segunda-feira, 23 de julho de 2012


BOM DIA EVANGELHO
Dia 23 de Julho — Segunda-feira-Pela união dos cristãos – 13B-(Cor Verde)

A fé que exige um sinal extraordinário não é a fé que nasce do Evangelho de Cristo. Ontem exigiam sinais e em nossos dias queremos provas do amor de Deus por nós. Mas a prova e o sinal mais claro do que o próprio Cristo não poderá existir: Ele é a Aliança eterna do Pai conosco. E nossa fé é numa pessoa, e ela chama-se Jesus Cristo.

Oração
Pai, dá-me simplicidade de coração para reconhecer que Jesus é teu Filho, enviado ao mundo para nos salvar. E que jamais eu exija sinais além dos que ele já realizou.

Os sinais de Deus
EVANGELHO SEGUNDO S. JOÃO 15.1.8

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda.
Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá.
Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos
.» Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Papa Bento XVI
Audiência geral de 27/10/2010

Santa Brígida e a Igreja doméstica

O primeiro período na vida desta santa foi caracterizado pelo seu casamento feliz. O marido chamava-se Ulf e governava um importante território do Reino da Suécia. O casamento durou vinte e oito anos, até à morte de Ulf. Deste casamento nasceram oito filhos, a segunda dos quais, Catarina, é venerada como santa. Eis um sinal eloquente do empenho educativo de Brígida para com os seus filhos. [...]
Brígida, que tinha direcção espiritual com um religioso erudito que a introduziu no estudo das Escrituras, exerceu uma influência muito positiva naquela família que, graças à sua presença, se tornou uma verdadeira «Igreja Doméstica». Juntamente com o marido, adoptou a Regra dos Terciários franciscanos. Praticava generosamente obras de caridade em prol dos pobres, e fundou um hospital. Com a esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu carácter e a progredir na vida cristã. No regresso de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela [...], o casal decidiu viver na abstinência; mas, pouco tempo depois, na paz de um mosteiro para onde se tinha retirado, Ulf terminou a sua vida terrena.
Este primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar o que poderíamos definir hoje como uma verdadeira «espiritualidade conjugal»: em conjunto, os dois elementos de um casal cristão podem percorrer um caminho de santidade, apoiados na graça do sacramento do matrimónio. Muitas vezes, como foi o caso da vida de Santa Brígida e de Ulf, é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, a sua delicadeza e a sua doçura, consegue levar o marido a percorrer um caminho de fé. Penso reconhecidamente em muitas mulheres que também hoje iluminam, dia após dia, as suas famílias com o seu testemunho de vida cristã. Que o Espírito do Senhor possa suscitar, também nos nossos tempos, a santidade dos casais cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do casamento vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, a ajuda recíproca, a fecundidade na geração e educação dos filhos, a abertura e a solidariedade para com o mundo, a participação na vida da Igreja.

Santa Brígida

Brígida, ou Brigite, nasceu princesa, em 1303, no castelo de Finstad, na Suécia. Descendia de uma casa real muito pia, que forneceu à Igreja muitos santos e que se dedicava a construir mosteiros, igrejas e hospitais com a própria fortuna. Além de manter muitas obras de caridade para a população pobre, Brígida, desde a infância, tinha o dom das revelações divinas, todas anotadas por ela no seu idioma sueco. Depois, as descrições foram traduzidas para o latim e somaram oito grandes volumes, que ainda hoje são fonte de consulta para historiadores, teólogos e fiéis cristãos.
Aos dezoito anos, ela se casou com o nobre chamado Ulf Gudmarsson, um homem cristão e muito piedoso. O casal teve oito filhos, dentre os quais a filha venerada como santa Catarina da Suécia. Era com rigor que eles cuidavam da educação religiosa e acadêmica dos filhos, sempre no caminho para a santificação em Cristo. Durante um longo período, Brígida foi dama de companhia da rainha Bianca, de Namur, por isso freqüentava sempre as cortes luxuosas. Mas não se corrompeu neste ambiente de riquezas frívolas, ao contrário, manteve-se fiel aos ensinamentos cristãos, perseverando seu espírito na dignidade e na caridade da fé.
Após a morte de um dos seus filhos, o casal resolveu fazer uma peregrinação ao santuário de Santiago de Compostela, na Espanha. No retorno, Ulf caiu gravemente enfermo, e nessa ocasião Brígida, em sonho, teve uma revelação de são Dionísio, que lhe disse que o marido não morreria. De fato ele ficou curado, mas logo em seguida ingressou no mosteiro de Alvastra, onde vivia um dos seus filhos, e lá morreu, em 1344.
Viúva, Brígida decidiu retirar-se definitivamente para a vida monástica, para realizar um velho projeto, a fundação de um mosteiro duplo, de homens e mulheres, que deu origem à Ordem do Santo Salvador, sob as Regras de são Agostinho, passando, então, a viver nele. Quando obteve aprovação canônica, a fundadora transferiu-se para Roma.
Ali viveu por vinte e quatro anos, trabalhando pela reforma dos costumes e a volta do papa de Avignon. Com o apoio do rei da Suécia, construiu e instaurou setenta e oito mosteiros por toda a Europa. Ela morreu em 23 de julho de 1373, durante uma romaria à Terra Santa.
Desde então, a Ordem fundada por ela passou a ser dirigida por sua filha, Catarina da Suécia, alcançando notoriedade pelos anos futuros. Canonizada em 1391, apenas dezoito anos após sua morte, santa Brígida já tinha um culto muito vigoroso em todo o mundo cristão da Europa, sendo celebrada no dia de sua morte. O local onde residia em Roma foi transformado em um belíssima igreja dedicada a ela, na praça Farnese.

Fonte: www.catequisar.org.br-www.cancaonova.org.br-www.paulinas.org.br- www.acidigital.com-www.vatican.vt -www.editorasantuario.com.Br-www.mundocatolico.org.Br-www.portaldaigreja.com-http://www.VATICAN.VA
 O caminho é estreito e difícil para aquele que caminha por ele com pena de si e tristeza; porém é largo e fácil para aquele que caminha com amor.”(Santo Agostinho)

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