quinta-feira, 30 de maio de 2013

bom dia evangelho-31.maio

Bom dia evangelho
31 de maio - Festa da Igreja : Visitação de Nossa Senhora, Nossa Senhora da Boa Nova

Santo do dia : São Raimundo Nonato, escravo mercedário, +1240
 Oração: Maria mãe de Jesus, bendita és tu porque soubestes escutar, crer e cumprir sempre a vontade de Deus. Depois da anunciação, saístes ao encontro de tua prima Isabel. Intercede por mim diante de teu filho amado para que esta oração me faça sair desta letargia egoísta que limita o bem que posso fazer.
Do santo Evangelho segundo São Lucas 1, 39-56
Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre. Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa.
Meditação
“O Evangelho de Lucas que acabamos de ouvir (cf. Lc 1, 39-56), mostra-nos esta arca viva, que é Maria, em movimento: deixando a sua casa de Nazaré, Maria põe-se em viagem rumo à montanha, para ir às pressas a uma cidade de Judá e chegar à casa de Zacarias e Isabel. Parece-me importante ressaltar a expressão ´às pressas´: as coisas de Deus merecem pressa, aliás, as únicas coisas do mundo que merecem pressa são precisamente aquelas de Deus, que têm a mesma urgência para a nossa vida. Então Maria entra nesta casa de Zacarias e Isabel, mas não entra sozinha. Entra, levando no seu ventre o Filho, que é Deus feito homem. Sem dúvida, estavam à espera dela e da sua ajuda naquela casa, mas o evangelista orienta-nos a compreender que esta expectativa remete para outra, mais profunda. Zacarias, Isabel e o pequeno João Batista são, efetivamente, o símbolo de todos os justos de Israel, cujo coração, rico de esperança, espera a vinda do Messias Salvador. E é o Espírito Santo que abre os olhos de Isabel e que a leva a reconhecer em Maria a verdadeira arca da aliança, a Mãe de Deus, que vem para a visitar. E assim, a idosa parente recebe-a, dizendo ´em voz alta´: ´Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?´ (Lc 1, 42-43). E é o próprio Espírito Santo que, diante daquela que traz em si Deus que se fez homem, abre o coração de João Batista no seio de Isabel. Isabel exclama: ´Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio´ (v. 44)” (
Bento XVI, Homilia, 16 de agosto de 2011).
São Félix de Nicósia
1715-1888
Félix nasceu em Nicósia, na Itália, em 5 de novembro de 1715, filho de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, de origem humilde e analfabeto. Diz o postulador de sua causa de canonização, padre Florio Tessari: "Órfão de pai desde seu nascimento, era proveniente de uma família que conseguia sobreviver com muita dificuldade".
Vivia próximo ao convento dos frades capuchinhos. Freqüentava a comunidade dos frades e admirava o seu modo de viver. Sempre que visitava o convento, sentia-se fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário.
Aos 18 anos de idade, em 1735, bateu à porta do convento, pedindo para ser acolhido como irmão leigo, por ser analfabeto. A resposta foi negativa. Porém insistiu muitas vezes, sem se cansar. Após dez anos de espera, foi acolhido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos com o nome de irmão Félix de Nicósia. Depois do noviciado e da profissão religiosa, foi destinado a Nicósia, onde permaneceu durante toda a vida, tornando-se, na cidade, uma presença de espiritualidade radicada no meio do povo.
Afirma o padre Florio Tessari: "Analfabeto, mas não de Deus e de seu Espírito, Félix entendeu que o segredo da vida não consiste em indicar, com força, a Deus, a nossa vontade, mas em fazer sempre alegremente a vontade dele. Essa simples descoberta lhe permitiu ver sempre, em tudo e apesar de tudo, Deus e seu amor; particularmente onde é mais difícil identificá-lo. Deixando-se somente invadir e preencher-se de Deus, ia imediatamente ao coração das coisas, à raiz da vida, onde tudo se recompõe na sua originária harmonia. Para fazer isso não precisa muita coisa, não precisa tantas palavras. Basta a essencial sabedoria do coração onde habita, fala e age o Espírito".
Morreu no dia 31 de maio de 1787. Foi beatificado pelo papa Leão XIII em 12 de fevereiro de 1888 e proclamado santo pelo papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.

São Raimundo Nonato, escravo mercedário, +1240

  O espanhol Raimundo Nonato, viveu no século XIII, e se rebelou contra a escravidão que na época era tida como natural por muita gente. Em 1224, entrou na ordem dos mercedários, que era dedicada a resgatar os cristãos capturados pelos islâmicos, que eram levados para prisões na Argélia. São Raimundo não queria apenas libertar os escravos, mas lutava também para manter viva a fé cristã dentro deles. Capturado e preso na Argéliaa, converteu presos e guardas, mas teve a boca perfurada e fechada por um cadeado para não pregar mais. Após sua libertação, foi nomeado em 1239 cardeal pelo papa Gregório IX; todavia, no início de seu caminho para Roma padeceu violentas febres pela qual morreu.
Recebeu a alcunha de Nonato (em catalão Nonat) porque foi extraído do ventre de sua mãe, já morta antes de dar-lhe à luz, ou seja, não nasceu de uma mãe viva, mas foi retirado de seu útero, algo raríssimo à época.
É considerado o patrono das parteiras e obstetras.


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quarta-feira, 29 de maio de 2013

bom dia evangelho-30.maio

Bom dia evangelho
Oração: Espírito de solidariedade e partilha, faze-me sensível à lição eucarística da partilha, movendo-me a manifestar minha solidariedade efetiva com os pobres deste mundo.
Evangelho
Banquete da vida, na solenidade de Corpus Christi
Lc 9,11b-17
Jesus as acolheu e falava-lhes sobre o Reino de Deus; e curava todos os que precisavam. O dia já estava chegando ao fim, quando os Doze se aproximaram de Jesus e disseram: “Despede a multidão, para que possam ir aos povoados e sítios vizinhos procurar hospedagem e comida, pois estamos num lugar deserto”. Mas ele disse: “Vós mesmos, dai-lhes de comer”. Eles responderam: “Só temos cinco pães e dois peixes – a não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente!” Havia mais ou menos cinco mil homens. Jesus então disse aos discípulos: “Mandai o povo sentar-se em grupos de cinquenta”. Os discípulos assim fizeram, e todos se sentaram. Então ele pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, pronunciou sobre eles a bênção, partiu-os e os deu aos discípulos para que os distribuíssem à multidão. Todos comeram e se saciaram. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram.
Comentando
Festa do Corpo e Sangue de Cristo
A festa de “Corpus Christi” é festa de ação de graças, pois a vida entregue do Senhor, seu corpo e sangue, é nosso verdadeiro alimento e sustento. É, igualmente, festa da unidade da Igreja, corpo de Cristo (1Cor 12,12-31), sacramento do Senhor, neste mundo.
O relato da multiplicação dos pães é precedido da acolhida da multidão por Jesus, seu ensinamento sobre o Reino de Deus e gestos que acompanham e autenticam sua palavra.
O diálogo dos discípulos com Jesus, que querem despedir a multidão, possibilita compreender qual é o verdadeiro alimento do povo de Deus, qual o verdadeiro sustento do povo que o Senhor reúne. É preciso uma mudança profunda de mentalidade, pois este alimento não se compra. O verdadeiro alimento do povo que o Cristo reúne é espiritual, “o pão descido do céu” (Jo 6,33), “o pão da vida” (Jo 6,34), a carne, a vida de Jesus entregue para a vida do mundo (Jo 6,51). É um alimento abundante e que sacia plenamente: “Todos comeram e se saciaram” (Lc 9,17).
“A Eucaristia faz a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia.”

(Carlos Alberto Contieri,sj)
A igreja celebra hoje
Santa Joana d'Arc - 1412-1431
Filha de Jaques d'Arc e Isabel, camponeses muito pobres, Joana nasceu em Domrémy, na região francesa de Lorena, em 6 de janeiro de 1412. Cresceu no meio rural, piedosa, devota e analfabeta, assinava seu nome utilizando uma simples, mas significativa, cruz. Significativa porque já aos treze anos começou a viver experiências místicas.
Ouvia as "vozes" do arcanjo Miguel, das santas Catarina de Alexandria e Margarida de Antioquia, avisando que ela teria uma importante missão pela frente e deveria preparar-se para ela. Os pais, no início, não deram importância , depois acharam que estava louca e por fim acreditaram, mas temeram por Joana.
A França vivia a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra, governada por Henrique VI. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. As mensagens que Joana recebia exigiam que ela expulsasse os invasores, reconquistasse a cidade de Orleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII, para ser coroado na catedral de Reims, novamente como legítimo rei da França. A ordem para ela não parecia impossível, bastava cumpri-la, pois tinha certeza de que Deus estava a seu lado. O problema maior era conseguir falar pessoalmente com o rei deposto.
Conseguiu aos dezoito anos de idade. Carlos VII só concordou em seguir seus conselhos quando percebeu que ela realmente tinha por trás de si o sinal de Deus. Isso porque Joana falou com o rei sobre assuntos que na verdade eram segredos militares e de Estado, que ninguém conhecia, a não ser ele. Deu-lhe, então, a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados, chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus.
E o que aconteceu na batalha que teve aquela figura feminina, jovem e mística, que nada entendia de táticas ou estratégias militares, à frente dos soldados, foi inenarrável. Os franceses sitiados reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão.
Carlos VII foi, então, coroado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa.
A luta pela reconquista demorara cerca de um ano e ela desejava voltar para sua vida simples no campo. Mas o rei exigiu que ela continuasse comandando os exércitos na reconquista de Paris. Ela obedeceu, mas foi ferida e também traída, sendo vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num processo religioso grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira como "feiticeira, blasfema e herética". Tinha dezenove anos e morreu murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431, diante da comoção popular na praça do Mercado Vermelho, em Rouen.
Não fossem os fatos devidamente conhecidos e comprovados, seria difícil crer na existência dessa jovem mártir, que sacrificou sua vida pela libertação de sua pátria e de seu povo. Vinte anos depois, o processo foi revisto pelo papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana d'Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da França. O dia de hoje é comemorado na França como data nacional, em memória de santa Joana d'Arc, mártir da pátria e da fé.
“Você pode até dizer que não entendeu o que eu disse. Mas jamais poderá dizer que não entendeu como eu te olhei.”(Pe. Fabio de Melo)
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. - Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. - Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
tjl@www.paulinas.org.br-envangelhodocotidiano.org.br

terça-feira, 28 de maio de 2013

bom dia evangelho-29 de maio


Bom dia evangelho
29 de maio – Quarta-feira da 8ª semana do Tempo Comum

Santo do dia :
Beato Félix de Nicósia, religioso, +1787, S. Fernando, rei de Leão e Castela, +1252
 
Oração: Pai, a exemplo de Jesus, transforma-me em servidor de meus semelhantes, e não me deixes ter medo de colocar minha vida a serviço de quem precisa de mim.


Os apóstolos queriam honrarias
 Mc 10,32-45
Naquele tempo, Jesus e os discípulos iam a caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus seguia à frente deles. Os discipulos estavam preocupados, e aqueles que os seguiam estavam cheios de medo. Tomando de novo os Doze consigo, começou a dizer-lhes o que Lhe ia acontecer:
«Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, e eles vão condená-lo à morte e entregá-lo aos gentios.

E hão-de escarnecê-lo, cuspir sobre Ele, açoitá-lo e matá-lo. Mas, três dias depois, ressuscitará.»
Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: «Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos.»
Disse-lhes: «Que quereis que vos faça?»
Eles disseram: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda.»
Jesus respondeu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?»
Eles disseram: «Podemos, sim.» Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu bebo e sereis baptizados com o baptismo com que Eu sou baptizado;
mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado.»
Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder.
Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo
e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos.
Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos.»
Comentando o Evangelho do dia
Comentário do dia
Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo, doutor da Igreja
6º Discurso para a novena de Natal
O Filho do Homem veio para dar a sua vida
O Senhor eterno dignou-Se apresentar-Se a nós primeiro como um menino pequeno num estábulo, depois como simples operário numa carpintaria, mais tarde como um criminoso que expirou num patíbulo e, por fim, como pão num altar.
Numerosos aspectos, aspectos intencionais de Jesus, aspectos que só tiveram um efeito: o de mostrar o amor que Ele nos tem.
Ah, Senhor, poderás ainda inventar mais alguma coisa para fazer com que Te amemos? O profeta Isaías clamava: «Anunciai as suas obras entre os povos; proclamai que o seu nome é excelso» (Is 12,4). Almas resgatadas dai a conhecer em todo o lado as obras de amor desse Deus cheio de amor. Ele concebeu-as e realizou-as para ser amado por todos os homens, Ele que, depois de os ter cumulado de benfeitorias, Se deu a Si próprio, e de tantos modos!
«Doente ou ferido, queres curar-te? Jesus é o médico»: Ele cura-te com o seu sangue. Ardes em febre? Ele é a fonte refrescante. Estás atormentado pelas paixões e tribulações do mundo? Ele é a fonte das consolações espirituais e do verdadeiro alento. «Tens medo da morte? Ele é a vida. Aspiras ao céu? Ele é o caminho» (cf Jo 14,6): assim falava santo Ambrósio. Jesus Cristo não apenas Se deu a todos os homens em geral; Ele quer dar-Se a cada um em particular. É por isso que São Paulo diz: «Ele me amou e a Si mesmo Se entregou por mim» (Ga 2,20). E São João Crisóstomo afirma: «Deus ama cada um de nós tanto como toda a humanidade.» Assim sendo, meu querido irmão, se não houvesse mais ninguém no mundo, o divino Redentor teria vindo e dado o seu sangue e a sua vida só por ti.
A igreja celebra hoje
S. Fernando
Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra. Sob seu reinado foram mudados os códigos civis, ficando mais brandos sob a tutela do Supremo Conselho de Castela, instituiu o castelhano como língua oficial e única, fundou a famosa Universidade de Salamanca e libertou sua nação do domínio dos árabes muçulmanos. Abrindo mão do tempo desperdiçado com novas conquistas, utilizava-o para fundar novas dioceses, erguer novas catedrais, igrejas, conventos e hospitais, sem recorrer a novos impostos, como dizem os registros e a história. Em 1225, teve que pegar em armas contra os invasores árabes, mas levou em sua companhia o arcebispo de Toledo, para que o ajudasse a perseverar os soldados na fé. Queria, com a campanha militar, apenas reconquistar seus domínios e propagar o catolicismo. Vencida a batalha, com a expulsão dos muçulmanos, os despojos de guerra foram utilizados para a construção da belíssima catedral de Toledo. Durante seu reinado, cidades inteiras foram doadas às ordens religiosas, para que o povo não fosse oprimido pela ganância dos senhores feudais. Com a morte do pai em 1230, foi coroado também rei de Leão. Em seguida, chefiou um pequeno exército, aos seus moldes, e reconquistou dos árabes ainda Córdova e Sevilha, depois do que edificou a catedral de Burgos. Pretendia lutar na África da mesma forma, mas foi acometido de uma grave doença. Morreu aos cinquenta e três anos, depois de despedir-se da família, dos amigos e companheiros, no dia 30 de maio de 1252, em Sevilha. Imediatamente, o seu culto surgiu e se propagou rapidamente por toda a Europa, com muitas graças atribuídas à sua intercessão. Foi canonizado pelo papa Clemente X, em 1671, após a comprovação de que seu corpo permaneceu incorrupto. São Fernando III é venerado, no dia de sua morte, como padroeiro da Espanha.
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segunda-feira, 27 de maio de 2013

bom dia evangelho-28 de maio

Bom dia Evangelho
28 de maio - Terça-feira da 8ª semana do Tempo Comum

Santo do dia :
Santa Maria Ana de Paredes, virgem, +1645, São Germano, bispo de Paris, +576
 Oração: Pai, dá-me a graça de entregar-me totalmente ao serviço do Reino, sem esperar outra recompensa além de saber-me amado por ti.
Evangelho do dia
Resultado: cem vezes mais! - Mc 10,28-31
Pedro começou a dizer-lhe: “Olha, nós deixamos tudo e te seguimos”. Jesus respondeu: “Em verdade vos digo: todo aquele que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida – casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições –, e no mundo futuro, vida eterna. Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão primeiros”.
 
Comentários: No seguimento de Cristo tudo adquire sentido
“... nós deixamos tudo e te seguimos” (v. 28). Podemos interpretar este versículo de duas formas: a) nós deixamos tudo e te seguimos, qual será a nossa recompensa?; b) nós deixamos tudo e te seguimos, então, teremos a vida eterna.
A resposta de Jesus vai noutra direção. As “cem vezes mais” prometidas para esta vida (v. 30) significam que no seguimento de Cristo tudo adquire sentido e ocupa o seu devido lugar. A “recompensa é dom”. A “vida eterna”, comunhão plena com o Pai e o Filho, no Espírito Santo, é dom que, como num espelho, se experimenta aqui, em nossa peregrinação terrestre, e tende ao definitivo, na vida transfigurada em Cristo.
A vida eterna não é conquista, é dom de Deus. A recompensa do discípulo é seguir Jesus Cristo (cf. Mc 10,21).
(Carlos Alberto Contieri, sj)
 
Bênção
O Senhor o abençoe e guarde! O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante
e tenha piedade de você! O Senhor lhe mostre seu rosto
e lhe conceda a paz!’ (Nm 6,24-27).
 
A igreja celebra hoje  São Germano de Paris - 496-576
Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.
Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.
Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.
Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.
Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.
Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.

domingo, 26 de maio de 2013

bom dia evangelho-27.maio



Bom dia evangelho




27 de  maio – Segunda-feira da 8ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santo Agostinho de Cantuária, bispo, +605

Oração: Pai, não permitas que o meu coração se apegue de tal forma aos bens deste mundo, a ponto de levar-me a te colocar em segundo lugar.
Evangelho segundo S. Marcos 10,17-27.
Naquele tempo, ia Jesus pôr-se a caminho, quando um homem correu para Ele e ajoelhou-se, perguntando: «Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?»
Jesus disse: «Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um só: Deus.
Sabes os mandamentos: Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes, honra teu pai e tua mãe.»
Ele respondeu: «Mestre, tenho cumprido tudo isso desde a minha juventude.»
Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele e disse: «Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.»
Mas, ao ouvir tais palavras, ficou de semblante anuviado e retirou-se pesaroso, pois tinha muitos bens.
Olhando em volta, Jesus disse aos discípulos: «Quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que têm riquezas!»
Os discípulos ficaram espantados com as suas palavras. Mas Jesus prosseguiu: «Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus!
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.»
Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode, então, salvar-se?»
Fitando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível.»

Comentário do dia
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo
Homilia «Os ricos podem salvar-se?»

«Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?»

Ignorar a Deus é morrer; pois a vida reside apenas em conhecê-Lo, viver Nele, amá-Lo e procurar assemelhar-se a Ele. Se quereis a vida eterna, [...] procurai antes de mais conhecê-Lo, ainda que «ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-Lo» (Mt 11,27). Em Deus, conhecei a grandeza do Redentor e a Sua graça inestimável; pois, diz o apóstolo João, «a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo» (1,17). [...] Se a Lei de Moisés pudesse dar-nos a vida eterna, porque teria o nosso Salvador vindo ao mundo e sofrido por nós, desde o nascimento até à morte, percorrendo toda uma vida humana? Porque se teria este jovem, que tão bem cumpria desde a juventude os mandamentos da Lei, lançado aos Seus pés para Lhe pedir a imortalidade?
Este jovem observava a Lei na sua totalidade, e a ela se ligara desde a juventude. [...] Mas percebe bem que, se nada falta à sua virtude, lhe falta contudo a vida. É por isso que vem pedi-la Àquele que pode dar-lha; está seguro de estar em regra com a Lei, mas nem por isso deixa de implorar ao Filho de Deus. [...] As amarras da Lei não o defendem adequadamente das oscilações do navio, pelo que ele deseja abandonar esta navegação perigosa e lançar âncora no porto do Salvador.
Jesus não lhe censura a falta de cumprimento da Lei, mas olha-o com afecto, emocionado com a sua aplicação de bom aluno. Contudo, diz-lhe que é ainda imperfeito [...]: é bom trabalhador da Lei, mas preguiçoso para a vida eterna. A Lei santa é como um pedagogo que orienta para os mandamentos perfeitos de Jesus (Ga 3,24) e para a Sua graça. Jesus é «o cumprimento da lei, para justificar todo aquele que crê Nele» (Rm 10,4).



Santo Agostinho da Cantuária - +604

Um século após são Patrício ter convertido os irlandeses ao catolicismo, a atuação de Agostinho foi tão importante para a Inglaterra que modificou as estruturas da região da mesma forma que seu antecessor o fizera. No final do século VI, o cristianismo já tinha chegado à poderosa ilha havia dois séculos, mas a invasão dos bárbaros saxões da Alemanha atrasou sua propagação e quase destruiu totalmente o que fora implantado.
Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo papa Gregório Magno naquela cidade. E foi justamente esse célebre papa que ordenou o envio de missionários às ilhas britânicas.
Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção do monge Agostinho. Mas antes ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos.
A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente.
No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele.
A notícia chegou ao papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as dioceses de Londres e de Rochester. Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos.
Agostinho morreu no dia 25 de maio de 604, sendo sepultado na igreja da Cantuária, que hoje recebe o seu nome e ainda guarda suas relíquias. O Martirológio Romano indica a festa litúrgica de santo Agostinho da Cantuária no dia 27 de maio.

Dia da Mata Atlântica
A mata Atlântica possui uma vasta biodiversidade, ou seja, uma rica variedade de plantas e animais. Além disso, é conhecida pelos seus inúmeros centros de endemismo, espécies que são encontradas somente num determinado local. A Mata Atlântica contém cerca de 450 espécies, por isso é considerada recordista mundial em diversidade de espécies de árvores.
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quinta-feira, 23 de maio de 2013

bom dia evangelho-24.maio


Bom dia evangelho
24 de maio -Sexta-feira da 7ª semana do Tempo Comum
Festa da Igreja : Nossa Senhora da Estrada, Nossa Senhora Auxiliadora

Oração
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.

 

Evangelho
Divórcio? Adultério? - Mc 10,1-12

Jesus se pôs a caminho e foi para a região da Judeia, pelo outro lado do rio Jordão. As multidões mais uma vez se ajuntaram ao seu redor, e ele, como de costume, as ensinava. Aproximaram-se alguns fariseus e, para experimentá-lo, perguntaram se era permitido ao homem despedir sua mulher. Jesus perguntou: “Qual é o preceito de Moisés a respeito?” Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever um atestado de divórcio e despedi-la”. Jesus disse: “Foi por causada dureza do vosso coração que Moisés escreveu este preceito. No entanto, desde o princípio da criação Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formarão uma só carne; assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!” Em casa, os discípulos fizeram mais perguntas sobre o assunto. Jesus respondeu: “Quem despede sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se uma mulher despede seu marido e se casa com outro, comete adultério também”.


Comentários: Jesus põe homem e mulher em pé de igualdade.
Trata-se de um “diálogo didático”, destinado a ensinar os discípulos a procederem em conformidade com os ensinamentos de Jesus.
A questão levantada é a do repúdio da mulher pelo homem. A má intenção da questão é apresentada: “para experimentá-lo” (v. 2). Num primeiro momento, Jesus remete-os à Lei de Moisés (cf. v. 3; ver Dt 24,1-3). No entanto, à Lei de Moisés, Jesus opõe o projeto original de Deus (cf. Gn 1,27; 2,24; 5,2), dando prioridade ao que é da ordem da criação e, de certo modo, desautorizando a aplicação da Lei mosaica para esse caso.
Para concluir, como é próprio desses diálogos didáticos, Jesus dá a norma que o discípulo deve observar: “Quem despede sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se uma mulher despede o seu marido e se casa com outro, comete adultério também” (vv. 11-12). Jesus põe homem e mulher em pé de igualdade e condições.(Carlos Alberto Contieri, sj)

A igreja celebra hoje: Sarah Kali, Rogaciano, São Vicente Lérins,Domiciano, Genádio, Susana, Afra, David da Escocia

Santa Sarah Kali

Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sarah, uma cigana escrava, foram atirados ao mar pelos judeus, numa barca sem remos e sem provisões. Milagrosamente a barca, sem rumo, atravessou o oceano e aportou em Petit-Rhône, hoje a nossa tão querida Saintes Marie’ deLa Mer, França. (que seria as santas marias do mar).  Kali em romanês, quer dizer negra; e Sara, por ser uma cigana egípcia, possui a tez bem morena. Daí o nome. Os ciganos brasileiros adoram Nossa Senhora de Aparecida, talvez por causa de sua cor, e muitos a equiparam à Santa Sara Kali. Se não têm a imagem dela, por ser difícil encontrá-la, por certo possui em sua Thiera (barraca) ou casa uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida. Às vezes têm as duas. É costume festejarmos nossas slavas (promessas ou comemorações em homenagem a algum santo).
A Slava de Sara Kali é nos dias 24 de maio. A Salva de Nossa Senhora de Aparecida coincide com a comemoração dos gadjés, a 12 de outubro.
Na Slava, é oferecido um banquete ao santo homenageado, onde colocamos o Santo do Dia no centro da mesa, em lugar de destaque e junto a Ele, um manrô (pão) redondo, que é furado no meio e onde colocamos um punhado de sal junto com a vela. Esse pão é posto em uma bandeja cheia de arroz cru, para chamar saúde e prosperidade e, ao término do almoço, ele é dividido entre os convidados pelos donos da casa, junto com essas palavras de bençãos:
(Que você seja abençoado com o sal, com o pão e com ouro). A festa de Santa Sarah. No final de maio, os Ciganos aos milhares, vão se reunindo na cidade de Les Saintes Maries' de la Mer, na região de Camargue ao sul da França para cantar, dançar e pagar promessas para a sua santa padroeira . É em parte uma reunião, parte festival e parte peregrinação. Assim fique de olho na sua carteira, perca suas inibições e fique pronto para uma de "livre para tudo". Enquanto as crenças espirituais ciganas são pagãs de natureza, a maioria dos ciganos foram batizados e respeitam a parte essencial da religião cristã. Eles vem para Les Saintes Maries’de la Mer ("as santas marias do mar’) porque a lenda diz que Maria Jacob e Maria Salomé, (parentes próximas de Jesus, da Virgem Maria, e uma delas mãe dos apóstolos João e Tiago) vieram para esta cidade de barco, quando foram expulsas da Judéia no século primeiro. Elas converteram o povo da cidade para o cristianismo, com a ajuda da líder matriarca da cidade, chamada Sarah. Os ciganos a adotaram como padroeira, embora ela não seja oficialmente reconhecida pela Igreja. O centro da reunião é a igreja matriz de Les Saintes Maries’de la Mer, onde as relíquias (como os ossos dos santos ) são guardados na igreja. Os ossos são cerimoniosamente abaixados por polias e guindastes enquanto os fieis cantam acompanhados de violinos e sinos. Então as relíquias são carregadas para o mar, junto com uma grande estátua de Santa Sarah, de modo que ela pode "esperar" a chegada das Marias. No dia seguinte as estátuas de Maria Jacob e Maria Salomé são colocadas junto ao oceano, pelos peregrinos, em sinal que elas chegaram as praias da França. A bordo de um tradicional barco de pesca o bispo abençoa o mar, a terra e os Ciganos.  Diz a tradição que o bom Rei Renê mandou escavar a igreja, em 1448 eles relataram que foram encontraram dois corpos docemente perfumados. Muitos anos mais tarde esses corpos femininos foram datados como sendo do primeiro século(pode ser verdade ou apenas lenda). Outra lenda diz que as pedras onde os corpos estavam sepultados eram na verdade "pedras milagrosas" e eram usadas para curar olhos doentes e mulheres estéreis. Não deixe de ver na cripta debaixo da igreja se você necessita de alguma cura.