ORAÇÃO:
Pai, faze de mim um instrumento para a construção
da paz desejada por Jesus. Paz que se constrói na comunicação dos bens divinos
a cada pessoa humana.
EVANHELHO
O Reino dos Céus está
próximo! - Mt 10,7-13
No vosso caminho, proclamai: “O Reino dos Céus está
próximo”. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai
demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata,
nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem
sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento. Em
qualquer cidade ou povoado em que entrardes, procurai saber quem ali é digno e
permanecei com ele até a vossa partida. Ao entrardes na casa, saudai-a: se a casa
for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a
vossa paz.
COMENTÁRIOS
As recomendações aos discípulos
que Jesus envia
A perícope de hoje é parte do discurso
missionário, sequência do envio dos Doze em missão. Trata-se de uma série de
recomendações dadas aos discípulos que Jesus envia. O anúncio da proximidade do
Reino de Deus deve ser acompanhado de gestos que libertam as pessoas do mal que
as aprisiona e escraviza. Esse mal, presente no coração do ser humano, impede
de reconhecer a irrupção do Reino de Deus na pessoa de Jesus, nos seus gestos e
nas suas palavras. O mal que desfigura o ser humano impede o homem de
resplandecer como reflexo da luz divina. A confiança necessária para a
realização da missão não deve estar nos meios, mas na pessoa de Jesus, que está
sempre presente onde quer que os discípulos possam ser enviados (cf. Mt 28,20).
Daí que o despojamento deve caracterizar a vida daquele que aceita seguir o
Senhor e ser enviado em missão por ele. A paz é a saudação característica do
mensageiro de Deus (cf. Is 52,7). A paz a ser oferecida é a paz do Cristo
ressuscitado. Essa paz deve ser oferecida, e não imposta. A aceitação ou a
recusa dessa paz é sinal de que o dono da casa é digno ou não, e de que o
missionário deve ou não permanecer naquela casa.
(Pe. Carlos Alberto Contieri, sj)
SANTO DO DIA
(Pe. Carlos Alberto Contieri, sj)
SANTO DO DIA
São Barnabé Apóstolo Século I
São Barnabé
São Barnabé era natural da ilha de Chipre. Como o Apóstolo São Paulo, foi discípulo de Gamaliel: "José, a quem os apóstolos haviam dado o cognome de Barnabé, que quer dizer 'filho da consolação', era um levita originário de Chipre. Sendo proprietário de um campo, vendeu-o e trouxe o dinheiro, depositando-o aos pés dos apóstolos" (Actos dos Apóstolos 4,36-37). Foi São Barnabé quem convenceu a comunidade de Jerusalém a receber o temível perseguidor dos cristãos, Paulo de Tarso, como discípulo, levando-o como colaborador seu à Antioquia.
Barnabé e Paulo foram escolhidos pelos profetas e doutores de Antioquia para anunciar o Evangelho aos gentios ainda não convertidos à fé cristã. Paulo, Barnabé e João Marcos, seu primo, partiram, então, para Chipre, Perge, Antioquia da Pisídia e cidades da Licaônia. Barnabé participou do Concílio de Jerusalém. Desentendeu-se com Paulo e dele se separou, tomando rumo diferente.
A Igreja reconhece-lhe o título de Apóstolo.
.Informe Dinâmico
Artigo escrito pelo nosso querido Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Parada Gay:
respeitar e ser respeitado
Eu não
queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas
ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último
domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram
seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé
ultrajados.
Ficamos
entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos,
deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os
próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias
criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã
não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho
de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela
produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser
usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por
que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a
morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!
“Nem
santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma
vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer.
O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios
santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do
povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus
sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso
desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos
outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de
“amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas
contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.
A
Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de
violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos
religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer
que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra
homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira
no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções
sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo
respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à
Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as
doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna.
Quem
apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve
esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros,
aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e
respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre
manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas
convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos
sagrados, é a contrapartida que se requer.
A
Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito
de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas
homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e
caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa
não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a
sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus,
com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido
coerentemente pelo homem e pela mulher.
Causa
preocupação sHg crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade
sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um
problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento
superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a
todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que
nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos
seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz
doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da
vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das
leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar
o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será
sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?
As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos
outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem
bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da
incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica
deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos
muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz
consigo mesmos e com os outros.
Card. Odilo P. Scherer - Arcebispo de São Paulo
Card. Odilo P. Scherer - Arcebispo de São Paulo
Fonte: Domtotal.org – evangelhodoquotidiano.org – Vatican.va
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=274#ixzz3ckYekT7e
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