Oração: Senhor Deus, cujas obras maravilhosas se manifestam
na grandeza dos Vossos santos, e em todas as épocas protege os Vossos filhos,
concedei-nos pela intercessão de São Lourenço de Brindisi a graça da sua mesma
humildade, sem a qual não poderemos limpar o assoalho imundo das nossas almas,
pisadas pelo pecado, nem pacificar as disputas fratricidas das ambiciosas
paixões no coração; e igualmente a memória viva de Vós, para podermos recitar
na vida prática as virtudes, e na vida celeste o Glória em Vossa honra. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mt 12,1-8):
Naquele tempo, num dia de sábado, Jesus
passou pelas plantações de trigo. Seus discípulos estavam com fome e começaram
a arrancar espigas para comer. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: «Olha, os
teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!». Jesus
respondeu: «Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome e seus
companheiros também? Ele entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da
oferenda, que nem a ele, nem aos seus companheiros era permitido comer, mas
unicamente aos sacerdotes? Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no
templo, os sacerdotes violam o sábado e não são culpados? Ora, eu vos digo:
aqui está quem é maior do que o templo. Se tivésseis chegado a compreender o
que significa, ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, não condenaríeis
inocentes. De fato, o Filho do Homem é Senhor do sábado».
«Misericórdia eu quero, não sacrifícios» - Rev. D. Josep RIBOT i Margarit(Tarragona, Espanha)
Hoje, o Senhor se aproxima do campo cultivado da
sua vida, para recolher frutos de sua santidade. Encontrará caridade, amor a
Deus e aos demais? Jesus, que corrige a casuística meticulosa dos rabinos que
tornava insuportável a lei do descanso sabático, por acaso terá que lhe lembrar
que a ele só interessa o seu coração, a sua capacidade de amar?
«Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!»
(Mt 12,2). Disseram-Lhe isto convencido, isso é o que é incrível. Como proibir
alguém de fazer o bem sempre? Alguma coisa deve-lhe lembrar que nada o desculpa
de não ajudar aos demais. A caridade verdadeira respeita as exigências da
justiça, evitando a arbitrariedade ou o capricho, mas impede o rigorismo, que
mata o espírito da lei de Deus, que é um convite contínuo a amar, a dar-se aos
demais.
«Misericórdia eu quero, não sacrifícios» (Mt 12,7). Repete-o muitas vezes, para
gravá-lo em teu coração: Deus, rico em misericórdia, nos quer misericordiosos.
«Que próximo Deus está de quem confessa sua misericórdia! Sim, Deus não anda
longe dos contritos de coração» (Santo Agostinho). E quão longe estamos de Deus
quando permitimos que o nosso coração se endureça como uma pedra!
Jesus Cristo acusou os fariseus de condenar os inocentes. Grave acusação. E
você? Você se interessa de verdade pelas coisas dos demais? Os julga com
carinho, com simpatia, como quem julga a um amigo ou a um irmão? Procure não
perder o norte da sua vida.
Peça à Virgem que o faça misericordioso, que saiba perdoar. Seja benévolo. E se
descobre na sua vida algum detalhe que destoe dessa disposição de fundo, agora
é um bom momento para retificar, formulando algum propósito eficaz.
Geralmente, as chamadas
"crianças superdotadas", aquelas que demonstram um dom excepcional
para alguma especialidade, quando crescem, parecem "perder os
poderes" e nivelam-se com as demais pessoas. São poucas as exceções que
merecem ser recordadas. Mas, com certeza, uma delas foi Júlio César Russo, que
nasceu no dia 22 de julho de 1559, em Brindisi, na Itália.
Seu nome de batismo mostrava, claramente, a ambição dos pais, que esperavam
para ele um futuro brilhante, como o do grande general romano. Realmente, anos
depois, lá estava ele à frente das forças cristãs lutando contra a invasão dos
turcos muçulmanos, que ameaçava chegar ao coração da Europa depois de ter
dominado a Hungria. Só que não empunhava uma espada, mas sim uma cruz de
madeira. Nessa ocasião, já vestia o hábito franciscano, respondia pelo nome de
Lourenço e era o capelão da tropa, além de conselheiro do chefe do exército
romano, Filipe Emanuel de Lorena.
Vejamos como tudo aconteceu. Aos seis anos de idade, o então menino Júlio César
encantava a todos com o extraordinário dom de memorizar as páginas de livros,
em poucos minutos, para depois declamá-las em público. E cresceu assim,
brilhante nos estudos. Quando ficou órfão, aos quatorze anos de idade, foi
acolhido por um tio, que residia em Veneza. Nessa megalópole, pôde desenvolver
muito mais os seus talentos para os estudos.
Mas a religião o atraia de forma irresistível. Dois anos após chegar a Veneza,
ele atendeu ao chamado e ingressou na Ordem dos Frades Menores de São Francisco
de Assis. Em seguida, juntou-se aos capuchinhos de Verona, onde recebeu a
ordenação e assumiu o novo nome, em 1582. Depois, completou sua formação na
Universidade de Pádua. Voltou para Veneza em 1586, como professor dos noviços
da Ordem, sempre evidenciando os mesmos dotes da infância.
Tornou-se especialista em línguas e sua erudição levou-o a ocupar altos postos
em sua Ordem e também a serviço do sumo pontífice. Foi provincial em Toscana,
Veneza, Gênova e Suíça e comissário no Tirol e na Baviera, pregando firmemente
a ortodoxia católica contra a Reforma Protestante, além de animar as
autoridades e o povo na luta contra a dominação dos turcos muçulmanos. Lourenço
foi, mesmo, o superior-geral da sua própria Ordem e embaixador do papa Paulo V,
com a missão de intermediar príncipes e reis em conflito.
Lourenço de Brindisi morreu no dia do seu aniversário, em 1619, durante sua
segunda viagem à Península Ibérica, na cidade de Lisboa, em Portugal. Foi
canonizado em 1881 e recebeu o título de doutor da Igreja em 1959, outorgado
pelo papa João XXIII. A sua festa é celebrada um dia antes do aniversário de
sua morte, dia 21 de julho.(*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo
Paulinas http://www.paulinas.org.br)
TJL –
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