quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

bom dia evangelho - 20. dezembro. 024

 

Bom dia evangelho

20 de dezembro de 2024 -  20 de dezembro

Oração: Deus de paz e sabedoria, concedei-nos por intermédio de São Domingos de Silos o seu mesmo zelo no cuidado de civilizar as nossas almas, valorizando a oração, a disciplina e a obediência, o estudo e o trabalho, para que nossa caridade tenha melhores meios de verdadeiramente ajudar os irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria Santíssima, perfeitos exemplos de oração e serviço. Amém.

Livro de Isaías 7,10-14.

Naqueles dias, o Senhor mandou ao rei Acaz a seguinte mensagem:
«Pede um sinal ao Senhor teu Deus, quer nas profundezas do abismo, quer lá em cima nas alturas».
Acaz respondeu: «Não pedirei, não porei o Senhor à prova».
Então Isaías disse: «Escutai, casa de David: Não vos basta que andeis a molestar os homens, para quererdes também molestar o meu Deus?
Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho, e o seu nome será Emanuel».

Livro dos Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.

R/ Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Do Senhor é a Terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão.

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob.

Evangelho segundo São Lucas 1,26-38.

Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?».
O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».(Tradução litúrgica da Bíblia)

Comentário: Prudêncio (348-após 405) - poeta em Espanha

«Emerge, dulcis pusio», extrato do hino de Natal «Quid est quod artum circulum» - «Vai chamar-Se Filho do Altíssimo [...] e reinará eternamente»

Mostra-Te, doce criança, trazida ao mundo por Mãe tão casta, que deu à luz sem ter conhecido homem; mostra-Te, Mediador, em ambas as tuas naturezas. Ainda que nascido no tempo da boca do Pai, engendrado pela sua palavra (cf Lc 1,38), habitavas já no seio do Pai (cf Jo 1,2) ó Sabedoria eterna (cf 1Cor 1,24). Tu és a Sabedoria que tudo criou (cf Pr 8,27), os céus, a luz e todas as coisas. Tu és o Verbo poderoso que fez o Universo (cf Heb 1,3) porque o Verbo é Deus (cf Jo 1,2). Tendo ordenado o curso dos séculos e fixado as leis do Universo, este Artesão do mundo, este Construtor, permaneceu no seio do Pai. Mas, quando se cumpriu o tempo, passados milhões de anos, Tu desceste a visitar este mundo pecador. [...] Cristo não suportava a queda dos povos que se perdiam; não podia aceitar que a obra do Pai se dissolvesse em nada. Revestiu-Se, pois, de um corpo mortal a fim de que a ressurreição da nossa carne quebrasse as cadeias da morte e nos reconduzisse ao Pai. [...] Não sentes, ó nobre Virgem, apesar dos dolorosos pressentimentos, que esse glorioso nascimento faz aumentar o brilho da tua virgindade? Teu seio puríssimo contém o fruto bendito que encherá de alegria toda a criatura. Através de ti nascerá um mundo novo, aurora de um dia que brilha como o ouro.

São Domingos de Silos

Por volta do ano 1000, a Espanha era dividida em reinos vários. No de Navarra nasceu Domingos, em família pobre. Quando menino foi pastor de ovelhas, e sua bondade e generosidade já se mostravam por oferecer ele leite aos viajantes pobres. Tinha especial inclinação para os estudos, e o cura da paróquia o acolheu na sua escola; fez os estudos superiores com tanto êxito que o bispo quis ordená-lo sacerdote, o que Domingos recusou por não se considerar digno. Voltou-se então para a vida eremítica e em seguida para um mosteiro beneditino, onde achou sua plena vocação. Monge exemplar, cresceu em conhecimento, espiritualidade, disciplina e zelo. Tanto que aos 30 anos foi designado para restaurar e reabrir o mosteiro de Santa Maria, então fechado. Obteve dinheiro pedindo esmolas, e trabalhou como operário nas reconstruções. Terminada esta obra, foi destinado como abade do mosteiro de São Millian de la Cogolla, o mais importante na região, enquanto, entre os novos candidatos para Santa Maria, estavam seu próprio pai e alguns parentes. O príncipe de Navarra cobiçava os bens do mosteiro de Cogolla, e a situação crítica forçou Domingos a se transferir para o Reino de Castela, como abade do mosteiro de São Sebastião de Silos, em Burgos, em decadência na época. Mas por seu entusiasmo e trabalho em mais de 30 anos ali, foi considerado como um novo fundador da casa. Esmerou-se em desenvolver a cultura, enriquecendo a biblioteca com muitos manuscritos, e desenvolvendo e ensinando exemplarmente agricultura e pecuária. Mas sobretudo valorizou e exaltou as atividades monásticas, o esplendor do culto litúrgico, o zelo pastoral pelas populações vizinhas. Foi considerado o apóstolo de Castela; prenunciou a própria morte, a 20 de dezembro de 1073.

Reflexão: São inúmeros e indiscutíveis os exemplos da importância dos mosteiros, com destaque dos beneditinos, na evangelização, organização, desenvolvimento e civilização da Europa após a queda do Império Romano. Num tempo de barbárie, os mosteiros eram locais de paz, estudo e cultura, fé, evangelização e serviço ao próximo. Na Espanha da sua época, São Domingos de Silos foi talvez o mais destacado promotor da vida monástica e da sua ação benfazeja para os países e populações. Não por acaso o equilíbrio da Regra de São Bento facilitou este trabalho, que hoje também, numa nova era de barbárie cultural, se faz necessário.

Tjl – a12.com- evangeli.net – evangelhoquotidiano.org

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