segunda-feira, 15 de outubro de 2012

   FÉ SEM OBRAS
 
                                                         O QUE FALTA À NOSSA FÉ ! 

 



Quando falamos de Fé sem Obras recordamos o que nos disse S. Paulo :

- “Tenho que completar em mim o que falta à Paixão de Cristo”.

Ora o que falta à paixão de Cristo é a nossa aceitação, é o nosso compromisso, são as nossas obras de harmonia com a doutrina que aprendemos, com a nossa participação na Liturgia da Igreja, com o nosso amor a Deus e a nossa solidariedade para com os nossos irmãos.

E S. Tiago escreveu :

- “Assim como corpo sem alma é morto, assim  também a fé sem obras é morta”.(Tig.2,26).

E Jesus disse também no Sermão da Montnha :

- “Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos céus”.(Mt.5,16).

No dia do nosso Baptismo, foi-nos entregue uma vela, acesa no Círio Pascal, que representa Cristo Ressuscitado, com esta recomendação :

          - “Recebe a luz de Cristo”.

Esta vela acesa  é o símbolo da fé que se acendeu na nossa alma, e que nunca deveríamos deixar apagar.

Cristo, dando a sua vida pela salvação da humanidade, não obriga ninguém a aceitar a sua doutrina e a procurar segui-la, mas, com a sua infinita justiça dará a cada um o que merecer.

Nesta linha de conceitos, para dar garantia ao amor de Deus por nós, temos que traduzir toda a doutrina pelas obras que ela sugere porque, de outro modo, seria para nós absolutamente inútil  toda a história da Redenção, isto é, toda a eficácia da História da Salvação.

Ora a base de toda a História da Salvação está assente no grande mistério da Eucaristia como verdade incontestável da Presença Real e como instrumento da nossa mais íntima manifestação de agradecimento, de acção de graças.

Mas a Eucaristia é uma realdade sobrenatural que exige, não só uma preparação doutrinal e espiritual, como também e sobretudo um estado de alma que permita que a Sagrada Comunhão, nos conceda todos os seus merecimentos, ganhos pela imolação de Cristo no Calvário.

A isto é que se deve chamar uma Fé com Obras, uma vela acesa, sem o que, a nossa Comunhão, para além de não nos ser útil, se pode  converter num  instrumento de condenação, como  nos recomendou S. Paulo na sua  Primeira Carta aos Coríntios :

- “Examine-se cada qual a si mesmo, e então, coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação”. (1 Cor.11,28-29).

Quando uma pessoa entra numa Igreja, pelas suas atitudes logo se reconhece a sua formação religiosa e cristã, porque há sinais que se não respeitam :

1.    O Sinal da cruz não é mais do que uma garatuja.

2.    A genuflexão não tem qualquer significado, por ser mal feita.

3.    Acendem-se velas aos santos, e desconhece-se o Santíssimo Sacramento.

4.    A maneira como algumas pessoas se vestem é deplorável.

5.    Quando chegam à Igreja, ficam logo sentadas porque não reconhecem o lugar onde estão e não sabem rezar uma pequena oração.

6.    Não há uma participação activa nas celebrações.

    Tudo isto é uma manifestação de pouca fé prática e a prova de que temos uma fé sem obras e podemos ser assim como uma vela apagada.

    Daqui a necessidade de mantermos sempre acessa a vela da nossa fé, e é  para isso que devemos entrar pela Porta da Fé, segndo o convite  de Bento XVI ao estabelecer o ANO DA, que já estamos a celebrar

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