segunda-feira, 8 de agosto de 2011


BOM DIA EVANGELHO
Segunda-feira, 8 de agosto de 2011
São Domingos (Presbítero e Pregador), memória, 3ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica branca

Santos: Domingos de Gusmão (1170-1221), Emiliano, Miro, Domingos Gusmão (1221, Bolonha, Itália, porém de origem espanhola), Ciríaco, Largo, Crescenciano, Mêmia, Juliana e Esmaragdo (mártires em Roma), Marino (séc IV, martir da Cilícia), Hormisdas e João Felton.

Oração
Ó Deus, que os méritos e os ensinamentos de São Domingos venham em socorro da vossa Igreja, para que o grande pregador da vossa verdade seja agora nosso fiel intercessor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Salmo: 147 (148B), 12-13.14-15.19-20 (R/.12a)
Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.
A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz.
Anunciai a Jacó sua palavra, seus preceitos e suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou seus preceitos.
Deus nos fala
Deus propõe continuamente seu amor à humanidade, de geração em geração. O Filho do Homem é o Senhor do templo, e por isso não tem de pagar imposto. Mas Jesus o faz para que não seja ofendido o senso comum.

EVANGELHO
O Filho do Homem vai ser entregue
Evangelho: Mateus (Mt 17, 22-27)
Segundo anúncio da paixão: Jesus paga o imposto

Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galiléia, ele lhes disse: "O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará". E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: "O vosso mestre não paga o imposto do templo?" 25Pedro respondeu: "Sim, paga". Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: "Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?" 26Pedro respondeu: "Dos estranhos!" Então Jesus disse: "Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti". Palavra da Salvação!

Leituras paralelas: Mc 9, 30-32; Lc 9, 43-45

Comentário o Evangelho
Os filhos estão isentos

Os cobradores do imposto para o Templo estavam de olho em Jesus. Os sacerdotes e os rabinos julgavam-se isentos de pagá-lo. Será que Jesus, por ser considerado mestre, imaginava gozar do mesmo direito? Afinal, todo judeu adulto devia cumprir esta obrigação, a partir dos vinte anos. A resposta à pergunta dirigida a Pedro seria uma forma de revelar a identidade de Jesus, ou melhor, o que ele pensava de si mesmo.
Pedroresponde afirmativamente. Com isso, deixa entrever seu modo de entender a pessoa do Mestre: um Messias submisso às tradições de Israel, cumpridor de suas obrigações. Um Messias sem novidades, afinado com as expectativas populares.
A pergunta que Jesus dirigiu a Pedro tem um quê de censura. Ao falar de "reis da Terra", "seus filhos" e de "estranhos", Jesus tinha em mente o oposto disto: "o Rei do Céu" e seus "filhos". É neste nível que ele se situa. Por conseguinte, sendo filho do Rei do Céu, por direito estava isento de pagar taxas impostas aos estrangeiros pelos reis da Terra.
A consciência de serem filhos, como Jesus, deveria fazer parte da vida dos membros da comunidade. Por serem filhos de Deus os discípulos estão dispensados de se submeter às imposições das instituições humanas, mesmo as religiosas. Caso se submetessem, seria apenas por razões pastorais, para evitar escândalos, não fechando às pessoas a possibilidade de serem tocadas pela palavra de Jesus. Era preciso deixar uma porta aberta para a conversão. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]



Para sua reflexão: A questão do imposto surgiu devido ao costume que se havia generalizado entre os judeus – até mesmo entre os que viviam dispersos pelo mundo romano – de pagar um imposto anual para o templo. A quantidade era, geralmente, pequena: uma didracma ou duas dracmas, moeda grega que equivalia ao salário de dois dias de trabalho de um trabalhador. Mas a obrigação desse imposto não provinha da lei. Segundo o ponto de vista dos saduceus, só podiam ser exigidos os impostos assinalados expressamente pela lei (Ex 30, 11-13), e o referido no templo não figurava nela. O relato mostra claramente que Jesus não estava obrigado a pagar esse imposto. Esta obrigação correspondia aos súditos, não aos filhos do rei: daí a analogia que Jesus emprega. O Senhor do templo era Deus. Jesus é seu Filho. Os que acreditam em Jesus participam dessa filiação. Jesus quer expressar também uma atitude de respeito diante da possível obrigação legal e diante do templo, enquanto é casa de Deus. (Novo Testamento, Edição de Estudos, Ave-Maria)

A IGREJA CELEBRA HOJE
São Domingos de Gusmão
Ao lado do italiano São Francisco de Assis, foi o espanhol São Domingos de Gusmão o maior promotor da reforma eclesiástica no século XIII.

"Ele apareceu na origem do nascimento, dentro da Igreja, de um dos movimentos de renovação mais poderosos na Idade Média: as Ordens Mendicantes. A vida religiosa, que é um sinal de perfeição evangélica dentro da vida da Igreja, está sujeita, como toda a vida, à lei da evolução, para corresponder aos novos desafios da sociedade de que deve ser fermento. São de ordinário os grandes santos que, interpretando as necessidades básicas de seu tempo, realizam estas transformações da vida religiosa".

Domingos nasceu na Espanha, da alta linhagem dos Gusmão. Antes de nascer, sua mãe, profundamente religiosa, teve um sonho misterioso: viu um cão, que trazia na boca uma tocha acesa de que irradiava grande luz sobre o mundo. Efetivamente, São Domingos veio a ser uma luz extraordinária de caridade e zelo apostólico, que dissipou grande parte das trevas das heresias daquele tempo e restabeleceu a verdade em milhares de corações vacilantes.

Ainda pequeno, os pais o confiaram à direção de um tio, reitor de uma igreja. Passou Domingos sete anos na escola daquele sacerdote, aprendendo, além das primeiras letras, todos os serviços da Igreja. Terminado este curso prático, transferiu-se para Valência, para cursar na universidade os estudos de filosofia, teologia e retórica.

Dedicava-se, contemporaneamente, às práticas de piedade, inclusive severas penitências. Retirado por completo do mundo, visitava os pobres e os doentes, os órfãos e as viúvas em suas necessidades. Certa vez, ofereceu sua própria pessoa para resgatar um jovem que caíra nas mãos dos mouros.

O bispo de Osma, conhecendo os brilhantes dotes de Domingos, convidou-o a incorporar-se ao cabido da diocese e, mais tarde, ordenou-o sacerdote com 30 anos de idade. Acompanhando o bispo numa viagem, pôde sentir de perto o problema religioso do sul da França e outras regiões europeias, infestadas por grupos religiosos fanáticos e subversivos da ordem religiosa e social, genericamente denominados cátaros ou albigenses. Domingos decidiu permanecer no sul da França, dedicando-se junto com alguns sacerdotes na simplicidade e na pobreza ao ensinamento da doutrina cristã.

Deste grupo de pregadores surgiu a Ordem dos Pregadores ou dos Dominicanos, cujas características fundamentais eram:

· a espiritualidade sacerdotal com profunda formação teológica;
· devotamento à Igreja, às almas, ao culto da verdade;
· a vida comunitária como meio ascético de santificação, para o maior desempenho da vida e ação sacerdotal;
· a espiritualidade apostólica, sobretudo na pregação.

Numa das suas viagens para Roma, a fim de conseguir a aprovação de sua Ordem, Domingos encontrou-se com São Francisco de Assis, a quem se ligou em íntima amizade. Ainda em vida do fundador, a Ordem de São Domingos expandiu-se por várias regiões na Europa e tornou-se, ao lado da Ordem Franciscana, a maior força da Igreja, no Século XIII. Ela contou com grandes santos, como Santo Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, São Vicente Ferrer, Santa Catarina de Sena, etc. Domingos faleceu em 1221, com 51 anos de idade. Atualmente a Ordem conta com 7.500 membros distribuídos em 700 casas. [O SANTO DO DIA, Dom Servilio Conti, ©Vozes, 1997]


Celebrando o Dia dos Pais
Dom Eduardo Koaik, Bispo emérito de Piracicaba - SP

Eles também têm seu dia no calendário da “sociedade de consumo”, exploradora comercialmente de nossos mais nobres sentimentos. Esse dia costuma ser comemorado com menos manifestação exterior que o Dia das Mães. Sem dúvida, com igual amor e gratidão. Tudo no pai é mais sóbrio e austero; tudo na mãe, mais carinho e doçura.

Ambos carregam, no entanto, a mesma missão com serviços complementares e igualmente necessários: são dois chamados a serem um. Na matemática do amor, um mais um não são dois, mas sempre um. Quando separados, nada mais difícil entender e desempenhar o que são: pai e mãe. Nada mais pesado do que um fazer também as vezes do outro, ou seja, um ser dois. O ideal seria homenageá-los, os dois juntos, em um só dia do calendário, em total respeito ao plano do Criador, conforme a palavra do próprio Jesus: “O que Deus uniu o homem não deve separar.” (Mt 19, 6)

Em busca da realização de seus sonhos, atrás de cada família há um homem chamado de pai. Sua dedicação e seu desprendimento jamais serão bastante proclamados. Uma de suas principais tarefas: sustentar o clima de segurança dentro do lar que não se restringe aos limites de mero fornecedor do necessário, em termos materiais, para a família. Sua função paterna é de imprescindível valor para a formação da personalidade sadia dos filhos.

Essa segurança, como a transmite? Não há de ser só por palavras com orientações e conselhos. Há de ser, sobretudo, por uma presença amiga, serena, sem perder a cabeça diante de intrincados problemas. Há de ser exercendo uma autoridade que brota do amor viril e maduro, terno e acolhedor, comunicativo e envolvente. Há de ser com aquele amor que o faz capaz de dialogar, que lhe dê força para tornar-se, não agressivo e prepotente, mas paciente e capaz de perdoar; de dizer “sim” com alegria e dizer “não” com carinho. E ser um pai para a vida toda...

Nada fácil desempenhar esta missão. Mais difícil o é em tempos atuais quando a figura de um pai autoritário não tem mais vez. A vez agora é de pai mais companheiro. Ser pai é dar a vida. É isso, e isso é tudo. Dar a vida não é, simplesmente, fazer alguém existir. A maior grandeza da missão paterna é existir para quem deu a vida.

O Dia dos Pais oferece-nos a oportunidade de refletir sobre o que seja ser filho. Comecemos por lembrar o mandamento do Senhor: “Honra teu pai e tua mãe”. A criança honra-os prestando-lhes obediência. Ao adulto, Deus ordena honrá-los sendo para eles o melhor amigo e companheiro e não os deixando sós e desamparados na velhice. Há que se dar toda ênfase ao conselho bíblico: “Meu filho, cuida de teu pai na velhice, não o desgostes em vida. Mesmo se sua inteligência faltar, sê indulgente com ele, não o menosprezes, tu que estás em pleno vigor. Pois uma caridade feita a um pai não será esquecida e no lugar dos teus pecados ela valerá como reparação.” (Eclo 3, 12-14)

Quem não precisa de um pai? A criança precisa dele para brincar de cavalinho e correr para abraçá-lo. Ele, o adolescente, para educar virilmente sua personalidade; ela, a adolescente, para descobrir no seu comportamento a figura do homem. Os jovens precisam dele para receber estímulos que os encorajem a assumir o engajamento profissional e uma família. O filho adulto há de ver nele um insubstituível amigo. E o pai, na sua velhice, não deve ser considerado um ser inútil. Se não conseguir ensinar o filho a envelhecer, terá o direito de receber dele a manifestação de um coração sempre agradecido. Precisa do pai até mesmo quem não mais o tem no mundo dos vivos.

Feliz do filho e da filha que não esquecem a memória de seu pai e podem lembrar-se do exemplo deixado por ele a ser seguido.

Se alguém não encontra a felicidade em si mesmo, é inútil que a procure noutro lugar. (François de La Rochefoucauld)
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