Dia 19 de Março — Segunda-feira
São José, Esposo da Virgem Maria -(Sol., Gl., Cr., Pf. S. José, Cor Branca)
Em sonho, Deus comunicou a José sua missão de ser pai adotivo de Jesus. Ele fez como Nossa Senhora: Aceitou humildemente a nobre missão. José é o justo e o homem do silêncio. Não há, nos Evangelhos, nenhuma palavra sua, mas cumpriu digna e santamente a vontade divina. Deus o fez partícipe da redenção de Cristo. Por isso, com gratidão e alegria nós o reverenciamos na Liturgia, dando graças ao Pai por tê-lo chamado a assumir com Maria a encarnação de Jesus. Com ele damos graças a Deus por todos os justos e santos deste mundo.
Deus nos fala
Deus comunica-nos seu amor e sua vontade por meio de sua Palavra. A Comunidade acolhe-a e compreende sua fé e sua missão. José ouviu e cumpriu o que o Senhor lhe disse. Cada cristão tem a mesma missão: Ouvir e realizar o que o Senhor lhe diz. Acolhamos a Palavra de Deus, para que ela transforme nosso interior.
Festa da Igreja : S. José, esposo da Virgem Maria, Solenidade (ofício próprio)
Livro de Salmos 89(88),2-3.4-5.27.29.
Hei de cantar para sempre o amor do Senhor; a todas as gerações anunciarei a sua fidelidade.
Proclamarei que o teu amor é para sempre, e que a tua fidelidade é eterna como o céu.
"Fiz uma aliança com o meu eleito, jurei a David, meu servo:
'Estabelecerei a tua descendência para sempre e o teu trono há-de manter-se eternamente'."
Ele me invocará, dizendo: 'Tu és meu pai, és o meu Deus e o rochedo da minha salvação!'
Hei-de assegurar lhe para sempre o meu favor e a minha aliança com ele há-de manter-se firme.
José recebe o anúncio
Evangelho segundo S. Mateus 1,16.18-21.24a.
Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo.
José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Claude la Colombière (1641-1682), jesuíta
1º Panegírico de São José
«Não temas receber Maria, tua esposa»
Sabemos muito pouco da vida de S. José. O Evangelho não relata mais do que dois ou três factos; e um autor antigo observou que não se encontra nele nenhuma palavra sua. Talvez que [...] o Espírito Santo quisesse com isso assinalar o silêncio e a humildade de São José, o seu amor pela solidão e a vida escondida. Seja como for, perdemos muito com isso. Se o Senhor tivesse permitido que soubéssemos detalhes da vida deste grande santo, com certeza que se teriam encontrado belos exemplos, belas regras, sobretudo para quem vive no estado de casado. [...]
Toda a vida de São José se pode dividir em duas partes: a primeira é a que precedeu o seu casamento; a segunda é a que se lhe segue. Não sabemos absolutamente nada da primeira e da segunda sabemos muito pouco. Afirmo no entanto que ambas foram muito santas: a primeira porque foi coroada por casamento tão vantajoso; a segunda foi ainda mais santa porque toda ela se passou neste casamento. [...]
Que proveito deve São José ter tirado dos muitos anos de diálogo que manteve quase continuamente com a Santa Virgem! [...] Não tenho qualquer dúvida de que o próprio silêncio de Maria foi extremamente edificante e de que só olhar para ela era suficiente para ele se sentir levado a amar Deus e a desprezar tudo o resto. Mas quais não seriam os discursos de uma alma onde o Santo Espírito habitava, onde Deus tinha derramado uma plenitude de graças, que Lhe tinha mais amor que todos os serafins juntos! Que fogo não sairia desta boca quando ela se abria para exprimir os sentimentos do seu coração! Que frialdades, que gelos este fogo não teria dissipado! E que efeito não teria ele tido em José, que já tinha uma tão grande disposição a ser inflamado! [...] Este grande fogo, capaz de abrasar toda a terra, teve só o coração de José para acalorar e consumir durante muitos anos. [...] Se Ela acreditou que o coração de São José era uma parte do seu, que cuidados não terá tido em o inflamar do amor de Deus!
A igreja celebra hoje
São José
São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude de José, o humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus Cristo, e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era descendente da casa de David. Mas, a parte de sua vida da qual temos todo o conhecimento basta para que sua canonização seja justificada. José é, praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo Testamento, o derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus vivo, através do caminho simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra de Deus vivo. Escutando no silêncio.
Nas Sagradas Escrituras não há uma palavra sequer pronunciada por José. Mas, sua missão na História da Salvação Humana é das mais importantes: dar um nome a Jesus e fazê-lo descendente de David, necessário para que as profecias se cumprissem. Por isso, na Igreja, José recebeu o título de "homem justo". A palavra "justo" recorda a sua retidão moral, a sua sincera adesão ao exercício da lei e a sua atitude de abertura total à vontade do Pai celestial. Também nos momentos difíceis e às vezes dramáticos, o humilde carpinteiro de Nazaré nunca arrogou para si mesmo o direito de pôr em discussão o projeto de Deus. Esperou a chamada do Senhor e em silêncio respeitou o mistério, deixando-se orientar pelo Altíssimo.
Quando recebeu a tarefa, cumpriu-a com dócil responsabilidade: escutou solícito o anjo, quando se tratou de tomar como esposa a Virgem de Nazaré, na fuga para o Egito e no regresso para Israel (Mt 1 e 2, 18-25 e13-23). Com poucos mas significativos traços, os evangelistas o descreveram como cuidadoso guardião de Jesus, esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante atitude de serviço. As Sagradas Escrituras nada mais nos dizem sobre ele, mas neste silêncio está encerrado o próprio estilo da sua missão: uma existência vivida no anonimato de todos os dias, mas com uma fé segura na Providência.
Somente uma fé profunda poderia fazer com que alguém se mostrasse tão disponível à vontade de Deus. José amou, acreditou, confiou em Deus e no Messias, com toda sua esperança. Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte. Os teólogos acreditam que José tenha morrido três anos antes da crucificação de Jesus, ou seja quanto Ele tinha trinta anos.
Por isso, hoje é dia de festa para a Fé. O culto a São José começou no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o Papa Pio IX o proclamou São José, padroeiro universal da Igreja e, a partir de então, passou a ser venerado no dia 19 de março. Porém, em 1955, o Papa Pio XII fixou também, o dia primeiro de maio para celebrar São José, o trabalhador. Enquanto, o Papa João XXIII, inseriu o nome de São José no Cânone romano, durante o seu pontificado.
FONTE: http://www.meusanto.com.br/ - www.paulinas.org.br-www.cancaonova.org.br-www.evangelhodocotidiano.org.br-http://www.cademeusanto.com.br - http://www.arautos.org.br//www.bibliacatolica.com.br/blog//-www.santuario.org.br-
http://sao-tarcisio.blogspot.com/
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