Missa com
voluntários da JMJ Lisboa 2023 / JMJ Lisboa 2023
Lisboa, 26 Jul. 23 / 04:09 pm (ACI).-
Depois dos anos de pandemia de covid-19, a JMJ Lisboa 2023 é a jornada do
“desconfinamento juvenil universal”, disse hoje (26) o patriarca de Lisboa,
cardeal Manuel Clemente, em missa com os voluntários. Por causa das
medidas restritivas impostas contra a covid, a Jornada Mundial da Juventude,
que incialmente estava prevista para 2022, foi adiada para 2023 e acontecerá de
1º a 6 de agosto.
Oração:
Senhor Deus da Vida, por
intercessão de São Pantaleão, dignai-Vos solidificar o Sangue de Cristo no
nosso coração, para que Ele flua em boas obras no corpo da nossa alma e todos
possam por eles ver o milagre da nossa ressurreição ao Céu. Pelo mesmo Nosso
Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mt 13,10-17):
Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se e
disseram a Jesus: «Por que lhes falas em parábolas?». Ele respondeu: «Porque a
vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não. Pois a
quem tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas a quem não tem será
tirado até o que tem. Por isto eu lhes falo em parábolas: porque olhando não
enxergam e ouvindo não escutam, nem entendem. Deste modo se cumpre neles a
profecia de Isaías: ‘Por mais que escuteis, não entendereis, por mais que olheis,
nada vereis. Pois o coração deste povo se endureceu, e eles ouviram com o
ouvido indisposto. Fecharam os seus olhos, para não verem com os olhos, para
não ouvirem com os ouvidos, nem entenderem com o coração, nem se converterem
para que eu os pudesse curar’.
»Felizes são vossos olhos, porque vêem, e vossos ouvidos, porque ouvem! Em
verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e
não viram; desejaram ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram».
«Felizes são vossos olhos, porque veem, e vossos ouvidos, porque ouvem!» - Rev. D. Manel MALLOL Pratginestós(Terrassa, Barcelona, Espanha)
Hoje, recordamos o “louvor” dirigido por Jesus aos
que se juntavam a Ele: «felizes são vossos olhos, porque vêem, e vossos
ouvidos, porque ouvem!» (Mt 13,16). E perguntamo-nos: Estas palavras de Jesus
dirigem-se também a nós, ou são somente para aqueles que O viram e escutaram
directamente? Parece que os felizes são eles, pois tiveram a sorte de conviver
com Jesus, de permanecer fisicamente e de modo sensível a seu lado. Enquanto
nós estaríamos antes entre os justos e profetas - sem sermos justos, nem
profetas! - que gostariam de O ver e ouvir.
Não esqueçamos, porém, que o Senhor se refere aos justos e profetas anteriores
à sua vinda, à sua revelação: «Garanto-vos que muitos profetas e justos
desejaram ver o que estais vendo, mas não viram» (Mt 10,17). Com Ele chega a
plenitude dos tempos, e nós estamos nessa plenitude, já estamos no tempo de
Cristo, no tempo da salvação. É verdade que não vimos Jesus com os nossos
olhos, mas conhecemo-Lo. E não escutámos a sua voz com os nossos ouvidos, mas
sim escutámos e escutaremos as suas palavras. O conhecimento que a fé nos dá,
embora não seja sensível, é um conhecimento autêntico, põe-nos em contacto com
a verdade e, por isso, nos dá a felicidade e a alegria.
Agradeçamos a nossa fé cristã, contentes com ela. Tentemos que o trato com
Jesus seja próximo e não distante, tal como o tratavam aqueles discípulos que
estavam junto a Ele, que O viram e ouviram. Não olhemos para Jesus indo do
presente ao passado, e sim do presente ao presente, estamos realmente no seu
tempo, um tempo que não acaba. A oração - falar com Deus -, e a Eucaristia –
recebê-Lo – garantem-nos esta proximidade e fazem-nos realmente felizes ao
vê-Lo com olhos e ouvidos de fé. «Recebe, pois, a imagem de Deus que perdeste
pelas tuas más obras» (Santo Agostinho).
Pantaleão nasceu em Nicomédia (atual Izmit), Turquia, no século III. Seu pai era gentio, sua mãe cristã, que o educou na Fé católica. Porém deixou-se levar pelo paganismo. Após a morte da mãe, seu pai o encaminhou para o estudo da Retórica, Filosofia e Medicina, tornando-se um médico de prestígio. Pantaleão conheceu o virtuoso sacerdote Hermolau, que explicou a ele que Cristo é o verdadeiro Senhor da vida e da saúde, incentivando-o a conhecer “a cura que vem do alto”. Aconteceu então a Pantaleão encontrar-se diante de um menino morto pela picada de uma víbora. Resolveu testar se era verdade o que Hermolau dizia, e disse: “Em nome de Jesus Cristo, levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste”. Imediatamente a criança se pôs de pé, e a serpente morreu. Pantaleão converteu-se e foi batizado, passando a atender os doentes em nome de Deus, e a curar gratuitamente aos pobres. A época era de dura perseguição aos cristãos, promovida pelo imperador romano Diocleciano, e chegou à Nicomédia. A inveja dos médicos pagãos pelas suas curas milagrosas os levou a denunciá-lo às autoridades. Acabou por ser condenado à morte e decapitado em 303, a 27 de julho, entre os 20 e 30 anos de idade. Parte das relíquias do seu corpo foram guardadas na Sé da cidade do Porto, em Portugal, e porções do seu sangue são conservadas em Istambul (Turquia), Ravello (Itália) e no Real Mosteiro da Encarnação em Madri (Espanha). Neste último, o sangue, em estado sólido durante a maior parte do ano, liquefaz-se próximo à data da sua festa, fato observado pelo público. São Pantaleão é padroeiro dos médicos e da cidade do Porto. Na Argentina está o primeiro Santuário a ele dedicado.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: Pode um incrédulo intencionalmente realizar
milagres? Claro, é só Deus que os realiza, mas sem dúvida Ele tem o poder de
usar como instrumento de Sua ação também um incrédulo, pois as más escolhas da
legítima liberdade humana não superam a capacidade divina de tirar o Bem de um
mal. Mas nestes casos não há intenção participativa da pessoa, somente a graça
de Deus que supera o pecado. Portanto, a expectativa de Pantaleão já era de Fé,
no sentido de que de fato aceitou como possibilidade real a ressurreição do
menino, e deixou livre o caminho para que fluísse a ação de Deus. É esta a
atitude que devemos ter ao pedir qualquer coisa ao Senhor. O ouvir da Boa Nova
através de Hermolau já criara em Pantaleão a boa disposição de alma; o
apostolado nunca é vão. A cura mais milagrosa é a conversão da alma, pois
significa ressuscitar da mordida da “antiga serpente”, o diabo (cf. Ap 12,9). A
cada Confissão a dureza do pecado se liquefaz, seu veneno transformado em
sangue novo de vida na alma. A cada Sacramento, ocorre a mudança da solidez de
um barro sem vida na participação humana no vivo Sangue do Cristo Ressuscitado,
de onde escorrem as boas obras da Salvação. Mas os Sacramentos só estão
disponíveis, encarnados, na casa própria da realeza de Deus, a Igreja, Seu
Corpo Místico, estabelecida por exemplo no Real Mosteiro da Encarnação. Na
Igreja e com os Sacramentos devemos nos levantar da morte do pecado, e com
autoridade denunciar a inveja do Mal que mata a si mesmo, condenando-se ao
inferno: “Retira-te satanás, nunca me aconselhes coisas vãs, é mal o que tu
ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno” (parte final da oração da Medalha de São
Bento).
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