidos como “barnabitas”, porque a primeira Casa da Ordem foi construída ao lado da igreja de São Barnabé. Posteriormente, fundou a Congregação Feminina das Angélicas de São Paulo, auxiliado pela condessa de Guastalla, Ludovica Torelli, e o Grupo de Casais para os leigos. A ideia destas fundações era a verdadeira reforma dos religiosos e leigos, naquele momento em grande decadência moral, em oposição à mal denominada “Reforma” protestante do herético Lutero (este não fez qualquer reforma no Catolicismo, pois uma reforma mantém as bases e corrige os erros; Lutero simplesmente criou outra religião, na medida em que pretendeu mudar ou eliminar, não reformar, os próprios fundamentos do Catolicismo, como a Eucaristia e demais Sacramentos, o entendimento da Bíblia, a noção de santidade, etc.). Antônio foi assim um dos líderes da chamada (também inadequadamente) Contrarreforma, que uniu vários santos da Igreja no preparo do famosíssimo Concílio de Trento (1545-1563), fundamental para o esclarecimento dos erros dos protestantes e da afirmação das verdades da Doutrina e da Liturgia Católica. Outra dificuldade da época combatida por Antônio foi a ideia de incompatibilidade entre Fé e ciência, atualmente também em voga e de novo refutada pela Igreja (por exemplo na Encíclica de São João Paulo II Fides e Ratio, “Fé e Razão”: tanto a Fé quanto a Razão, e por consequência a Ciência que dela se desenvolve, vêm de Deus, e não podem por isso estar em oposição, pois Deus não age contra Si mesmo). Foi um grande promotor da devoção eucarística, e por isso instituiu as hoje muito conhecidas 40 horas de Adoração ao Santíssimo Sacramento como eficaz exercício espiritual. Propunha-se igualmente a tocar os sinos da igreja diariamente às 15h00, em homenagem e recordação ao momento da morte de Jesus na Sua Paixão. Em 1539, contraiu uma epidemia numa das suas numerosas missões de pregação e oração, e sendo médico, soube que não resistiria a ela. Voltou então para a casa materna, onde nascera, para aí nascer para a vida definitiva no Paraíso. Faleceu com menos de 37 anos nos braços da sua mãe terrena, despertando nos braços da Mãe do Céu. Santo Antônio Maria Zaccaria é considerado o pioneiro da Pastoral Familiar na Igreja Católica.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
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