quinta-feira, 25 de abril de 2024

 

BOM DIA EVANGELHO


26 DE ABRIL DE 2024 - Sexta-feira da 4ª semana da Páscoa

Oração: Glorioso e Eterno Senhor, peço-vos, pela intercessão de Vosso Servo, o Papa Santo Anacleto, que construiu o túmulo de São Pedro, nosso primeiro Papa, a graça de ser sempre um defensor do papado e de cumprir, com zelo apostólico, os deveres do fiel cristão. Amém.

Livro dos Atos dos Apóstolos 13,26-33.

Naqueles dias, disse Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia: «Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que temeis a Deus, a nós foi dirigida esta palavra da salvação.
Na verdade, os habitantes de Jerusalém e os seus chefes não quiseram reconhecer Jesus, mas, condenando-O, cumpriram as palavras dos Profetas que se leem cada sábado.
Embora não tivessem encontrado nada que merecesse a morte, pediram a Pilatos que O mandasse matar.
Cumprindo tudo o que estava escrito acerca dele, desceram-no da cruz e depuseram-no no sepulcro.
Mas Deus ressuscitou-O dos mortos
e Ele apareceu durante muitos dias àqueles que tinham subido com Ele da Galileia a Jerusalém e são agora suas testemunhas diante do povo.
Nós vos anunciamos a boa nova de que a promessa feita a nossos pais,
Deus a cumpriu para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como está escrito no salmo segundo: "Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei"».

Livro dos Salmos 2,6-7.8-9.10-11.

Fui Eu quem ungiu o meu Rei
sobre Sião, minha montanha sagrada.
Vou proclamar o decreto do Senhor.
Ele disse-me: «Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.

Pede-me e te darei as nações por herança
e os confins da Terra para teu domínio.
Hás de governá-los com cetro de ferro,
quebrá-los como vasos de barro».

E agora, ó reis, tomai sentido,
atendei, vós que governais a terra.
Servi o Senhor com temor,
aclamai-O com reverência.

Evangelho segundo São João 14,1-6.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim.
Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar?
Quando Eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também.
Para onde Eu vou, conheceis o caminho».
Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?».
Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim».(
Tradução litúrgica da Bíblia)

Santa Catarina de Sena (1347-1380) = terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa - Carta 101 a D. Tiago, n.º 55

«Em casa de meu Pai há muitas moradas»

A Soberana Bondade manifesta-se de muitas maneiras e Cristo, bendito seja, afirmou: «Em casa de meu Pai há muitas moradas». Quem poderá contar a diversidade dos meios, das visitas, dos dons e das graças de Deus, não só nas criaturas, mas numa só alma? Pois assim como as virtudes são diferentes, embora estejam todas marcadas pelo sinal da caridade, assim também o comportamento e as obras dos servos de Deus são muito diferentes; não é que aquele que tem a virtude da caridade na perfeição não tenha também todas as outras, mas cada um tem uma virtude particular que domina todas as outra

Santo Anacleto

Anacleto ou Cleto nasceu em Atenas, na Grécia, filho de Antíoco, segundo o que diz o Liber Pontificalis (livro das biografias dos Papas de São Pedro até Papa Estevão V no século XV). Depois de séculos de controvérsia o Anuário Pontifício de 1947 estabeleceu que a figura do Papa Anacleto coincide com a de Cleto, ou seja, são a mesma pessoa. Ele era discípulo de São Pedro, viveu no período dos imperadores romanos Vespasiano, Tito e Domiciano; este último tendo desencadeado uma perseguição violenta contra os cristãos. Foi o terceiro Papa da história tendo seu pontificado ocorrido durante o reinado do imperador Tito. Enquanto ele era papa, aconteceu em 24 de agosto de 79 a erupção do Monte Vesúvio que causou a destruição das cidades de Estábia, Ercolano e Pompeia, uma cidade onde já havia uma grande comunidade de cristãos. Durante seu pontificado, ordenou 25 sacerdotes, construiu um memorial a São Pedro, que o teria ordenado sacerdote. Anacleto teria sido sepultado no dia 26 de abril de 88 na Necrópole do Vaticano, próximo ao túmulo de São Pedro.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho) 

Reflexão: Ao celebrarmos a memória de Santo Anacleto, estamos celebrando também a sucessão apostólica na condução da Igreja Católica através dessa linha ininterrupta de Papas iniciada por São Pedro até os dias de hoje. Garantindo assim, a unidade da Igreja Católica, sua continuidade e conservando intacto o “depósito da fé”, que recebeu do Senhor.

FONTE: ACIDIGITAL.COM – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG

quarta-feira, 24 de abril de 2024

bom dia evangelho - 25. abril. 024

 

Bom dia evangelho


25 de abril  de 2024 - S. Marcos Evangelista, festa

Oração: Senhor Deus, que por Vossa Palavra inspirastes os escritos de São Marcos, concedei-nos a sua mesma proximidade com a mensagem de Jesus, e por sua intercessão fazei também da nossa casa um centro cristão, onde, através da perseverança na missão, como ele sirvamos a Pedro, isto é, à Igreja, comunicando a todos a Boa Nova. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.1.ª Carta de São Pedro 5,5b-14.

 

Revesti-vos de humildade, uns para com os outros, porque «Deus resiste aos soberbos e dá a graça aos humildes».
Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo oportuno.
Confiai-Lhe todas as vossas preocupações, porque Ele vela por vós.
Sede sóbrios e vigiai. O vosso inimigo, o diabo, anda à vossa volta, como leão que ruge, procurando a quem devorar.
Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que os vossos irmãos espalhados pelo mundo suportam os mesmos sofrimentos.
O Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua eterna glória em Cristo, depois de terdes sofrido um pouco, vos restabelecerá, vos aperfeiçoará, vos fortificará e vos tornará inabaláveis.
A Ele o poder e a glória pelos séculos dos séculos. Ámen.
Foi por meio de Silvano, a quem considero irmão de confiança, que vos escrevi estas breves palavras, para vos exortar e assegurar que é esta a verdadeira graça de Deus. Permanecei firmes nela.
Saúda-vos a comunidade estabelecida em Babilónia, eleita como vós, e também Marcos, meu filho.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo da caridade. Paz a todos os que estais em Cristo.

Livro dos Salmos 89(88),2-3.6-7.16-17.

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»,
no Céu permanece firme a vossa fidelidade.

Senhor, os céus proclamam as vossas maravilhas
e a assembleia dos santos a vossa fidelidade.
Quem sobre as nuvens se pode comparar ao Senhor?
Quem entre os filhos de Deus será igual ao Senhor?

Feliz do povo que sabe aclamar-Vos
e caminha, Senhor, à luz do vosso rosto.
Todos os dias aclama o vosso nome
e se gloria com a vossa justiça.

Evangelho segundo São Marcos 16,15-20.

Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas;
se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles partiram a pregar por toda a parte, e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.(
Tradução litúrgica da Bíblia)

 Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208) - bispo, teólogo, mártir - «Contra as Heresias», III 1,1

«Pregai o Evangelho a toda a criatura»

Quando Nosso Senhor ressuscitou dos mortos e os apóstolos foram revestido com a força do alto pela vinda do Espírito Santo (cf Lc 24,49), ficaram cheios de certezas sobre tudo e receberam o conhecimento perfeito. Possuidores do Evangelho, foram, pois, até aos confins da Terra (cf Sl 18,5) proclamar a Boa Nova que nos vem de Deus e anunciar aos homens a paz do Céu. Assim, Mateus publicou no meio dos hebreus e na sua própria língua uma forma escrita do Evangelho, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam Roma e aí fundavam a Igreja. Após a morte destes dois apóstolos, Marcos, discípulo de Pedro e seu intérprete (cf 1Pe 5,19), transmitiu-nos por escrito a pregação de Pedro. Por seu lado, Lucas, companheiro de Paulo, consignou num livro o Evangelho pregado por este. Por fim, João, o discípulo do Senhor, o mesmo que tinha repousado sobre o seu peito, também publicou um Evangelho durante a sua estadia em Éfeso. [...] Marcos, intérprete e companheiro de Pedro, declarou o seguinte no início da sua redação do Evangelho: «Princípio do evangelho de Jesus, Cristo, Filho de Deus. Tal como está escrito no profeta Isaías – eis que envio o meu mensageiro à tua frente, que há de preparar o teu caminho». [...] Como se vê, Marcos faz das palavras dos santos profetas o início do Evangelho, e põe logo a abrir, como Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Aquele que os profetas proclamaram como Deus e Senhor. [...] No fim do Evangelho, Marcos diz: «E o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus». É a confirmação da palavra do profeta: «Oráculo do Senhor ao meu senhor: Senta-Te à minha direita e eu farei dos teus inimigos escabelo para os teus pés» (Sl 109,1).

São Marcos Evangelista

João Marcos era judeu da tribo de Levi, e sua mãe, já viúva, com boas condições materiais, ajudou os primeiros cristãos em sua casa, para onde dirigiu-se São Pedro ao ser milagrosamente liberto da prisão, em Jerusalém (cf. At 12,12). Por isso ela é conhecida como Maria, mãe de João Marcos, ou Maria de Jerusalém, numa das primeiras famílias cristãs da cidade. Neste episódio, Marcos ainda era uma criança. Segundo a Tradição, foi batizado por São Pedro, e certamente conheceu Jesus e todos os Apóstolos. Marcos era primo de São Barnabé, amigo de São Paulo, e em 44 ambos o seguiram na sua primeira viagem apostólica. Mas depois de Chipre, Marcos não conseguiu prosseguir, voltando para Jerusalém. Por este motivo, São Paulo não quis sua companhia na segunda viagem missionária, separando-se de Barnabé, que levou o primo consigo. Mas posteriormente Marcos auxiliou São Paulo em Roma, quando este foi preso pela primeira vez, e em 66, novamente preso, Paulo escreve a Timóteo pedindo que lhe envie Marcos, por este lhe ser muito útil no apostolado: assim vê-se que São Paulo reconhecera o valor deste evangelista, perdoando-o da primeira fraqueza. Também em Roma, Marcos trabalhou com São Pedro, que o chamava de “meu filho” (cf. 1Pd 5,13). Provavelmente ali escreveu seu Evangelho, o mais antigo e curto dos quatro e baseado nos relatos de São Pedro, no ano 67 ou 68, dirigindo-se primariamente aos cristãos latinos convertidos do paganismo. A Tradição diz que São Marcos foi pregar em Chipre após as mortes de São Pedro e São Paulo. A seguir viajou para a Ásia Menor e Egito, fundando em Alexandria uma das igrejas que mais se desenvolveram. Teria sido martirizado entre 68 e 72, enquanto celebrava uma Missa de Páscoa, de acordo com um documento do século IV chamado Atos de Marcos. Seu corpo foi posteriormente levado para Veneza, sendo depositado na sua famosa catedral. Outras relíquias suas estão no Cairo, no Egito, na igualmente denominada Catedral de São Marcos, sede do patriarcado copta-ortodoxo. São Marcos é venerado como santo na Igreja Católica, na Igreja Ortodoxa e na Igreja Copta, sendo padroeiro de Veneza.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho) 

Reflexão:  São Marcos teve a vivência única de acompanhar desde a infância a origem da Igreja, tendo a casa da sua própria família se tornado um centro do Cristianismo. Também marcantes são as suas experiências missionárias, com e sem São Paulo, e o serviço que prestou a São Pedro, em Roma. Foi escolhido e inspirado por Deus para escrever o, cronologicamente, primeiro Evangelho, ditado diretamente por São Pedro (em datas estimadas que variam entre os anos 44 e 67-68, segundo diferentes fontes), mais curto que os demais, e base para os outros Evangelhos sinópticos (“que têm a mesma visão”, no caso, muitos elementos em comum, referindo-se aos Evangelhos de São Mateus e São Lucas). Foi escrito em Grego, uma das línguas mais faladas da época, num estilo simples, espontâneo e com muita vivacidade, destacando os fatos (Mateus, por exemplo, tem mais discursos) e oferecendo muitos pormenores. Pode-se identificar duas grandes partes na obra; a primeira (até Mc 9,27-29) apresenta, gradualmente, Jesus como o Filho de Deus, o Messias poderoso e inequívoco, por isso o destaque dado aos milagres de Cristo. E a segunda destaca o Messias como sofredor. É preciso conhecer, viver e divulgar o Evangelho. Para isso foi escrito. Não se trata de uma consulta breve e ocasional, ou cultura superficial: disso depende a nossa salvação. A representação tradicional de São Marcos por um leão remete ao início do seu Evangelho, com a missão de São João Batista. Este é apresentado como “a voz que grita no deserto”, analogamente ao poderoso rugido de um leão. Há dois leões que combatem por nossa alma: o da tribo de Judá, Jesus, e aquele citado por São Pedro (1Pd 5,8), que deseja nos devorar, o diabo. O primeiro é livre e vem espontaneamente nos proteger, o segundo, amarrado (cf. Santo Agostinho, “O demônio é como um cão preso na coleira, Cristo o prendeu; só morde quem dele se aproxima”) só nos morderá se dele, também livremente, nos aproximarmos...

Fonte: a12.com – evangeli.net – evangelhoquotidiano.org

terça-feira, 23 de abril de 2024

bom dia evangelho - 24. abril. 024

 

Bom dia evangelho


24 de abril de 2024 - Quarta-feira da 4ª semana da Páscoa

Oração: Senhor, Justo Juiz, que em nosso benefício enviastes do Céu o Espírito Santo Paráclito, isto é, Advogado e Defensor, concedei-nos por intercessão de São Fidélis de Sigmaringen a humildade de reconhecermos as nossas fraquezas diante dos apelos do mundo, para buscarmos com sinceridade o auxílio que vem somente de Vós, e assim podermos ser fortalecidos para fazer o bem aos irmãos conforme ordenais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Jo 12,44-50):

 Jesus exclamou: «Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras e não as observa, não sou eu que o julgo, porque vim não para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Quem me rejeita e não acolhe as minhas palavras já tem quem o julgue: a palavra que eu falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por conta própria, mas o Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e falar. E eu sei: o que ele ordena é vida eterna. Portanto, o que eu falo, eu o falo de acordo com o que o Pai me disse».

«Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou» - P. Julio César RAMOS González SDB(Mendoza, Argentina)

Hoje, Jesus grita; grita como alguém que precisa que suas palavras sejam ouvidas por todos. Seu grito sintetiza sua missão salvadora, pois tem vindo «não para julgar o mundo, mas para salvá-lo» (Jo 12,47), não por si mesmo, mas em nome do «Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e falar» (Jo 12,49).
Ainda não faz um mês que celebramos o Tríduo Pascal: o Pai estava tão presente na hora extrema, na hora da Cruz! Como escreveu João Paulo II, «Jesus, aflito pela previsão da prova que o esperava, ante Deus, o invoca com sua habitual e carinhosa expressão de confiança: ‘Abba, Pai’». Nas horas seguintes, se faz evidente o diálogo estreito do Filho com o Pai: «Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34); «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito» (Lc 23, 46).
A importância da obra do Pai, e do seu enviado, merece a resposta de quem o escuta. Essa resposta é o crer, ou seja, a fé (cf. Jo 12,44); fé que nos dá — por Jesus mesmo — a luz para não continuar na escuridão. Ao contrário, quem rejeita esses dons e manifestações e não acolhe essas palavras «já tem quem o julgue: a Palavra» (Jo 12,48).
Aceitar Jesus, então, é crer, ver, ouvir ao Pai, significa não estar na escuridão, obedecer o mandato da vida eterna. Bem vinda seja a repreensão de São João da Cruz: «[O Pai] tudo nos falou por esta palavra só (...). Por isso, quem quiser perguntar alguma coisa a Deus ou ter uma visão ou revelação, seria não só uma necedade, também estaria ofendendo a Deus, já que não estaria colocando seu olhar em Cristo, evitando querer alguma outra coisa ou novidade».

São Fidelis de Sigmaringen

Marcos Reyd nasceu na cidade de Sigmaringen, região da Suábia, Alemanha, em 1577. Era de família nobre. Jovem de inteligência brilhante e vocação acadêmica, estudou na Universidade de Friburgo, Suíça, onde formou-se em Filosofia, Direito Civil e Canônico, Advocacia e “Licenciatura” (como Professor), em 1601. Em 1604 foi nomeado tutor de três jovens da nobreza, com os quais viajou durante seis anos pela Europa. A eles procurou passar os valores da Fé católica, também com o exemplo da frequência às Missas, auxílio aos pobres e doentes. Depois disso, trabalhou como advogado em Colmar, na região da Alsácia (atualmente no nordeste da França, na fronteira com a Suíça e a Alemanha, e historicamente disputada entre franceses e germânicos). Ali ficou conhecido como "advogado dos pobres", pois atendia gratuitamente aos que não podiam lhe pagar. Desgostou-se com algumas injustiças que não pode impedir; e, temendo não resistir às tentações do mundo, decidiu aos 34 anos retirar-se para um convento e se tornar sacerdote. Em 1612 entrou para a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Friburgo, doando parte dos seus bens à biblioteca e ao seminário da diocese (para beneficiar os sacerdotes com menos recursos), e o restante aos pobres. Ao fazer os votos perpétuos, adotou o nome de Fidélis. Sua vida religiosa caracterizou-se pelo amor à austeridade, penitência e humilhações. Não bebia vinho, usava sempre o cilício, era dócil ao seu diretor espiritual. Auxiliou corajosamente os enfermos da peste. Escreveu muito e bem, tornando-se um grande mestre da espiritualidade franciscana por sua profundidade espiritual e teológica. Excelente pregador, visitou muitas cidades alemãs e suíças, também em regiões rurais; os bons frutos surgiram e a notícia chegou a Roma. O Papa Gregório XV o enviou então para a Suíça, reduto de heréticos calvinistas, na tentativa de trazê-los de volta à Igreja. Enfrentou muitas ameaças de morte e cansaços, e em 1622, acompanhado por outros oito dominicanos, chegou ao Cantão de Prétigout, que estava sob domínio austríaco. Tendo convertido muitos hereges, incluindo nobres, despertou a ira dos calvinistas, que planejaram matá-lo e iniciar uma revolta contra o imperador austríaco. Fidélis não temia por sua vida, e profeticamente deixou escrito que seria assassinado, mas avisou os austríacos do levante, querendo evitar batalhas e mortes. Por isso os hereges o acusaram de ser espião da Áustria. Em 24 de abril, após celebrar uma Missa na aldeia de Grush, iniciou-se uma batalha entre grisões (suíços) e austríacos; Fidélis ainda conseguiu ir pregar na vizinha Sevis, mas na volta a Grush uma tropa suíça o reteve e tentou obrigá-lo a se tornar calvinista. Negou-se e foi atingido por um golpe de espada. De joelhos, rezou perdoando seus assassinos, e um segundo golpe o matou. Em fúria, os soldados ainda apunhalaram o corpo e cortaram uma perna. Posteriormente, o comandante da tropa arrependeu-se e abjurou a heresia.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Advogar a causa de Cristo e Sua Igreja exige que o católico seja fiel, “Fidelis”, e de fato não é por outro nome que são conhecidos os filhos de Deus. As primeiras experiências de vida de Marcos Reyd o confrontaram com as falhas da justiça humana, a ponto de, na sua consciência sensível, perceber o perigo de também ele não resistir aos apelos mundanos. Este primeiro passo, a decisão de buscar a Verdade acima de qualquer outra coisa, é sempre decisiva, e por isso, com maturidade de idade e espírito, ele humildemente foi buscar forças na vida consagrada. Pôde, então, mais seguramente chamar-se “Fidelis”, pois com o amparo da oração e da penitência preparou a alma para a missão de pregar frutuosamente. Não fugiu da certeza da morte, considerando ser mais importante para o bem daqueles para quem pregava a sua permanência (embora esta não fosse uma obrigação absoluta); como Cristo, perdoou os seus assassinos, e de fato, por causa disso, salvou mais uma alma: a salvação de um único irmão já justifica toda uma vida de apostolado, pois Deus mesmo sofreria a Paixão ainda que só um de nós aceitasse a Redenção: cada um de nós tem para o Pai um valor infinito. A nossa própria fidelidade a Ele, para ser infinita no Céu, deve ser provada e escolhida nesta vida.

Fonte: a12.com – evangeli.net – vaticannews.va

segunda-feira, 22 de abril de 2024

bom dia evangelho - 23. abril. 024

 

Bom dia evangelho


23 de abril de 2024 - Terça-feira da 4ª semana da Páscoa

Oração: Senhor, que sempre combateis por nós, com o envio dos Vossos exércitos angelicais, concedei-nos por intercessão de São Jorge a graça da pureza e da coragem de viver com integridade a nossa Fé, batalhando perseverantemente não contra dragões imaginários, mas sim contra o veneno da antiga serpente, o diabo, que age nas almas muito mais por astúcia e engano do que por violência direta. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Jo 10,22-30)

 Em Jerusalém celebrava-se a festa da Dedicação. Era inverno. Jesus andava pelo templo, no pórtico de Salomão. Os judeus, então, o rodearam e disseram-lhe: «Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!». Jesus respondeu: «Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim. Vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las da minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior do que todos, e ninguém pode arrancá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um».

«Eu e o Pai somos um» - Rev. D. Miquel MASATS i Roca(Girona, Espanha)

Hoje, vemos Jesus que «andava pelo Templo, no pórtico de Salomão» (Jo 10,23), durante a festa da Dedicação em Jerusalém. Então, os judeus pedem-lhe: «Se tu és o Cristo, diz-nos abertamente», e Jesus responde-lhes: «Eu já vos disse, mas vós não acreditais» (Jo 10,24.25).
Só a fé dá ao homem a capacidade de reconhecer Jesus Cristo como o Filho de Deus. No ano de 2000, João Paulo II, no encontro com os jovens em Tor Vergata, falava do “laboratório da fé”. Há muitas respostas para a pergunta «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18) … Depois, porém, Jesus passa para o plano pessoal: «E vós, quem dizeis que eu sou?» Para responder corretamente a esta pergunta é necessária a “revelação do Pai”. Para responder como Pedro — «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo» (Mt 16,16)— faz falta a graça de Deus.
Contudo, embora Deus queira que todas as pessoas acreditem e se salvem, só os homens humildes têm a capacidade de acolher este dom. «Entre os humildes está a sabedoria», lê-se no livro dos Provérbios (11,2). A verdadeira sabedoria do homem consiste em confiar em Deus.
Santo Tomás de Aquino comenta esta passagem do Evangelho dizendo: «Consigo ver graças à luz do sol, mas se fechar os olhos, não vejo; porém a culpa não é do sol, mas minha».
Jesus diz-lhes que, se não creem, que acreditem, pelo menos, devido às obras que faz, que manifestam o poder de Deus. «As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim» (Jo 10,25).
Jesus conhece as suas ovelhas e as suas ovelhas escutam a Sua voz. A fé leva à intimidade com Jesus na oração. O que é a oração senão o trato com Jesus Cristo, que sabemos que nos ama e nos conduz ao Pai? O resultado e o prêmio desta intimidade com Jesus nesta vida, é a vida eterna, como lemos no Evangelho.

São Jorge

Jorge nasceu na antiga região chamada Capadócia, atualmente parte da Turquia, por volta do ano 280, de família cristã. Seu pai, militar, morreu combatendo, e sua mãe mudou-se com o filho para a Palestina, sua terra de origem. Adolescente, Jorge entrou para o exército do imperador romano Dioclesiano, onde tornou-se capitão. Suas provadas qualidades mereceram do imperador um título de nobreza, de modo que com 23 anos Jorge passou a residir na alta corte, trabalhando como Tribuno Militar. Dioclesiano, porém, decretou em 303 o início de uma imensa perseguição à Igreja, entre outras coisas influenciado por Galério (também imperador romano na reorganização política chamada Tetrarquia, como administrador das províncias balcânicas). Este alegava que os cristãos traziam “azar” para o império. Jorge testemunhou as injustiças contra os cristãos e, após doar sua grande herança para os pobres, declarou-se publicamente fiel a Cristo. Diante do imperador, na reunião senatorial confirmando o edito das perseguições, Jorge levantou-se condenando a falsidade dos ídolos pagãos e confessou a sua Fé. O imperador, inicialmente, quis suborná-lo com uma promoção, terras e dinheiro, o que foi inútil. Então Jorge foi preso e colocado numa cela, para onde levaram uma mulher com a missão de seduzi-lo. Mas no dia seguinte a mulher havia sido convertida e batizada. Seguiu-se a tortura e a decapitação de Jorge, chamado por isso, no Oriente, de megalomartir, isto é, o grande mártir. A imperatriz, Prisca, diante destes fatos, acabou por se converter ao Cristianismo, sendo posteriormente morta com a filha Valéria, ambas canonizadas. A sepultura de São Jorge em Lida, atualmente uma cidade em Israel, perto de Tel-Aviv, é local de peregrinação, que não foi interrompida sequer durante as Cruzadas. Sua memória, tanto no Ocidente como no Oriente, é no dia 23 de abril. São Jorge é padroeiro de inúmeras cidades e localidades no mundo inteiro, bem como dos cavaleiros, soldados e arqueiros. É invocado também contra a peste, a lepra e as serpentes. Os muçulmanos o veneram como profeta.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Da mesma época de São Caio, Papa, cuja memória foi ontem (cf. Santo do Dia - São Jorge - Reze no Santuário Nacional (a12.com)), São Jorge enfrentou também a cruel perseguição do imperador Dioclesiano., que não poupou da morte nem familiares nem destacados subordinados seus, como no caso presente, por serem católicos. A ira e o fanatismo contra Deus levam a muitas aberrações, incluindo atitudes tão insensatas como destruir a própria família e os melhores servidores. De grande destaque, no caso de São Jorge – assim como também para São Sebastião, outro militar – foi a coragem de espontaneamente se proclamar cristão diretamente ao imperador, admoestando-o por seus erros. Uma coragem invulgar, pela certa condenação à morte, foi exigida para um tal ato; coragem que falta, talvez, hoje, para muitos católicos, ao viver e proclamar a sua Fé. Outro importante exemplo de São Jorge é a sua pureza e castidade, pois os varões católicos devem ser coerentes com os ensinamentos do maior de todos eles, Jesus Cristo. Resistir às tentações é, no homem, uma atitude varonil, e fracos são os que pecam contra a castidade alegando, falsamente, que são “homens”, querendo assim justificar um prazer ilícito e as próprias consciências frouxas. Exemplo de militar, “Jorge” tem por significado no Grego original “agricultor”; mas nas obras de Deus não há incoerência, e São Jorge, combatendo o bom combate da Fé, como escreveu São Paulo (2Tm 4,7), plantou o bem e colheu seus frutos de santidade, propagando as sementes de conversão para muitos até hoje, um verdadeiro exército. É notória a lenda de São Jorge matando um dragão, mas não há qualquer base sólida para ela. A sua mais plausível origem é o encontro por soldados de uma Cruzada, na Idade Média, de uma escultura na Palestina. Ela estava numa igreja dedicada a São Jorge, representando o imperador Constantino, que havia combatido o arianismo, matando com uma lança esta heresia representada como dragão. A associação imediata com São Jorge levou à lenda. Por outro lado, há sem dúvida verdade no fato de que Jorge matou o pecado na sua vida, algo que é a essência da guerra diária de todo católico.

Fonte: evangeli.net – acidigital.com – evangelhoquotidiano.org -a12.com

domingo, 21 de abril de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 22.ABRIL -024

 

BOM DIA EVANGELHO


22 DE ABRIL DE 2024 - Segunda-feira (B e C) da 4ª semana da Páscoa

Oração: Pai de amor e misericórdia, que não poupastes o Vosso Filho nem o sofrimento de Vossa Mãe na obra da nossa Redenção, concedei-nos por intercessão de São Caio viver agora e na vida infinita inseparavelmente unidos ao Sangue salvador de Cristo, não cedendo às pretensões mundanas sequer do sangue de parentesco carnal, pois nossa verdadeira família está somente no Corpo Místico de Jesus. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Jo 10,1-10): 

«Em verdade, em verdade, vos digo: quem não entra pela porta no redil onde estão as ovelhas, mas sobe por outro lugar, esse é ladrão e assaltante. Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas escutam a sua voz, ele chama cada uma pelo nome e as leva para fora. E depois de fazer sair todas as que são suas, ele caminha à sua frente e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. A um estranho, porém, não seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer.
Jesus disse então: «Em verdade, em verdade, vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem. O ladrão vem só para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância».

«Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas: as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz » - Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas(Girona, Espanha)

Hoje continuamos a considerar uma das imagens mais belas e mais conhecidas da pregação de Jesus: o bom Pastor, as suas ovelhas e o redil. Todos temos na memória as figuras do bom Pastor que contemplamos desde pequenos. Uma imagem que era muito querida aos primeiros fieis e que forma parte da arte sacra cristã desde o tempo das catacumbas. Quantas coisas nos invoca aquele pastor jovem com a ovelha ferida às suas costas! Muitas vezes vimo-nos, a nós próprios, representados naquele pobre animal.
Ainda há pouco celebramos a festa da Páscoa e uma vez mais, recordamos que Jesus não falava numa linguagem figurada quando nos dizia que o bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Realmente fê-lo: a sua vida foi a prenda do nosso resgate, com a sua vida comprou a nossa; graças a esta entrega, nós fomos resgatados: «Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo» (Jo 10,9). Encontramos aqui a manifestação do grande mistério do amor inefável de Deus que chega a estes extremos inimagináveis para salvar a criatura humana. Jesus leva até ao extremo o seu amor, até ao ponto de dar a sua vida. Ressoam ainda aquelas palavras do Evangelho de São João introduzindo-nos nos momentos da Paixão: «Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim» (Jo 13,1).
De entre as palavras de Jesus gostaria de aprofundar nestas: «Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-me» (Jo 10,14); mais ainda, «as ovelhas escutam a sua voz (…) e seguem-no, porque conhecem a sua voz» (Jo 10,3-4). É verdade que Jesus nos conhece, mas, poderemos nós dizer que o conhecemos bem, a Ele, que o amamos e que correspondemos como devemos?

São Caio

Caio nasceu na cidade de Salona (hoje Solin) na Dalmácia (hoje Croácia), no século III. Parece ter tido parentesco com o imperador Dioclesiano, nascido na mesma cidade, sendo sua família nobre, e viveu em Roma. Não se sabe como abraçou o cristianismo, mas fez-se sacerdote, como um dos seus dois irmãos, e na sua casa (pois não era permitida à Igreja ter propriedades) ambos celebravam Missas, distribuíam a Eucaristia, enfim, ministravam os Sacramentos e acolhiam pobres e doentes. Eleito Papa em 283, Caio foi pontífice durante 13 anos, num período de trégua das perseguições aos cristãos. Organizou a carreira eclesiástica, determinando a sequência de leitor, subdiácono, exorcista, acólito, hostiário, diácono, sacerdote e bispo. Dividiu os bairros de Roma sob a responsabilidade de diáconos. Construiu novas igrejas, ampliou os cemitérios cristãos, e foi o primeiro Papa a reunir representantes da Igreja e do império para tratar da cobrança de tributos aos cristãos. E conteve os que desejavam violentamente vingar a morte de Papas anteriores. Seu maior desafio foi o combate às heresias que surgiram entre o clero. Com o tempo, a tolerância de Dioclesiano com a Igreja foi diminuindo, até se estabelecer uma das maiores perseguições de todos os tempos. Influiu para isto a negativa de Caio às pretensões do imperador de tornar Susana, sua sobrinha, a futura nora. Susana se tornaria mártir; e Caio e seus dois irmãos foram condenados à morte. Há duas versões para a morte de Caio, uma por decapitação, outra por maus tratos. Em qualquer caso, o Martirológio Romano faz o elogio do seu martírio, com falecimento a 22 de abril de 296.Colaboração: José Duarte de Barros Filho


Reflexão: Como todos os Papas do início do Cristianismo, São Caio teve que lutar em várias frentes, como a organização interna da Igreja, tanto espiritual quanto material, o combate às heresias, e as dificílimas relações com os imperadores romanos. Muitos deles tiveram pouquíssimo tempo à frente da Santa Sé, e grande parte deles foi mártir. Variaram, contudo, os motivos das condenações, algumas mais religiosas, outras mais políticas, ou mais pessoais. São Caio interferiu em defesa de Susana, sua sobrinha virgem e cristã, contra os interesses políticos de Dioclesiano, que procurava na própria família uma esposa para o seu protegido e sucessor Galério. A descoberta, pelo imperador, de que este seu ramo familiar era católico o levou a condenar todos à morte. No entanto, Caio, do Latim Caius, feliz, de fato alegrou-se no martírio, por saber colocar o serviço a Deus antes da subserviência aos caprichos e interesses humanos, e corajosamente defender a livre escolha religiosa da sua sobrinha. Também hoje necessitamos seguir o seu exemplo, servindo fielmente a Igreja e amparando os irmãos de Fé eventualmente perseguidos; sempre caberá melhor na fronte dos filhos de Deus a indestrutível coroa do martírio, se exigido, do que as caducas coroas mundanas.

FONTER: ACIDIGITAL.COM – EVANGELI.NET – A12.COM