FÉ SEM OBRAS
O
QUE FALTA À NOSSA FÉ !
Quando falamos de Fé sem Obras
recordamos o que nos disse S. Paulo :
- “Tenho que completar em mim o que falta à Paixão de
Cristo”.
Ora o que falta à paixão de Cristo é a nossa aceitação, é o
nosso compromisso, são as nossas obras de harmonia com a doutrina que
aprendemos, com a nossa participação na Liturgia da Igreja, com o nosso amor a
Deus e a nossa solidariedade para com os nossos
irmãos.
E S. Tiago escreveu :
- “Assim como corpo sem alma é morto, assim também a fé sem obras é
morta”.(Tig.2,26).
E Jesus disse também no Sermão da Montnha
:
- “Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo
as vossas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos
céus”.(Mt.5,16).
No dia do nosso Baptismo, foi-nos entregue uma vela, acesa
no Círio Pascal, que representa Cristo Ressuscitado, com esta recomendação
:
- “Recebe a luz de
Cristo”.
Esta vela acesa
é o símbolo da fé que se acendeu na nossa alma, e que nunca deveríamos
deixar apagar.
Cristo, dando a sua vida pela salvação da humanidade, não
obriga ninguém a aceitar a sua doutrina e a procurar segui-la, mas, com a sua
infinita justiça dará a cada um o que merecer.
Nesta linha de conceitos, para dar garantia ao amor de Deus
por nós, temos que traduzir toda a doutrina pelas obras que ela sugere porque,
de outro modo, seria para nós absolutamente inútil toda a história da Redenção, isto é,
toda a eficácia da História da Salvação.
Ora a base de toda a História da Salvação está assente no
grande mistério da Eucaristia como verdade incontestável da Presença Real e como
instrumento da nossa mais íntima manifestação de agradecimento, de acção de
graças.
Mas a Eucaristia é uma realdade sobrenatural que exige, não
só uma preparação doutrinal e espiritual, como também e sobretudo um estado de
alma que permita que a Sagrada Comunhão, nos conceda todos os seus merecimentos,
ganhos pela imolação de Cristo no Calvário.
A isto é que se deve chamar uma Fé com
Obras, uma vela acesa, sem o que, a nossa Comunhão, para além de não
nos ser útil, se pode converter
num instrumento de condenação,
como nos recomendou S. Paulo na
sua Primeira Carta aos Coríntios
:
- “Examine-se cada qual a si mesmo, e então, coma desse pão
e beba desse cálice. Aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do Senhor,
come e bebe a sua própria condenação”. (1
Cor.11,28-29).
Quando uma pessoa entra numa Igreja, pelas suas atitudes
logo se reconhece a sua formação religiosa e cristã, porque há sinais que se não
respeitam :
1.
O Sinal da cruz não é mais do que uma
garatuja.
2.
A genuflexão não tem qualquer significado, por ser mal
feita.
3.
Acendem-se velas aos santos, e desconhece-se o Santíssimo
Sacramento.
4.
A maneira como algumas pessoas se vestem é
deplorável.
5.
Quando chegam à Igreja, ficam logo
sentadas porque não reconhecem o lugar onde estão e não sabem rezar uma pequena
oração.
6.
Não há uma participação activa nas
celebrações.
Tudo isto é uma manifestação de pouca fé
prática e a prova de que temos uma fé sem obras e podemos ser assim como uma vela
apagada.
Daqui a necessidade de mantermos sempre
acessa a vela da nossa fé, e é para isso que devemos entrar pela Porta da
Fé, segndo o convite de Bento XVI ao estabelecer o ANO DA FÉ, que já estamos a celebrar
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