quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

BOM DIA EVANGELHO - 4.DEZ - QUINTA-FEIRA

BOM DIA EVANGELHO


 DIA 4 DE DEZEMBRO - QUINTA-FEIRA
I SEMANA DO ADVENTO *(ROXO, PREFÁCIO DO ADVENTO I – OFÍCIO DO DIA)
Advento: Tempo de Espera pelo NATAL
O prólogo do Evangelho de João, que será lido na celebração do dia do Natal, anuncia corajosamente que a Palavra de Deus é luz e vida na história, como tivesse concentrada num ponto (Jo 1, 1-18). E esse ponto é Belém, é Jesus-Emanuel, no mistério de sua vida oculta e infantil, mas que é capaz já de estabelecer “glória nos céus e paz na Terra”!
Portanto, a Palavra de Deus concentrou-se toda num ponto da história, mas não como um retirar-se da história na direção de um episódio que ficou no passado, depois do qual a história não seria senão uma comemoração cada vez mais empalidecida desse acontecimento.

Antífona de entrada:
Estais perto, Senhor, e todos os vossos caminhos são verdadeiros. Desde muito aprendi que vossa aliança foi estabelecida para sempre (Sl 118,151s).

Oração do dia
Despertai, ó Deus, o vosso poder e socorrei-nos com a vossa força, para que vossa misericórdia apresse a salvação que nossos pecados retardam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Evangelho (Mateus 7,21.24-27)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Buscai o Senhor, vosso Deus, invocai-o enquanto está perto! (Is 55,6).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 21 "Nem todo aquele que me diz: ´Senhor, Senhor´, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.
25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha.
26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia.
27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.
28 Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina.
29 Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho
DAS PALAVRAS À AÇÃO
A autêntica adesão a Jesus e a profissão de fé em sua condição de enviado do Pai encontra sua verdadeira expressão na vida do discípulo, e não apenas em suas muitas palavras. Estas, ainda que belas, nem sempre manifestam uma vida vivida segundo o querer de Jesus e a proposta de Reino por ele proclamada. Ele mesmo denunciou, na vida dos discípulos, o descompasso entre falar e viver. Gritar "Senhor, Senhor" não garante a entrada no Reino dos Céus. Somente entrará neste Reino quem se esforçar para fazer a vontade do Pai, conforme nos ensinou Jesus.
Daqui decorrem dois tipos de atitudes possíveis ao discípulo de Jesus. A primeira consiste em ouvir a Palavra de Deus e praticá-la com sinceridade. Os percalços da vida encarregar-se-ão de verificar a solidez e a profundidade da fé do discípulo. Quem sair ileso das perseguições, dificuldades e provações, mantendo-se fiel a Jesus, terá dado provas da consistência de sua fé e de sua adesão ao Reino. A segunda atitude consiste em professar-se discípulo do Reino, mas sem o empenho de viver em conformidade com a fé professada. A superficialidade desta adesão ao Reino revelar-se-á assim que surgir a primeira crise, por causa da fé.
Só o discípulo fiel, alicerçando sua vida na vontade do Pai, supera, incólume, as provações da fé.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).

Santo do Dia
SÃO JOÃO DAMASCENO
João Damasceno é considerado o último dos santos Padres orientais da Igreja, antes que o Oriente se separasse definitivamente de Roma, no ano 1054. Uma das grandes figuras do cristianismo, não só da época em que viveu, mas de todos os tempos, especialmente pela obra teológica que nos legou. Seu nome de batismo era João Mansur. Nasceu no seio de uma família árabe cristã no ano 675, em Damasco, na Síria. Veio daí seu apelido "Damasceno" ou "de Damasco". Nessa época a cidade já estava dominada pelos árabes muçulmanos, que acabavam de conquistar, também, a Palestina. No início da ocupação, ainda se permitia alguma liberdade de culto e organização dos cristãos, dessa forma o convívio entre as duas religiões era até possível. A família dos Mansur ocupava altos postos no governo da cidade, sob a administração do califa muçulmano, espécie de prefeito árabe. Dessa maneira, na juventude, João, culto e brilhante, se tornou amigo do califa, que depois o nomeou seu conselheiro, com o título de grão-visir de Damasco. Mas como era, ao mesmo tempo, um cristão reto e intransigente com a verdadeira doutrina, logo preferiu se retirar na Palestina. Foi ordenado sacerdote e ingressou na comunidade religiosa de São Sabas, e desde então viveu na penitência, na solidão, no estudo das Sagradas Escrituras, dedicado à atividade literária e à pregação. Saía do convento apenas para pregar na igreja do Santo Sepulcro, para defender o rigor da doutrina. Suas homilias, depois, eram escritas e distribuídas para as mais diversas dioceses, o que o fez respeitado no meio do clero e do povo. Também a convite de João V, bispo de Jerusalém, participou, ao seu lado, no Concílio ecumênico de Nicéia, defendendo a posição da Igreja contra os hereges iconoclastas. O valor que passou para a Igreja foi através da santidade de vida, da humildade e da caridade, que fazia com que o povo já o venerasse como santo ainda em vida. Além disso, por sua obra escrita, sintetizando os cinco primeiros séculos de tentativas e esforços de sedimentação do cristianismo. Suas obras mais importantes são "A fonte da ciência", "A fé ortodoxa", "Sacra paralela" e "Orações sobre as imagens sagradas", onde defende o culto das imagens nas igrejas, contra o conceito dos iconoclastas. Por causa desse livro, João Damasceno foi muito perseguido e até preso pelos hereges. Até mesmo o califa foi induzido a acreditar que João Damasceno conspirava, junto com os cristãos, contra ele. Mandou prendê-lo a aplicar-lhe a lei muçulmana: sua mão direita foi decepada, para que não escrevesse mais. Mas pela fé e devoção que dedicava à Virgem Maria tanto rezou que a Mãe recolocou a mão no lugar e ele ficou curado. E foram inúmeras orações, hinos, poesias e homilias que dedicou, especialmente, a Nossa Senhora. Através de sua obra teológica foi ele quem deu início à teologia mariana. Morreu no ano 749, segundo a tradição, no Mosteiro de São Sabas. Tão importante foi sua contribuição para a Igreja que o papa Leão XIII o proclamou doutor da Igreja e os críticos e teólogos o declararam "são Tomás do Oriente". Sua celebração, no novo calendário litúrgico da Igreja, ocorre no dia 4 de dezembro.

TJL@ - www.paulinas.org.br – evangelhodoquotidiano.org - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia -http://arqrio.org/formacao/detalhes/613/advento-tempo-de-espera-pelo-natal

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