quinta-feira, 28 de outubro de 2010

BOM DIA EVANGELHO
28 de outubro de 2010 — Quinta-feira-
"O que a chuva é para a terra, é a misericórdia para o jejum."
São Simão e São Judas Tadeu -(Aps., Festa, Gl. Pf. Apóstolos, Cor Vermelha)
Celebramos São Simão e São Judas Tadeu, apóstolos de Jesus. A história faz silêncio sobre a vida desses dois apóstolos. Além do que nos relata o evangelho pouco sabemos. Simão foi apelidado por Lucas de zelote (Lc 6,15; At 1,13), e por Marcos e Mateus de cananeu. Judas, também chamado de Tadeu, interrogou a Jesus na última ceia (Jo 14,22-24), e no Novo Testamento há uma Carta em seu nome. Deles aprendemos a ser missionários do Senhor, anunciando ao mundo a copiosa redenção.
Responsório (SALMOl 18)
Seu som ressoa e se espalha em toda a terra. Seu som ressoa e se espalha em toda a terra. Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia. Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.
ORAÇÃO
Pai, transforma-me em apóstolo de teu Filho Jesus para que, movido pelo Espírito, eu possa ser sinal da presença dele neste mundo tão carente de salvação.
Deus nos fala

Buscamos a salvação de Deus em seu Filho Jesus Cristo, e não em outro lugar. Jesus sobe à montanha, lugar do encontro e da intimidade com Deus, e reza a noite toda, para depois chamar os discípulos.
"O que vejo de Deus basta-me para crer o que Dele não vejo."
"Feliz quem fala conforme o Espírito Santo lhe inspira e não conforme o que lhe parece."
"Ser jovem é ter uma causa a quem consagrar a própria vida."

EVANGELHO
Jesus chama os doze apóstolos - Lc 6,12-19

Naquela ocasião Jesus subiu um monte para orar e passou a noite orando a Deus. Quando amanheceu, chamou os seus discípulos e escolheu doze deles. E deu o nome de apóstolos a estes doze: Simão, em quem pôs o nome de Pedro, e o seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, o nacionalista; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que foi o traidor.
Jesus desceu do monte com eles e parou com muitos dos seus seguidores num lugar plano. Uma grande multidão estava ali. Era gente de toda a Judéia, de Jerusalém e das cidades de Tiro e Sidom, que ficam na beira do mar. Eles tinham vindo para ouvir Jesus e para serem curados das suas doenças. Os que estavam atormentados por espíritos maus também vieram e foram curados. Todos queriam tocar em Jesus porque dele saía um poder que curava todas as pessoas.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Papa Bento XVI
Audiência geral de 11/10/2006 (trad. DC 2368, p. 1003 © copyright Libreria Editrice Vaticana)
A unidade dos Doze, unidade da Igreja


Hoje tomamos em consideração dois dos doze Apóstolos: Simão o Cananeu e Judas Tadeu (que não se deve confundir com Judas Iscariotes). Consideramo-los juntos, não só porque nas listas dos Doze são sempre mencionados um ao lado do outro (cf. Mt 10, 4; Mc 3, 18; Lc 6, 15; Act 1, 13), mas também porque as notícias que a eles se referem não são muitas, excepto o facto de o cânone neotestamentário conservar uma carta atribuída a Judas Tadeu.
Simão recebe um epíteto que varia nas quatro listas: Mateus qualifica-o como «cananeu», Lucas define-o como «zelote». Na realidade, as duas qualificações equivalem-se, porque significam a mesma coisa; de facto, na língua hebraica, o verbo qanà' significa «ser zeloso», «ser dedicado» [...]. Portanto, é possível que este Simão, se não pertencia exactamente ao movimento nacionalista dos Zelotes, tivesse pelo menos como característica um fervoroso zelo pela identidade judaica, por conseguinte, por Deus, pelo seu povo e pela Lei divina. Sendo assim, Simão coloca-se nos antípodas de Mateus que, ao contrário, sendo publicano, provinha de uma actividade considerada totalmente impura.


Sinal evidente de que Jesus chama os Seus discípulos e colaboradores das camadas sociais e religiosas mais diversas, sem exclusão alguma. Ele interessa-Se pelas pessoas, não pelas categorias ou pelas actividades sociais! E o mais belo é que no grupo dos Seus seguidores, todos, mesmo que diversos, coexistiam, superando as imagináveis dificuldades; de facto, o motivo de coesão era o próprio Jesus, no qual todos se reencontravam unidos. Isto constitui claramente uma lição para nós, com frequência propensos a realçar as diferenças e talvez as contraposições, esquecendo que em Jesus Cristo nos é dada a força para superarmos os nossos conflitos. Tenhamos também presente que o grupo dos Doze é a prefiguração da Igreja, na qual devem ter espaço todos os carismas, povos e raças, todas as qualidades humanas, que encontram a sua composição e a sua unidade na comunhão com Jesus.
A IGREJA CELEBRA HOJE
São Judas Tadeu
São Judas Tadeu era natural de Caná da Galiléia, na Palestina. Sua família era constituída do pai, Alfeu (ou Cleofas) e a mãe, Maria Cleofas. Seus quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Cleofas. Eram parentes de Jesus. O pai, Alfeu era irmão de São José; a mãe, Maria Cleofas, prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas Tadeu era primo-irmão de Jesus, tanto pela parte do pai como da mãe.
O relacionamento da família de São Judas Tadeu com o próprio Jesus Cristo, pelo que se depreende da Bíblia é o seguinte: Alfeu (Cleofas) era um dos discípulos a quem Jesus Apareceu no caminho de Emaús, no dia da ressurreição. Maria Cleofas, uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário. Dos irmãos dele, Tiago foi um dos 12 apóstolos, chamado o Menor, que se tornou o primeiro Bispo de Jerusalém. José, apenas conhecido como o Justo. Simão foi o segundo Bispo de Jerusalém, após Tiago. E Maria Salomé, a única irmã, foi mãe dos apóstolos Tiago Maior e João Evangelista. É de se supor que houve muita convivência de São Judas Tadeu com o primo e os tios. Essa fraterna convivência, além do parentesco, pode ter levado São Marcos a citar Judas e os irmãos como irmãos de Jesus 9Mc 6,3). Da mesma forma que nós dizemos que aquelas pessoas se dão bem como irmãos.
A Bíblia trata pouco de São Judas Tadeu. Mas, aponta o importante: Judas Tadeu foi escolhido a dedo, por Jesus, para apóstolo. Quando os Evangelhos nomeiam os 12 escolhidos, consta sempre Judas ou Tadeu entre a relação: (Mt 10,4; Mc 3,18; Lc 6,16). O Livro dos Atos dos Apóstolos também se refere a ele (At 1,13). Além dessas vezes em que São Judas Tadeu aparece entre os colegas do colégio apostólico, apenas uma vez é citado especialmente nmas Escrituras. Foi no episódio da Santa Ceia, na quinta-feira santa, narrado por seu sobrinho João Evangelista (Jo 14,22). Nesta oportunidade, quando Jesus confidenciava aos apóstolos as maravilhas do amor do Pai e lhes garantia uma especial manifestação de si próprio, Judas Tadeu não se conteve e perguntou: "Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?" Jesus lhe respondeu afirmando que teriam manifestação dele todos os que guardassem sua palavra e permanecessem fiéis a seu amor. Sem dúvida que, nesse fato, Judas Tadeu demonstra sua generosa compaixão por todos os homens, para que se salvem todos.
Por um historiador grego, sabemos que São Judas Tadeu iniciou, depois de recebido o Espírito Santo, a pregação de Jesus, na Galiléia. Passou para a Samaria e Iduméia e a outras localidades de população judaica. Pelo ano 50, tomou parte do primeiro Concílio, o de Jerusalém. Em seguida foi evangelizar a Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia. Neste País, recebeu a companhia de outro Apóstolo Simão. Falando um pouco de São Simão, para distingui-lo de Pedro, os evangelistas Mateus e Marcos lhe dão o sobrenome de Zelota ou Cananeu. Ele como os outros Apóstolos de Cristo, também percorreu os caminhos do Evangelho "sem mala, sem dinheiro, pregando o reino dos céus; curou enfermos, ressuscitou os mortos, limpou os leprosos, expulsou os espíritos maus" zeloso desde jovem das tradições hebraicas, e agora zeloso e humilde servo do Senhor.
Além da Palavra, Judas Tadeu dava o testemunho de seu exemplo. Essa coerência de fé e de vida impressionou vivamente os pagãos que se convertiam ao Evangelho de Jesus, por meio de São Judas Tadeu. Isso provocou a fúria invejosa dos falsos pregadores, de feiticeiros e de ministros pagãos. De tal modo eles conseguiram incitar parte da população contra os apóstolos, que os trucidaram a golpes de lanças e machados. Isso, pelo ano 70. Assim São Judas Tadeu foi mártir, quer dizer:mostrou que sua adesão a Jesus era tal, que testemunhava a fé com a doação da própria vida. A imagem de São Judas Tadeu tem o livro que é a Palavra que ele pregou e a machadinha com a qual foi morto.
Os restos mortais de São Judas Tadeu encontram-se em Roma, na Basílica de São Pedro, junto ao túmulo do chefe dos apóstolos. Majestoso e artístico altar é muito procurado pelos fiéis devotos de São Judas.
A Igreja marcou a festa litúrgica de São Judas Tadeu, junto com São Simão seu companheiro de apostolado e de martírio, na provável data de morte: 28 de Outubro de 70.
Depois de algum tempo, o reaparecimento da devoção a São Judas Tadeu, parece dever-se a Santa Brígida. Conta-se em sua biografia, que o próprio Jesus lhe apareceu, aconselhando a invocar São Judas Tadeu até nos casos mais desesperados. Donde a fé do povo na especial intercessão do Santo nos casos desesperados. Afirmam que São Judas Tadeu é, atualmente, o segundo santo mais popular do Brasil. A fé em Deus e a confiança humilde na intercessão de São Judas Tadeu tem valido a muitíssimas pessoas. As formas de ação de graças são as mais variadas, sobressaindo as que se expressam em atos de caridade para o irmão mais necessitado.

São Judas Tadeu, rogai por nós e pelos nossos irmãos necessitados.
TJL@

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

BOM DIA EVANGELHO
27 de outubro de 2010 — Quarta-feira
30ª Semana Comum
Pela conservação da Paz e da Justiça – 22A
(Cor Verde)

Perguntam a Jesus se é verdade que são poucos os que se salvam. E Ele não se preocupou em responder à pergunta, mas em dizer que a salvação veio para todos os homens e mulheres. Cristo apresenta, porém, a condição necessária para a salvação: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita”. O caminho de Jesus gera a vida e faz acontecer a nova história, aquela que gera paz, justiça, solidariedade e eternidade. Sem esforço não há como passar pela porta estreita

SALMO – 144
O Senhor cumpre sempre suas promessas!
O Senhor cumpre sempre suas promessas!
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e o vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou.

Oração
Pai, conduze-me pelo verdadeiro caminho da salvação que passa pelo serviço misericordioso e gratuito a quem carece de meu amor.

Deus nos fala
O que agrada muito ao Senhor é a reciprocidade e a igualdade entre todos os povos e nações.A salvação de Cristo é para todos os povos, mas é preciso passar pela porta estreita, e fazer o esforço necessário para isso.


EVANGELHO DO DIA
A porta estreita - Lc 13,22-30

Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando na sua viagem para Jerusalém. Alguém perguntou:
- Senhor, são poucos os que vão ser salvos?
Jesus respondeu:
- Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão.
- O dono da casa vai se levantar e fechar a porta. Então vocês ficarão do lado de fora, batendo na porta e dizendo: "Senhor, nos deixe entrar!" E ele responderá: "Não sei de onde são vocês." Aí vocês dirão: "Nós comemos e bebemos com o senhor. O senhor ensinou na nossa cidade." Mas ele responderá: "Não sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal." Quando vocês virem Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus e vocês estiverem do lado de fora, então haverá choro e ranger de dentes de desespero. Muitos virão do Leste e do Oeste, do Norte e do Sul e vão sentar-se à mesa no Reino de Deus. E os que agora são os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.

Comentário do Evangelho
Salvação
A doutrina do "povo eleito" e da "Aliança" com Abraão, contida na Torá, dava ao povo judeu a certeza da salvação. Assim, aqueles que eram "filhos de Abraão" julgavam-se salvos. Contra esta mentalidade João Batista já fizera sua advertência: "Produzi fruto digno de arrependimento e não penseis que basta dizer: 'Temos por pai Abraão' (Mt 3,8s)". Neste texto de Lucas a resposta de Jesus sobre esta questão da salvação é apresentada por vários fragmentos de parábolas de censuras aos fariseus. O sentido geral é o de uma advertência aos chefes do Judaísmo no sentido de que, caso se mantiverem fechados em suas tradições, não entrariam no Reino de Deus. A referência aos últimos e primeiros entende-se que se trata dos gentios que precedem os chefes do Judaísmo no Reino.

A IGREJA CELEBRA HOJE
São Judas Tadeu

Judas, apóstolo que celebramos hoje, para não ser confundido com Judas Iscariotes, "apóstolo da perdição", o traidor de Jesus, foi chamado nos evangelhos de Judas Tadeu. O nome Judas vem de Judá e significa festejado. Tadeu quer dizer peito aberto, destemido, melhor ainda, magnânimo.

Era natural de Caná da Galiléia, na Palestina, filho de Alfeu, também chamado Cléofas, e de Maria Cléofas, ambos parentes de Jesus. O pai era irmão de são José; a mãe, prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto Judas era primo-irmão de Jesus e irmão de Tiago, chamado o Menor, também discípulo de Jesus.

Os escritos cristãos dessa época revelam mesmo esse parentesco, uma vez que Judas Tadeu seria um dos noivos do episódio que relata as bodas de Caná, por isso Jesus, Maria e os apóstolos estariam lá.

Na Bíblia, ele é citado pouco, mas de maneira importante. No evangelho de Mateus, vemos que Judas Tadeu foi escolhido por Jesus. Enquanto nas escrituras de João ele é narrado mais claramente. Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Mestre, por que razão deves manifestar-te a nós e não ao mundo?" Jesus respondeu-lhe que a verdadeira manifestação de Deus está reservada para aqueles que o amam e guardam a sua palavra. Também faz parte do Novo Testamento a pequena Carta de São Judas, a qual traz os fundamentos para perseverar no amor de Jesus e adverte contra os falsos mestres.

Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Realizou inúmeros milagres em sua caminhada pelo Evangelho. Depois, foi para a Samaria e, próximo do ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, em Jerusalém. Em seguida, continuou a evangelizar na Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e passaram a viajar juntos.

Conta a tradição que percorreram juntos as doze províncias do Império Persa, nas quais converteram muitos pagãos. Ainda segundo essa fonte, os dois apóstolos foram torturados e mortos no mesmo dia, por pagãos perseguidores. Por isso a Igreja manteve a mesma data para as duas homenagens.

Ao certo, o que sabemos é que o apóstolo Judas Tadeu tornou-se um mártir da fé, isto é, morreu por amor a Jesus Cristo. A sua pregação e o seu testemunho eram tão intensos que os pagãos se convertiam. Os sacerdotes pagãos, furiosos, mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de outubro de 70.

Os restos mortais, guardados primeiro no Oriente Médio e depois na França, agora são venerados em Roma, na Basílica de São Pedro. Considerado pelos cristãos o santo intercessor das causas impossíveis, foi a partir da devoção de santa Gertrudes que essa fama ganhou força no mundo católico. Ela, em sua biografia, relatou que Jesus lhe aconselhou invocar são Judas Tadeu até nos "casos mais desesperados". Depois disso, aumentou o número de devotos do seu poder de resolver as causas que parecem sem solução. Diz a tradição que não há um devoto que tenha pedido sua ajuda e não tenha sido atendido.

A festa de são Judas Tadeu é celebrada no dia 28 de outubro, tanto na Igreja ocidental como na oriental. No Brasil, é um evento que altera toda a rotina do país, pois são multidões de católicos que querem agradecer e celebrar o querido santo padroeiro nas igrejas.
"Deus está morrendo de frio. Bate em todas as portas ,mas quem lhas abre?"

São Judas Tadeu –Apóstolo- Século I

terça-feira, 26 de outubro de 2010

BOM DIA EVANGELHO
26 de outubro de 2010 – Terça-feira
30ª Semana Comum
Formulário do 30º Domingo Comum
(Cor Verde)
"Rezar não é pensar muito, mas amar muito."
A ação de Deus em nós é sempre misteriosa, mas carregada de amor e de bondade. Sua presença tem a força da vida, como a semente no seio da terra. Por isso, encontramos a força necessária para superar as dificuldades que encontramos. A semente escondida na terra gera a vida com seu nascimento e seus frutos. O cristão cresce sem cessar, como a semente, se está aberto à verdade do Reino. Nossa fé, por menor que seja, como um grão de mostarda, é capaz de grandes e nobres coisas. Pensemos nisso.
Oração
Quero começar minha oração fazendo um ato de humildade profunda. Sou um pecador. Necessito tanto de tua misericórdia e de teu perdão. Não sou nem sequer digno de colocar-me em tua presença, mas com a confiança que me dá teu amor venho falar contigo
.
Salmos: Sl 127
Felizes todos os que respeitam o Senhor! Felizes todos os que respeitam o Senhor! Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem! A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa. Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.

Deus nos fala
Sob o símbolo matrimonial, a Palavra nos mostra a união íntima de Cristo com a Igreja, na qual Ele é o esposo. Quando nos abrimos à ação de Deus, Ele faz grandes coisas em nós, e seu Reino torna-se presente.
EVANGELHO
Lc 13,18-21
O Reino atingirá o mundo inteiro

-* 18 E Jesus dizia: «A que é semelhante o Reino de Deus, e com o que eu poderia compará-lo? 19 Ele é como a semente de mostarda que um homem pega e joga no seu jardim. A semente cresce, torna-se árvore, e as aves do céu fazem seus ninhos nos ramos dela.»
20 Jesus disse ainda: «Com o que eu poderia comparar o Reino de Deus? 21 Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.»
* 18-21: Cf. nota em Mc 4,30-34.[ * 30-34: Diante das estruturas e ações deste mundo, a atividade de Jesus e daqueles que o seguem parece impotente, e mesmo ridícula. Mas ela crescerá, até atingir o mundo inteiro]
Bíblia Sagrada - Edição Pastoral

Comentário do Evangelho
Jesus apresenta o Reino de Deus

As parábolas pertencem ao gênero da sabedoria e, a partir de fatos cotidianos, permitem que seja extraído um ensinamento ou uma motivação à ação, revelando os mistérios de Deus. Os cedros do Líbano, enormes árvores,
representavam, na simbologia profética, as nações poderosas. Ezequiel (17,22-24) prenuncia a glória de Israel com a metáfora de um broto de cedro que Javé plantará sobre o monte de Israel (Sion/Jerusalém). Esta imagem de poder era preciosa na tradição sinagogal. Agora Jesus apresenta o Reino de Deus como surgindo de uma insignificante semente, que nascia às margens do Mar da Galileia. É a humilde origem do Reino, à beira do mar. A semente da mostarda é muito pequena, porém, ao crescer, a planta atinge até três metros de altura. Não é uma árvore imponente e frondosa, como o cedro do Líbano, mas abriga as aves do céu. O Reino não é um reino de poder, mas de acolhida.
A seguir vem a parábola do fermento. Pequena quantidade de fermento é misturada em três medidas (plenitude) de farinha. E a massa toda fica levedada. É a dimensão universalista do Reino. Nossas comunidades, inicialmente frágeis,
devem ser acolhedoras, e crescerão. E, por seu engajamento, têm a força de transformar a sociedade. Autor: José Raimundo Oliva

A igreja celebra hoje
Santo Evaristo

No atual Anuário dos Papas encontramos Evaristo em pleno comando da Igreja católica, como quarto sucessor de Pedro, no ano 97. Era o início da era cristã, portanto é muito compreensível que haja tão poucos dados sobre ele.
Enquanto do anterior, papa Clemente, temos muitos registros, até de próprio punho, como a célebre carta endereçada aos cristãos de Corinto, do papa Evaristo nada temos escrito por ele mesmo, as poucas informações vieram de Irineu e Eusébio, dois ilustres e expressivos santos venerados no mundo católico.

Naqueles tempos, o título de "papa" era dado a toda e qualquer autoridade religiosa, passando a designar o chefe maior da Igreja somente no século VI. Por essa razão as informações, às vezes, se contradizem. Mas santo Eusébio mostra-se muito firme e seguro ao relatar Evaristo como um grego vindo da Antioquia.

Ele governou a Igreja durante nove anos, nos quais promoveu três ordenações, consagrando dezessete sacerdotes, nove diáconos e quinze bispos, destinados a diferentes paróquias.

Foi de sua autoria a divisão de Roma em vinte e cinco dioceses, a criação do primeiro Colégio dos Cardeais. Parece que também foi ele que instituiu o casamento em público, com a presença do sacerdote.

Papa Evaristo morreu em 105. Uma tradição muito antiga afirma que ele teria sido mártir da fé durante a perseguição imposta pelo imperador Trajano, e que depois seu corpo teria sido abandonado perto do túmulo do apóstolo Pedro. Embora a fonte não seja precisa, assim sua morte foi oficialmente registrada no Livro dos Papas, em Roma.

Santo Evaristo –Papa -Século I e II

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

BOM DIA EVANGELHO
25 de outubro de 2010 — Segunda-feira
Santo Antonio de Sant’Anna Galvão
(PresbRlg., Mem., Cor Branca)


Santo Antonio de Sant’Anna Galvão foi ordenado sacerdote em 1762. Viveu no Convento de São Francisco, em São Paulo, durante 60 anos, até sua morte, ocorrida a 23 de dezembro de 1822. Sua vida foi marcada pela fidelidade ao sacerdócio e por sua intensa devoção à Imaculada Conceição, como “filho e escravo perpétuo”. Sua caridade atraía para perto dele muitas pessoas em suas necessidades, às quais procurava ajudar com sua palavra orientadora. Foi canonizado no dia 11 de maio de 2007, pelo Papa Bento XVI.
Salmo
O caminho dos maus leva à desgraça.
Salmo 1
Oração
Pai, que eu saiba dar ao amor ao próximo a devida primazia, não submetendo este mandamento a preceitos secundários que me impedem de descobrir a tua verdadeira vontade.
Deus nos fala
O caminho da caridade nos conduz a Deus e à eternidade feliz; andemos, pois, por ele. O dia do Senhor é o dia em que Deus devolve a vida, e não o de cumprimento de normas estabelecidas.

Evangelho
Jesus cura a mulher - Lc 13,10-17

Certo sábado, Jesus estava ensinando numa sinagoga. E chegou ali uma mulher que fazia dezoito anos que estava doente, por causa de um espírito mau. Ela andava encurvada e não conseguia se endireitar. Quando Jesus a viu, ele a chamou e disse:
- Mulher, você está curada.
Aí pôs as mãos sobre ela, e ela logo se endireitou e começou a louvar a Deus. Mas o chefe da sinagoga ficou zangado porque Jesus havia feito uma cura no sábado. Por isso disse ao povo:
- Há seis dias para trabalhar. Pois venham nesses dias para serem curados, mas, no sábado, não!
Então o Senhor respondeu:
- Hipócritas! No sábado, qualquer um de vocês vai à estrebaria e desamarra o seu boi ou o seu jumento a fim de levá-lo para beber água. E agora está aqui uma descendente de Abraão que Satanás prendeu durante dezoito anos. Por que é que no sábado ela não devia ficar livre dessa doença?
Os inimigos de Jesus ficaram envergonhados com essa resposta, mas toda a multidão ficou alegre com as coisas maravilhosas que ele fazia.
Meditação
Coerência nas obras.
“Uma advertência que conserva também para nós a sua validez saudável: aos gestos exteriores deve corresponder sempre a sinceridade da alma e a coerência das obras. De facto, para que serve pergunta o autor inspirado rasgar as vestes, se o coração permanece distante do Senhor, isto é, do bem e da justiça? Eis aquilo que conta deveras: voltar para Deus, com o coração sinceramente arrependido, para obter a sua misericórdia (cf. Jl 2, 12-18). Um coração renovado e um espírito novo: é isto que pedimos com o Salmo penitencial por excelência, o Miserere, (…) ‘Perdoai-nos, Senhor, porque pecamos’. O verdadeiro crente, consciente de ser pecador, aspira inteiramente espírito, alma e corpo pelo perdão divino, como por uma nova criação, capaz de lhe restituir alegria e esperança (…). A concretização do amor constitui um dos elementos fundamentais da vida dos cristãos, que são encorajados por Jesus a serem luz do mundo, para que os homens, vendo as suas "boas obras", glorifiquem a Deus (…).O amor verdadeiro manifesta-se em gestos que não excluem ninguém” (Bento XVI, 1 de março de 2006).
Reflexão apostólica
Deus nos dá a cada dia como uma oportunidade para amar, para servir, para fazer o bem. O texto de são Lucas nos ensina igualmente que a autêntica religiosidade vai sempre unida à caridade. O amor ao próximo é um mandamento semelhante ao do amor a Deus. Ele não só quer nosso louvor, mas também o respeito pelo nosso próximo. Que todas nossas obras sejam encaminhadas a fazer sempre o maior bem aos demais.
A igreja celebra hoje:
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão

O brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França, capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse legado ao filho.
Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida.

Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior.
Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão. Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
No ano seguinte, morreu irmã Helena. E os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da UNESCO.
Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo.
Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra.
Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.
TJL@
Santo Antonio de Sant'Anna Galvão
Frei Galvão
1739-1822

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Bom dia evangelho
Quinta-feira, 21 de outubro
"Um coração alegre faz tanto bem quanto os remédios."


Salmo: Celebrai ao Senhor com a cítara, entoai-lhe hinos na harpa de dez cordas. (Sl 32,2)
Oração
Pai, que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.


Evangelho
Necessária tomada de posição - Lc 12,49-53

Jesus continuou:
- Eu vim para pôr fogo na terra e como eu gostaria que ele já estivesse aceso! Tenho de receber um batismo e como estou aflito até que isso aconteça! Vocês pensam que eu vim trazer paz ao mundo? Pois eu afirmo a vocês que não vim trazer paz, mas divisão. Porque daqui em diante uma família de cinco pessoas ficará dividida: três contra duas e duas contra três. Os pais vão ficar contra os filhos, e os filhos, contra os pais. As mães vão ficar contra as filhas, e as filhas, contra as mães. As sogras vão ficar contra as noras, e as noras, contra as sogras.

Comentário do Evangelho
Jesus vem romper com a paz do mundo

Jesus mostra sua expectativa de que o fogo do amor que ele veio lançar já estivesse aceso na terra. O fogo purifica, consumindo o que não se aproveita. Em Lucas a imagem do fogo é associada ao Espírito: Jesus é o que batiza no Espírito Santo e no fogo (Lc 3,1). O Espírito Santo, enviado pelo Pai e por Jesus, não é o fogo da condenação, mas sim o fogo que purifica, libertando, iluminando e inspirando os corações, inundando-os de amor. Na segunda sentença, Jesus anseia pela chegada de seu "batismo". O batismo é o mergulho nas águas, com um novo nascimento
para a vida eterna. Jesus fala de sua crucifixão, que, no Evangelho de João, é a sua glorificação, com o seu ministério levado às últimas consequências. O mergulho na morte, na crucifixão, revela a condição divina de Jesus, pela qual, livre da morte, ele continua vivo e presente entre seus discípulos até o fim dos tempos, levando todos à comunhão de amor com o Pai. Jesus vem romper com a paz do mundo, seja a paz do império do mercado ou a paz
que se pretende alcançar com uma religião de sacrifícios e ofertas. As próprias famílias, iludidas pela paz do mundo, ficarão abaladas com a verdadeira Paz de Jesus. (Fonte:: José Raimundo Oliva).
A igeja celebra hoje
Santa Úrsula e companheiras

Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. Era uma linda menina, meiga, inteligente e caridosa. Cresceu muito ligada à religião, seguindo os princípios da fé e amor em Cristo. A fama de sua beleza espalhou-se e logo os pedidos de casamento surgiram. Mas por motivos políticos seu pai aceitou a proposta feita pelo duque Conanus, pagão, oficial de um grande exército amigo.
Quando soube que o pretendente não era cristão, Úrsula primeiro recusou, mas depois, devendo obediência a seu pai e rei, aceitou, com a condição de esperar três anos, período que achou suficiente para o duque converter-se ou desistir da aliança. Para isso rezava muito junto com suas damas da Corte.
Mas parecia ser um matrimônio inevitável. Na época acertada, uma expedição, com dois navios, partiu levando Úrsula e suas damas. Eram jovens virgens como ela e se casariam, também, com guerreiros escolhidos pelo duque Conanus. As lendas e tradições falam em onze mil virgens, mas, depois, outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que eram onze meninas. O fato real e trágico foi que, navegando pelo rio Reno, quando chegaram a Colônia, na Alemanha, a cidade estava sob o domínio do exército de Átila, rei dos hunos, povo bárbaro e pagão.
Logo os soldados hunos mataram todos da comitiva e, das virgens, apenas Úrsula escapou, pois Átila ficou maravilhado com a beleza e juventude da nobre princesa. Ele tentou seduzi-la e propôs-lhe casamento. A custo da própria vida, Úrsula recusou-o, dizendo que era já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Cego de ódio, ele mesmo a degolou. Tudo aconteceu em 21 de outubro de 383.
Em Colônia, uma linda igreja guarda o túmulo de santa Úrsula e suas companheiras.
Na Idade Média a italiana Ângela de Mérici, leiga e terciária franciscana, fundou uma Congregação de religiosas chamada Companhia de Santa Úrsula, destinada à formação cristã das famílias através da educação das meninas, futuras mães em potencial. Um avanço para as mulheres, pois até então só os homens eram contemplados com a instrução. A fundadora escolheu santa Úrsula como padroeira após uma visão que teve. Atualmente, as irmãs ursulinas, como são chamadas as filhas de santa Ângela, celebrada em 27 de janeiro, estão presentes nos cinco continentes. Com isso, a festa de santa Úrsula, no dia 21 de outubro, mantém-se sedimentada e muito robusta em todo o mundo católico.
tjl@"Rezar não é pensar muito, mas amar muito."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Bom dia evangelho
19 de outubro de 2010 — Terça-feira
São Paulo da Cruz
"Estamos com a juventude que procura fazer do mundo uma casa para todos."
(Presb., MFac., Cor Branca
)

São Paulo da Cruz, depois de um período de vida eremítica, dedicou-se à pregação popular sob forma de missão. Sua pregação era centrada na paixão de Cristo. Fundou a Congregação dos Passionistas, abrindo um caminho que une a contemplação das dores do Crucificado à obra da evangelização. Em sua vida e em seus escritos deixa um testemunho de confiança e de alegria, hauridas no mistério da cruz. Nasceu em 1694 e morreu em 1775. Com ele, louvemos ao Senhor!


INVOQUEMOS O ESPÍRITO SANTO PARA FAZERMOS A LEITURA DO EVANGELHO:

Oração do Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.


Salmo:
O que tem as mãos limpas e o coração puro, cujo espírito não busca a vaidade... (Sl 23,4)

EVANGELHO
Lamparinas acesas! Lc 12,35-38

E Jesus disse ainda:
- Fiquem preparados para tudo: estejam com a roupa bem presa com o cinto e conservem as lamparinas acesas. Sejam como os empregados que esperam pelo patrão, que vai voltar da festa de casamento. Logo que ele bate na porta, os empregados vão abrir. Felizes aqueles empregados que o patrão encontra acordados e preparados! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o próprio patrão se preparará para servi-los, mandará que se sentem à mesa e ele mesmo os servirá. Eles serão felizes se o patrão os encontrar alertas, mesmo que chegue à meia-noite ou até mais tarde.

Comentário do Evangelho
O tema da vigilância, que é o núcleo do Evangelho de hoje, era próprio das primeiras comunidades cristãs, entre as quais havia a expectativa de uma volta em breve de Jesus, morto e ressuscitado, seguindo-se o julgamento final. Os três Evangelhos sinóticos (Mt, Mc, Lc) apresentam sinais desta expectativa. Era a Parusia, expectativa escatológica e apocalíptica. Com o passar do tempo, as comunidades começaram a perceber que a "volta" de Jesus tinha outro sentido. No Evangelho de João, escrito na última década do primeiro século, não há referências a esta Parusia. Em João as palavras de Jesus revelam a sua presença, junto com o Pai, já, entre os homens e mulheres que praticam a vontade de Deus, no amor fraterno e universal. Neste Evangelho de Lucas, os servos que estão de prontidão, esperando o seu senhor, são proclamados bem-aventurados. São os que estão atentos, empenhados em fazer a vontade de Deus, que é o serviço à vida, na construção de um mundo novo. Nesta parábola, é admirável como o próprio Senhor arregaçará sua veste e se porá a servir àqueles que encontrar vigilantes, como Jesus na última ceia, no Evangelho de João (Jo 13,2-15).Fonte:Congregação do Santíssimo Redentor

A igreja celebra hoje
Santos João de Brébeuf, Isaac Jogues e São Paulo da Cruz

Hoje lembramos a coragem, santidade e consequentemente o martírio de irmãos nossos: João de Bribeuf, Isaac Jegues, Renato Goupel, João de Landi, Gabriel Lalmant, Antônio Daniel, Carlos Gurmier e Natal Chabanel, todos missionários jesuítas de origem francesas.
A região dos grandes lagos, nos confins entre os Estados Unidos e o Canadá, era habitada no século XVII por tribos peles vermelhas que não conheciam as vantagens do Evangelho. Nossos irmãos enfrentaram as dificuldades próprias da adaptação nas terras diferentes, climas, línguas e principalmente tribos indígenas guerreiras, que faziam da missão um perigo, mas assim mesmo, os santos missionários preferiram arriscar a vida que é Jesus.
Acabaram pagando a missão com o sangue, já que em 1642, em lugares diversos foram sendo presos e martirizados por ferozes tribos, que chegaram a arrancar o coração de alguns para devorar, na crença de receber a coragem daqueles homens de Deus e do povo merecedor da salvação em Cristo Jesus.

A IGREJA CELEBRA HOJE
São Paulo da Cruz

Grande valente também foi são Paulo da Cruz. Nasceu no norte da Itália em 1694, de piedosos pais que muito educaram o filho no cristianismo. Quando jovem de oração e contemplativo, fez uma aliança com colegas, a fim de sempre meditarem a paixão e morte de Jesus. De início trabalhou com o pai e não sentia o chamado ao sacerdócio, mas ao apostolado, assim partilhou com um bispo o impulso de propagar a devoção à paixão e morte Daquele que morreu por amor à humanidade e salvação de cada um.
Enviado pelo bispo tronou-se instrumento de conversão para milhares, até que o bispo ordenou-o sacerdote, e mais tarde o papa deu a licença para aceitar candidatos em seu noviciado.
Nasceu desta maneira a congregação dos padres parsionistas com a finalidade de firmar nos corações dos fiéis um grande amor à paixão e morte de Nosso Senhor, através das missões populares.
Profundos devotos da sagrada paixão, o fundador são Paulo da Cruz desde que começou o apostolado sozinho não abandonou o hábito preto, a cruz branca e as duras penitências, como se alimentar de pão e água e dormir no chão. Depois de muito evangelizar e alcançar para o povo milagres, associou-se a cruz e Nossa Senhora das Dores, para entrar como vitorioso no céu em 1775, somando 81 anos de idade.
TJL@ -

Não Sei
Não sei se a vida é curta ou longa demais pra nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que acaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura, enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. TJL@19102010-0831LT

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Bom dia evangelho
Segunda-feira, 18 de outubro de 2010
São Lucas (Evangelista), Festa, 1ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Vermelha
Hoje: Dia do Médico
Santos: Lucas (Evangelista, Antioquia), Renato, Cirila, Atenodoro (séc. III), franciscano espanhol), Julião Sabas (380), Amável e Inês de Jesus
Antífona: Como são belos sobre os montes os passos daquele que anuncia a paz, trazendo a boa nova e proclamando a salvação! (Is 52,7)

Oração: Ó Deus, que escolhestes São Lucas para revelar em suas palavras e escritos o mistério do vosso amor para com os pobres, concedei aos que já se gloriam do vosso nome perseverar num só coração e numa só alma, e a todos os povos do mundo ver a vossa salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito santo.

Salmo: 144(145), 10-11.12-13ab.17-18 (R/.12a)
Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso reino glorioso!
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso Reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz. Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente.

Evangelho: Lucas (Lc 10, 1-9)
Não só doze mas setenta e dois são enviados em missão

Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: `A paz esteja nesta casa!' 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: `O Reino de Deus está próximo de vós'". Palavra da Salvação!
Leituras paralelas: Mt 9, 37-38; Mt 10,16; Mt 10, 9-15; Mc 6, 8-11; 1Tm 5, 18.

Comentário o Evangelho
Como cordeiros entre lobos

A metáfora da condição dos discípulos é uma forma de descrever o futuro da missão. Ser cordeiros entre lobos não dá margem para dúvidas: a missão está destinada a ser uma batalha desigual, onde toda prudência é pouca. Nada de ilusões!
Humanamente falando, as orientações dadas por Jesus deixavam os discípulos numa situação de fragilidade. A pobreza material levava-os a depender da caridade alheia. Como se sabe, nem todo mundo está disposto a ajudar. Quem depende de esmolas, está sujeito a toda sorte de ironia, gozações e humilhações, sem contar o risco de sofrer agressões físicas. A recomendação de não escolher casa ou cidade onde entrar - os discípulos deveriam ir a toda cidade e lugar por onde Jesus passaria - obrigava-os a visitar até mesmo povoados hostis, especialmente os situados na região da Samaria. Se a hospitalidade em uma cidade lhes fosse recusada, eles não teriam o direito de fazer uso da força ou da violência. Bastava-lhes sacudir o pó das sandálias, e seguir adiante. Falando na perspectiva do Reino, a ação missionária oferecida aos setenta e dois discípulos exigia deles serem testemunhas do mundo novo proclamado por Jesus. Aí os bens materiais deveriam ser relativizados, não tendo primazia no coração humano. A solidariedade seria um imperativo, e a violência, banida. Por conseguinte, a reação dos apóstolos diante de situações adversas já seria uma ação evangelizadora. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]

Para sua reflexão:
Uma e outra leitura indicam o número de nações pagãs, tal como o judaísmo o via em Gn 10 (segundo o texto hebreu, 70, ou o texto grego, 72). A missão aos gentios começará após a Páscoa e Pentecostes, mas Lucas procura mostrar já uma prefiguração dessa missão. É o único a referir esta missão, para mostrar que a missão não é reservada aos Doze e ela simboliza, na Palestina, a missão aos pagãos. Só a imagem da messe, os profetas do Antigo Testamento descreviam muitas vezes o juízo de Deus. Para João Batista, a messe é obra de Deus. Jesus associa os discípulos, pela oração e pela pregação, à sua obra. Ao contrário de Mt 10, 11-14, Lucas distingue o comportamento dos discípulos numa casa e numa cidade. Paz: saudação usual no Antigo Testamento, que inclui votos de bem-estar, prosperidade, saúde. Aqui trata-se da bênção, dom messiânico que acompanha o Evangelho. A regra do salário também é indicada por Paulo, como lei pertinente à missão, embora ele renunciasse a beneficiar dela. (Bíblia dos Capuchinhos)
A igreja celebra hoje
São Lucas

Lucas nasceu em Antioquia e exerceu a profissão de médico (Cl 4, 14), depois da conversão, esteve a serviço de Paulo (Fm 24; 2Tm 4,11; At 16, 10-17; 20, 21; 28) e encontrou-se provavelmente a seu lado em seus últimos dias (2Tm 4, 11). Sua origem grega, sua procedência do paganismo e a colaboração com a obra apostólica de Paulo aparecem sob muitos aspectos em toda ação evangelizadora e nos escritos paulinos.
O Evangelho de Lucas tem como tema fundamenta a admissão de todos os povos à salvação (Lc 3, 6; 7, 1-9; 13, 28-30) e a participação no Reino de todas as categorias de pessoas que a antiga Lei excluía do culto: os pobres, os pecadores, os fracos, as mulheres, os pagãos (Lc 5, 29-32; 7, 36-50; 8, 1-3; 10, 21-22). É todo um “alegre anúncio” de que Jesus é o Salvador, todo bondade, misericórdia, doçura, alegria. Sua vida e ministério são apresentados como uma “viagem” de subida a Jerusalém, ao Calvário, à glória.
Médico e Padroeiro
A data 18 de outubro foi escolhida em homenagem a São Lucas, padroeiro da medicina, e consta como dia do santo pela tradição litúrgica.
São Lucas exercia a profissão de médico e também tinha vocação pela pintura. Escreveu o terceiro evangelho e o "ato dos apóstolos" da Bíblia Sagrada. Acredita-se que veio de família abastada pelo seu estilo literário.
Nasceu na Turquia no século I, quando esta ainda se chamava Antioquia. Discípulo de São Paulo, o seguiu em missão, sendo chamado por este de "colaborador" e "médico amado".
Hipócrates, o pai da medicina
Hipócrates, considerado o Pai da Medicina, nasceu na ilha de Cos, 460 anos a.C., tendo pertencido ao ramo de Cos da família Esculápio (ou Asclepíades) por descendência masculina.
O termo esculápio é igualmente empregado para designar os médicos em geral, na medida em que praticam a arte de Esculápio (ou Asclepios), o Deus da medicina na época clássica. Na sua origem, o termo restringe-se aos filhos de Esculápio, Podalira e Machaon, personagem famosos, ambos médicos, e seus descendentes.
Fundador da família, Esculápio era conhecido por seu grande saber médico e, de acordo com algumas biografias, Hipócrates era seu décimo nono descendente e o vigésimo a partir de Zeus.
O avô de Hipócrates, também médico, chamava-se Hipócrates, mas nunca alcançou a fama daquele que tornou-se conhecido como o pai da medicina.
Até hoje os recém-formados fazem o juramento de Hipócrates no dia da colação de grau, no qual prometem exercer a medicina com ética, seriedade e respeito aos pacientes.
Um pouco de história da medicina
A medicina é a ciência que investiga a natureza e a origem das doenças do homem de modo a preveni-las, controlá-las e curá-las, preservando assim a saúde das pessoas. A palavra deriva do verbo latino mederi que significa curar e tratar.
A ciência surge de forma experimental, como resultado de experiências com técnicas ainda rudimentares (como tomar banho frio para baixar a febre, por exemplo). Desenhos rupestres mostram que na pré-história o homem já reconhecia algumas doenças e o efeito terapêutico de plantas curativas, além do calor, frio e luz solar.
Somente no final do século é que se inicia a medicina moderna com o estudo da anatomia humana. Em 1543, o médico André Vesálio publica "A organização do corpo humano" com descrições e detalhes do corpo humano, representando um grande avanço na medicina ainda incipiente. Para conceber a obra, André usou a técnica de dissecação de cadáveres, tendo sido, por isso, condenado à morte pela Inquisição.
O dia 18 de outubro foi escolhido como "dia dos médicos" por ser o dia consagrado pela Igreja a São Lucas. Como se sabe, Lucas foi um dos quatro evangelistas do Novo Testamento. Seu evangelho é o terceiro em ordem cronológica; os dois que o precederam foram escritos pelos apóstolos Mateus e Marcos.
Lucas não conviveu pessoalmente com Jesus e por isso a sua narrativa é baseada em depoimentos de pessoas que testemunharam a vida e a morte de Jesus. Além do evangelho, é autor do "Ato dos Apóstolos", que complementa o evangelho. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997 e IBGEteen]
bom dia evangelho-18 de outubro.
Lucas foi apóstolo do Senhor, evangelista e autor dos Atos dos Apóstolos. É o escritor da mansidão de Cristo. Foi fiel companheiro do apóstolo Paulo que o chama de “amado médico” (Cl 4,14). Traz no evangelho os relatos da infância de Jesus, fala principalmente dos simples e da abundante misericórdia de Deus para com os pobres e sofredores. Nos Atos dos Apóstolos traça o retrato ideal da Igreja. Louvemos a Deus por tão bela existência que frutificou no mundo.
Deus nos fala
Prisioneiro, o apóstolo sente o abandono de seus colaboradores, mas não desanima nem deixa de confiar no Senhor. Os discípulos unidos em Cristo são enviados por Ele, para que o anúncio do Reino chegue a todas as gentes.
tjl@18102010-0921lt

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

BOM DIA EVANGELHO
Sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Santa Teresa de Jesus, Virgem e Doutora da Igreja, Memória, 3ª do Saltério, cor Verde
Hoje: Dia do Professor e Dia do Normalista

Santos: Agileu de Cartago (mártir), Antíoco de Lião (bispo), Aurélia de Estrasburgo (virgem), Calisto de Huesca (mártir), Canato de Marselha (bispo), Eutímio, o Tessalonicense (abade), Fortunato de Roma (mártir), Leonardo de Vandoeuvre (abade), Sabino de Catânia (bispo), Severo de Trèves (bispo), Tecla de Kitzingen ou Tecla da Inglaterra (abadessa).

Antífona: Como a corça que suspira pelas águas da torrente, assim minha alma suspira por vós, Senhor. Minha alma tem sede do Deus vivo. (Sl 41, 2-3)

Oração: Ó Deus, que pelo vosso Espírito fizestes surgir santa Teresa para recordar à Igreja o caminho da perfeição, dai-nos encontrar sempre alimento em sua doutrina celeste e sentir em nós o desejo da verdadeira santidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salmo: 32 (33), 1-2.4-5.12-13 (R/.12b)
Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança

1Ó justos, alegrai-vos no Senhor! aos retos fica bem glorificá-lo. 2Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!
4Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. 5Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.
12Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! 13Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.

Evangelho: Lucas (Lc 12, 1-7)
Os cabelos de vossa cabeça estão todos contados
Naquele tempo, 1milhares de pessoas se reuniram, a ponto de uns pisarem os outros. Jesus começou a falar, primeiro a seus discípulos: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. 2Não há nada de escondido, que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido. 3Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão, será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, no quarto, será proclamado sobre os telhados. 4Pois bem, meus amigos, eu vos digo: não tenhais medo daqueles que matam o corpo, não podendo fazer mais do que isto. 5Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem o poder de lançar-vos no inferno. Sim, eu vos digo, a este temei. 6Não se vendem cinco pardais por uma pequena quantia? No entanto, nenhum deles é esquecido por Deus. 7Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais”. Palavra da Salvação!
Leituras paralelas: Mt 10, 19.26-33; 16,5-12; Mc 8, 14-15

Comentando o Evangelho
Liberdade corajosa

Os discípulos corriam um duplo risco: deixar-se fascinar pela atitude hipócrita dos fariseus, e assumi-la como projeto de vida, bem como ter medo de fazer-lhes frente, como fez Jesus, agüentando as conseqüências.
Foi necessário que o Mestre os alertasse a ter uma corajosa liberdade diante de seus adversários. Mesmo diante da perspectiva de morte, não deviam recuar. O que tinham ouvido de Jesus, estando à sós, deveriam proclamar aos quatro ventos. O que escutaram ao pé do ouvido, teriam a tarefa de levar ao conhecimento de todos.
Nada de se intimidar com a perspectiva de morte. Os adversários só têm o poder de matar o corpo, e nada mais. Temor só se deve a Deus, que é Senhor da sorte eterna do ser humano. A ele, sim, deve-se temer, não aos hipócritas fariseus.
Em última análise, os discípulos tinham diante de si uma dupla possibilidade: seguir as insinuações dos fariseus, ou deixar-se guiar por Jesus, por meio do qual se chega a Deus. Quem escolhe colocar-se do lado dele pode estar seguro de ser objeto de contínua proteção. Seu amor e interesse pelos que optaram pelo Reino supera todo limite. Jesus ilustra esta atitude divina, afirmando que "até os cabelos da cabeça (dos discípulos do Reino) estão todos contados". Por conseguinte, não se justifica o medo diante da perspectiva sombria de perseguição e morte, por causa do Reino. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B, ©Paulinas, 1996]

Para sua reflexão: Hipocrisia pretende ser síntese das atitudes denunciadas; é dissimular o interior com o exterior, é inverter a escada de valores, é confundir ao invés de esclarecer. Mais que um delito específico é o arbítrio, um fermento que penetra e corrompe toda a massa. Diante da simulação e da hipocrisia, recomenda-se a sinceridade, tendo em conta o resultado. É convite e advertência. Convite a partilhar o bem aprendido; advertência de que um dia serão arrancadas máscaras e disfarce. A frase clássica de encorajamento “não temais” tem aqui uma explicação. O fogo aniquila o que a morte deixa; mata-se e depois se queima totalmente: “mataram a fera, esquartejaram-na e a atiraram no fogo” (Is 66, 24; Dn 7, 11). Correlativo de não temer e confiar. Curioso é que seja a mesma personagem a que pode ditar sentença de condenação e a que cuida dos desvalidos como de pássaros indefesos. Do paradoxo segue-se que o que se deve realmente temer é fazer-se merecedor da condenação; em outras palavras, a pessoa teme a si mesma, não os outros, cujo poder alcança só esta vida, não a “segunda morte” (Ap 21,8). (Bíblia do Peregrino)

A IGREJA CELEBRA HOJE
Santa Teresa D'avila

Com grande alegria lembramos da vida de santidade daquela virgem que mereceu ser proclamada em 1970 pelo papa Paulo VI, Doutora da Igreja, como e Mestra de espiritualidade: Santa Teresa D'Avila. Como chegou até lá? Teresa nasceu em Àvila, Espanha em 1515 e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que Teresa quando criança se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires, que combinou fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados, mas nada aconteceu, graças a vigilância dos pais.
Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Àvila, onde viveu no relaxamento, pois muito se apegou as criaturas, parentes e conversas destrutivas, assim como conta no seu livro da vida. Certo dia foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor, a partir desta experiência de Deus, assumiu a sua conversão e voltou ao fervor da espiritualidade Carmelita, ao ponto de criar uma espiritualidade modelo.
Em 1562, Teresa deu início à reforma dos Carmelos tão numerosos na Espanha. Obra gigantesca que exigiu de sua vocação para a contemplação e doação total à ação e suas lutas e experiências místicas produziram obras imortais, como o caminho da perfeição, as moradas, a autobiografia que são ainda hoje, fonte de perene vida e seta que aponta a finalidade da via carmelita:
União absoluta com Deus até se formar uma espécie de matrimônio espiritual entre a alma e Deus. O seu segredo é o amor. Madre Teresa conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve antes de morrer sofrimentos físicos e morais, até que em 1582 disse uma das últimas palavras:
"Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer".

[http://geocities.yahoo.com.br/monjascarmelitas/teresa.html em 14/10/2008]

Oração de Santa Teresa de Jesus
Ó Santa Teresa de Jesus, vós sois a mestra da genuína oração e nos ensinais a rezar conversando com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Ó Santa Teresa, ajudai-nos a rezar com fé e confiança, sem nunca duvidar da bondade divina. Ajudai-nos a rezar com inteira conformidade de nossa vontade com a vontade de Deus, com insistente perseverança até alcançarmos aquilo que necessitamos.
Ó Santa Teresa de Jesus, fazei-nos fiéis a nossa oração da manhã e da noite e a transformar em oração o cumprimento de nossas tarefas de cada dia. Que a oração seja para nós a porta de nossa conversão e santificação e a chave de ouro que nos abrirá a porta do Céu. Amém. Santa Teresa de Jesus, rogai por nós!
Santa Teresa, virgem esposa, especialmente amada do Crucificado, doutora da Igreja, permiti que, imitando-vos perfeitamente, eu possa cumprir a vontade e ganhar a amizade do Sumo Bem, antes de buscar as alegrias do mundo. Apesar de todas as minhas contradições e defeitos, dai-me força para seguir vosso exemplo e seguir plenamente a Cristo com aquela perfeição que Ele pede. Com o vosso auxílio eu possa superar as dificuldades desta vida e merecer o repouso sem fim no céu. Amém.

Oração do Professor
Obrigado, Senhor, por atribuir-me à missão de ensinar e por fazer de mim um professor no mundo da educação. Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pessoas e te ofereço todos os meus dons. São grandes os desafios de cada dia, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na graça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento. Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também o sofrimento que me fez crescer e evoluir. Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar. Senhor! Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador para melhor poder servir. Abençoa todos os que se empenham neste trabalho iluminando-lhes o caminho. Obrigado, meu Deus, pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje e sempre. Amém!

O professor se liga à eternidade. Ele nunca sabe quando cessa a sua influencia. (Henry Adams)

TJL@-WWW.MUNDOCATOLICO.ORG.BR
Descubra o Amor, o Ágape
Pegue um sorriso e doe-o a quem jamais o teve. Pegue um raio de sol e faça-o Soar lá onde reina a noite. Descubra uma fonte e faça banhar-se quem vive no lodo. Pegue uma lágrima e ponha-a no rosto de quem jamais chorou. Pegue a Coragem e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar. Descubra a vida e narre-a a quem não sabe entendê-la. Pegue a esperança e viva na sua luz. Pegue a bondade e doe-a a quem não sabe doar. Descubra o amor e faça-o conhecer o mundo.
TJL@15102010-0838LT

terça-feira, 12 de outubro de 2010

MARIA - Nossa Senhora Aparecida

Cubra-me com seu manto de amor
guarda-me na paz desse olhar
cura-me as feridas e a dor
me faz suportar.

Que as pedras do meu caminho
meus pés suportem pisar
mesmo ferido de espinhos
me ajude a passar.

Se ficaram mágoas em mim
Mãe tira do meu coração
e aqueles que eu fiz sofrer
peço perdão.

Se eu curvar meu corpo na dor
me alivia o peso da cruz
interceda por mim minha mãe
junto à Jesus.

Nossa Senhora
me dê a mão cuida do meu coração
da minha vida, do meu destino
do meu caminho, cuida de mim.

Sempre que o meu pranto rolar
ponha sobre mim suas mãos
aumenta minha fé e acalma
o meu coração.

Grande é a procissão a pedir
a misericórdia, o perdão
a cura do corpo e pra alma
a salvação.

Pobres pecadores
oh, mãe
tão necessitados de vós
Santa mãe de Deus tem piedade de nós.

De joelhos aos vossos pés
estendei a nós vossas mãos
rogai por todos nós, vossos filhos
meus irmãos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bom dia evangelho
8 de outubro de 2010 — Sexta-feira
27ª Semana Comum
Formulário do 27º Domingo Comum
Dia do Nascituro
A vida é dom de Deus. Somos fruto de seu infinito amor e de sua misericórdia. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, e por isso podemos e devemos reconhecer e amar nosso Criador. Somos seres transcendentes, e a vida é o bem maior que deve ser amado, respeitado, defendido. E ninguém tem o direito de ferir sua sacralidade. Este Dia do Nascituro nos faz perceber essa grandeza, e nos interroga sobre nossas atitudes diante da vida.
Deus nos fala
Cristo carregou sobre si nossas dores, e a todos estendeu a bênção divina prometida já em Abraão. Jesus é o Filho de Deus, que na terra faz triunfar a verdade do Reino do céu.
EVANGELHO
Lc 11,15-26
"Quem não está comigo, está contra mim"

15 Mas alguns disseram: «É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios.» 16 Outros, para tentar Jesus, pediram-lhe um sinal do céu. 17 Mas, conhecendo o pensamento deles, Jesus disse: «Todo reino dividido em grupos que lutam entre si, será destruído; e uma casa cairá sobre outra. 18 Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como o seu reino poderá sobreviver? Vocês dizem que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19 Se é através de Belzebu que eu expulso os demônios, através de quem os filhos de vocês expulsam os demônios? Por isso, eles mesmos hão de julgar vocês. 20 Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus chegou para vocês. 21 Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os bens dele estão em segurança. 22 Mas, quando chega um homem mais forte do que ele e o vence, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. 23 Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa.»
Pior do que antes -* 24 «Quando um espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos à procura de repouso, e não encontra. Então diz: ‘Vou voltar para a casa de onde saí’. 25 Quando ele chega, encontra a casa varrida e arrumada. 26 Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. Eles entram, moram aí e, no fim, esse homem fica em condição pior do que antes.»
* 14-23: A cura do endemoninhado mostra que a ação de Jesus consiste em libertar o homem da alienação que o impede de falar. A ação de Jesus testemunha a chegada do Reino de Deus, pois para vencer Satanás é preciso ser mais forte do que ele. Mas Jesus é, ao mesmo tempo, a presença da salvação e do julgamento: quem não age com Jesus, torna-se adversário.
* 24-26: Cf. nota em Mt 12,43-45.[ * 43-45: Recusando Jesus e o Reino de justiça que ele traz, os homens ficam entregues a uma alienação maior do que aquela em que se encontravam antes da sua vinda.
Fonte:Bíblia Sagrada - Edição Pastoral

Comentário do Evangelho
Somos libertados

Sob a influência da doutrina do Templo e das sinagogas, alguns dentre os judeus difamam Jesus acusando-o de parceiro de Beelzebu. Pretendem difamar Jesus diante da opinião pública. Jesus inverte a acusação. Ele expulsa os demônios pelo dedo de Deus, libertando os possuídos pelo sistema opressor do Templo e das sinagogas, revelando
a chegada do Reino de Deus. Contudo, a libertação, sem a adesão à Palavra que leva ao compromisso com o Projeto de Deus, deixa a pessoa desamparada para novamente ser tomada pelo mau espírito. Somos libertados por Deus, em Jesus, para sermos agentes da transformação deste mundo em um mundo novo em que a ambição do dinheiro que promove o horror da guerra de conquista ceda lugar à fraternidade, à partilha e à paz. (Autor: José Raimundo Oliva).
A IGREJA CELEBRA HOJE:
São João Calábria
1873-1954 -Fundou as Ordens dos Pobres Servos e das Pobres Servas
da Divina Providência
João Orestes Maria Calábria, seu nome de batismo, nasceu em 8 de outubro de 1873, em Verona, Itália, sétimo filho de uma família cristã muito humilde. O pai, Luís, era sapateiro e a mãe, Ângela, uma empregada doméstica e cristã exemplar. Desde pequeno, João teve uma saúde frágil, agravada ainda pela grande fome que atingira a região do Vêneto, norte da Itália, em sua infância, deixando-o subnutrido.
Quando o pai faleceu, teve de interromper o quarto ano do ensino básico para trabalhar como garçom. Com a ajuda de padres amigos da família, começou a estudar para entrar no seminário e, em 1892, conseguiu ingressar no de Verona. Muito preocupado com os necessitados, desde o início teve a preocupação de visitar os doentes, mas desdobrava-se na catequese das crianças abandonadas, suas prediletas.
Em 1894, foi chamado para o serviço militar. Esta fase, segundo seus orientadores, seria interessante para colocar à prova sua verdadeira vocação sacerdotal. Logo foi escalado para a enfermaria do hospital militar, onde se dedicou de corpo e alma a cuidar dos enfermos.
Após dois anos, retornou ao seminário, onde foi aprovado como noviço. Mas o seminarista Calábria nunca mais deixaria de visitar o hospital militar. Em 1901, recebeu sua ordenação sacerdotal.
Designado para o ministério na diocese de Verona, deixou sua marca de bom pastor em várias paróquias onde atuou. Em 1907, foi nomeado vigário da Reitoria de São Benedito ao Monte. Lá, devido à sua especial atenção para com as crianças abandonadas, criou, no mesmo ano, uma casa de acolhida para elas, chamada "Casa dei Buoni Fanciulli", isto é, "Casa dos Bons Meninos", cuja sede depois foi transferida para a próxima cidade de São Zeno, onde hoje está a Casa-mãe. Em breve, os lares para as crianças abandonadas foram se estendendo por toda a Itália. Em decorrência dessa obra, ele acabou fundando também duas congregações religiosas. Primeiro a masculina: dos Pobres Servos da Divina Providência; logo depois o ramo feminino: das Pobres Servas da Divina Providência. A orientação básica que o fundador costumava repetir aos seus religiosos, colaboradores leigos e aos jovens dos lares que criou era muito simples, como foi toda a sua vida: "Sejam evangelhos viventes". Com isso lhes pedia para encontrarem o amor de Deus vendo o irmão necessitado como a única fonte para poder sentir e demonstrar a verdadeira Paixão de Jesus Cristo pela humanidade.
João Calábria faleceu no dia 4 de dezembro de 1954, na Casa-mãe de suas obras, em São Zeno. O papa Pio XII, que na ocasião também estava doente, quando recebeu a notícia da morte de padre Calábria, cuja vida acompanhou e admirava, assim o definiu: era um "campeão de evangélica caridade".
Canonizado pelo papa João Paulo II em 1999, a data comemorativa oficial da memória de são João Calábria ocorre no dia 8 de outubro, em vez de 4 de dezembro, por uma especial autorização concedida, a pedido das congregações, pela Santa Sé. Expandidas por toda a Itália, atravessaram oceanos, estabelecendo-se no Uruguai, Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, Colômbia, Angola, Filipinas, Índia, Rússia, Romênia e Quênia. Além disso, floresceu um ramo na América Latina: as Irmãs Missionárias dos Pobres, dando vigor e continuidade à obra do santo fundador.
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Entre Você e Deus
Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-as assim mesmo. Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro. Seja gentil assim mesmo. Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença assim mesmo. Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo. Seja honesto e franco assim mesmo. O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra. Construa assim mesmo. Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja. Seja feliz assim mesmo. O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. Faça o bem assim mesmo. Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo. Veja você que, no final das contas, é entre você e Deus. Nunca foi entre você e as outras pessoas.(www.padremarcelorossi.com.br)
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bom dia evangelho
Quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Nossa Senhora do Rosário. Ofício de Memória, Ofício de Memória, 3ª do Saltério, cor Branca

Hoje celebramos o Dia dos Idosos e de Nossa Senhora do Rosário. A memória de Nossa Senhora do Rosário está ligada à vitória dos cristãos em Lepanto (Grécia) em 1771. São Pio V atribuiu esse feito histórico à oração que o povo cristão dirigira a Nossa Senhora do Rosário, antes conhecida como Nossa Senhora das Vitórias. Com Maria podemos meditar os mistérios de nossa redenção: Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Que a Mãe de Deus proteja os idosos, e que eles sejam amados por nós.

Santos do Dia: Nossa Senhora do Rosário (proclamada bem-aventurada por todas as gerações), Helano, Osita, Mateus de Mântua.

Antífona: Anjos todos do Senhor, bendizei o Senhor; cantai a sua glória, louvai-o eternamente. (Dn 3, 58)

Oração: Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo, pela mensagem do Anjo, a encarnação do Cristo, vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição pela intercessão da Virgem Maria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Cântico de Maria (Magnificat): Lc 1, 46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 (R/.49)
Bendita sejais, ó virgem Maria, trouxestes no ventre a palavra eterna!
A minha alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu salvador.
Pois, ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome!
Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o, respeitam. Demonstrou o poder de 'seu braço, dispersou os orgulhosos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.
Acolheu Israel, seu servidor, fiel a seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

O Cântico de Maria, ou Magnificat, inspira-se no Antigo Testamento, em especial no Cântico de Ana (1Sm 2, 1-10), um salmo de ação de graças. Este hino canta a gratidão e a exultação da mãe de Jesus e de todo o povo de Deus pelo cumprimento das Promessas.

Evangelho: Lucas (Lc 1, 26-38)
Anúncio do nascimento de Jesus


Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!" 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: "Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim".

34Maria perguntou ao anjo: "Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?" 35O anjo respondeu: "O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que nascer de ti, será chamado santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível". 38Maria, então, disse.' "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" E o anjo retirou-se. Palavra da Salvação!

Leitura paralela: Mt 1, 18-25: Origem divina do Messias.
18A origem de Jesus Cristo, porém, foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José. Mas antes de morarem juntos, ficou grávida do Espírito Santo. 19José, seu marido, sendo homem justo e não querendo denunciá-la, resolveu abandoná-la em segredo. 20Mas enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e disse: “José filho de Davi não tenhas medo de receber Maria, tua esposa, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus. É ele que salvará o povo de seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: 23Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamarão com o nome de Emanuel1, que significa: Deus conosco. 24Quando acordou, José fez como o anjo do Senhor lhe tinha mandado e aceitou sua mulher. 25E não teve relações com ela até que ela deu à luz um filho, a quem ele pôs o nome de Jesus.

Comentário o Evangelho
Eis a serva do Senhor

Maria ocupou um lugar de destaque no advento da salvação, aceitando acolher a proposta de Deus de assumir a maternidade do Messias Jesus. A escolha de Maria não se explica, no plano humano. Era uma jovem, já prometida em casamento a um descendente da casa de Davi. Não pertencia a nenhuma família nobre e rica, e habitava numa cidade escondida e mal-afamada. Não passava por sua mente ligar-se, de algum modo, ao Messias. Humanamente falando, ela não possuía os requisitos necessários para ser mãe do Salvador.
O diálogo de Maria com o anjo revelou a imagem que ela fazia de si mesma, bem como o que Deus pensava a respeito dela. Da parte de Deus, era considerada repleta de graça, amada por ele, bendita entre todas as mulheres. Em outras palavras, possuidora dos requisitos necessários para ser colaboradora de seu plano de salvação. Este requeria alguém totalmente disponível para Deus, despojado de si mesmo e dos próprios interesses, e disposto a assumir uma missão superior a tudo que se possa imaginar. Maria, por sua vez, tinha consciência de suas limitações. Não podia imaginar que Deus a tivesse em tão alta conta. Não conseguia conciliar a concepção do Messias com o fato de não ter conhecido homem algum. Estava longe de compreender o que significa conceber por obra do Espírito Santo. Contudo, como se sabia serva, não receou aceitar cegamente o projeto de Deus. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B, ©Paulinas, 1996]

Para sua reflexão: Gabriel anuncia os acontecimentos finais. A Galiléia era zona limítrofe, longe de Jerusalém; Nazaré, um lugar sem importância, perto da importante cidade de Séforis. Maria estava “prometida”, com o vínculo legal dos esponsais, mas sem ter celebrado ainda o casamento, começo da coabitação. José era descendente de Davi, de nobreza decadente; mais tarde Lucas nos dará a árvore genealógica. A saudação corrente grega soa com os acordes de uma rica tradição bíblica, em contextos de renovação ou restauração. Atribui-se a figura emblemática, não a uma pessoa em particular. O Senhor está contigo; “Deus conosco” é o nome do anunciado em Is 7, 14-15 e é expressão própria de momentos importantes. Agora o anunciado se chamará Jesus (o Senhor que salva), equivalente a Josué e Isaías. É o descendente de Davi, herdeiro legítimo do trono; levará o título de Filho do Altíssimo. (Bíblia do Peregrino)

Nossa Senhora do Rosário
No dia 07 de outubro é comemorada a festa de Nossa Senhora do Rosário. Esta devoção teve origem na Idade Média (1571), após a vitória do exército católico sobre o turco, em uma batalha, a qual foi atribuída a intervenção de Nossa Senhora, invocada pela oração do rosário.
A oração do rosário, que simboliza uma coroa de rosas que teria sido entregue a Nossa Senhora, é uma das mais antigas da tradição católica. Diz-se que remonta aos anacoretas orientais que utilizavam pequenas pedrinhas para marcar sua oração vocal. Foram os padres dominicanos os grandes responsáveis por sua difusão, pois, segundo uma lenda, conta-se que Nossa Senhora teria aparecido a São Domingos, recomendando-lhe a recitação do rosário pela salvação do mundo. Foi o papa Pio V, dominicano, que animou essa prática, que rapidamente difundiu-se entre os católicos. É comum atribuir o pedido de Nossa Senhora para que se reze o rosário, em suas aparições de Fátima e Lourdes. E, quem poderia negar um pedido carinhoso de mãe?
A tradição católica remete a oração do rosário (ou do terço) ao pedido especial que o orante faz a Nossa Senhora para que interceda firmemente pela salvação da humanidade. Que a festa de Nossa Senhora do Rosário anime em nossos corações o desejo de dedicarmo-nos mais a esta oração, percorrendo junto com Maria os mistérios da vida de Jesus Cristo.

Oração a Nossa Senhora do Rosário
Nossa Senhora do Rosário, daí a todos os cristãos a graça de compreender a grandiosidade da devoção do santo rosário, no qual, à recitação da Ave Maria, se junta a profunda meditação dos santos mistérios da vida, morte e ressurreição de Jesus, vosso Filho e nosso Redentor.
São Domingos, apóstolo do rosário, acompanhai-nos com Maria na recitação do terço, para que, por meio dessa devoção cheguemo-nos ao mistério amoroso de Jesus, e Nossa Senhora do Rosário nos leve à vitória em todas as lutas da vida; por seu Filho, Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Saiba colocar a sua vida nas mãos do Senhor, pois Ele assim entregou
a sua vida nas mãos do Pai. (Frei João Lopes da Silva)

bom dia evangelho-07/out/010
Deus nos fala
Os apóstolos unidos e junto com Nossa Senhora, têm os mesmos sentimentos de fé, de amor e de esperança naquele que nos deu a vida. Maria diz sim à iniciativa divina, e o Filho de Deus foi concebido em seu seio por obra prodigiosa do Espírito Santo.
tjl@07102010-0931lt

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

BOM DIA EVANGELHO
Quarta-feira, 6 de outubro de 2010
27º do Tempo Comum (Ano “C”), 3ª Semana do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Verde
Hoje: Início da Semana da Criança
Santos: Benedito (1589, Sicília, Itália, conhecido como o Negro, franciscano da ordem primeira), Apolinário (520, Espanha), Santa Caritina (escrava cristã), Firmato, Flaviana, Plácito (Sicília, Itália), Atilano e Froilano (bispo, Espanha), Maurício (1191, Bretanha), Bem-Aventurado Raimundo de Cápua (1399), Bartolomeu Longo,Flora, João de Penna, Mauro.


Antífona: Senhor, tudo está em vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que estes contêm; sois o Deus do universo! (Est 1, 9.10-11)

Oração: Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salmo Responsorial: 116 (117), 1.2 (R/ Mc 16,15)
Ide, por todo o mundo, e a todos pregai o evangelho
1Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!
2Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!

Evangelho: Lucas (Lc 11, 1-4)
Senhor, ensina-nos a rezar

1Um dia, Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: "Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos". 2Jesus Respondeu: "Quando rezardes, dizei: 'Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, 4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação". Palavra da Salvação!
Leituras paralelas do contexto: Mt 6, 9-15; 7, 7-11

Comentando o Evangelho
Quando rezarem, digam...

A oração era um elemento importante no dia-a-dia de Jesus. Os Evangelhos observam seu costume de rezar, por exemplo, nos momentos-chaves de seu ministério, quando deveria dar passos decisivos.
Vendo o seu Mestre rezar, os discípulos interessaram-se também pela prática da oração. O testemunho de Jesus impele-os a pedir-lhe orientações a respeito do modo mais conveniente de buscar a intimidade com Deus. Foi a prática de Jesus, e não uma bela teoria sobre a oração, que motivou os discípulos.

A oração ensinada pelo Mestre deveria ter como efeito inculcar, nos seus seguidores uma série de atitudes. Em relação ao Pai: o esforço para santificar-lhe o nome, ou seja, superar toda idolatria e pôr em prática as exigências do Reino, de modo que a história humana fosse regida pela vontade divina. Em relação ao próximo: criar o sentido da partilha fraterna dos bens, superando a tentação de reter tudo para si; viver o perdão e a reconciliação, sem dar lugar ao ódio e à violência; não se deixar levar pelas sugestões do espírito mau, cuja ação principal consiste em desviar o ser humano da vontade de Deus.
Por conseguinte, a oração cristã é um caminho de compromisso e comunhão, um projeto de vida. Ela consiste na busca de conformação da própria vida com o querer divino. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B, ©Paulinas, 1996]

Para sua reflexão: A oração responde à palavra escutada. E agora as duas coisas se fundem porque os discípulos “escutam” como se deve “orar”. Orar é atividade integrante de toda a vida religiosa e pode ser mais importante que os sacrifícios: “Todos os povos chamarão minha casa de CASA DE ORAÇAÕ” (Is 56,7). Para orar, o Antigo Testamento nos oferece textos abundantes e variados: o Saltério inteiro e muitas orações dispersas em textos narrativos, proféticos e sapienciais. Não basta? Jesus dá exemplo frequente de oração, algo tem a ensinar, como João e outros mestres. Jesus responde ao pedido, propondo a uma oração muito breve, inclusive mais breve do que a de Mateus, cinco pedidos ao invés de sete. (Mt 6, 9-15) (Bíblia do Peregrino)


Pai-nosso, uma oração comunitária
Lc 11, 2-4 (forma breve, com 5 petições)
2Ele lhes disse: “Quando rezardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino. 3Dá-nos cada dia o pão necessário; 4perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todos que nos ofenderam, e não nos deixes cair em tentação”.
Mt 6, 9-15 (com 7 petições)
9Portanto, é assim que haveis de rezar: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino, seja feita a tua vontade assim na terra, como no céu. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, 12perdoa-nos nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam, 13e não nos deixes cair em tentação mas livra-nos do mal. 14Porque, se perdoardes as ofensas dos outros, vosso Pai celeste também vos perdoará. 15Mas, se não perdoardes aos outros, vosso Pai também não vos perdoará as ofensas.
Cristo dá a Deus o nome de Pai (Mt 5,16.45.48; 7,21; 11,25; 24,36; Lc 10,22; Mc 13,32). Revela a Deus como seu próprio Pai (Mc 14,36; Mt 7,21; 11,27; 16,27; 26,39; Jo 2,16; Lc 2,49).
Para Paulo Deus é o “nosso Deus e Pai (1Ts 3,13; 2Ts 2,16; 1Cor 1,3; 2Cor 1,2; Gl 1,3; 4,6; Ef 1,2; Cl 1,12s; Rm 8,15). João penetra mais no sentido da paternidade divina ao dizer que o homem é “gerado por Deus”(Jo 2,16; 3,3).
Jo 5, 19-30: Jesus se revela juiz. 19Então Jesus tomou a palavra e lhes disse: “Na verdade eu vos digo: o Filho nada pode fazer por si mesmo. Ele só faz o que vê o Pai fazer. Tudo o que o Pai faz o Filho também faz. 20Porque o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores do que esta, de sorte que ficareis admirados. 21Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, assim também o Filho dá a vida aos que quiser. 22O Pai não julga ninguém mas entregou ao Filho todo o poder de julgar, 23para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho também não honra o Pai que o enviou.
24Na verdade eu vos digo: quem escuta minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não é condenado, mas passou da morte para a vida. 25Na verdade eu vos digo: vem a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. 26Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter a vida em si mesmo. 27E deu-lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem. 28Não vos admireis, porque vem a hora em que todos os que estão mortos ouvirão sua voz. 29Os que praticaram o bem sairão dos túmulos para a ressurreição da vida; os que praticaram o mal ressuscitarão para serem condenados. 30Eu nada posso fazer por mim mesmo. Julgo como ouço, e meu julgamento é justo pois não procuro minha vontade mas a vontade daquele que me enviou.
O que a Bíblia diz sobre o pai?
Pai terreno: A autoridade paterna é protegida pelo decálogo (Ex 20,12; Dt 5,16). Rebelar-se contra o pai, maldizê-lo ou bater-lhe eram crimes castigados com a morte (Ex 21,15-17; Dt 21,18-21). A literatura sapiencial insiste no respeito aos pais (Eclo 3,1-16; Tb 4,3-5; Pr 1,8; 4,1; 6,20). Os pais, por sua vez, têm obrigações para com os seus filhos: devem amá-los (1Sm 1,11-20; Mt 7,9; Lc 11,11; Tt 2,4); devem educá-los (Dt 6,20s; 32,46; Dn 13,3); vigiá-los (Eclo 26,10s; 42,9-11; 1Tm 5,8); castigá-los (1Sm 3,13; Pr 13,24; 22,15; 23,13s; Eclo 42,5), mas sem ira (Pr 19,18s; Eclo 20,2; Cl 3,21; Ef 6,4); devem dar-lhes o bom exemplo (Ez 16,44; 2Mc 6,28; 7,20-22; 2Jo 4). Jesus confirmou o sentido do quarto mandamento (Mc 7,10-13; 10,19; Mt 15,4-7). As exigências do amor de Deus podem levar a renunciar ao amor paterno (Mt 8,21s; 10,37; 19,29; Lc 9,59s; 14,26).
Deus-Pai: No AT raramente se aplica a Deus o nome de Pai (Dt 32,6s; 2Sm 7,14; Sl 89,27; Eclo 51,10). Jesus fala com frequência de “ vosso Pai”, “teu Pai”, “vosso Pai do céu”e chama a Deus pelo nome de “Pai”: quando anuncia o Reino de Deus (Mt 13,43; 20,23; 25,34; Lc 12,32); quando se refere à ação do Espírito (Mt 10,20), ao conhecimento de Cristo (Mt 16,17), à oração (Mt 18,19), à recompensa (Mt 6,1); quando insiste na Providência do Pai (Mt 6,26-32; 10,29; Lc 12,30). Cristo dá a Deus o nome de Pai (Mt 5,16.45.48; 7,21; 11,25; 24,36; Lc 10,22; Mc 13,32). Revela a Deus como seu próprio Pai (Mc 14,36; Mt 7,21; 11,27; 16,27; 26,39; Jo 2,16; Lc 2,49). Para Paulo Deus é o “nosso Deus e Pai”(1Ts 3,13; 2Ts 2,16; 1Cor 1,3; 2Cor 1,2; Gl 1,3; 4,6; Ef 1,2; Cl 1,12s; Rm 8,15). João penetra mais no sentido da paternidade divina ao dizer que o homem é “gerado por Deus” (Jo 2,16; 3,3). [Fonte: Bíblia Sagrada em CD-ROM, Vozes, 1996]
A criança precisa de amor e compreensão para o desenvolvimento pleno e
harmonioso de sua personalidade. (Declaração dos Diretos da Criança)
TJL@

BOM DIA EVANGELHO-06 DE OUTUBRO.
Sacerdote brasileiro recorda que católicos não podem apoiar candidatos favoráveis ao aborto
SÃO PAULO, 05 Out. 10 (ACI) .- O Pe. José Augusto, responsável pela formação dos padres da Comunidade Canção Nova, afirmou energicamente em uma recente homilia que como católicos "não podemos compactuar com pessoas que querem matar crianças". O sacerdote adverte os católicos não podem e não devem votar em candidatos que apóiem o aborto. "Não votei e não vou votar" no PT, "eu sou a favor da vida", afirmou.
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Segunda-feira, 4 de outubro de 2010
São Francisco de Assis (Religioso e Fundador), Memória, 3ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Branca


Hoje: Dia da Ecologia, dia das Aves e dos Animais, dia Universal da Anistia, Dia Mundial do Bartender e Dia Mundial do Habitat.
Santos: Francisco de Assis (1226. diácono, fundador de três ordens franciscanas), Amônio, Petrônio, Donina e suas duas filhas (302, mártires voluntárias), Amônio (Séc. IV, Alexandria), Petrônio (460, Itália), Áurea (666, França).
Antífona: Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu com amor.
Oração:
Ó Deus, que fizestes são Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por uma vida de humildade e pobreza, concedei que, trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso Filho, unindo-nos convosco na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salmo Responsorial: 110 (111), 1-2.7-8.9 e 10c (R/.5b)
O Senhor se lembra sempre da aliança

1Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! 2Que grandiosas são as obras do Senhor, eles merecem todo o amor e admiração!
7Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles, são estáveis, 8confirmados para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão.
9Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. 10cPermaneça eternamente o seu louvor.

Evangelho: Lucas (Lc 10, 25-37)
E quem é o meu próximo?


Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: "Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?" 26Jesus lhe disse: "Que estás escrito na Lei? Como lês?" 27Ele então respondeu: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e a teu próximo como a ti mesmo!" 28Jesus lhe disse: "Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás".
29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: "E quem é o meu próximo?" 30Jesus respondeu: "Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora deixando quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas. um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: "Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais". E Jesus perguntou: 36"Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?" 37Ele respondeu: "Aquele que usou de misericórdia para com ele". Então Jesus lhe disse: "Vai e faze a mesma coisa”. Palavra da Salvação!

Comentando o Evangelho
A prática da misericórdia

A parábola do bom samaritano mostra-nos o amor misericordioso como o único meio de obter a vida eterna. Engana-se quem pretende alcançar este objetivo mediante a prática minuciosa dos mandamentos, a busca da pureza ritual, o respeito às tradições, se tudo isto carecer do respaldo da vivência da misericórdia. Seguramente, o primeiro a ser questionado pelo ensinamento de Jesus e ver-se obrigado a mudar de mentalidade foi o mestre da Lei, que pretendia colocá-lo à prova.
A parábola apresenta-nos alguns aspectos da misericórdia, como Jesus a entendia. O samaritano põe-se a ajudar um judeu, sem se importar com as rixas que sempre existiram entre os dois povos, mostrando, assim, que a verdadeira misericórdia é dirigida a todas as pessoas, sem exceção. O assistido pelo samaritano é alguém expoliado, vítima da maldade humana, jogado à beira do caminho, como algo sem valor. Isto mostra que a misericórdia deve dirigir-se mormente aos pobres e deserdados deste mundo.
O samaritano muda todos os seus planos, ao deparar-se com alguém necessitado de sua assistência. Essa atitude indica que a misericórdia exige que deixemos de lado nossos programas e esquemas, ao nos depararmos com o irmão carente. O samaritano faz todo o possível e ainda se oferece para custear a hospedagem de seu assistido. Isto sugere que a misericórdia desconhece limite, indo além de quanto se possa previamente imaginar. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B, ©Paulinas, 1996]

Para sua reflexão: “Herdar” é termo técnico no Antigo Testamento e seu objeto é a terra. A pergunta tem sua resposta explícita na “Lei”, por isso Jesus faz aquele que pergunta responder; ele não legisla, mas surge o cumprimento. O mestre da lei sintetizando todos os preceitos em dois, o amor a Deus e o amor ao próximo. O homem consegue a plenitude da vida saindo de si: para Deus e para o próximo como termos correlativos. A resposta, diz Jesus, é correta, a síntese está benfeita; seguindo a religiosidade da lei, é preciso cumprir o que foi dito. Os dois mandamentos são não somente síntese, mas também alma de todos os outros; somente o amor dá sentido à lei e à justiça. O mestre da lei escuta Jesus como repreensão e busca uma saída. Pelo visto, identificar Deus não era problemas; identificar o próximo (israelita). A prática dos doutores podia excluir pecadores e não observantes. Em última instância eles decidem quem é quem não é o próximo. (Bíblia do Peregrino)

A Igreja celebra hoje:
São Francisco de Assis
Nascido no coração da Itália, nos últimos vinte anos do século XII (fim de 1181 ou início de 1182), filho do rico proprietário e comerciante de tecidos Pedro de Bernardone e de Joana, chamada Pica, seu nome batismal - João - foi logo mudado para Francisco ("francês", nome já em uso, mas não muito difundido na Itália) pelo pai, ao voltar dos seus negócios na França. A mãe, muito piedosa, cuidou de sua primeira formação religiosa.
O Santo aprendeu a ler e escrever na escola paroquial de São Jorge, em Assis, e completou sua modesta cultura com elementos de cálculo, de poesia e música, adquirindo também uma escassa noção da língua francesa (provençal) bem como de contos e lendas de cavalaria. De gênio perspicaz e muito boa memória, Francisco adquirirá, mais tarde, uma discreta cultura religiosa, lendo e meditando. Filho de rica família burguesa, com um pai ambicioso, que pretendia alargar no exterior a área do seu comércio, o ambiente familiar de Francisco foi aquele típico da classe média da sociedade italiana da época, em escalada civil e política, ávida de
um bem-estar e liberdade, até a conquista de título de nobreza para equiparar-se aos "maiores", que pairavam acima da massa dos pobres e "menores".
Francisco, largamente dotado de inteligência, ambicioso e ativo, no primeiro período de vinte e cinco anos de vida "no século" (1182-1250), tentou pessoalmente todas estas vias de subida e de glória mundana.
Associado, por volta dos 14 anos, ao trabalho paterno na artes dos mercadores (1196), exerceu com competência aquela arte, atento aos lucros, embora não fosse bom administrador destes. Com efeito, filho primogênito (com um só irmão menor, Ângelo), aclamado rei das festas e da juventude assisiense, gastava profusamente as riquezas paternas, vestindo roupas curiosas e vistosas, entretendo-se em noites de gala entre músicas e cantos. Tolerado com indulgência pelos pais naquelas despesas "principescas", era admirado especialmente pela mãe e pelos amigos por suas boas qualidades naturais e morais, nobreza de palavras e de trato, generosidade com os pobres e singular integridade dos costumes (2Cel,3).
Vivaz observador, bem como participante da conquista da liberdade cívica na luta contra o feudatário imperial de Spoleto (1198), tomou parte ativa, aos vinte anos, na guerra comunal de Assis contra Perúgia (1202) e caiu prisioneiro dos peruginos. Libertado após um ano de prisão e provado por longa doença, o mundo começou a parecer-lhe diferente e estranho. Mas depois de certo tempo, restabelecido da doença e atraído por novos sonhos de glória, decidiu ir até as Apúlias para a conquista do título de cavaleiro (1205). A viagem de Francisco foi, contudo, interrompida em Spoleto, a sua "estrada de Damasco", onde o Senhor o convidava, em sonho, a entrar na companhia de um senhor mais nobre (2Cel,5-6).
Voltando a Assis, com o presságio de "tornar-se um grande príncipe" (2Cel,6), afasta-se logo da companhia dos amigos, entretendo-se longamente em oração e lágrimas numa gruta solitária; depois de vencer sua extrema repugnância pela lepra, com um beijo num leproso, é atingido pela "iluminação" do Senhor na primeira aparição do Crucificado que lhe imprime no coração o amor e o pranto pela paixão (LM, I,5). Francisco aplica-se assiduamente ao serviço dos leprosos, multiplicando as esmolas aos pobres, aos sacerdotes e às igrejas pobres. Pouco depois, em oração na igrejinha de São Damião, a voz do Crucificado, convida-o a "reparar a sua Igreja, que está em ruínas" (LM,II,1).
Revestido de uma pobre túnica, assinalada por uma cruz, e proclamando-se o "arauto do grande rei", ele passa um biênio de vida penitente e eremítica, entregue à oração e a serviços humildes, por breve tempo também, num mosteiro beneditino. Depois, interpretando literalmente o convite do Crucificado, empenha-se na restauração material de três igrejas de Assis: São Damião, São Pedro della Spina e Santa Maria dos Anjos, chamada Porciúncula.
À espera de nova iluminação divina, que veio logo depois da última restauração, quando escutou o Evangelho do envio e da pobreza dos Apóstolos, na igreja da Porciúncula (cerca de 24 de fevereiro de 1208), Francisco pediu explicação ao sacerdote a respeito do referido Evangelho e, nele reconheceu com alegria a própria vocação e missão (Mt 10;Lc 9,10). Executando à letra aquelas disposições, vestiu-se de hábito minorítico: uma túnica em forma de cruz, um cordão branco, pés descalços e, certamente, com permissão do bispo, começou a pregar sobre paz e penitência, com grande fervor de espírito, na igreja de São Jorge (1 Cel, 23).
Seguiram-no o rico Bernardo de Quintavalle e o doutor em Direito, Pedro Cattani, aos quais se juntaram o jovem Egídio e mais oito companheiros (1208). Um ano depois, o grupo foi aprovado em seu modo de vida comunitária e apostólica pelo Papa Inocêncio (1209). Era a Primeira Ordem, a "Ordem dos Menores". Instituiu também a Segunda (Damas Pobres de São Damião ou Clarissas)e a Terceira Ordem.
Já doente, o próprio Santo, após o retorno do Oriente, providenciou para a Ordem a direção ativa de um vigário, na pessoa de frei Elias de Assis (1221-1227), e a Regra definitiva (1223). Encaminhava-se ao último período da sua vida, num crescendo de ascensões místicas e no desejo de mais íntima participação e conformidade com o Crucificado.
No verão de 1224, retirou-se para o monte Alverne, onde, entre prolongadas orações, meditações e jejuns, apareceu-lhe o próprio Cristo Crucificado, na figura de um Serafim alado e flamejante, que lhe imprimiu na carne os estigmas vivos da paixão: feridas abertas e sangrentas, com pregos de longas pontas dobradas (constituídas pela própria carne) nas mãos e nos pés, além da chaga no peito.
Descendo do monte Alverne, Francisco transcorreu seu último biênio de vida numa contínua paixão de doenças e dores, afligido por uma grave oftalmia contraída no Oriente. Entre o fim de 1224 e os primeiros dias de 1225, "certificado" pelo Senhor de sua morte próxima e do prêmio eterno, num ímpeto de exaltação mística pela obra da criação, ditou aos companheiros o "Cântico do irmão Sol e de todas as criaturas" (LP, 43-45).
Na Porciúncula, meditando a narração joanina da Paixão e celebrando com seus religiosos a lembrança da última ceia do Senhor, invocando a "irmã morte" e cantando o Salmo "Em voz alta ao Senhor eu imploro...Muitos justos virão rodear-me pelo bem que fizeste por mim" expirou na tarde de Sábado de 3 de outubro de 1226, com a idade de 44 anos.
Sobre a terra nua, apresentando seus estigmas, vistos então por centenas de frades e leigos, "parecia um verdadeiro crucificado deposto na cruz" (Frei Leão em Salimbene, 195; cf. 1Cel,112).
No dia seguinte, Domingo, pela manhã, com solene procissão do clero e povo, seu corpo foi levado à igrejinha de São Jorge, dentro dos muros da cidade, ficando aí guardado por cerca de quatro anos, onde também o Santo foi canonizado, em 16 de Julho de 1228.
O corpo foi transladado depois (25.05.1230) para a nova Basílica de São Francisco, erguida por vontade de Gregório IX e por mérito de frei Elias, sobre a colina do Paraíso. [FRADES MENORES CONVENTUAIS. História e Vida: 1209-1995, p. 16-21]
É necessário agir primeiro e depois ensinar, ou melhor, agir e ensinar ao
mesmo tempo. (São Francisco de Assis)
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