sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Evangelho-08.fev.013


 

Bom dia evangelho
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Sexta-feira da 4ª semana do Tempo Comum

Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.

Livro de Salmos 27(26),1.3.5.8b-9abc.

-O Senhor é a minha luz e a minha salvação.
O Senhor é minha luz e salvação: a quem hei-de temer? O Senhor é o protector da minha vida: de quem hei-de ter medo? Ainda que um exército me cerque, o meu coração não temerá. Mesmo que me declarem a guerra, ainda assim terei confiança. No dia da adversidade, Ele me abrigará na sua cabana; há-de esconder-me no interior da sua tenda e colocar-me no alto de um rochedo.A vossa face, Senhor, eu procuro: não escondais de mim o vosso rosto, nem afasteis com ira o vosso servo: Vós sois o meu refúgio.
Evangelho segundo S. Marcos 6,14-29.
Naquele tempo, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois o seu nome se tornara célebre; e dizia-se: «Este é João Baptista, que ressuscitou de entre os mortos e, por isso, manifesta-se nele o poder de fazer milagres»;
outros diziam: «É Elias»; outros afirmavam: «É um profeta como um dos outros profetas.»
Mas Herodes, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que ressuscitou.»
Na verdade, tinha sido Herodes quem mandara prender João e pô-lo a ferros na prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, que ele desposara.
Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu irmão.»
Herodíade tinha-lhe rancor e queria dar-lhe a morte, mas não podia,
porque Herodes temia João e, sabendo que era homem justo e santo, protegia-o; quando o ouvia, ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado.
Mas chegou o dia oportuno, quando Herodes, pelo seu aniversário, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e aos principais da Galileia.
Tendo entrado e dançado, a filha de Herodíade agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei.»
E acrescentou, jurando: «Dar-te-ei tudo o que me pedires, nem que seja metade do meu reino.»
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?» A mãe respondeu: «A cabeça de João Baptista.»
Voltando a entrar apressadamente, fez o seu pedido ao rei, dizendo: «Quero que me dês imediatamente, num prato, a cabeça de João Baptista.»
O rei ficou desolado; mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar.
Sem demora, mandou um guarda com a ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi e decapitou-o na prisão;
depois, trouxe a cabeça num prato e entregou-a à jovem, que a deu à mãe.
Tendo conhecimento disto, os discípulos de João foram buscar o seu corpo e depositaram-no num sepulcro. 

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Homilia de 07/05/2000 na comemoração dos testemunhos de fé do século XX, nº 4 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.) 

Testemunhos de fé perante as forças do mal

«Felizes de vós, se fordes insultados e perseguidos, e se disserem toda a espécie de calúnias contra vós por causa de Mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa no céu!» (Mt 5, 11-12). Como condizem estas palavras de Cristo com as inumeráveis Testemunhas da Fé do século passado, que foram insultadas e perseguidas, mas jamais vencidas pela força do mal!
Onde o ódio parecia contaminar toda a vida, sem dar a possibilidade de escapar à sua lógica, elas demonstraram que «o amor é mais forte que a morte» (Ct 8,6). No interior de terríveis sistemas opressivos que desfiguravam o homem, nos lugares de sofrimento, entre privações inauditas, ao longo de marchas esgotantes, expostas ao frio, à fome, torturadas, vítimas de vários tipos de sofrimento, elas fizeram ressoar em voz alta a sua adesão a Cristo morto e ressuscitado. [...]
Muitos rejeitaram ceder ao culto dos ídolos do século XX e foram sacrificados pelo comunismo, pelo nazismo, pela idolatria do Estado ou da raça. Muitos outros morreram durante guerras étnicas e tribais, porque recusaram uma lógica alheia ao evangelho de Cristo. Alguns conheceram a morte porque, seguindo o modelo do bom Pastor, quiseram permanecer com os seus fiéis, apesar das ameaças. Em cada continente e ao longo de todo o século XX, houve quem preferiu morrer para não faltar à própria missão. Religiosos e religiosas viveram a sua consagração até à efusão do sangue. Homens e mulheres crentes morreram oferecendo a sua existência por amor dos fiéis, de forma especial dos mais pobres e dos mais frágeis. Não poucas mulheres perderam a própria vida para defender a sua dignidade e pureza. «Quem tem apego à sua vida, perdê-la-á; quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna» (Jo 12, 25).
A igreja celebra hoje

S. Jerónimo Emiliano, presbítero, +1537

S. Jerónimo Emiliano
A respeito de seus primeiros anos de vida sabemos pouco. Nasceu em Veneza em 1486 e foi encaminhado para a carreira militar. Caiu prisioneiro em Castelnuovo (1511) quando combatia contra a Liga de Cambrai. Fechado no castelo, teve ambiente e tempo para meditar sobre as coisas efêmeras e decidiu-se pelas eternas. Algo parecido com o que faria santo Inácio, dez anos mais tarde. Sentiu-se impelido ao serviço dos pobres e dos jovens, dos enfermos e das pecadoras arrependidas. Após algum tempo de preparação com João Pedro Carafa, o futuro Paulo IV, foi ordenado padre. 
Dez anos mais tarde uma terrível crise assolava a península; em seguida veio uma epidemia. Jerónimo vendeu tudo o que possuía para ajudar os indigentes. Prestou grande serviço aos órfãos e viúvas. O seu campo de trabalho foi extenso: Verona, Bréscia, Como e Bérgamo. No lugarejo de Somasca, em Bérgamo, teve início a Sociedade dos Clérigos Regulares que mais tarde foram chamados Padres Somascos. Dedicavam-se ao ensino gratuito com o revolucionário método dialogado. 
São Jerónimo Emiliano morreu em Somasca enquanto dava assistência aos doentes. Contraiu a peste e morreu do mesmo mal dos seus assistidos. Era o dia 08 de Fevereiro de 1537. Foi canonizado em 1767. Pio XI nomeou-o padroeiro dos órfãos e dos jovens abandonados.


 

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