Coração
de Jesus – Cruz / Zvonimir Atletic
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PEQUIM, 28 Jun. 23 / 08:00 pm (ACI).- Foi inaugurada Na China, uma igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus e dois templos foram reabertos para receber os católicos. Segundo a agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias, o templo dedicado ao Coração de Jesus foi consagrado e inaugurado em 24 de junho, festa de são João Batista. O novo templo pertence à paróquia de Longgang da diocese de Wenzhou, na China. Na paróquia há uma antiga Igreja do Sagrado Coração, construída em 1928, mas confiscada pelo governo comunista em 1957. Em 1993 ela foi devolvida à igreja e reaberta em 1996.
Oração: Meu Senhor e meu Deus, concedei-nos por intercessão de São Tomé
acreditarmos no testemunho daqueles que Vos enxergam claramente, os santos, de
modo a nos fincarmos na Verdade e assim não nos deixarmos carregar pelas ondas
da desconfiança e incredulidade que afogam a Fé e as boas obras. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho segundo São João 20,24-29.
Naquele tempo, Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles
quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos
cravos e a mão no seu lado, não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio
Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz
esteja convosco».
Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua
mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste, acreditaste; felizes os que acreditam sem
terem visto».(Tradução litúrgica da Bíblia)
Bento XVI - papa de 2005 a 2013 - Audiência geral de 27/09/06 (Libreria Editrice Vaticana)
«Meu Senhor e meu Deus!»
Muito conhecida e até proverbial
é a cena de Tomé incrédulo, que aconteceu oito dias depois da Páscoa. Num
primeiro momento, não acreditando que Jesus aparecera na sua ausência, ele
tinha dito: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo
no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Destas palavras,
sobressai, no fundo, a convicção de que Jesus já não é reconhecível tanto pelo
rosto quanto pelas chagas: Tomé considera que os sinais qualificadores da
identidade de Jesus são agora sobretudo as chagas, nas quais se revela até que
ponto Ele nos amou. E o apóstolo não se engana. Como sabemos, oito dias depois,
Jesus aparece no meio dos seus discípulos, e desta vez Tomé está presente. E
Jesus interpela-o: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão
e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé reage com a
profissão de fé mais maravilhosa de todo o Novo Testamento: «Meu Senhor e meu
Deus!». A este propósito, Santo Agostinho comenta: «Tomé viu e tocou o homem,
mas confessou a sua fé em Deus, que não via nem tocava. Porém, o que viu e
tocou levou-o a crer naquilo de que até àquele momento tinha duvidado» («In
Iohann.» 121, 5). O evangelista prossegue com uma última palavra de Jesus a
Tomé: «Porque Me viste, acreditaste; felizes os que acreditam sem terem visto».
[…] O caso do apóstolo Tomé é importante para nós pelo menos por três motivos:
primeiro, porque nos conforta nas nossas inseguranças; segundo, porque nos
demonstra que qualquer dúvida pode levar a um êxito luminoso, que está para
além de todas as incertezas; e por fim, porque as palavras que Jesus lhe
dirigiu nos recordam o verdadeiro sentido da fé madura e nos encorajam a
prosseguir, apesar das dificuldades, pelo nosso caminho de adesão a Ele.
Tomé foi um dos doze Apóstolos escolhidos por Jesus (Marcos 3, 18;
Mateus 10, 3) Era judeu, da Galiléia e provavelmente pescador. Seu nome aparece
onze vezes no Novo Testamento. Tomé ou Tomás, significa "gêmeo". No
grego, a palavra equivalente é Didymus. Isto nos faz supor que ele tinha um
irmão gêmeo. Ele acompanhou Jesus como discípulo durante os três anos de vida
pública do Mestre. Após a morte de Jesus, Tomé estava entre os Apóstolos que
receberam o Espírito Santo no dia de Pentecostes. Depois disso, sabe-se que ele
foi pregar o Evangelho na Índia.
A Dúvida de São Tomé: A memória de São Tomé está fortemente relacionada ao fato de ele
ter duvidado de seus companheiros, quando estes lhe afirmaram terem visto Jesus
ressuscitado (João 20, 24-29). Ele quis "ver para crer". Neste
sentido, ele representa a cada um de nós quando passamos por momentos de
dúvida. Por outro lado, sua dúvida nos ajuda a entender que Deus não rejeita a
necessidade de certeza, mas elogia aqueles que "creem sem terem
visto". Porém, que possamos nos inspirar também no seu testemunho de fé
quando a verdade se apresenta.
Reflexão: Aparentemente,
a maior parte dos cristãos é gêmea de São Tomé. Somos iguais a ele em arroubos
entusiasmados por Jesus e em Dele duvidar. Em não identificar o Caminho, mesmo
O comungando na ceia eucarística. Felizmente, nada impede que como ele,
humildemente, O vejamos como de fato é, Deus e Senhor que Se apresenta para nós
de modo evidente, palpável, na realidade das chagas com que nos deparamos na
vida para tocá-las com caridade, e na Vida que ainda mais caridosamente toca
nossas chagas de corpo e alma, nos Mandamentos e Sacramentos. Já disse São
Gregório Magno que Tomé, colocando as mãos nas chagas de Jesus, curou a ferida
da nossa incredulidade. De fato, grande prova da Ressurreição é o testemunho de
um cético. A nossa Fé deve, sim, ser embasada na Razão, por isso é prudente
conhecer os fundamentos daquilo que cremos, mas é absolutamente necessário que
nos disponhamos a seguir além, dar o passo no Caminho mesmo sem ver o que
estará depois da curva, ou não sairemos do lugar, apenas questionado a Verdade enquanto
a Vida passa. E então não haverá cura para a ferida de não estarmos seguros ao
Seu lado.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
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