domingo, 19 de maio de 2013

bom dia evangelho-20.maio


Bom dia evangelho
20 de maio –  Segunda-feira da 7ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : São Bernardino de Sena, presbítero, +1444, Santo Arcângelo Tadini, presbítero, fundador, +1912


Oração: Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.

Evangelho segundo S. Marcos 9,14-29.
Naquele tempo, Jesus desceu do monte, com Pedro, Tiago e João. Ao chegarem junto dos outros discípulos, viram em torno deles uma grande multidão e uns doutores da Lei a discutirem com eles.
Assim que viu Jesus, toda a multidão ficou surpreendida e acorreu a saudá-lo.
Ele perguntou: «Que estais a discutir uns com os outros?»
Alguém de entre a multidão disse-lhe: «Mestre, trouxe-te o meu filho que tem um espírito mudo.
Quando se apodera dele, atira-o ao chão, e ele põe-se a espumar, a ranger os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram.»
Disse Jesus: «Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá.»
E levaram-lho. Ao ver Jesus, logo o espírito sacudiu violentamente o jovem, e este, caindo por terra, começou a estrebuchar, deitando espuma pela boca.
Jesus perguntou ao pai: «Há quanto tempo lhe sucede isto?» Respondeu: «Desde a infância;
e muitas vezes o tem lançado ao fogo e à água, para o matar. Mas, se podes alguma coisa, socorre-nos, tem compaixão de nós.»
«Se podes...! Tudo é possível a quem crê», disse-lhe Jesus.
Imediatamente o pai do jovem disse em altos brados: «Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!»
Vendo, Jesus, que acorria muita gente, ameaçou o espírito maligno, dizendo: «Espírito mudo e surdo, ordeno-te: sai do jovem e não voltes a entrar nele.»
Dando um grande grito e sacudindo-o violentamente, saiu. O jovem ficou como morto, a ponto de a maioria dizer que tinha morrido.
Mas, tomando-o pela mão, Jesus levantou-o, e ele pôs-se de pé.
Quando Jesus entrou em casa, os discípulos perguntaram-lhe em particular: «Porque é que nós não pudemos expulsá-lo?»
Respondeu: «Esta casta de espíritos só pode ser expulsa à força de oração.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Meditações sobre os Evangelhos

«Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!»

A virtude que Nosso Senhor recompensa, a virtude que Ele louva, é quase sempre a fé. Por vezes louva o amor, como com Madalena (Lc 7,47); por vezes a humildade, mas esses exemplos são raros; é quase sempre a fé que recebe Dele recompensa e louvores. Porquê? Sem dúvida porque a fé é, se não a mais alta virtude (a caridade ultrapassa-a), pelo menos a mais importante, pois é o fundamento de todas as outras, incluindo a caridade, e também porque é a mais rara.
Ter verdadeiramente fé, a fé que inspira todas as acções, essa fé sobrenatural que despoja o mundo da sua máscara e mostra Deus em todas as coisas; que faz desaparecer todos os impossíveis; que retira sentido às palavras de inquietação, de perigo, de medo; que faz com que se caminhe na vida com uma calma, uma paz e uma alegria profundas, como um menino levado pela mão da mãe; que conduz a alma a um desapego tão absoluto de todas as coisas sensíveis, cujo vazio e puerilidade detecta claramente; que proporciona uma tal confiança na oração, a confiança da criança que pede uma coisa boa a seu pai; essa fé que nos mostra que tudo o que não for agradar a Deus é mentira; essa fé que nos faz ver tudo a outra luz — os homens como imagens de Deus, que é preciso amar e venerar, como retratos do nosso Bem-Amado, a quem devemos fazer todo o bem possível; as outras criaturas, como coisas que devem, sem excepção, ajudar-nos a ganhar o céu, louvando a Deus, quer através delas quer privando-nos delas — essa fé que, deixando entrever a grandeza de Deus, nos faz ver a nossa pequenez; que nos leva a fazer sem hesitar, sem corar, sem temer, sem jamais recuar, tudo o que é agradável a Deus: oh como é rara essa fé! Meu Deus concede-ma! Meu Deus eu creio, mas aumenta a minha fé! Meu Deus, faz com que eu creia e ame.

A igreja celebra hoje

São Bernardino de Sena - 1380-1444
Na Itália, Bernardino nasceu na nobre família senense dos Albizzeschi, em 8 de setembro de 380, na pequena Massa Marítima, em Carrara. Ficou órfão da mãe quando tinha três anos e do pai aos sete, sendo criado na cidade de Sena por duas tias extremamente religiosas, que o levaram a descobrir a devoção a Nossa Senhora e a Jesus Cristo.
Depois de estudar na Universidade de Sena, formando-se aos vinte e dois anos, abandonou a vida mundana e ingressou na Ordem de São Francisco, cujas regras abraçou de forma entusiasmada e fiel. Apoiando o movimento chamado "observância", que se firmava entre os franciscanos, no rigor da prática da pobreza vivida por são Francisco de Assis, acabou sendo eleito vigário-geral de todos os conventos dos franciscanos da observância.

Aos trinta e cinco anos de idade, começou o apostolado da pregação, exercido até a morte. E foi o mais brilhante de sua época. Viajou por toda a Itália ensinando o Evangelho, com seus discursos sendo taquigrafados por um discípulo com um método inventado por ele. O seu legado nos chegou integralmente e seu estilo rápido, bem acessível, leve e contundente, se manteve atual até os nossos dias. Os temas freqüentes sobre a caridade, humildade, concórdia e justiça, traziam palavras duríssimas para os que "renegam a Deus por uma cabeça de alho" e pelas "feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres".
Naquela época, a Europa vivia grandes calamidades, como a peste e as divisões das facções políticas e religiosas, que provocavam morte e destruição. Por onde passava, Bernardino restituía a paz, com sua pregação insuperável, ardente, empolgante, até mesmo usando de recursos dramáticos, como as fogueiras onde queimava livros impróprios, em praça pública. Além disso, como era grande devoto de Jesus, ele trazia as iniciais JHS - Jesus Salvador dos Homens - entalhadas num quadro de madeira, que oferecia para ser beijado pelos fiéis após discursar.
As pregações e penitências constantes, a fraca alimentação e pouco repouso enfraqueciam cada vez mais o seu físico já envelhecido, mas ele nunca parava. Aos sessenta e quatro anos de idade, Bernardino morreu no convento de Áquila, no dia 20 de maio de 1444. Só assim ele parou de pregar.
Tamanha foi a impressão causada por essa vida fiel a Deus que, apenas seis anos depois, em 1450, foi canonizado. São Bernardino de Sena é o patrono dos publicitários italianos e de todo o mundo.

tjl@ - www.paulinas.org.br-evangelhodoquotidiano.org.br-cançãonova.org.br

 

 

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