sábado, 30 de março de 2013

VIGILIA PASCAL

BOM DIA

VIGILIA PASCAL -SÁBADO -30 DE MARÇO


Santo do dia : S. João Clímaco, religioso, +649,  S. Leonardo Murialdo, confessor,                              +1900,  Santa Irene, virgem (séc. IX) 

Livro de Génesis 1,1-31.2,1-2.
No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, 
a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas. 
Deus disse: «Faça-se a luz.» E a luz foi feita. 
Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 
Deus chamou dia à luz, e às trevas, noite. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia. 
Deus disse: «Haja um firmamento entre as águas, para as manter separadas umas das outras.» E assim aconteceu. 
Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam sob o firmamento das que estavam por cima do firmamento. 
Deus chamou céus ao firmamento. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia. 
Deus disse: «Reúnam-se as águas que estão debaixo dos céus, num único lugar, a fim de aparecer a terra seca.» E assim aconteceu. 
Deus chamou terra à parte sólida, e mar, ao conjunto das águas. E Deus viu que isto era bom. 
Deus disse: «Que a terra produza verdura, erva com semente, árvores frutíferas que dêem fruto sobre a terra, segundo as suas espécies, e contendo semente.» E assim aconteceu. 
A terra produziu verdura, erva com semente, segundo a sua espécie, e árvores de fruto, segundo as suas espécies, com a respectiva semente. Deus viu que isto era bom. 
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia. 
Deus disse: «Haja luzeiros no firmamento dos céus, para separar o dia da noite e servirem de sinais, determinando as estações, os dias e os anos; 
servirão também de luzeiros no firmamento dos céus, para iluminarem a Terra.» E assim aconteceu. 
Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia, e o menor para presidir à noite; fez também as estrelas. 
Deus colocou-os no firmamento dos céus para iluminarem a Terra, 
para presidirem ao dia e à noite, e para separarem a luz das trevas. E Deus viu que isto era bom. 
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia. 
Deus disse: «Que as águas sejam povoadas de inúmeros seres vivos, e que por cima da terra voem aves, sob o firmamento dos céus.» 
Deus criou, segundo as suas espécies, os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas, e todas as aves aladas, segundo as suas espécies. E Deus viu que isto era bom. 
Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos e enchei as águas do mar e multipliquem-se as aves sobre a terra.» 
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia. 
Deus disse: «Que a terra produza seres vivos, segundo as suas espécies, animaisdomésticos, répteis e animais ferozes, segundo as suas espécies.» E assim aconteceu. 
Deus fez os animais ferozes, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra, segundo as suas espécies. E Deus viu que isto era bom. 
Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.» 
Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. 
Abençoando-os, Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra.» 
Deus disse: «Também vos dou todas as ervas com semente que existem à superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. 
E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os seres vivos que existem e se movem sobre a terra, igualmente dou por alimento toda a erva verde que a terra produzir.» E assim aconteceu. 
Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia. 
Foram assim terminados os céus e a Terra e todo o seu conjunto. 
Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou, no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado. 

Evangelho segundo S. Lucas 24,1-12.
No primeiro dia da semana, ao romper da alva, as mulheres foram ao sepulcro, levando os perfumes que haviam preparado. 
Encontraram removida a pedra da porta do sepulcro 
e, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. 
Estando elas perplexas com o caso, apareceram-lhes dois homens em trajes resplandecentes. 
Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o chão, eles disseram-lhes: «Porque buscais o Vivente entre os mortos? 
Não está aqui; ressuscitou! Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galileia, 
dizendo que o Filho do Homem havia de ser entregue às mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia.» 
Recordaram-se, então, das suas palavras. 
Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze e a todos os restantes. 
Eram elas Maria de Magdala, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos; 
mas as suas palavras pareceram-lhes um desvario, e eles não acreditaram nelas. 
Pedro, no entanto, pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se, apenas viu as ligaduras e voltou para casa, admirado com o sucedido. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org Comentário ao Evangelho do dia feito por : 
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
 
Homilia de 7/4/2012 [da Vigília Pascal] (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
 

«A luz brilha nas trevas» (Jo 1,5)
Na Vigília Pascal, a Igreja fixa as suas atenções sobretudo na primeira frase da narração da Criação: «Deus disse: “Faça-se a luz”!» (Gn 1, 3). Emblematicamente, a narração da Criação começa pela criação da luz. [...] O facto de Deus ter criado a luz significa que criou o mundo como espaço de conhecimento e de verdade, espaço de encontro e de liberdade, espaço do bem e do amor. A matéria-prima do mundo é boa; o próprio ser é bom. E o mal não vem do ser que é criado por Deus, mas existe só em virtude da sua negação. É o «não».
Na Páscoa, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Deus disse novamente: «Faça-se a luz!». Antes tinham vindo a noite do Monte das Oliveiras, o eclipse solar da paixão e morte de Jesus, a noite do sepulcro. Mas, agora, é de novo o primeiro dia; a criação recomeça, inteiramente nova. «Faça-se a luz!», disse Deus. «E a luz foi feita». Jesus ressuscita do sepulcro. A vida é mais forte do que a morte. O bem é mais forte do que o mal. O amor é mais forte do que o ódio. A verdade é mais forte do que a mentira. A escuridão dos dias anteriores dissipou-se no momento em que Jesus ressuscita do sepulcro e Se torna, Ele mesmo, pura luz de Deus.
Isto, porém, não se refere somente a Ele, nem se refere apenas à escuridão daqueles dias. Com a ressurreição de Jesus, a própria luz é novamente criada. Ele atrai-nos a todos, levando-nos atrás de Si para a nova vida da Ressurreição, e vence toda a forma de escuridão. Ele é o novo dia de Deus, que vale para todos nós. Mas como pode isto acontecer? Como é possível tudo isto chegar até nós, de tal modo que não se reduza a meras palavras, mas se torne uma realidade que nos envolve? Por meio do sacramento do Baptismo e da profissão da fé, o Senhor construiu uma ponte até nós, uma ponte pela qual o novo dia nos alcança. No Baptismo, o Senhor diz a quem o recebe: Fiat lux – faça-se a luz. O novo dia, o dia da vida indestrutível chega também a nós. Cristo toma-te pela mão. Daqui para a frente, serás sustentado por Ele e assim entrarás na luz, na vida verdadeira.


EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


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