BOM DIA EVANGELHO
08 DE ABRIL DE 2025 – TERÇA-FEIRA DA 5ª SEMANA DA QUARESMA
Oração: Deus Todo-Poderoso, que nunca nos deixais sem a orientação da Verdade, e continuamente nos alertais para as nossas responsabilidades nesta vida e para o que teremos por nossas obras no futuro infinito, concedei-nos pela intercessão e ensinamentos de Santa Júlia Billiart a graça de não ficarmos paralisados na mediocridade do que devemos aprender, na indiferença sobre os males que são ensinados, e na omissão sobre o que devemos instruir, para que, nos empenhando na cura da enfermidade de ignorância acerca de Vós e do que desejais, pratiquemos a maior das caridades, que é a Vos levar ao conhecimento dos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém!
Evangelho (Jo 8, 21-30):
De novo, Jesus
lhes disse: «Eu me vou, e vós me procurareis; mas morrereis no vosso pecado.
Para onde eu vou, vós não podeis ir». Os judeus, então, comentavam: «Acaso ele
irá se matar? Pois ele diz: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’». Ele
continuou a falar: «Vós sois daqui de baixo; eu sou do alto. Vós sois deste
mundo; eu não sou deste mundo. Eu vos disse que morrereis nos vossos pecados.
De fato, se não acreditais que ‘eu sou’, morrereis nos vossos pecados».
Eles lhe perguntaram: «Quem és tu, então? Jesus respondeu: «De início, isto
mesmo que vos estou falando». Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito, e a
julgar também. Mas, aquele que me enviou é verdadeiro, e o que ouvi dele é o
que eu falo ao mundo”. Eles, porém, não compreenderam que estava lhes falando
do Pai. Por isso, Jesus continuou: «Quando tiverdes elevado o Filho do Homem,
então sabereis que ‘eu sou’, e que nada faço por mim mesmo, mas falo apenas
aquilo que o Pai me ensinou. Aquele que me enviou está comigo. Ele não me
deixou sozinho, porque eu sempre faço o que é do seu agrado». Como falasse
estas coisas, muitos passaram a crer nele.
«Quando
tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que ‘Eu Sou’»
Rev. D. Josep Mª MANRESA Lamarca (Valldoreix, Barcelona, Espanha)
Hoje,
Terça-feira V da Quaresma, a uma semana da contemplação da Paixão do Senhor,
Ele nos convida a olhar-lhe antecipadamente redimindo-nos desde a Cruz. «Jesus
Cristo é nosso pontífice, seu corpo precioso é nosso sacrifício que Ele
ofereceu na ara da Cruz para a salvação de todos os homens» (São João Fisher).
«Quando tiverdes elevado o Filho do Homem...» (Jo 8,28). Efetivamente, Cristo
Crucificado —Cristo “levantado”!— é o grande e definitivo signo do amor do Pai
à Humanidade caída. Seus braços abertos, estendidos entre o céu e a terra,
traçam o signo indelével da sua amizade com nós os homens. Ao lhe ver assim,
alçado ante o nosso olhar pecador, saberemos que Ele é (cf. Jo 8,28), e então,
como aqueles judeus que o escutavam, também nós creremos Nele.
Só a amizade de quem está familiarizado com a Cruz pode proporcionar-nos o
adequado para adentrar-nos no Coração do Redentor. Pretender um Evangelho sem
Cruz, despojado do sentido cristão da mortificação, ou contagiado do ambiente
pagão e naturalista que nos impede entender o valor redentor do sofrimento,
colocaria-nos na terrível posibilidade de ouvir dos lábios de Cristo: «Depois
de tudo, para que seguir falando-vos?».
Que o nosso olhar à Cruz, olhar sossegado e contemplativo, seja uma pergunta ao
Crucificado, em que sem o ruído de palavras lhe digamos: «Quem és tu, então?(Jo
8,25).Ele nos responderá que é «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida»(Jo 14,6),
a Videira à qual sem estar unidos, nós, pobres ramos, não poderemos dar fruto,
porque só Ele tem palavras de vida eterna. E assim, se não cremos que Ele é,
morreremos pelos nossos pecados. Viveremos, no entanto, e viveremos já nesta
terra vida de céu se aprendemos Dele a gozosa certeza de que o Pai está
conosco, não nos deixa sozinhos. Assim imitaremos o Filho em fazer sempre o que
agrada-lhe ao Pai.
Santo do dia: Santa Júlia de Billiart
Maria Rosa Júlia Billiart nasceu
em Cuvilly, região da Picardida, norte da França, em 1751. Era uma dos
nove filhos de camponeses pobres e muito religiosos, que a batizaram no mesmo
dia do seu nascimento. Fez a Primeira Comunhão aos sete anos; a partir deste
dia, milagrosamente, a Eucaristia passou a ser o seu único alimento.
Aos 13 anos, com sérios problemas
de saúde, acabou paraplégica, uma situação que durou por 30 anos. Ao
longo deste tempo, aprofundou-se na oração e na contemplação, vivendo
experiências místicas: Jesus lhe revelou mistérios da Salvação, dos sofrimentos
no Calvário, da luz divina que ilumina os católicos e da Glória Celeste. Mas
também procurou sempre ajudar na catequese paroquial, preocupando-se com a
educação dos pobres.
Cultivava a amizade com
familiares, religiosos, irmãs carmelitas que lhe davam auxílio
espiritual, e mesmo com damas da nobreza, que a ajudavam com donativos.
Desenvolveu uma pedagogia própria, e aprendeu também com os acontecimentos da
Revolução Francesa, as guerras de Napoleão e com as autoridades com quem conviveu. Em
1794, conheceu Maria Luísa Francisca Blin de Bourdon, Viscondessa de
Gézaincourt, no castelo desta família em Amiens. Tornaram-se amigas e acabaram
por fundar a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora, futura Congregação das
Irmãs de Notre Dame de Namür, dedicada à educação das crianças e à catequese,
com a formação de bons e santos educadores.
Em fevereiro de 1804, Júlia,
Maria e Catarina Duchâtel fizeram seus votos religiosos. Júia lutou
para que a nova congregação obtivesse independência da esfera diocesana, e
conseguiu, sendo então eleita superiora geral. Ingressas algumas candidatas,
iniciaram-se aulas noturnas de catequese, e foi aberto um orfanato:
Júlia estava atenta para o pequeno número de sacerdotes em contraste com o
grande número de crianças sem formação, e com a sua fundação se dispunha a
ajudá-los.
Em 1 de junho de 1804, após 30
anos de enfermidade e 22 anos de paralisia, Júlia foi milagrosamente curada
durante uma novena ao Sagrado Coração de Jesus, de Quem era devota. Com saúde,
expandiu a obra, inaugurando novos conventos em Namür, Gante e Tournai;
abriu uma primeira escola gratuita em Amiens e outras mais pela França e
Bélgica, além de pensionatos, diante da situação de miséria da época. O que
era ganho com os pensionatos era utilizado para a fundação das escolas
gratuitas. Júlia não aceitava doações que interferissem na independência da
Congregação. Injustamente perseguida pelo bispo de Amiens, que chegou a
afastá-la da Congregação, foi para Namür na Bélgica com as Irmãs, onde a
Congregação se firmou.
Faleceu ali em 8 de abril de 1816, enquanto
recitava o Magnificat.
Colaboração: José
Duarte de Barros Filho
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