quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Bom dia evangelho
Dia 11 de Agosto — Quinta-feira
Santa Clara
(Vg., Mem., Cor Branca)

Deus trabalha no coração dos jovens. Santa Clara, nascida em Assis (Itália) em 1194, consagrou-se ao Senhor aos 18 anos de idade, cortando seus belos cabelos em sinal de renúncia e de abandono da nobreza de sua família. Apaixonou-se pelo estilo de vida de São Francisco, por causa de seu amor para com os pobres. Iniciou a Ordem das Clarissas. É Padroeira da Televisão porque pôde participar da Eucaristia sem precisar sair de seu leito, onde permaneceu longo período por causa de sua doença. Morreu santamente em 1253.
Salmo 113A
— Aleluia, aleluia, aleluia. — Aleluia, aleluia, aleluia.
Quando o povo de Israel saiu do Egito, e os filhos de Jacó, de um povo estranho, Judá tornou-se o templo do Senhor, e Israel se transformou em seu domínio.
O mar, à vista disso, pôs-se em fuga, e as águas do Jordão retrocederam; as montanhas deram pulos como ovelhas, e as colinas, parecendo cordeirinhos.
Ó mar, que tens tu, para fugir? E tu, Jordão, por que recuas deste modo? Por que dais pulos como ovelhas, ó montanhas? E vós, colinas, parecendo cordeirinhos?
Oração
Pai, predispõe meu coração para o perdão, e que eu esteja sempre disposto a perdoar e a querer viver reconciliado com meu semelhante.
Deus nos fala
A Arca da Aliança é sinal da presença salvífica de Deus no meio do seu povo, que ele conduz na história da salvação. Perguntar quantas vezes devo perdoar é perguntar quantas vezes devo amar. Facilmente nos esquecemos que o amor não tem medida nem fronteiras.

EVANGELHO
Mt 18,21-19,1
Perdoar sem limites
-* 21 Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» 22 Jesus respondeu: «Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24 Quando começou o acerto, levaram a ele um que devia dez mil talentos. 25 Como o empregado não tinha com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26 O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: ‘Dá-me um prazo. E eu te pagarei tudo’. 27 Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado, e lhe perdoou a dívida. 28 Ao sair daí, esse empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague logo o que me deve’. 29 O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dê-me um prazo, e eu pagarei a você’. 30 Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31 Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo. 32 O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: ‘Empregado miserável! Eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou. 33 E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?’ 34 O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35 É assim que fará com vocês o meu Pai que está no céu, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.»

Matrimônio e celibato -* 1 Quando Jesus acabou de dizer essas palavras, ele partiu da Galiléia, e foi para o território da Judéia, no outro lado do rio Jordão.
2 Numerosas multidões o seguiram, e Jesus aí as curou.
* 21-35: Na comunidade de Jesus não existem limites para o perdão (setenta vezes sete). Ao entrar na comunidade, cada pessoa já recebeu do Pai um perdão sem limites (dez mil talentos). A vida na comunidade precisa, portanto, basear-se no amor e na misericórdia, compartilhando entre todos esse perdão que cada um recebeu. Bíblia Sagrada - Edição Pastoral

Comentário do Evangelho
Amor de Deus em Jesus é o perdão
Uma das características fundamentais da revelação do amor de Deus em Jesus é o perdão, fruto da misericórdia. Na antiga Lei de Israel predominava o revide à agressão e o extermínio do inimigo. A interrogação de Pedro a Jesus indica uma tolerância limitada à ofensa. A resposta de Jesus, com a figuração numérica de "setenta vezes sete", revela que o perdão não tem limites. Só quem se julga justo é que mede até onde se perdoa e dispõe-se a condenar. Neste sentido segue-se a parábola, narrada por Jesus. Aquele que é perdoado não pode negar seu perdão a outrem. Quem toma consciência de que recebeu o infinito perdão do Deus misericordioso, deve perdoar sem limites. F:José Raimundo Oliva

A igreja celebra hoje
Santa Clara de Assis
Clara nasceu em Assis, no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana, muito rica, onde possuía de tudo. Porém o que a menina mais queria era seguir os ensinamentos de Francisco de Assis. Aliás, foi Clara a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal franciscano. Sua família, entretanto, era contrária à sua resolução de seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu propósito.
No dia 18 de março de 1212, aos dezenove anos de idade, fugiu de casa e, humilde, apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. Ele, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência.
Depois disso, Clara, a conselho de Francisco, ingressou no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela.
Pouco tempo depois, Francisco levou-as para o humilde Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Em agosto, quando ingressou Pacífica de Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como sempre serão chamadas, de "Clarissas".
Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa. Mas conseguiu o "privilégio da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo, assim, o carisma franciscano. O testemunho de fé de Clara foi tão grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de suas irmãs, Beatriz, abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado, ingressando também na nova Ordem fundada por ela.
A partir de 1224, Clara adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco de Assis morreu e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela. Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio e pôde assistir ao santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é considerada Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais.
Depois da morte de são Francisco, Clara viveu mais vinte e sete anos, dando continuidade à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de Clara ocorreu em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de Assis do ataque do exercito dos turcos muçulmanos.
No dia 11 de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu das mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de aprovação canônica, deixando, assim, as sua "irmãs clarissas" asseguradas. Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV proclamou santa Clara de Assis.

Santa Clara de Assis -1193-1253 -Fundou a Ordem das Clarissas
25º aniversário do "Espírito de Assis" (27.10.2011)

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