Irmãs dos Pobres de Jesus
Cristo. - Foto: Fraternidade O Caminho/Divulgação
REDAÇÃO CENTRAL, 03 Jul. 23 / 04:40 pm (ACI).- A polícia da Nicarágua invadiu ontem (2), a casa das irmãs dos Pobres de Jesus Cristo, em León, e prendeu quatro freiras brasileiras. As irmãs da Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo estavam há sete anos na Nicarágua. A ordem religiosa faz parte da Fraternidade O Caminho, formada por consagrados, sacerdotes e leigos, fundada em 2001 pelo padre Gilson Sobreiro, pela irmã Serva das Chagas Ocultas do Crucificado, pjc, pela leiga Márcia Oliveira Maia Prates e alguns jovens. Segundo a fraternidade, as quatro irmãs foram deportadas para a missão em El Salvador e estão em segurança.
Oração: Deus Rei do Universo, cuja
Majestade enobrece os Vossos filhos e as nações, concedei-nos por intercessão
de Santa Isabel de Portugal, como Vós realeza que serve, seguir em espírito
este mesmo exemplo, depositando nesta vida uma coroa de obras de caridade
diante do Vosso altar, para, como imagem benéfica aos irmãos, mantermos a alma
incorrupta, exalando o bonus odor Christi que desejais. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho segundo São Mateus 8,23-27.
Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os
discípulos acompanharam-no.
Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o
barco. Jesus dormia.
Aproximaram-se os discípulos e acordaram-no, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que
estamos perdidos».
Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se,
falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança.
Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o
mar Lhe obedecem?».(Tradução litúrgica da Bíblia)
Santa Faustina Kowalska (1905-1938) - religiosa -Diário (Fátima, Marianos da Imaculada Conceição, 2003), § 1000 - Protege as almas do naufrágio, ó Jesus!
No ermo da vida, terrível
solidão, ó meu amado e dulcíssimo Jesus, defendei as almas da perdição, que
sois fonte de misericórdia e luz. E que dos vossos raios brote a claridade, ó
tão terno e doce guia da nossa alma, para que transforme o mundo em caridade,
sirva a Jesus, tendo recebido essa palma. Hei um longo, longo caminho
escalvado, contudo de coisa alguma tenho temor, pois da misericórdia flui rio imaculado,
e com ele desce ao humilde o forte amor. Estou cansada e esgotada pela dor, mas
dá-me testemunho a minha consciência: tudo seja para maior glória do Senhor,
que é meu descanso, minha providência.
Santa Isabel de Portugal - Localização: Espanha
Isabel foi a terceira filha do rei de Aragão (Espanha), Pedro III, nascida em 1271. Foi criada pelo avô, Tiago (ou, Jaime) I, “O Conquistador”, convertido ao cristianismo e levando uma vida voltada para a fé, que a formou santamente. Sua tia-avó foi Santa Isabel da Hungria, e, como ela, era devota de São Francisco de Assis, empenhada em ajudar os pobres e necessitados. Com apenas 12 anos foi pedida em casamento por três príncipes, e seu pai escolheu Dom Diniz, herdeiro do trono de Portugal. Já demonstrava então uma personalidade forte, mas doce, e foi reconhecida como uma das mais belas rainhas de Portugal e Espanha, além de muito inteligente e culta. Soube igualmente ser ótima diplomata. Era sobretudo uma mulher de oração e com a vida centrada na Eucaristia. Teve dois filhos, Constância, futura rainha de Castela (Espanha) e Afonso (IV), futuro rei de Portugal. O esposo lhe era notoriamente infiel, trazendo-lhe grande pesar e humilhação; apesar disso, manteve-se serena e fiel ao seu matrimônio, criando inclusive, com toda a caridade, os filhos ilegítimos do rei. Exerceu sozinha uma maravilhosa atividade pacificadora entre as cortes portuguesa e espanhola da época, onde as brigas pelo poder se multiplicavam; começou, logo no início do casamento, pela conciliação entre o esposo e o seu irmão que lhe disputava a coroa. Também teve que lidar com o comportamento belicoso do filho. Foi caluniada por um cortesão que a desejava mas não foi correspondido, e sofreu muito até que a sua inocência fosse incontestavelmente provada. Mas a sua piedade e vida de oração a tudo venceram. Por sua atividade espiritual, acabou por conquistar paz e benefício para o reino, e o reconhecimento de todos. Diariamente assistia à Missa; recitava o Ofício Divino desde os oito anos, acrescentando depois a recitação diária dos Salmos Penitenciais, bem como outras devoções à Virgem Maria e aos santos. Particularmente destacada era a sua devoção à Nossa Senhora da Conceição, que patrocinou e propagou, de modo que, por meio de Isabel foi celebrada pela primeira vez a Sua festa, em 8 de dezembro de 1320; também Isabel a escolheu como padroeira da nação portuguesa – o que influenciou de forma direta, posteriormente, também a Sua devoção e patronato no Brasil (Nossa Senhora da Conceição Aparecida). Foi rainha e nobre, igualmente e de modo mais importante, na caridade com os pobres. Protegeu todo tipo de necessitados, principalmente com suas posses e no cuidado dos doentes. Tratava pessoalmente dos leprosos mais repugnantes, medicando suas chagas e lavando suas roupas. E não poucos eram os doentes que saíam de sua presença inteiramente curados. Encaminhava para uma vida digna os órfãos e viúvas; providenciava digna sepultura e mandava celebrar Missas em sufrágio das almas dos abandonados. Quando ela saía no paço real, uma multidão de desvalidos lhe pedia ajuda, e todos eram generosamente atendidos. Em 1314 refundou o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes. Em 1321 fundou em Santarém o Hospital de Nossa Senhora dos Inocentes, que acolhia crianças abandonadas pelos pais. E em 1324, ficando doente seu esposo, o infiel rei Diniz, cuidou também dele, até sua morte no ano seguinte. Viúva, Isabel abdicou dos seus títulos de nobreza, doou sua fortuna para obras de caridade, depositou sua coroa no altar de São Tiago de Compostela e recebeu o hábito da Ordem Terceira Franciscana no Mosteiro das Clarissas, em Coimbra. Dedicou-se a uma vida de oração, piedade, pobreza, mortificação e cuidado dos pobres e doentes. Em 1336, enferma, saiu do mosteiro para, mais uma vez, encontrar-se com o filho Afonso e conciliar disputas familiares. Faleceu no mesmo ano, em Estremoz, distrito de Évora, Portugal, a quatro de julho, sendo sepultada no seu mosteiro em Coimbra. Seu corpo permaneceu incorrupto, exalando um bálsamo perfumado, e inúmeros milagres foram obtidos junto a ele. Por isso seus descendentes intercediam pelo aceleramento do processo de canonização; mas, já no século XVII, o então Papa Urbano VIII, por prudência, havia estabelecido que ele mesmo jamais haveria de canonizar alguém, de modo a que o tempo e estudos pormenorizados pudessem garantir a verdade em tais processos. Apenas por educação e cortesia, aceitou uma imagem de Isabel, enquanto os fiéis rezavam incessantemente a Deus pela canonização. Mas, ficando gravemente doente, e lembrando-se do que se falava das curas intermediadas por Isabel, encomendou-se a ela. No dia seguinte, acordou curado. Tornou-se assim seu devoto e a canonizou (em 1625), sendo esta a única canonização do seu pontificado de 21 anos. Santa Isabel é padroeira de Portugal e reconhecida como “rainha santa da concórdia e da paz”.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: Santa Isabel de Portugal,
esposa, rainha, mãe, religiosa, serva; cultivou ao longo da vida a oração,
conciliação, perdão, caridade, devoção. Por isso foi esposa da oração, rainha
da conciliação, mãe do perdão, devota da religiosidade e serva da caridade. Em
qualquer papel que se exerça nesta vida, é preciso como ela ter o alimento da
Eucaristia, e conceber Nossa Senhora como Aquela que nos aparece para conduzir
na inocência do corpo e da alma. Assim seguiremos o seu exemplo de sustentar
com o que temos o patrocínio das boas obras, propagar a cura dos males, que é o
Cristo, e fundar um edifício sólido de espiritualidade onde possamos nos
recolher definitivamente em Deus.
TJL – A12.COM
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