terça-feira, 20 de março de 2012

BOM DIA EVANGELHO-15/03/012

BOM DIA EVANGELHO - Dia 15 de Março — Quinta-feira
Santissimo
3ª Semana da Quaresma-(Cor Roxa)

Santo do dia : Santa Luísa de Marillac, viúva, religiosa, +1660, S. Clemente Maria Hofbauer, confessor, +1821, Beato Artémides Zatti, religioso enfermeiro, +1951

“Ouvi a minha voz, assim serei vosso Deus, e vós sereis meu povo”, palavras do profeta que ressoam em nossos ouvidos. Oxalá ressoassem em nosso coração. A Palavra de Deus é para ser lida e compreendida à luz dos fatos e acontecimentos. Ela é luz que ilumina tanto a história de ontem como a de hoje. Ela é comunhão com Deus e com os irmãos. Será que esta mesma Palavra encontra abrigo em nós?

Antífona de Entrada
Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor: quando em qualquer aflição clamarem por mim, eu os ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Oração
Pai, transforma-me em instrumento de teu amor misericordioso, a exemplo de Jesus. Por onde eu passar, possa ser testemunha de que teu Reino já chegou para nós.

Deus nos fala
Que nossa Comunidade agora reunida saiba escutar o que o Senhor vai falar-nos, e sua voz ressoe profundamente em nossa vida. Feliz quem acolhe e vive a Palavra do Senhor, pois assim se torna verdadeiramente família de Deus.

EVANGELHO
Jesus expulsa demônios-Lc 11,14-23
Jesus estava expulsando de certo homem um demônio que não o deixava falar. Quando o demônio saiu, o homem começou a falar. A multidão ficou admirada, mas alguns disseram: É Belzebu, o chefe dos demônios, que dá poder a este homem para expulsar demônios. Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediam que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha de Deus. Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: O país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído; a família que se divide em grupos que lutam entre si também será destruída. Se o reino de Satanás tem grupos que lutam entre si, como continuará a existir? Vocês dizem que é Belzebu que me dá poder para expulsar demônios. Mas, se é assim, quem dá aos seguidores de vocês o poder para expulsar demônios? Assim, os seus próprios seguidores provam que vocês estão completamente enganados. Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus já chegou até vocês. Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas, quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou dele. Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando.
Comentário do Evangelho
Sinais de libertação
Os sinais libertadores (curas e exorcismos) operados por Jesus suscitam a admiração de muitos nas multidões. Mas também suscitam o ódio de alguns que têm o poder religioso e econômico nas mãos e temem a libertação do povo. Assim, pretendem difamar Jesus diante do povo acusando-o de estar sob o poder de Beelzebu. Jesus responde que suas ações são feitas pelo dedo de Deus, libertando os possuídos pelo sistema opressor do Templo e das sinagogas, revelando a chegada do Reino de Deus.
Somos libertados por Deus, em Jesus, para sermos agentes da transformação deste mundo em um mundo novo em que a ambição do dinheiro que promove o horror da guerra ceda lugar à fraternidade, à partilha e à paz. -José Raimundo Oliva

A IGREJA CELEBRA HOJE
Santa Luísa de Marillac
Luísa nasceu em 12 de agosto de 1591, filha natural de Luís de Marillac, senhor de Ferrières, aparentado com a nobreza francesa, cujas posses permitiram dar à filha uma infância tranqüila. A menina aos três anos foi para o Convento Real de Poissy, em Paris onde recebeu uma educação refinada, quer no plano espiritual, quer no humanístico.
Porém, seu pai morreu quando ela tinha treze anos, sem deixar herança e, felizmente, nem dívidas. Nessas circunstâncias Luísa foi tirada do Convento, pela tia Valença, pois os Marillac não se dispuseram custear mais sua formação. Ela desejava dedicar sua vida à Deus, para cuidar dos pobres e doentes, mas agora com a escassez financeira teria de esperar para atingir esse objetivo.
Durante dois anos viveu numa casa simples de moças custeando-se com trabalhos feitos em domicílio, especialmente bordados Ela tentou ingressar no mosteiro das capuchinhas das Filhas da Paixão que acabavam de chegar em Paris, mas foi rejeitada pela aparência de saúde débil, imprópria para a vida de mosteiro. Depois disso viu-se constrangida a aceitar um casamento que os tios lhe arranjara. Foi com Antonio de Gràs, que trabalhava como secretário da rainha. Com ele teve um filho, Miguel Antonio. Viveu feliz, pois o marido a respeitava e amava a família. E se orgulhava da esposa que nas horas vagas cuidava dos deveres de piedade, mortificando-se com jejuns freqüentes, visitando os pobres, os hospitais e os asilos confortando a todos com seu socorro. Até que ele próprio foi acometido por grave e longa enfermidade e ela passou a se dedicar primeiro à ele sem abandonar os demais. Mas com isso novamente os problemas financeiros voltaram.
Nesse período teve dois grandes conselheiros espirituais: Francisco de Sales e Vicente de Paulo, ambos depois declarados Santos pela Igreja. Foi graças à direção deles, que pôde superar e enfrentar os problemas que agitavam o seu cotidiano e a sua alma. Somente sua fé a manteve firme e graças à sua força, suplantou as adversidades, até o marido falecer, em 1625 e Miguel Antonio foi para o seminário.
Só então Luísa pôde dedicar-se totalmente aos pobres, doentes e velhos. Isso ocorreu porque Vicente de Paulo teve a iluminação de colocar-la à frente das Confrarias da Caridade, as quais fundara para socorrer as paróquias da França, e que vinham definhando. Vicente encarregou-a de visita-las, reorganiza-las, enfim dinamiza-las, e ela o fez durante anos.
Em 1634 Luísa, com ajuda e orientação de Vicente de Paulo, fundou a Congregação das Damas da Caridade, inicialmente com três senhoras da sociedade, mas esse núcleo se tornaria depois uma Congregação de Irmãs. Isso o porque serviço que estas Damas prestavam aos pobres era limitado pelos seus deveres familiares e sociais e pela falta de hábito aos trabalhos humildes e fatigantes. Era necessário colocar junto delas, pessoas generosas, livres e totalmente consagradas a Deus e aos pobres. Mas na Igreja não existiam porque a vida de consagração para as mulheres estava concebida apenas como vida de clausura. Então, Vicente e Luísa, em 1642 ousaram e, criam as Irmãs dos Pobres, as Filhas da Caridade, a quem foram confiados os doentes, os enjeitados, os velhos, os mendigos, os soldados feridos e os condenados às prisões.
Nascia um novo tipo de Irmã, com uma missão inédita para aqueles tempos: uma vida consagrada em dispersão pelos caminhos do sofrimento humano, assim estava criada a Congregação das Irmãs Filhas da Caridade, em 1642. Na qual Luísa fez os votos perpétuos, sendo consagrada pelo próprio Vicente de Paulo. A obra, sob a direção dela foi notável. Quando Paris foi assolada pela guerra e peste, em 1652, as Irmãs chegaram a atender quatorze mil pessoas, de todas as categorias sociais, sendo inclusive as primeiras Irmãs a serem requisitadas para o atendimento dos soldados feridos, nos campos de batalhas.
Luísa morreu em 15 de março de 1660. Foi beatificada em 1920, e canonizada pelo Papa Pio XI, em 1934. Suas relíquias repousam na Capela da Visitação da Casa Matriz das Irmãs da Caridade, em Paris, França. Santa Luísa de Marillac foi proclamada Padroeira das Obras Sociais e de todos os assistentes sociais, pelo Papa João XXIII, em 1960.

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

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