terça-feira, 4 de abril de 2017

BOM DIA EVANGELHO - 5.ABRIL.2017 - QUARTA-FEIRA

BOM DIA EVANGELHO

05 DE ABRIL DO ANO DA GRAÇA DO SENHOR DE 2017
Dia Litúrgico: Quarta-feira da 5ª semana da Quaresma
Papa Francisco na Praça de São Pedro. Foto: Bohumil Petrick (ACI Prensa)
VATICANO, 04 Abr. 17 / 11:25 am (ACI).- O bem comum, a paz, o desenvolvimento e a integração entre os povos exigem o envolvimento e compromisso de cada pessoa, indicou o Papa Francisco em um discurso pronunciado ante os participantes do encontro organizado pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, por ocasião dos 50 anos da encíclica “Populorum Progressio” do Beato Paulo VI.
ORAÇÃO
 São Vicente Ferrer, vós que tanto sofrestes e lutastes pela unidade da Igreja, intercedei junto a Deus para que nossa Igreja encontre a unidade, principalmente entre os líderes religiosos, sacerdotes e leigos que professam a fé Católica. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Evangelho (Jn 8,31-42)
Jesus, então, disse aos judeus que acreditaram nele: «Se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres». Eles responderam: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?» Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre na casa, o filho nela permanece para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão. No entanto, procurais matar-me, porque minha palavra não encontra espaço em vós. Eu falo do que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai». 
Eles responderam: «Nosso pai é Abraão». Jesus, então, lhes disse: «Se fôsseis filhos de Abraão, praticaríeis as obras de Abraão! Agora, no entanto, procurais matar-me, porque vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto Abraão não fez. Vós fazeis as obras do vosso pai». Eles disseram então a Jesus: «Nós não nascemos da prostituição. Só temos um pai: Deus». Jesus respondeu: «Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis, pois é da parte de Deus que eu saí e vim. Eu não vim por conta própria; foi ele quem me enviou».
«Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis»
Pe. Givanildo dos SANTOS Ferreira 
(Brasilia, Brasil)
Hoje, o Senhor dirige duras palavras aos judeus. Não a quaisquer judeus, mas, precisamente, àqueles que abraçaram a fé: Jesus falou «aos judeus que acreditaram nele» (Jn 8,31). Sem dúvida, este diálogo de Jesus reflete o início daquelas dificuldades causadas pelos cristãos judaizantes na primeira hora da Igreja.
Como descendiam de Abraão segundo a carne, esses tais discípulos de Jesus consideravam-se acima não somente dos gentios que viviam longe da fé, mas também acima de qualquer discípulo não judeu partícipe da mesma fé. Diziam eles: «Nós somos descendentes de Abraão» (Jn 8,33); «nosso pai é Abraão» (v. 39); «só temos um pai, Deus» (v. 41). Apesar de serem discípulos de Jesus, temos a impressão de que Jesus nada representava para eles, nada acrescentava ao que já possuíam. Mas é aí mesmo que se encontra o grande erro de todos eles. Os verdadeiros filhos não são os descendentes segundo a carne, mas os herdeiros da promessa, isto é, aqueles que crêem (cf. Rom 9,6-8). Sem a fé em Jesus não é possível que alguém alcance a promessa de Abraão. Assim sendo, entre os discípulos, "não há judeu ou grego; não há escravo ou livre; não há homem ou mulher", porque todos são irmãos pelo batismo (cf. Gal 3,27-28).
Não nos deixemos seduzir pelo orgulho espiritual. Os judaizantes se consideravam superiores aos outros cristãos. Não é necessário falar, aqui, dos irmãos separados. Mas pensemos em nós mesmos. Quantas vezes alguns católicos se consideram melhores do que os outros católicos porque seguem este ou aquele movimento, porque observam esta ou aquela disciplina, porque obedecem a este ou àquele uso litúrgico. Uns, porque são ricos; outros, porque estudaram mais. Uns, porque ocupam cargos importantes; outros, porque vêm de famílias nobres. «Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão... Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e sobretudo nos momentos difíceis» (Bento XVI).
Hodie, Dominus dura voce compellat Iudaeos. Non quoslibet Iudaeos, sed eos plane, qui fidem amplecti sunt: Iesus locutus est “ad Iudaeos, qui crediderunt ei” (v. 31). Agitur, sine ulla dubitatione, de ineuntibus illis difficultatibus, quas christiani sic dicti iudaizantes attulerunt ad primam Ecclesiae horam.

Quia, secundum carnem, ab Abraham orti erant, tales Iesu discipuli arbitrabantur se non modo excellere gentibus, verum etiam cuicumque discipulo, eiusdem fidei participi, antecedere. “Semen, aiebant hi, Abrahae sumus” (v. 33); “pater noster Abraham est” (v. 39); “unum patrem habemus Deum” (v. 41). Licet essent discipuli Iesu, ipse Iesus tamen videbatur nihil eis praestare, nihil addebat ad illam rem quam putabant se habere. Sed certe hic sedet maximus eorum et pessimus hominum error. Veri filii non sunt illi, qui secundum carnem oriuntur, sed promissionis heredes, id est, ii, qui credunt (cf. Ad Romanos 9,6-8).
Qui credunt! Sine fide in Iesu nemo potest Abrahae adire promissionem. Iesus est semen illud Abrahae! Quam ob rem, inter discipulos, inter illos, inquam, qui credunt, “non est Iudaeus neque Graecus, non est servus neque liber, non est masculus et femina”, quia omnes sunt per baptismum fratres, omnes sunt semen Abrahae, omnes sunt heredes (cf. Ad Galatas 3,27-28).

Ne spiritali fallamur superbia! Iudaizantes putabant se ceteris omnibus excellere christianis. Opus non est, ut quid agatur modo de fratribus seiunctis. Nosmetipsos vero recogitemus. Haud raro catholici quidam arbitrantur se ceteris catholicis antecellere: aut quia sequuntur hunc aut illum coetum; aut quia hanc aut illam observant disciplinam; aut quia huic aut illi usui oboediunt liturgico.
Alii, quia divites sunt; alii, quia multum litteris operam dederunt. Alii, quia maximis quibusdam funguntur muneribus; alii, quia nobili genere orti sunt. Quibus deest pietas quaedam erga Ecclesiam, deest amor unitatis. “Vellem quemque sentire laetitiam illam nominis christiani... Deus ducit Ecclesiam suam, sustinet etiam et praesertim in rebus adversis” (Benedictus XVI).
SANTO DO DIA
SÃO VICENTE FERRER
Vicente nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Passou a infância e a juventude junto aos padres dominicanos, que tinham um convento próximo à sua casa e pediu ingresso na Ordem dos Pregadores aos dezessete anos.
Vicente estudou em Barcelona e Tolosa, doutorando-se em filosofia e teologia. Foi ordenado sacerdote em 1378. Desde o início foi um excelente pregador e iniciou uma peregrinação por toda a Europa. O período histórico era delicado, com muitas guerras e lutas contra a Igreja.
Nesta época, Urbano IV, italiano, foi eleito papa, ma as correntes políticas francesas não o aceitaram e elegeram outro, um francês, o Papa Clemente VII, que foi residir em Avinhon, na França. A Igreja se dividiu em duas, ocorrendo o chamado de cisma da Igreja Ocidental, porque ela ficou sob dois comandos, o que durou trinta e nove anos.
Vicente Ferrer aderiu, inicialmente, ao papa de Avinhon. O coração desse dominicano era dotado de uma fé fervorosa e diante de uma Europa marcada por batalhas sangrentas, calamidades públicas, fome, miséria, misticismo, ignorância, além da peste negra, a pregação de Vicente Ferrer ganhou nuances de fatalismo. Ferrer foi chamado de "o anjo do Apocalipse" pois em suas pregações quase sempre falava dos flagelos e tribulações pelas quais haveria de passar a humanidade.
Ele andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda e muitas outras regiões, defendendo a unidade da Igreja, o fim das guerras, o arrependimento e a penitência. Tornou-se a mais alta voz da Europa. Pregava para multidões e as catedrais tornavam-se pequenas para os que queriam ouvi-lo. Por isso fazia seus sermões nas grandes praças públicas. Milhares de pessoas o seguiam em procissões de penitência.
O cisma da Igreja só terminou quando os dois papas renunciaram ao mesmo tempo, para o bem da unidade do cristianismo. Vicente retirou seu apoio ao papa Bento XIII e ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, trazendo de novo a união da Igreja Ocidental.
Ele morreu no dia 05 de abril de 1419, na França. Foi canonizado pelo Papa Calisto III, seu compatriota em 1458, que o declarou padroeiro de Valencia e Vannes. São Vicente Ferrer foi um dos maiores pregadores da Igreja do segundo milênio e o maior pregador do século XIV. São Vicente Ferrer é padroeiro dos construtores. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO 
São Vicente Ferrer, grande pregador, colocou todas as suas forças em ação a fim de gerar unidade no seio da Igreja. A sua pregação tocava o íntimo dos corações, operando em muitos a conversão. A vida de São Vicente mostra-nos que Deus chama os homens certos para os momentos críticos do povo e da Igreja. Não rara vezes somos muito ágeis em criticar a dinâmica de nossas comunidades, mas nem sempre nos oferecemos para auxiliar nos trabalhos. Você já parou para pensar que Deus pode estar precisando de você nos trabalhos de evangelização da sua comunidade?

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