BOM DIA EVANGELHO
DIA 5 DE OUTUBRO - SEGUNDA-FEIRA
XXVII
SEMANA DO TEMPO COMUM *(VERDE – OFÍCIO DO DIA)
Oração do dia:
Ó Deus, quem em são Benedito, o Negro, manifestais as vossas
maravilhas, chamando à vossa Igreja homens de todos os povos, raças e nações,
concedei, por sua intercessão, que todos, feitos vossos filhos e filhas pelo
batismo, convivam como verdadeiros irmãos
Evangelho
(Lucas 10,25-37)
Proclamação do Evangelho
de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 10 25 levantou-se um doutor da lei e, para pôr
Jesus à prova, perguntou: “Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna?”
26 Disse-lhe Jesus: “Que está escrito na lei? Como é que lês?”
27 Respondeu ele: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento; e a teu próximo como a ti mesmo”.
28 Falou-lhe Jesus: “Respondeste bem; faze isto e viverás”.
29 Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo?”
30 Jesus então contou: “Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto.
31 Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante.
32 Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante.
33 Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão.
34 Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele.
35 No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: ‘Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei’.
36 Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?”
37 Respondeu o doutor: “Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: Vai, e faze tu o mesmo”.
Palavra da Salvação.
26 Disse-lhe Jesus: “Que está escrito na lei? Como é que lês?”
27 Respondeu ele: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento; e a teu próximo como a ti mesmo”.
28 Falou-lhe Jesus: “Respondeste bem; faze isto e viverás”.
29 Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo?”
30 Jesus então contou: “Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto.
31 Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante.
32 Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante.
33 Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão.
34 Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele.
35 No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: ‘Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei’.
36 Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?”
37 Respondeu o doutor: “Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: Vai, e faze tu o mesmo”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A PRÁTICA DA MISERICÓRDIA
A parábola do bom samaritano mostra-nos o amor misericordioso como o único meio de obter a vida eterna. Engana-se quem pretende alcançar este objetivo mediante a prática minuciosa dos mandamentos, a busca da pureza ritual, o respeito às tradições, se tudo isto carecer do respaldo da vivência da misericórdia. Seguramente, o primeiro a ser questionado pelo ensinamento de Jesus e ver-se obrigado a mudar de mentalidade foi o mestre da Lei, que pretendia colocá-lo à prova.
A parábola apresenta-nos alguns aspectos da misericórdia, como Jesus a entendia. O samaritano põe-se a ajudar um judeu, sem se importar com as rixas que sempre existiram entre os dois povos, mostrando, assim, que a verdadeira misericórdia é dirigida a todas as pessoas, sem exceção. O assistido pelo samaritano é alguém expoliado, vítima da maldade humana, jogado à beira do caminho, como algo sem valor. Isto mostra que a misericórdia deve dirigir-se mormente aos pobres e deserdados deste mundo.
O samaritano muda todos os seus planos, ao deparar-se com alguém necessitado de sua assistência. Essa atitude indica que a misericórdia exige que deixemos de lado nossos programas e esquemas, ao nos depararmos com o irmão carente. O samaritano faz todo o possível e ainda se oferece para custear a hospedagem de seu assistido. Isto sugere que a misericórdia desconhece limite, indo além de quanto se possa previamente imaginar.(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica)
A parábola do bom samaritano mostra-nos o amor misericordioso como o único meio de obter a vida eterna. Engana-se quem pretende alcançar este objetivo mediante a prática minuciosa dos mandamentos, a busca da pureza ritual, o respeito às tradições, se tudo isto carecer do respaldo da vivência da misericórdia. Seguramente, o primeiro a ser questionado pelo ensinamento de Jesus e ver-se obrigado a mudar de mentalidade foi o mestre da Lei, que pretendia colocá-lo à prova.
A parábola apresenta-nos alguns aspectos da misericórdia, como Jesus a entendia. O samaritano põe-se a ajudar um judeu, sem se importar com as rixas que sempre existiram entre os dois povos, mostrando, assim, que a verdadeira misericórdia é dirigida a todas as pessoas, sem exceção. O assistido pelo samaritano é alguém expoliado, vítima da maldade humana, jogado à beira do caminho, como algo sem valor. Isto mostra que a misericórdia deve dirigir-se mormente aos pobres e deserdados deste mundo.
O samaritano muda todos os seus planos, ao deparar-se com alguém necessitado de sua assistência. Essa atitude indica que a misericórdia exige que deixemos de lado nossos programas e esquemas, ao nos depararmos com o irmão carente. O samaritano faz todo o possível e ainda se oferece para custear a hospedagem de seu assistido. Isto sugere que a misericórdia desconhece limite, indo além de quanto se possa previamente imaginar.(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica)
SÃO
BENEDITO
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
Santo do Dia / Comemoração (SÃO BENEDITO):
Hoje é um dia
muito especial para o povo brasileiro. Comemora-se o dia de são Benedito, um
dos santos mais queridos e cuja devoção é muito popular no Brasil. Cultuado
inicialmente pelos escravos negros, por causa da cor de sua pele e de sua
origem - era africano e negro -, passou a ser amado por toda a população como
exemplo da humildade e da pobreza. Esse fato também lhe valeu o apelido que
tinha em vida, "o Mouro". Tal adjetivo, em italiano, é usado para
todas as pessoas de pele escura e não apenas para os procedentes do Oriente. Já
entre nós ele é chamado de são Benedito, o Negro, ou apenas "o santo
Negro". Há tanta identificação com a cristandade brasileira que até sua
comemoração tem uma data só nossa. Embora em todo o mundo sua festa seja
celebrada em 4 de abril, data de sua morte, no Brasil ela é celebrada, desde
1983, em 5 de outubro, por uma especial deferência canônica concedida à
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB. Benedito Manasseri nasceu em
1526, na pequena aldeia de São Fratelo, em Messina, na ilha da Sicília, Itália.
Era filho de africanos escravos vendidos na ilha. O seu pai, Cristóforo, herdou
o nome do seu patrão, e tinha se casado com sua mãe, Diana Lancari. O casamento
foi um sacramento cristão, pois eram católicos fervorosos. Considerados pela
família à qual pertenciam, quando o primogênito Benedito nasceu foram
alforriados junto com a criança, que recebeu o sobrenome dos Manasseri, seus
padrinhos de batismo. Cresceu pastoreando rebanhos nas montanhas da ilha e,
desde pequeno, demonstrava tanto apego a Deus e à religião que os amigos,
brincando, profetizavam: "Nosso santo mouro". Aos vinte e um anos de
idade, ingressou entre os eremitas da Irmandade de São Francisco de Assis,
fundada por Jerônimo Lanza sob a Regra franciscana, em Palermo, capital da
Sicília. E tornou-se um religioso exemplar, primando pelo espírito de oração,
pela humildade, pela obediência e pela alegria numa vida de extrema penitência.
Na Irmandade, exercia a função de simples cozinheiro, era apenas um irmão leigo
e analfabeto, mas a sabedoria e o discernimento que demonstrava fizeram com que
os superiores o nomeassem mestre de noviços e, mais tarde, foi eleito o
superior daquele convento. Mas quando o fundador faleceu, em 1562, o papa Paulo
IV extinguiu a Irmandade, ordenando que todos os integrantes se juntassem à
verdadeira Ordem de São Francisco de Assis, pois não queria os eremitas
pulverizados em irmandades sob o mesmo nome. Todos obedeceram, até Benedito,
que sem pestanejar escolheu o Convento de Santa Maria de Jesus, também em
Palermo, onde viveu o restante de sua vida. Ali exerceu, igualmente, as funções
mais humildes, como faxineiro e depois cozinheiro, ganhando fama de santidade
pelos milagres que se sucediam por intercessão de suas orações. Eram muitos
príncipes, nobres, sacerdotes, teólogos e leigos, enfim, ricos e pobres, todos
se dirigiam a ele em busca de conselhos e de orientação espiritual segura.
Também foi eleito superior e, quando seu período na direção da comunidade
terminou, voltou a reassumir, com alegria, a sua simples função de cozinheiro.
E foi na cozinha do convento que ele morreu, no dia 4 de abril de 1589, como um
simples frade franciscano, em total desapego às coisas terrenas e à sua própria
pessoa, apenas um irmão leigo gozando de grande fama de santidade, que o
envolve até os nossos dias. Foi canonizado em 1807, pelo papa Pio VII. Seu
culto se espalhou pelos quatro cantos do planeta. Em 1652, já era o santo
padroeiro de Palermo, mais tarde foi aclamado santo padroeiro de toda a
população afro-americana, mas especialmente dos cozinheiros e profissionais da
nutrição. E mais: na igreja do Convento de Santa Maria de Jesus, na capital
siciliana, venera-se uma relíquia de valor incalculável: o corpo do "santo
Mouro", profetizado na infância e ainda milagrosamente intacto. Assim foi
toda a vida terrena de são Benedito, repleta de virtudes e especiais dons
celestiais provindos do Espírito Santo.
TJL@ - Domtotal.com/liturgia
– Paulinas.org.br – Vatican.va – Paulinas.org.br
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