terça-feira, 10 de maio de 2011

Bom dia evangelho
Terça-feira da 3ª semana da Páscoa10 de maio de 2011 — Terça-feira
3ª Semana da Páscoa
(Pref. Pascal, Cor Branca)

Não crer é a grande tragédia para nós. Sem fé a vida torna-se peso insuportável e sem sentido. Cristo assumiu nossa vida, e sua ressurreição fortalece-nos a certeza de nele encontrar repouso e descanso. A multidão soube entender quem era Jesus, e por isso clamou: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. E assim como Estevão não podemos descuidar da verdade nem deixar de anunciá-la.
Neste Dia da Cozinheira agradecemos ao Senhor o alimento que Ele nos dá e as mãos benditas da cozinheira que o prepara com dedicação.
Oração
Pai, dá-me sensibilidade para perceber que a presença de Jesus, na nossa história, é a grande obra que realizaste: dar-nos a vida eterna.

Deus nos fala
É trágica a aventura daqueles que dizem não a Deus, e rejeitam seus mediadores da salvação. Mas é impossível calar a voz da verdade. Jesus é o novo maná, o Pão descido do céu, que dá vida ao mundo: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”.
Festa da Igreja : Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos
Santo do dia : S. João de Ávila, presbítero, +1569, Santo Antonino de Florença, Bispo e Confessor, +1459, São Damião de Veuster, apóstolo dos leprosos, +1889

Livro de Salmos 31(30),3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab.
Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar me. Sê para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia me e conduz me.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva me.
Detesto os que adoram ídolos falsos; eu, por mim, confio no SENHOR.
Hei-de alegrar-me e regozijar-me com a tua misericórdia, pois viste a minha miséria e conheceste a angústia da minha alma.
Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva me pela tua misericórdia."
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas das intrigas dos homens; na tua tenda os defendes contra as línguas maldizentes.

EVANGELHO
Jo 6,30-35
Deus dá um pão que sustenta para sempre
Eles perguntaram: «Que sinal realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Qual é a tua obra? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como diz a Escritura: ‘Ele deu-lhes um pão que veio do céu’ «.
32 Jesus respondeu: «Eu garanto a vocês: Moisés não deu para vocês o pão que veio do céu. É o meu Pai quem dá para vocês o verdadeiro pão que vem do céu, 33 porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.» 34 Então eles pediram: «Senhor, dá-nos sempre desse pão.»
Jesus é o pão da vida -* 35 Jesus disse: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede.

* 22-34: A multidão procura Jesus, desejando continuar na situação de abundância, isto é, governada por um líder político que decide e providencia tudo, sem exigir esforço. Jesus mostra que essa não é a solução; é preciso buscar a vida plena, mas isso exige o empenho do homem. Além do alimento que sustenta a vida material, é necessária a adesão pessoal a Jesus para que essa vida se torne definitiva. Pedindo um milagre como o do maná do deserto, a multidão impõe condições para aceitar Jesus. Mas o desejo da multidão fica sem efeito, se ela não se compromete com Jesus, o pão da vida que dura para sempre. Bíblia Sagrada - Edição Pastoral

Comentário do Evangelho
O verdadeiro pão é Jesus
A multidão vê os sinais e a manifestação de amor de Jesus e não entende. Entendiam do extraordinário maná caído do céu para alimentar o povo com Moisés no deserto. Mas não entendem o amor libertador de Jesus, na humildade, no serviço, na partilha e na fraternidade. A tradição do maná ("pão") caído do céu está superada. O maná é alimento para um só dia, não salva da morte. O verdadeiro pão é Jesus que dá a vida eterna. No diálogo com a mulher samaritana (Jo 4,11-15) Jesus se revela como o doador da água (o Espírito) que se torna fonte que jorra para a vida eterna. E a mulher, sem entender bem, lhe diz: "Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede...". Agora, diante da multidão, Jesus diz que é o Pai quem dá o verdadeiro pão, que desce do céu e dá vida ao mundo. Eles, também sem entender bem, lhe dizem: "Senhor, dá-nos sempre deste pão!". Em resposta, Jesus se revela: "Eu sou o pão da vida...". Não ter mais fome, nunca mais ter sede é a participação na eternidade do Pai. Na comunhão com Jesus e com os irmãos encontramos a vida eterna. (José Raimundo Oliva )


A igreja celebra hoje:
Damião de Molokai
Josef de Veuster-Wouters nasceu no dia 3 de janeiro de 1840, numa pequena cidade ao norte de Bruxelas, na Bélgica. Aos dezenove anos de idade, entra para a Ordem dos Padres do Sagrado Coração e toma o nome de Damião. Em seguida, é enviado para terminar seus estudos num colégio teológico em Paris.
A vida de Damião começou a mudar quando completou vinte e um anos de idade. Um bispo do Havaí, arquipélago do Pacífico, estava em Paris, onde ministrava algumas palestras e pretendia conseguir missionários para o local. Ele expunha os problemas daquela região e, especialmente, dos doentes de lepra, que eram exilados e abandonados numa ilha chamada Molokai, por determinação do governo.
Damião logo se interessou e se colocou à disposição para ir como missionário à ilha. Alguns fatos antecederam a sua ida. Uma epidemia de febre tifóide atingiu o colégio e seu irmão caiu doente. Damião ainda não era sacerdote, mas estava disposto a insistir que o aceitassem na missão rumo a Molokai. Escreveu uma carta ao superior da Ordem do Sagrado Coração, que, inspirado por Deus, permitiu a sua partida. Assim, em 1863 Damião embarcava para o Havaí, após ser ordenado sacerdote.
Chegando ao arquipélago, Damião logo se colocou a par da situação. A região recebera imigrantes chineses e com eles a lepra. Em 1865, temendo a disseminação da doença, o governo local decidiu isolar os doentes na ilha de Molokai. Nessa ilha existia uma península cujo acesso era impossível, exceto pelo mar. Assim, aquela península, chamada Kalauapa, tornou-se a prisão dos leprosos.
Para lá se dirigiu Damião, junto de três missionários que iriam revezar os cuidados com os leprosos. Os leprosos não tinham como trabalhar, roubavam-se entre si e matavam-se por um punhado de arroz. Damião sabia que ficaria ali para sempre, pois grande era o seu coração.
Naquele local abandonado, o padre começou a trabalhar. O primeiro passo foi recuperar o cemitério e enterrar os mortos. Com freqüência ia à capital, comprar faixas, remédios, lençóis e roupas para todos. Nesse meio tempo, escrevia para o jornal local, contando os terrores da ilha de Molokai. Essas notícias se espalharam e abalaram o mundo, todo tipo de ajuda humanitária começou a surgir. Um médico que contraíra a lepra ao cuidar dos doentes ouviu falar de Damião e viajou para a ilha a fim de ajudar.
No tempo que passou na ilha, Damião construiu uma igrejinha de alvenaria, onde passou a celebrar as missas. Também construiu um pequeno hospital, onde, ele e o médico, cuidavam dos doentes mais graves. Dois aquedutos completavam a estrutura sanitária tão necessária à vida daquele povoado. Porém a obra de Damião abrangeu algo mais do que a melhoria física do local, ele trouxe nova esperança e alívio para os doentes. Já era chamado apóstolo dos leprosos.
Numa noite de 1885, Damião colocou o pé esquerdo numa bacia com água muito quente. Percebeu que tinha contraído a lepra, pois não sentiu dor alguma. Havia passado cerca de dez anos desde que ele chegou à ilha e, milagrosamente, não havia contraído a doença até então. Com o passar do tempo, a doença o tomou por inteiro.
O doutor já havia morrido, assim como muitos dos amigos, quando, em 15 de abril de 1889, padre Damião de Veuster morreu. Em 1936, seu corpo foi transladado para a Bélgica, onde recebeu os solenes funerais de Estado. Em 1995, padre Damião de Molokai foi beatificado pelo papa João Paulo II e sua festa, designada para o dia 10 de maio.
tjl@ - http://www.paulinas.org

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