Oração: “Ó Deus, que ilustrais a vossa Igreja com a
admirável erudição de S. Tomás, vosso Confessor, e a fecundais pela santidade
das suas obras, concedei-nos a graça, Vos pedimos, de penetrar com inteligência
no que ele ensinou, e, imitando-o, fazer o que ele fez. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo”. (Missale Romanum de 1943, festa de São Tomás de Aquino, 7 de março).
Evangelho (Mc 3,31-35):
Nisso
chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficaram do lado de fora e mandaram
chamá-lo. Ao seu redor estava sentada muita gente. Disseram-lhe: «Tua mãe e
teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram». Ele respondeu: «Quem é minha
mãe? Quem são meus irmãos?». E passando o olhar sobre os que estavam sentados
ao seu redor, disse: «Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus,
esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».
«Eis minha mãe e
meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha
mãe» (Rev.
D. Josep GASSÓ i Lécera(Ripollet, Barcelona, Espanha)
Hoje
contemplamos Jesus —numa cena muito especial e, também, comprometedora— ao seu
redor havia uma multidão de pessoas do povoado. Os familiares mais próximos de
Jesus chegaram desde Nazaré a Cafarnaum. Mas, quando viram tanta quantidade de
gente, permaneceram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Disseram-lhe: «Tua mãe
e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram» (Mc 3,32).
Na resposta de Jesus, como veremos, não há nenhum motivo para rechaçar os seus
familiares. Jesus tinha se afastado deles para seguir o chamado divino e mostra
agora que também internamente renunciou a eles: não por frialdade de
sentimentos ou por menosprezo dos vínculos familiares, senão porque pertence
completamente a Deus Pai. Jesus Cristo fez Ele mesmo, pessoalmente, aquilo que
justamente pede aos seus discípulos.
Em vez da sua família da terra, Jesus escolheu uma família espiritual. Passando
um olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse-lhes: «Eis minha mãe
e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha
mãe». (Mc 3, 34-35). São Marcos, em outros lugares do seu Evangelho, refere
outro dos olhares de Jesus ao seu redor.
Será que Jesus quer nos dizer que só são seus parentes os que escutam com
atenção sua palavra? Não! Não são seus parentes aqueles que escutam sua
palavra, senão aqueles que escutam e cumprem a vontade de Deus: esses são seu
irmão, sua irmã, sua mãe.
Jesus faz uma exortação a aqueles que estão ali sentados —e a todos— a entrar
em comunhão com Ele através do cumprimento da vontade divina. Mas, vemos,
também, na suas palavras uma louvação a sua mãe, Maria, a sempre bem-aventurada
por ter acreditado.
Intercede
por: Escolas públicas, dos estudantes e professores|Localização: Campânia,
Itália
A vida e obra de Tomás de Aquino são tão grandiosas que mesmo um resumo apenas razoável é difícil. Viajou muito, conseguindo ainda assim escrever extraordinariamente em quantidade e principalmente qualidade. Professor, pregador, filósofo, teólogo, consultor e conselheiro brilhante, recebeu ainda a graça de visões, e da levitação. São Tomás de Aquino deixou para a Igreja, praticamente, a síntese do pensamento católico. Tomás nasceu em Roccasecca, no condado de Aquino, região do Lácio, Itália, em 1225 ou 1227. Sua nobre família desejava para ele algum alto cargo civil ou eclesiástico, e tudo fizeram para impedi-lo de seguir a vocação na ordem mendicante dos Dominicanos – até mesmo prendendo-o e levando uma prostituta para tentá-lo. Mas nada disso adiantou e ele foi ordenado sacerdote em 1244, em Nápoles. No ano seguinte estudou com São Alberto Magno em Paris, que o levou para lecionar em Colônia, Alemanha. Em 1252 voltou a Paris, onde se formou mestre em teologia e lecionou durante três anos. Seguiram-se Nápoles, Orvieto (onde completou a "Suma contra os Gentios"), Roma, e novamente Paris. Em 1272, Tomás pediu licença da Universidade de Paris quando os dominicanos de sua província natal o convocaram para fundar um studium general, espécie de universidade, na cidade de Nápoles. Em 1273 terminou a “Suma Teológica”, que só foi completada até a questão 90 da terceira parte, pois em 6 de dezembro Tomás comunicou ao padre Reginaldo de Piperno, seu amigo e secretário, que não escreveria mais, porque na igreja, após uma revelação sobrenatural, havia entendido (por comparação) que tudo o que escrevera não passava de “palha”. Em 1274, convocado pelo Papa Gregório X, viaja para participar do Concílio de Lyon. No caminho, montado num burro, bateu a cabeça num galho de uma árvore tombada, ficou seriamente ferido e foi levado às pressas para Monte Cassino. Depois de descansar por algum tempo, tentou seguir viagem, mas teve que parar, doente, na abadia cisterciense de Fossanuova. Faleceu sem completar 49 anos, em 7 de março de 1274. Sua festa em 28 de janeiro comemora o traslado do seu corpo para Tolosa. Foi proclamado Doutor da Igreja (Doutor Angélico), e é patrono de todas as universidades, academias e escolas católicas do mundo. Para a sua canonização houve a contestação de que não havia milagres que a comprovassem, ao que o Papa João XXII respondeu: “Quantas proposições teológicas ele escreveu, tantos são os milagres que fez”. Contudo, são verídicos os testemunhos de sua levitação em êxtase, em Nápoles, Orvieto e Paris. A importância do legado teológico de São Tomás aparece em destaque na síntese coerente da racionalidade presente na filosofia de Aristóteles com os princípios e tradição católicos. Defendia também que a política deveria estar subordinada à Igreja, pois possui um conteúdo ético (busca pelo bem comum, respeito aos direitos dos seres humanos e busca pela moral). Esta linha de pensamento, a filosofia Tomista, une harmoniosamente a Fé e a Razão (perspectiva abandonada, ignorada ou combatida por outras propostas). Das suas talvez 50 eminentes obras, podem ser consideradas principais “Verdade e Conhecimento (1256-1259)”, “Summa contra Gentiles” (“Suma contra os Gentios”, 1261-1263) e “Summa Theologiae” (“Suma Teológica”, 1265-1273); e também os maravilhosos textos litúrgicos para a festa de Corpus Christi (1261-1265), compostos a pedido do Papa Urbano IV, usados até hoje.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: A teologia do Aquinate (como também é
conhecido São Tomás pela sua origem em Aquino; por Aquinate entende-se
igualmente o conjunto da sua obra) é obrigatória e fundamental para o
Catolicismo, e de tal forma que nas palavras do Papa Bento XV “a Igreja declarou
os ensinamentos de Tomás como seus próprios”. Não pode haver maior elogio,
considerando que a Igreja é instruída pelo Espírito Santo. A grandeza de São
Tomás, proporcional à sua obra, pode igualmente ser aquilatada por outro
enunciado, dele próprio: "O primeiro degrau para a sabedoria é a
humildade" (lembremos de Maria, a mais humilde das criaturas, que
exatamente por isso mereceu ser Mãe do Verbo divino). Decorrente desta sua
postura de vida, segue-se a simplicidade do que pode ser avaliado como o seu
entendimento sobre o Saber: "Para aqueles que têm fé, nenhuma explicação é
necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível".
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