sábado, 21 de janeiro de 2012

Bom dia Evangelho-20.jan.012

BOM DIA EVANGELHO
Dia 20 de Janeiro — Sexta-feira
São Sebastião-(Mt., MFac., Cor Vermelha)

São Sebastião, mártir da fé por causa de seu testemunho profético, é muito querido de nosso povo. Entrou para o exército somente para ajudar os cristãos perseguidos. Foi promovido a alto cargo militar: o de Capitão. Mas, sua fé não foi seduzida pelo poder. Continuou a ajudar os cristãos e a animar outros mártires, até que também o descobriram como cristão. Por isso, foi condenado ao martírio. Mesmo ferido pelas flechas não deixou de acusar pessoalmente o imperador por suas crueldades e injustiças. Foi martirizado a pauladas no ano de 288.

Oração
Pai, apesar da minha fraqueza, sei que contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja um instrumento útil em tuas mãos.

Antífona de Entrada
Este Santo lutou até à morte pela lei de seu Deus e não temeu as ameaças dos ímpios, pois se apoiava numa rocha inabalável.

Deus nos fala
Davi teve oportunidade, mas não usou de violência para alcançar o poder. Preferiu o caminho do reconhecimento. E o Cristo, do meio da multidão, escolhe os primeiros que formarão a primeira Comunidade do Reino, comprometida com a vida e com a pregação libertadora do Evangelho.

EVANGELHO
Jesus escolhe os doze apóstolos-Evangelho (Mc 3,13-19)
O Senhor esteja convosco.—Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “Filhos do trovão”; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.
Palavra da Salvação.— Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho
Anúncio da nova Aliança
Os lugares altos, montanhas, montes, colinas, sempre foram tidos pelas religiões como lugar de encontro com Deus. Templos antigos e também templos e conventos cristãos foram construídos sobre lugares altos. Nos evangelhos a "montanha" não é necessariamente um espaço geográfico, mas é o contexto da presença de Deus, na oração e no Espírito. No Primeiro Testamento, Moisés sobe ao monte Sinai para o encontro com Deus, recebendo o Decálogo, com a renovação da Aliança. Agora, Jesus, o próprio Deus, sobe a montanha e chama os que ele quer, para o anúncio da nova e eterna Aliança. Jesus já havia chamado os primeiros discípulos à beira-mar, isto é, dentro do mundo agitado e turbulento. Agora, em uma nova fase de seu ministério, completa o número de doze para que ficassem com ele, partilhando da sua missão e do seu destino. O novo discipulado é enviado, não para fazer cumprir a Lei gravada em pedras, mas para dar vida ao povo: anunciar a Boa-Nova e libertar os oprimidos, expulsando os espíritos opressores. É a palavra vivificante que desmascara a prática dos poderosos em humilhar, subjugar e explorar os pequenos e empobrecidos. (José Raimundo Oliva)

A IGREJA CELEBRA HOJE
Santo Sebastião
A reprodução do martírio de São Sebastião, amarrado a uma árvore e atravessado por flechas é uma imagem milhares de vezes retratada em quadros, pinturas e esculturas, por artistas de todos os tempos. Entretanto, nem todos sabem que o destemido Santo não morreu daquela maneira. O suplício das flechas não lhe tirou a vida, resguardada pela fé em Cristo. Vejamos como tudo aconteceu.
Sebastião nasceu em Narbônia, na Gália, atual França, mas foi criado por sua mãe em Milão, na Itália, de acordo com os registros de Santo Ambrósio. Pertencente a uma família cristã, foi batizado ainda pequenino. Mais tarde, tomou a decisão de engajar-se nas fileiras romanas e chegou a ser considerado um dos oficiais prediletos do imperador Diocleciano. Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e protetor ativo dos cristãos.
Ele fazia tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio foram convertidos por ele. Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Teve então, que comparecer ante ao imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento.
O imperador da época era ninguém menos que o sanguinário Diocleciano, que lhe dispensara admiração e confiara nele, esperando vê-lo em destacada posição no seu exército, numa brilhante carreira e por isso considerou-se traído. Levado à sua presença, Sebastião não negou sua fé. O imperador lhe deu ainda uma chance para que escolhesse entre sua fé em Cristo e o seu posto no exército romano. Ele não titubeou, ficou mesmo com Cristo. A sentença foi imediata: deveria ser amarrado a uma árvore e executado a flechadas.
Após a ordem ser executada, Sebastião foi dado como morto e ali mesmo abandonado, pela mesma guarda pretoriana que antes chefiara. Entretanto, quando uma senhora cristã foi até o local à noite, pretendendo dar-lhe um túmulo digno encontrou-o vivo! Levou-o para casa e tratou de suas feridas até vê-lo curado.
Depois, cumprindo o que lhe vinha da alma, ele mesmo se apresentou àquele imperador anunciando o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo e censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo e irado com tamanha ousadia, o sanguinário Diocleciano o entregou à guarda pretoriana após condena-lo, desta vez, ao martírio no Circo. Sebastião foi executado então com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte, no dia 20 de janeiro de 288.
Os algozes cumpriram a ordem e, para evitar a sua veneração, foi jogado numa fossa, de onde a piedosa cristã Santa Luciana o tirou, para sepulta-lo junto de São Pedro e São Paulo. Posteriormente, em 680, as relíquias foram transportadas solenemente para a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, construída pelo imperador Constantino. Naquela ocasião em Roma a peste vitimava muita gente, mas a terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação. Em outras ocasiões foi constatado o mesmo fato; em 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ambas ficando livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião
No Brasil, diz a tradição, que no dia da festa do padroeiro, em 1565, ocorreu a batalha final que expulsou os franceses que ocupavam a cidade do Rio de Janeiro, quando São Sebastião foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os invasores franceses calvinistas.
Ele é o protetor da Humanidade, contra a fome, a peste e a guerra e é claro do cartão postal do Brasil, a cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

Nenhum comentário:

Postar um comentário