quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

BOM DIA EVANGELHO - 31. JANEIRO. 025

 

BOM DIA EVANGELHO

31 DE JANEIRO DE 2025 - Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Oração: Deus Pai, que desejais educar e socorrer na caridade e com amor a nós, Vossos filhos sempre em extrema penúria na alma, concedei-nos por intercessão de Vosso herói São João Bosco a imprescindível graça de tudo fazer, nesta vida material, com um fim espiritual, para divulgar o bem escrevendo, por qualquer ação, a Vossa Palavra, que é Cristo. Pelo mesmo Cristo Senhor nosso, o Verbo Encarnado, e Nossa Senhora Auxiliadora. Amém.

Evangelho (Mc 4,26-34):

Jesus dizia-lhes: «O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra. Quer ele esteja dormindo ou acordado, de dia ou de noite, a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra produz o fruto por si mesma: primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, finalmente, os grãos que enchem a espiga. Ora, logo que o fruto está maduro, mete-se a foice, pois o tempo da colheita chegou».
Jesus dizia-lhes: «Com que ainda podemos comparar o Reino de Deus? Com que parábola podemos apresentá-lo? É como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças, com ramos grandes a tal ponto que os pássaros do céu podem fazer seus ninhos em sua sombra». Jesus lhes anunciava a palavra usando muitas parábolas como estas, de acordo com o que podiam compreender. Nada lhes falava sem usar parábolas. Mas, quando estava a sós com os discípulos, lhes explicava tudo.

«O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra e a terra produz o fruto por si mesma» (Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, Jesus fala às pessoas de uma experiência muito próxima das suas vidas: «Um homem lança a semente na terra (…); a semente germina e cresce (…). A terra produz o fruto por si mesma: primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, finalmente, os grãos que enchem a espiga» (Mc 4,26-28). Refere-se, com estas palavras, ao Reino de Deus, que consiste na «santidade e graça, Verdade e Vida, justiça, amor e paz» (Prefácio da Solenidade de Cristo Rei), que Jesus Cristo nos veio trazer. Este Reino tem de ser uma realidade, em primeiro lugar dentro de cada um de nós; depois, no nosso mundo.
Pelo Batismo, Jesus semeou, na alma de cada cristão, a graça, a santidade, a Verdade… Temos de fazer crescer esta semente para que frutifique em abundância de boas obras: de serviço e caridade, de amabilidade e generosidade, de sacrifício para cumprir bem o nosso dever de cada dia e para fazer felizes aqueles que nos rodeiam, de oração constante, de perdão e compreensão, de esforço para crescer em virtudes, de alegria…
Assim, este Reino de Deus – que começa dentro de cada um – se estenderá a nossa família, a nossa cidade, a nossa sociedade, ao nosso mundo. Porque quem vive assim, «que faz senão preparar o caminho do Senhor (…), a fim de que nele penetre a força da graça, que o ilumine a luz da verdade, que faça retos os caminhos que conduzem a Deus?» (São Gregório Magno).
A semente começa pequena, como «um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças» (Mc 4,31-32). Porém, a força de Deus difunde-se e cresce com um vigor surpreendente. Como nos primeiros tempos do Cristianismo, Jesus pede-nos hoje que difundamos o seu Reino por todo o mundo.

São João Bosco

Intercede por: Editores Católicos e da juventude|Localização: Itália

João Melchior Bosco, mais conhecido como Dom Bosco, nasceu em agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, hoje Castelnuovo Don Bosco, perto de Turim, Itália. Órfão de pai aos dois anos de idade, sua mãe, a serva de Deus Margarida Occhiena, criou João e os irmãos Antônio e José. Aos nove anos, teve seu primeiro sonho profético, que deixou uma impressão profunda na sua mente por toda a vida e lhe revelou a sua missão. Nele, via-se em meio a jovens desordeiros, que o destratavam e blasfemavam e se transformavam em feras, e ele tentava modificar a situação por meio da violência. Nossa Senhora e Jesus apareceram para indicar verdadeiro caminho: “Não com pancadas, João, mas com mansidão e doçura…Torna-te forte, humilde e robusto, aquilo que vês acontecer a estes lobos que se transformam em cordeiros, tu o farás aos Meus filhos. Serei a tua mestra. A seu tempo tudo compreenderás”. Em 1835, com ajudas, entrou no seminário de Chieri. Ordenou-se sacerdorte em 1841, escolhendo como lema “Dai-me almas e levai o resto”. Segue para Turim, onde dedicou-se ao apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Dom Bosco funda em 1841 o Oratório de São Francisco de Sales. Seu método de apostolado era partilhar em tudo a vida dos jovens, uma inovação tão radical para a época que chegou a ser contrariado mesmo pela autoridade eclesiásticaCom o crescimento do Oratório, Dom Bosco desenvolve o seu famoso método educativo, o Sistema Preventivo (mais vale prevenir que remediar), que se baseia no tripé razão, religião e amorevolezza, palavra italiana que pode ser traduzida como “amor educativo”. Queria assim evitar a todo custo que os jovens se tornassem rebeldes e depois tivessem que ser punidos; era esta a explicação do seu primeiro sonho profético. Seguidor da espiritualidade e filosofia de São Francisco de Sales, Bosco era um fervoroso devoto de Nossa Senhora Auxiliadora, e com a Sua ajuda todas as dificuldades eram vencidas. A admiração por São Francisco de Sales também o levou a nomear as novas associações religiosas que criou em sua honra, formando a Família Salesiana, com os ramos masculino, feminino e leigo. O ramo masculino, a Pia Sociedade de São Francisco de Sales, surgiu em 1859, para atender à educação e catequese de meninos e rapazes: "Formar cidadãos honestos e bons cristãos". Em 1862, os primeiros salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. Em 1872, junto com Santa Maria Domenica Mazzarello, Dom Bosco fundou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a educação da juventude feminina. E em 1876 fundou a Associação de Cooperadores Salesianos, para homens e mulheres leigos, com a mesma missão educativa para os pobres. Outra grande obra foi a promoção da boa imprensa, com a publicação das Leituras Católicas em fascículos mensais, e a fundação da Biblioteca da Juventude Católica Italiana. O Boletim Salesiano, iniciado em 1875, com tradução dos seus textos de hagiografia e pedagogia já em várias línguas enquanto o santo ainda vivia, é atualmente divulgado em 30 idiomas e em 135 países. Escreveu uma biografia de São Domingos Sávio, que fora seu aluno, livro que ajudou na canonização deste menino que viveu uma fé adulta. Dom Bosco faleceu em 31 de janeiro de 1888. Foi proclamado "modelo por excelência" dos sacerdotes e educadores, "Pai e Mestre da Juventude", padroeiro dos Editores Católicos, e patrono dos mágicos.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: É imensa e atualíssima a obra de São João Bosco, particularmente no que diz respeito ao cuidado com as crianças e jovens e no incentivo à boa leitura. Educar e formar na Fé a juventude é uma missão candente para o catolicismo atual, quando as ideias confusas e mal intencionadas fazem de tudo – e muito, muitíssimo, através da mídia, que inclui todo tipo de textos – para afastar as novas gerações de Deus e da Igreja Católica. Um combate totalmente feroz nas intenções, mas que só pode ter sucesso com a doçura e mansidão com que ele mesmo agiu, viveu e ensinou: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas". Mas que não se confunda o objetivo: o que Dom Bosco queria era a salvação eterna daqueles que ajudava, mesmo quando cuidava das suas misérias concretas: a solução para os problemas temporais está no espiritual, não no organizacional. Seu zelo pelas crianças de rua, pobres ou sem educação, exigia, paulatinamente, uma vida mais espiritual do que social.

TJL- A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – EVANGELI.NET

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

BOM DIA EVANGELHO - 30.JANEIRO. 025

 

BOM DIA EVANGELHO

30 DE JANEIRO DE 2025 - Quinta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Oração: Senhor Deus e nosso Pai, que sempre nos quer educar na Verdade, concedei-nos por intercessão de Santa Jacinta Marescotti a permanente coragem do arrependimento e conversão sinceras, a graça de resistir aos apelos do mundo, e a humildade de cumprirmos fielmente todas as nossas tarefas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria, Vossa Mãe, que em tudo foram obedientes a Vós. Amém.

Evangelho (Mc 4,21-25)

 Jesus dizia-lhes: «Será que a lâmpada vem para ficar debaixo de uma caixa ou debaixo da cama? Pelo contrário, não é ela posta no candelabro? De fato, nada há de escondido que não venha a ser descoberto; e nada acontece em segredo que não venha a se tornar público. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!»
Jesus dizia-lhes: «Considerai bem o que ouvis! A medida que usardes para os outros, servirá também para vós, e vos será acrescentado ainda mais. A quem tem, será dado; e a quem não tem, será tirado até o que tem».

«Será que a lâmpada vem para ficar debaixo de uma caixa ou debaixo da cama?» (Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, Jesus nos explica o segredo do Reino do Céu. Inclusive utiliza uma certa ironia para mostrar-nos que a “energia” interna que tem a Palavra de Deus —a própria Dele—, a força expansiva que se deve estender por todo o mundo, é como uma luz, e que esta luz não pode ficar embaixo do alqueire «Dizia-lhes ainda: Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro?» (Mc 4,21).
Por acaso podemos imaginar a estupidez humana que seria colocar a vela acesa embaixo da cama? Cristãos com a luz apagada ou com a luz acesa com a proibição de iluminar! Isto sucede quando não pomos ao serviço da fé a plenitude de nossos conhecimentos e de nosso amor. Quão antinatural resulta o egoísmo sobre nós mesmos, reduzindo nossa vida ao limite de nossos interesses pessoais! Viver sob a cama! Ridícula e tragicamente imóveis: “ausentes” do espírito.
O Evangelho —pelo contrário— é um santo arrebato de Amor apaixonado que quer comunicar-se, que necessita “dizer”, que leva em si uma exigência de crescimento pessoal, de maturidade interior, e de serviço aos outros. «Se dizes: Basta! “Estás morto», diz Santo Agostinho. E São Josémaria: «Senhor: que tenha peso e medida em tudo..., menos no Amor».
«‘Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça.’ Lhes dizia também: ‘Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará.’» (Mc 4,23-24). Mas, que queres dizer com escutar?; Que devemos escutar? É a grande pergunta que devemos fazer. É o ato de sinceridade para com Deus que nos exige saber realmente que queremos fazer. E para saber o que devemos escutar: é necessário estar atento às insinuações de Deus. Devemos nos introduzir no diálogo com Ele. E a conversa põe fim às “matemáticas da medida”: «Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará. Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que tem» (Mc 4,24-25). Os interesses acumulados de Deus nosso Senhor são imprevisíveis e extraordinários. Esta é uma maneira de excitar nossa generosidade.

Santa Jacinta de Marescotti

Clarisse era a segunda de três irmãs da família Marescotti, pertencente à nobreza italiana. Nasceu em 1585 em Vignanello, província de Viterbo próximo a Roma. Recebeu requintada educação e boa formação cristã, que a princípio valorizou. Mas, crescendo, agradou-se das vaidades do mundo. E, embora posta para ser educada no mesmo convento de religiosas onde sua irmã mais velha (que levou uma vida santa) já estava, não demonstrava desejo de ser religiosa, entretendo-se apenas com futilidades. Voltou para casa e, bonita, culta, independente, levava uma vida cheia de luxo e vaidades, frequentando as diversões e festas da alta sociedade. Desejava se casar, e interessou-se pelo jovem marquês de Capizucchi. Este, porém, veio a desposar sua irmã mais nova, o que lhe causou grande decepção, despeito e inveja. E também revolta contra o pai (na época, os casamentos muitas vezes eram decididos pelas famílias), numa atitude altiva e insolente, aborrecendo-o com intratáveis caprichos. O pai a intimou a fazer-se religiosa, ao que ela afinal acedeu, tornando-se Terciária franciscana (para não ficar enclausurada), no Mosteiro de São Bernardino em Viterbo, onde recebeu o nome de Jacinta. Mas os seus gostos e caráter não mudaram com o seu estado, mesmo dentro do convento vivia em vaidade. Manteve o voto de castidade, porém desprezou os de obediência e pobreza: mandou construir um quarto particular, que mobiliou com luxo e decorou com suntuosidade, onde muitos amigos iam visitá-la; usava roupas de seda e era servida por duas noviças. Quanto aos deveres que a regra lhe impunha, somente os cumpria com negligência e por simples obrigação. Os defeitos, contudo, não haviam obscurecido totalmente algumas qualidades. Tinha um amor particular à pureza, um profundo respeito aos mistérios da religião e uma grande submissão à vontade dos pais, o que aliás a levou ao convento. Manifestações, certamente, da boa educação espiritual recebida na infância e abafadas, mas não mortas, na alma. Jacinta viveu assim, escandalosamente, por muitos anos. Mas Deus dispôs as condições que a poderiam levar de volta ao bom caminho. O assassinato do pai, que a fez questionar a segurança proporcionada pela nobreza e pela riqueza, e depois uma grave doença, levaram Jacinta a mudar de vida. perigo da morte a fez querer confessar-se, mas o sacerdote, chocado com o luxo absurdo e inoportuno do seu quarto, recusou-se a nele entrar para atendê-la, e a repreendeu severamente. Assustada, impressionada e sinceramente arrependida, ela então fez entre lágrimas uma confissão geral da sua vida. Pediu humilde e heroicamente perdão às irmãs de comunidade, recebendo delas a promessa de orações e ajuda para perseverar na conversão. O que foi realmente necessário, pois não tão rapidamente a conseguiu. Ficou curada quase milagrosamente, e afinal, pela graça e pelos remorsos da consciência, tornou-se exemplo heroico de mortificação, pobreza e doação ao próximo, até a morte. No convento, esteve atenta ao bem que também podia fazer fora. Durante uma epidemia que devastou Viterbo, fundou e dirigiu duas associações, os “Oblatos de Maria”, com a ajuda financeira de velhos amigos: uma recolhia esmolas para os convalescentes, os mendigos e os presos; e na outra os “Sacconi” (assim eram chamados por usarem sacos de estopa durante o serviço), enfermeiros, ajudavam os doentes num hospital especialmente construído. As duas associações ainda existem em Viterbo. Tudo o que Jacinta recebia, oferecia aos pobres. Seu exemplo levou muitos a retornarem à fé, da qual tinham se distanciado. Faleceu em 30 de janeiro de 1640 em Viterbo, com 55 anos, de um mal agudo e violento que em algumas horas a levou para o Céu.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: O que mais chama a atenção na vida de Santa Jacinta Marescotti é, naturalmente, a sua radical mudança de vida, da futilidade vazia à heroica caridade. Caminho difícil, sempre, mas deve-se lembrar que não é preciso esperar por situações trágicas que nos motivem a sermos santos, ainda que muitas vezes as tragédias sejam, talvez, um misericordioso último recurso de Deus para salvar uma alma, como aconteceu com ela. É preciso atenção para que a juventude, a beleza, as posses, a nobreza, enfim, boas coisas, não acabem se tornando ruins por nos afastarem de Deus, se as buscamos antes do que a Ele. Porém há um aspecto mais sutil da vida de Santa Jacinta, que deve também nos chamar a atenção. É o valor da fervorosa educação religiosa das crianças, que planta insuspeitas sementes, propícias a florescer mesmo muito depois e em circunstâncias adversas. Não fosse por estas boas raízes, talvez Jacinta nem entrasse no convento, correndo ainda maior risco na vida leviana do mundo, até e também na sua castidade. Mas foi com este pouco, esta “recordação espiritual”, que Deus trabalhou a sua alma, até a salvação. Não negligenciem os pais católicos de educar bem os filhos na Fé, pelo exemplo e pela palavra, pois não só esta vida depende deste cuidado, que é também obrigação.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

BOM DIA EVANGELHO - 29. JANEIRO. 025


BOM DIA EVANGELHO

29 DE JANEIRO DE 2025 - Quarta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Oração: Senhor de infinito amor, bondade e doçura, concedei-nos pela intercessão de São Pedro Nolasco a graça de viver seriamente a caridade, e sermos livres do pior dos cativeiros, a escravidão do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos salvou com o preço do Seu sangue, e Nossa Senhora que em tudo Se Vos entregou por nós. Amém.

Evangelho (Mc 4,1-20):

 Outra vez, à beira-mar, Jesus começou a ensinar, e uma grande multidão se ajuntou ao seu redor. Por isso, entrou num barco e sentou-se, enquanto toda a multidão ficava em terra, à beira-mar. Ele se pôs a ensinar-lhes muitas coisas em parábolas. No seu ensinamento, dizia-lhes: «Escutai! O semeador saiu a semear. Ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e os passarinhos vieram e comeram. Outra parte caiu em terreno cheio de pedras, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, mas quando o sol saiu, a semente se queimou e secou, porque não tinha raízes. Outra parte caiu no meio dos espinhos; estes cresceram e a sufocaram, e por isso não deu fruto. E outras sementes caíram em terra boa; brotaram, cresceram e deram frutos: trinta, sessenta e até cem por um. E acrescentou: «Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!».
Quando ficaram a sós, os que estavam com ele junto com os Doze faziam perguntas sobre as parábolas. Ele dizia-lhes: «A vós é confiado o mistério do Reino de Deus. Para aqueles que estão fora tudo é apresentado em parábolas, de modo que, por mais que olhem, não enxergam, por mais que escutem, não entendem, e não se convertem, nem são perdoados».
Jesus então perguntou-lhes: «Não compreendeis esta parábola? Como então, compreendereis todas as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os da beira do caminho onde é semeada a palavra são os que a ouvem, mas logo vem Satanás e arranca a palavra semeada neles. Os do terreno cheio de pedras são aqueles que, ao ouvirem a palavra, imediatamente a recebem com alegria, mas não têm raízes em si mesmos, são de momento; chegando tribulação ou perseguição por causa da palavra, desistem logo. Outros ainda são os que foram semeados entre os espinhos: são os que ouvem a palavra, mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e os outros desejos, a palavra é sufocada e fica sem fruto. E os que foram semeados em terra boa são os que ouvem a palavra e a acolhem, e produzem frutos: trinta, sessenta e cem por um».

São Pedro Nolasco

São Pedro Nolasco nasceu no ano de 1189 em Mas-Saintes-Puelles, França, numa família rica. Mas desde pequeno teve muito amor aos pobres, ajudando-os como podia. Trabalhou com o pai, mercador, quando este se estabeleceu em Barcelona, na Espanha. Ali pôde ver o sofrimento físico, moral e espiritual dos que haviam sido feito escravos dos invasores durante as guerras de conquista: muitos cristãos eram obrigados a abraçar o islamismo, ou não podiam praticar a fé cristã; maus tratos e trabalhos pesados; as mulheres eram abusadas sexualmente; muitos eram vendidos como mercadoria. Aos 20 anos, Pedro começou a comprar os cativos e libertá-los, 300 da primeira vez. Falecido o seu pai, utilizou toda a herança em contínuos resgates. Mas somente os seus esforços, ainda que com a ajuda de alguns outros, eram insuficientes. Além disso, grassava na Espanha uma peste que dizimava a população. Pedro ajudava os doentes no Hospital de Santa Eulália (que mais tarde acolheria a quarentena dos libertos pela obra de Pedro). Em 1223, após orações e uma visão de Nossa Senhora, de Quem ele era muito devoto, Pedro resolveu fundar uma Ordem voltada para a redenção dos cativos. Aconselhou-se com São Raimundo de Peñafort, seu confessor, que tivera a mesma inspiração, e obtiveram a aprovação do rei, Jaime I de Aragão, e de Dom Berenguer de Palau, bispo de Barcelona. A Ordem da Virgem Santíssima das Mercês para Redenção dos Escravos, conhecida como Ordem dos Mercedários, teve suas constituições redigidas por São Raimundo e aprovadas pelo Papa. Além dos votos de obediência, pobreza e castidade, comuns a muitas outras ordens religiosas, foi acrescentado o voto de sacrificar os bens e se necessário a vida para o resgate dos escravos. E, de fato, milhares de mercedários morreram para cumpri-lo. Durante 31 anos Pedro foi o superior, e neste período milhares de cristãos foram libertados. Faleceu em 6 de maio 1256, em Valência, Espanha, e atualmente a sua Ordem atua junto aos encarcerados e nas missões.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Impossível não relacionar diretamente a obra de São Pedro Nolasco ao sacrifício de Cristo na Cruz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” (Jo 15,13). Também não é simples coincidência a atuação de Nossa Senhora, que gerou Jesus e também gerou a decisão de Pedro de fundar a sua ordem. Maria e Jesus agem sempre juntos. A ação dos mercedários é, literalmente, a vontade encarnada de Deus no amor concreto aos irmãos – dar a própria vida pela do próximo. E infelizmente ainda hoje podemos ver a mesma situação conhecida por São Pedro Nolasco, em várias partes do mundo, por exemplo em função de guerras. Talvez seja hora de atualizar o carisma mercedário; certamente na escala menor dos pequenos sacrifícios que devemos fazer pelos irmãos no dia a dia.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET -VATICANNEWS.VA

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

bom dia evangelho - 28. janeiro.025

 

BOM DIA EVANGELHO

28 DE JANEIRO DE 2025 - Terça-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Oração: “Ó Deus, que ilustrais a vossa Igreja com a admirável erudição de S. Tomás, vosso Confessor, e a fecundais pela santidade das suas obras, concedei-nos a graça, Vos pedimos, de penetrar com inteligência no que ele ensinou, e, imitando-o, fazer o que ele fez. Por Nosso Senhor Jesus Cristo”. (Missale Romanum de 1943, festa de São Tomás de Aquino, 7 de março).

Evangelho (Mc 3,31-35):

 Nisso chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Ao seu redor estava sentada muita gente. Disseram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram». Ele respondeu: «Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?». E passando o olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse: «Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».

«Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe» (Rev. D. Josep GASSÓ i Lécera(Ripollet, Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos Jesus —numa cena muito especial e, também, comprometedora— ao seu redor havia uma multidão de pessoas do povoado. Os familiares mais próximos de Jesus chegaram desde Nazaré a Cafarnaum. Mas, quando viram tanta quantidade de gente, permaneceram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Disseram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram» (Mc 3,32).
Na resposta de Jesus, como veremos, não há nenhum motivo para rechaçar os seus familiares. Jesus tinha se afastado deles para seguir o chamado divino e mostra agora que também internamente renunciou a eles: não por frialdade de sentimentos ou por menosprezo dos vínculos familiares, senão porque pertence completamente a Deus Pai. Jesus Cristo fez Ele mesmo, pessoalmente, aquilo que justamente pede aos seus discípulos.
Em vez da sua família da terra, Jesus escolheu uma família espiritual. Passando um olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse-lhes: «Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe». (Mc 3, 34-35). São Marcos, em outros lugares do seu Evangelho, refere outro dos olhares de Jesus ao seu redor.
Será que Jesus quer nos dizer que só são seus parentes os que escutam com atenção sua palavra? Não! Não são seus parentes aqueles que escutam sua palavra, senão aqueles que escutam e cumprem a vontade de Deus: esses são seu irmão, sua irmã, sua mãe.
Jesus faz uma exortação a aqueles que estão ali sentados —e a todos— a entrar em comunhão com Ele através do cumprimento da vontade divina. Mas, vemos, também, na suas palavras uma louvação a sua mãe, Maria, a sempre bem-aventurada por ter acreditado.

São Tomás D'Aquino

Intercede por: Escolas públicas, dos estudantes e professores|Localização: Campânia, Itália 

A vida e obra de Tomás de Aquino são tão grandiosas que mesmo um resumo apenas razoável é difícil. Viajou muito, conseguindo ainda assim escrever extraordinariamente em quantidade e principalmente qualidade. Professor, pregador, filósofo, teólogo, consultor e conselheiro brilhante, recebeu ainda a graça de visões, e da levitação. São Tomás de Aquino deixou para a Igreja, praticamente, a síntese do pensamento católico. Tomás nasceu em Roccasecca, no condado de Aquino, região do Lácio, Itália, em 1225 ou 1227. Sua nobre família desejava para ele algum alto cargo civil ou eclesiástico, e tudo fizeram para impedi-lo de seguir a vocação na ordem mendicante dos Dominicanos – até mesmo prendendo-o e levando uma prostituta para tentá-lo. Mas nada disso adiantou e ele foi ordenado sacerdote em 1244, em NápolesNo ano seguinte estudou com São Alberto Magno em Paris, que o levou para lecionar em Colônia, Alemanha. Em 1252 voltou a Paris, onde se formou mestre em teologia e lecionou durante três anos. Seguiram-se Nápoles, Orvieto (onde completou a "Suma contra os Gentios"), Roma, e novamente Paris. Em 1272, Tomás pediu licença da Universidade de Paris quando os dominicanos de sua província natal o convocaram para fundar um studium general, espécie de universidade, na cidade de Nápoles. Em 1273 terminou a “Suma Teológica”, que só foi completada até a questão 90 da terceira parte, pois em 6 de dezembro Tomás comunicou ao padre Reginaldo de Piperno, seu amigo e secretário, que não escreveria mais, porque na igreja, após uma revelação sobrenatural, havia entendido (por comparação) que tudo o que escrevera não passava de “palha”. Em 1274, convocado pelo Papa Gregório X, viaja para participar do Concílio de Lyon. No caminho, montado num burro, bateu a cabeça num galho de uma árvore tombada, ficou seriamente ferido e foi levado às pressas para Monte Cassino. Depois de descansar por algum tempo, tentou seguir viagem, mas teve que parar, doente, na abadia cisterciense de Fossanuova. Faleceu sem completar 49 anos, em 7 de março de 1274. Sua festa em 28 de janeiro comemora o traslado do seu corpo para Tolosa. Foi proclamado Doutor da Igreja (Doutor Angélico), e é patrono de todas as universidades, academias e escolas católicas do mundo. Para a sua canonização houve a contestação de que não havia milagres que a comprovassem, ao que o Papa João XXII respondeu: “Quantas proposições teológicas ele escreveu, tantos são os milagres que fez”. Contudo, são verídicos os testemunhos de sua levitação em êxtase, em Nápoles, Orvieto e Paris. A importância do legado teológico de São Tomás aparece em destaque na síntese coerente da racionalidade presente na filosofia de Aristóteles com os princípios e tradição católicos. Defendia também que a política deveria estar subordinada à Igreja, pois possui um conteúdo ético (busca pelo bem comum, respeito aos direitos dos seres humanos e busca pela moral). Esta linha de pensamento, a filosofia Tomista, une harmoniosamente a Fé e a Razão (perspectiva abandonada, ignorada ou combatida por outras propostas). Das suas talvez 50 eminentes obras, podem ser consideradas principais “Verdade e Conhecimento (1256-1259)”, “Summa contra Gentiles” (“Suma contra os Gentios”, 1261-1263) e “Summa Theologiae” (“Suma Teológica”, 1265-1273); e também os maravilhosos textos litúrgicos para a festa de Corpus Christi (1261-1265), compostos a pedido do Papa Urbano IV, usados até hoje.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: A teologia do Aquinate (como também é conhecido São Tomás pela sua origem em Aquino; por Aquinate entende-se igualmente o conjunto da sua obra) é obrigatória e fundamental para o Catolicismo, e de tal forma que nas palavras do Papa Bento XV “a Igreja declarou os ensinamentos de Tomás como seus próprios”. Não pode haver maior elogio, considerando que a Igreja é instruída pelo Espírito Santo. A grandeza de São Tomás, proporcional à sua obra, pode igualmente ser aquilatada por outro enunciado, dele próprio: "O primeiro degrau para a sabedoria é a humildade" (lembremos de Maria, a mais humilde das criaturas, que exatamente por isso mereceu ser Mãe do Verbo divino). Decorrente desta sua postura de vida, segue-se a simplicidade do que pode ser avaliado como o seu entendimento sobre o Saber: "Para aqueles que têm fé, nenhuma explicação é necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível".

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – VATICANNEWS.Va

domingo, 26 de janeiro de 2025

BOM DIA EVANGELHO - 27. JANEIRO. 025

 

BOM DIA EVANGELHO

27 DE JANEIRO DE 2025 - Segunda-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Oração: Ó Deus, que desde o princípio dispusestes para o ser humano a felicidade na vida familiar, baseada no amor fiel e na geração e cuidado aos filhos; e que quisestes Se encarnar numa família e ter, também Vós, uma Mãe, dai-nos na Vossa infinita misericórdia e por intercessão de Santa Ângela de Mérici a conversão das mentalidades, para que os povos responsavelmente sigam Vossa vontade quanto ao Sacramento do matrimônio, os governos defendam as famílias no molde católico, e as sociedades, principalmente as mulheres, zelem pelos bons costumes e pelo amparo à maternidade. Pela Sagrada Família, Jesus, Maria e José. Amém.

Evangelho (Mc 3,22-30):

 Os escribas vindos de Jerusalém diziam que ele estava possuído por Beelzebu e expulsava os demônios pelo poder do chefe dos demônios. Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino se divide internamente, ele não consegue manter-se. Se uma família se divide internamente, ela não consegue manter-se. Assim também, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, ele não consegue manter-se, mas se acaba. Além disso, ninguém pode entrar na casa de um homem forte para saquear seus bens, sem antes amarrá-lo; só depois poderá saquear a sua casa. Em verdade, vos digo: tudo será perdoado às pessoas, tanto os pecados como as blasfêmias que tiverem proferido. Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo nunca será perdoado; será réu de um ‘pecado eterno’». Isso, porque diziam: «Ele tem um espírito impuro».

«Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo nunca será perdoado» (Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje, ao ler o Evangelho do dia, você não deixa o seu espanto – “alucina”, como se diz na linguagem da rua —. «Os escribas vindos de Jerusalém» vêem a compaixão de Jesus pelas pessoas e o seu poder que atua em favor dos oprimidos, e — apesar de tudo—dizem-lhe que «estava possuído por Beelzebu» e «expulsava os demônios pelo poder do chefe dos demônios» (Mc 3, 22). Realmente é uma surpresa ver até onde podem chegar a cegueira e a malícia humanas, neste caso de uns letrados. Têm diante da bondade em pessoa, Jesus, o humilde de coração, o único Inocente e não aprendem. Eles deviam ser os entendidos, os que conhecem as coisas de Deus para ajudar o povo, e afinal não só não o reconhecem como o acusam de diabólico.
Com este panorama era caso para dar meia volta e dizer: «Ficai aí!». Mas o Senhor sofre com paciência esse juízo temerário sobre a sua pessoa. Como afirmou são João Paulo II, Ele «é um testemunho insuperável de amor paciente de humildade e mansidão». A sua condescendência sem limites leva-o, inclusive, a tratar de remover os seus corações argumentando-lhes com parábolas e considerações da razão. Até que, no final, adverte com a sua autoridade divina que esse fechar de coração, que é rebeldia diante do Espírito Santo ficará sem perdão (cf Mc 3,29). E não porque Deus não queira perdoar, mas porque para ser perdoado, primeiro, cada um tem que reconhecer o seu pecado.
Como anunciou o Mestre, é longa a lista de discípulos que sofreram a incompreensão, quando agiam com toda a boa intenção. Pensemos, por exemplo, em Santa Teresa de Jesus quando tentava levar à mais alta perfeição as suas irmãs.
Não estranhemos, por tanto, se no nosso caminhar aparecerem essas contradições. Serão indício de que vamos no bom caminho. Rezemos por essas pessoas e peçamos ao Senhor que nos dê resistência.

Santa Ângela de Mérici

Ângela nasceu em 1474 na cidade de Desenzano, Itália, numa família pobre de bens e riquíssima de espiritualidade. Desde a infância desejava a vida religiosa, gostando de ler sobre a vida dos padres do deserto e imitar, como podia, as suas duras penitências. Cedo ficou órfã de pai e mãe, e foi morar, junto com sua irmã menor, na casa de um tio. Porém estes dois faleceram também. Dedicou-se então, já na plena juventude, a desenvolver o projeto de educar as meninas e as jovens, particularmente às mais expostas aos perigos morais. Acompanhada de outras jovens, visitava as prisões e hospitais, e cuidava dos pobres e abandonados. Impressionada com a decadência dos costumes familiares, uma trágica consequência do espírito pagão da Renascença, focou seus esforços na educação das moças, das quais dependia largamente a saúde moral das famílias. Para isso criou a comunidade das Servas de Santa Úrsula – em homenagem a esta mártir que com suas companheiras morreu por defender sua religião e castidade. Queria assim formar as futuras mães de acordo com a doutrina da Igreja. A característica da instituição, inovadora para a época, era a forma maleável, adaptável às circunstâncias de tempo e lugar, com apenas um mínimo de vida comum. Para fortificar-se espiritualmente nesta missão, Ângela, no ínicio da sua obra, peregrinou à Terra Santa. Na viagem, adoeceu e perdeu a vista, de modo que nada pôde enxergar do lugar, a não ser pela fé. Na volta, o navio, providencialmente, perdeu o rumo e atracou na ilha de Cândia – Creta – onde havia próximo ao porto um santuário, e nele um crucifixo milagroso. Ângela foi até lá e rezou pedindo a Deus a cura, e foi imediatamente atendida. Em agradecimento, ela fez uma outra peregrinação, a Roma, no jubileu de 1525, onde o Papa Clemente VII a recebeu e abençoou sua obra. Em 27 de janeiro de 1540, aos 75 anos, Ângela faleceu, e no seu túmulo foram constatados muitos milagres. Sua obra continuou e, em 1903, as várias comunidades se reuniram numa federação, mantendo a proposta inicial de educar a juventude feminina, especialmente as futuras mães de família, conservar os bons costumes, e dar assistência aos pobres e enfermos.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Quão atual é a necessidade da obra de Santa Ângela! Sem dúvida um dos pilares da sociedade bem estruturada é a família, e nesta a posição e função da mulher como mãe é fundamental e indispensável. A cultura atual contudo só promove a ideia de que a mulher não tem mais nenhuma responsabilidade como mãe, ao contrário deve viver de forma independente do marido e da família, ou nem sequer deve ter uma família organizada, além de priorizar um pretenso direito à “liberdade sexual” – em termos simples, mera e baixa promiscuidade – que inclui aberrações sexuais e a “opção” de matar o próprio filho através do aborto. Nestas condições, não é preciso grande esforço para perceber que nenhum projeto social pode ser bem sucedido; uma casa construída sobre a areia será facilmente derrubada (Mt 7,26-27), e seus moradores perecerão. As graças evidentes que Deus proporcionou à obra de Santa Ângela são um claro aviso de qual caminho é o certo.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – VATICANNEWS.VA

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

BOM DIA EVANGELHO - 24.JANEIRO.025

 

BOM DIA EVANGELHO



24 DE JANEIRO DE 2025 - Sexta-feira da 2ª semana do Tempo Comum





Oração: Deus de bondade e infinita doçura, que nos deseja a paz, a concórdia e o carinho, dai-nos por intercessão de São Francisco de Sales a grandeza e o heroísmo da santidade nos menores gestos e ações, na consciência de que é a partir deles, assim realizados, que Vós mesmo fazeis em nós as grandes obras de caridade e salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mc 3,13-19): 

Jesus subiu a montanha e chamou os que ele quis; e foram a ele. Ele constituiu então doze, para que ficassem com ele e para que os enviasse a anunciar a Boa Nova, com o poder de expulsar os demônios. Eram: Simão (a quem deu o nome de Pedro); Tiago, o filho de Zebedeu, e João, seu irmão(aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”); e ainda André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. «Jesus subiu a montanha e chamou os que ele quis»( Rev. D. Jordi POU i Sabater(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

Hoje o Evangelho condensa a teologia da vocação cristã: O Senhor elege os que quer para estarem com Ele ou para os enviar como apóstolos (cf. Mc 3,13-14). Em primeiro lugar, escolheu-os: antes da criação do mundo, destinou-nos a sermos santos (cf. Ef 1,4). Ama-nos em Cristo, e é nele que nos modela, dando-nos qualidades para sermos seus filhos. Apenas face à vocação se entendem as nossas qualidades; a vocação é o “papel” que nos deu na redenção. É no descobrimento do íntimo “porquê” da minha existência, quando me sinto plenamente ”eu”, quando vivo a minha vocação.
E para que somos chamados? Para estarmos com Ele. Esta chamada implica correspondência: «Um dia —não quero generalizar, abre o seu coração ao Senhor e conta-lhe a sua história—, provávelmente um amigo, um cristão igual a você, descobriu-lhe um panorama profundo e novo, sendo ao mesmo tempo velho como o Evangelho. E lhe sugira a possibilidade de se empenhar seriamente em seguir a Cristo, em ser apóstolo de apóstolos. Talvez tenha então perdido a tranquilidade e não a recupere, convertida em paz, até que, livremente, porque quis —que é a razão mais sobrenatural—, responda que sim a Deus. E chega a alegria, magnífica, constante, que apenas desaparece quando se afaste dele» (São Josémaria).
É dom, mas também tarefa: Santidade mediante a oração e os sacramentos e, além disso, luta pessoal. «Todos os fieis, de qualquer estado e condição de vida, estão chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição na caridade, santidade que, mesmo na sociedade terrena, promove um modo mais humano de viver» (Concílio Vaticano II).
Assim, podemos sentir a missão apostólica: levar Cristo aos outros; tê-lo e levá-lo. Hoje podemos considerar mais atentamente a chamada e afinar algum detalhe da nossa resposta de amor.

São Francisco de Sales

Francisco (François) de Sales nasceu aos 21 de agosto de 1567 em Thorens-Glières, província da Sabóia, na época um país independente; atualmente a região, de Ródano-Alpes, pertence à França, Itália e Suíça. Foi ele o primogênito de 13 filhos da nobre e antiga família dos Barões de Boisy. Muito cedo fez voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor, colocando-se sob a proteção da Virgem Maria, por Quem tinha especial devoção. Estudou nos melhores colégios franceses e aprendeu várias línguas. Na juventude Francisco mudou-se para Paris, onde fez estudos universitários com os jesuítas – Filosofia, Retórica e Teologia. Para satisfazer o sonho de seu pai, doutorou-se em Direito na Universidade de Pádua. Regressou à França em 1592, com 24 anos, e se inscreveu na Ordem dos Advogados. Sua família já lhe tinha arrumado um cargo como Senador de Sabóia e escolhido, para sua noiva, uma jovem rica e nobre. Mas ele recusou, pois queria ser padre. Assim, foi ordenado sacerdote aos 26 anos e, com a ajuda de um tio, Cônego em Genebra, foi nomeado para o posto de capelão da catedral de Chambéry nesta cidade. Sua primeira missão como sacerdote foi reevangelizar a região calvinista de Chablais. Ali encontrou muita resistência e fanatismo, mesmo emboscadas, insultos e ameaças. Criou então um sistema de publicação, ou seja, fixar em lugares públicos ou levar de porta em porta folhetos impressos, com a explicação das verdades da fé, com muito tato e simplicidade. Com paciência e persuasão respeitosa procurava também dialogar em palestras e encontros. A longo prazo, este método levou a milhares de conversões. Em 1599, Francisco foi nomeado Bispo coadjutor de Genebra com sede em Annecy, nos alpes franceses, assumindo definitivamente a diocese três anos depois. Ali desenvolveu intensa atividade: visita às paróquias, formação do clero, reorganização de mosteiros e conventos, fundação de escolas, pregação e catequese de crianças e adultos, incluindo membros da nobreza, mesmo da casa real da Sabóia. Por causa da sua doçura e perseverança, Francisco conseguiu inúmeras conversões e uma grande mudança religiosa na região. Em março de 1604, durante uma pregação quaresmal em Dijon, conheceu e fez grande amizade com (Santa) Joana Francisca Fremyot de Chantal. Juntos fundaram a Congregação da Visitação de Santa Maria, em 1610, em Annecy, com a finalidade de visitar e socorrer os pobres. Além da doçura, Francisco ficou muito conhecido também pelos seus livros. Escreveu “Filotéia” ou “Introdução à vida devota” em 1608, dedicado à Santa Joana de Chantal. Nesta obra, voltada para quem vivia no mundo e tinha tarefas civis e sociais, resume os princípios da vida interior e ensina a amar a Deus na vida diária. Em 1616, escreveu especialmente para as filhas da Visitação “Teótimo” ou “Tratado do Amor de Deus”, uma obra de denso e extraordinário conteúdo teológico, filosófico e espiritual, que ensina os melhores meios para um encontro pessoal com Deus. Francisco faleceu com a idade de 52 anos, no dia 28 de dezembro de 1622, em Lyon, França. Porém a Igreja celebra sua festa em 24 de janeiro, dia do traslado dos seus restos mortais para Annecy em 1623. Dez anos após sua morte, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto, sem os sinais de decomposição. É reconhecido como Doutor da Igreja e padroeiro dos jornalistas e escritores católicos, devido ao seu estilo e à redação de diversos folhetos e livros como instrumentos de evangelização (4.000 sermões, 21.000 cartas de direção espiritual e várias obras de doutrina e ascética). É também padroeiro dos que têm dificuldade auditiva, por ter desenvolvido uma linguagem de símbolos para se comunicar com um jovem deficiente. Ainda, é titular e patrono da Família Salesiana, Congregação fundada por seu admirador Dom Bosco (santo) para a educação dos jovens.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: “A medida de amar a Deus é amá-Lo sem medida”. Esta é a ideia do “Tratado do Amor de Deus”, e São Francisco de Sales a colocou em prática através da extrema gentileza no trato com as pessoas, nas suas imensas atividades pastorais. Dizia que “mais abelhas se apanham com uma gota de mel do que com um barril de vinagre”. Mas pouco conhecido é o seu heroico esforço de controlar o próprio gênio. Descobriu-se após a sua morte que a parte de baixo da sua mesa estava marcada pelo raspar das unhas, o que fazia durante o atendimento e diálogo com as difíceis consciências defensoras de erros e heresias. Extravasa ele na madeira a sua tensão, para nunca perder a paciência com os irmãos e tratá-los sempre afavelmente. Este “pequeno grande detalhe” espiritual é fortíssimo testemunho da santidade de Francisco, à medida da sua gigantesca obra evangelizadora.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

bom dia evangelho - 23. janeiro. 025

 

BOM DIA EVANGELHO

-023 DE JANEIRO DE 2025 - Quinta-feira da 2ª semana do Tempo Comum

Oração: Pai de bondade, que desejais apenas o bem maior dos Vossos Filhos, dai-nos a graça de manter a pureza de coração nas lutas desta vida, para que, pela intercessão de Santo Ildefonso, estejamos bem preparados no momento de Vos encontrar definitivamente. Por Jesus Cristo Nosso Senhor e Vossa Mãe a Virgem Maria. Amém.

Evangelho (Mc 3,7-12): 

Jesus, então, com seus discípulos, retirou-se em direção ao lago, e uma grande multidão da Galiléia o seguia. Também veio a ele muita gente da Judéia e de Jerusalém, da Iduméia e de além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia, porque ouviram dizer quanta coisa ele fazia. Ele disse aos discípulos que providenciassem um barquinho para ele, a fim de que a multidão não o apertasse. Pois, como tivesse curado a muitos, aqueles que tinham doenças se atiravam sobre ele para tocá-lo. E os espíritos impuros, ao vê-lo, caíam a seus pés, gritando: «Tu és o Filho de Deus». Mas ele os repreendeu, proibindo que manifestassem quem ele era.

«Uma grande multidão da Galiléia o seguia. Também veio a ele muita gente da Judéia e de Jerusalém, da Iduméia e de além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia» (Rev. D. Melcior QUEROL i Solà(Ribes de Freser, Girona, Espanha)

Hoje, ainda temos recente o batismo de João nas águas do rio Jordão, deveríamos recordar a relevância do nosso próprio batismo. Todos fomos batizados num só Senhor, numa só fé, «num só Espirito para formar um só corpo» (1Cor 12,13). Eis aqui o ideal de unidade: formar um só corpo, ser em Cristo uma só coisa, para que o mundo acredite.
No Evangelho de hoje vemos como «uma grande multidão da Galiléia» e também muita gente procedente de outros lugares (cf. Mc 3,7-8) se aproximam do Senhor. E Ele acolhe e procura o bem para todos, sem excepção. Devemos ter isso muito presente durante o octavário de oração pela unidade dos cristãos.
Apercebamo-nos como, no decorrer dos séculos, os cristãos nos dividimos em católicos, ortodoxos, anglicanos, luteranos, e um largo et cetera de confissões cristãs. Pecado histórico contra uma das notas essenciais da Igreja: a unidade.

Mas aterremos na nossa realidade eclesial de hoje. A da nossa diocese, a da nossa paroquia. A do nosso grupo cristão. Somos realmente uma só coisa? Realmente a nossa relação de unidade é motivo de conversão para os afastados da Igreja? «Que todos sejam um, para que o mundo acredite» (Jo 17,21), pede Jesus ao Pai. Este é o reto. Que os pagãos vejam como se relaciona um grupo de crentes que, congregados pelo Espirito Santo na Igreja de Cristo, têm um só coração e uma só alma (cf. Hch 4,32-34).
Recordemos que, como fruto da Eucaristia —em simultâneo com a união de cada um com Jesus— deve manifestar-se a unidade da Assembléia pois, alimentamo-nos do mesmo Pão para sermos um só corpo. Portanto, o que significam os sacramentos, e a graça que contêm, exige de nós gestos de comunhão para com os outros. A nossa conversão é à unidade trinitária (o qual é um dom que vem do alto) e a nossa tarefa santificadora não pode obviar os gestos de comunhão, de compreensão, de acolhimento e de perdão para com os demais.

Santo Ildefonso

Nasceu Ildefonso em Toledo, Espanha, no ano 607. Foi discípulo de Santo Isidoro de Sevilha, Doutor da Igreja. Jovem, entrou para o mosteiro de São Cosme e Damião em Agali, próximo a Toledo. Herdando a fortuna dos pais, destinou-a para o auxílio aos pobres. Escolhido abade, dirigiu em 636 o IV Sínodo de Toledo. Em 657, é feito bispo de Toledo, a maior e mais importante diocese do país, cargo que ocupou por 10 anos. Distinguiu-se pelo zelo na evangelização das áreas ainda pagãs desta diocese, pelo culto litúrgico bem cuidado na melhor tradição beneditina, e na defesa da Fé, pela grande eloquência e pelos muitos escritos de valor dogmático e histórico. Era prudente e afável, mas enérgico quando necessária a reivindicação da justiça. Dentre os seus principais livros, estão o “Livro sobre o Batismo”, “O Progresso Espiritual” (uma catequese pós-batismal aos fiéis, para a educação permanente na Fé) e especialmente “A Perpétua Virgindade de Maria, Mãe de Deus”. Nesta obra defende a virgindade de Maria antes, durante e depois do parto, contra as negações dos hereges e dos judeus, com erudição e com autoridade episcopal. Faleceu em 23 de janeiro de 667, e recebeu o título de Doutor da Igreja. É considerado como o último Padre do Ocidente, isto é, um dos grandes representantes da Igreja que, entre os séculos II e VII, consolidaram tanto no Ocidente como no Oriente conceitos fundamentais da doutrina católica.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: “Ildefonso” significa “pronto para a batalha”, e sem dúvida estava preparado este santo para a lide que Deus lhe destinou. Necessária sem dúvida foi a sua formação teológica e doutrinária para esclarecer questões da Fé, litúrgica para valorizar a beleza que eleva as almas nos ritos da Igreja, e zelo pela conversão dos que estavam afastados ou não conheciam a Deus. Conhecimento, elevação da alma e caridade são o que também nós precisamos, hoje e sempre, pois se temos a certeza de que deveremos manter o combate espiritual por toda a vida, mais certeza ainda temos de que não sabemos quando este combate vai acabar. Quando Deus chamar, partiremos desta Terra; preparemo-nos constante e empenhadamente para esta última e definitiva batalha, a qualquer momento.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG –  ArqRio