Oração do dia
Ó Deus,
que restaurais a natureza humana, dando-lhe uma dignidade maior, considerai o
mistério do vosso amor, conservando para sempre os dons da vossa graça naqueles
que renovastes pelo sacramento de uma nova vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Evangelho
(João 13,16-20)
Proclamação do Evangelho de
Jesus Cristo segundo João.
Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: 13 16 "em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu Senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.
17 Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes.
18 Não digo isso de vós todos; conheço os que escolhi, mas é preciso que se cumpra esta palavra da Escritura: ´Aquele que come o pão comigo levantou contra mim o seu calcanhar´. 19 Desde já vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais e reconheçais quem sou eu.
20 Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviei recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
SERVO E ENVIADO
Os discípulos relutavam em aceitar que o Mestre Jesus lhes lavasse os pés. Este gesto foi interpretado como uma quebra de hierarquia e esvaziamento da autoridade. É que eles pensavam a sociedade organizada em camadas sociais, sobrepostas segundo a importância de cada uma, num sistema de precedências e privilégios.
Jesus recusou-se a pactuar com esta mentalidade, oferecendo-lhes pistas para compreenderem a realidade de maneira diferente. Ele parte do princípio que "o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou". Isto vale tanto para o Mestre quanto para os discípulos.
Entretanto, trata-se de saber que senhor é aquele que enviou Jesus, segundo a afirmação do Mestre. Sem dúvida, ele está falando do Pai, que fez de Jesus servo e enviado, e que acolhe também os discípulos do Filho como servos e os envia em missão. Se é possível falar em hierarquia, convém saber que só existe uma: a que sobrepõe Deus ao ser humano, o Criador à sua criatura. Além desta, qualquer tentativa de classificar as pessoas em mais ou em menos importantes será sem cabimento. Quem se imagina superior aos demais está usurpando o lugar de Deus. Só ele é o Senhor; todos nós somos irmãos e irmãs.
Nesta perspectiva, o gesto de humildade de Jesus é perfeitamente compreensível. Ele agiu como servo, por ser servo. E, como ele, todos devem agir, pois também são servos. Portanto, o gesto de Jesus só é incompreensível para quem não pensa como Deus.
Os discípulos relutavam em aceitar que o Mestre Jesus lhes lavasse os pés. Este gesto foi interpretado como uma quebra de hierarquia e esvaziamento da autoridade. É que eles pensavam a sociedade organizada em camadas sociais, sobrepostas segundo a importância de cada uma, num sistema de precedências e privilégios.
Jesus recusou-se a pactuar com esta mentalidade, oferecendo-lhes pistas para compreenderem a realidade de maneira diferente. Ele parte do princípio que "o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou". Isto vale tanto para o Mestre quanto para os discípulos.
Entretanto, trata-se de saber que senhor é aquele que enviou Jesus, segundo a afirmação do Mestre. Sem dúvida, ele está falando do Pai, que fez de Jesus servo e enviado, e que acolhe também os discípulos do Filho como servos e os envia em missão. Se é possível falar em hierarquia, convém saber que só existe uma: a que sobrepõe Deus ao ser humano, o Criador à sua criatura. Além desta, qualquer tentativa de classificar as pessoas em mais ou em menos importantes será sem cabimento. Quem se imagina superior aos demais está usurpando o lugar de Deus. Só ele é o Senhor; todos nós somos irmãos e irmãs.
Nesta perspectiva, o gesto de humildade de Jesus é perfeitamente compreensível. Ele agiu como servo, por ser servo. E, como ele, todos devem agir, pois também são servos. Portanto, o gesto de Jesus só é incompreensível para quem não pensa como Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE).
SÃO PIO V
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
Antonio
Miguel Ghislieri nasceu em 1504, em Bosco Marengo, na província de Alexandria,
e, aos quatorze anos, já ingressara na congregação dos dominicanos. Depois que
se ordenou sacerdote, sua carreira atravessou todas as etapas de maneira
surpreendente. Foi professor, prior de convento, superior provincial,
inquisidor em Como e Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal, grande
inquisidor, bispo de Mondovi e, finalmente, papa, em 1566, tomando o nome de
Pio V. A melhor definição para o seu governo é a palavra incômodo, aliás, como
é o governo de todos os grandes reformadores dos costumes. Assim que assumiu,
foi procurado, em Roma, por dezenas de parentes. Não deu "emprego" a
nenhum, afirmando, ainda, que um parente do papa, se não estiver na miséria,
"já está bastante rico". Dessa maneira, acabou com o nepotismo na
Igreja, um mal que até hoje afeta as comunidades no âmbito político. Implantou,
ainda, outras mudanças no campo pastoral, aprovadas no Concílio de Trento: a
obrigação de residência para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e
a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o
incremento das missões e a censura das publicações, para que não contivessem
material doutrinário não aprovado pela Igreja. Depois de conseguir a união dos
países católicos, com a conseqüente vitória sobre os turcos muçulmanos
invasores, e de ter decretado a excomunhão e deposição da própria rainha da
Inglaterra, Elisabeth I, o furacão se extinguiu. Papa Pio V morreu no dia
primeiro de maio de 1572, sendo canonizado em 1712. Sua memória, antes venerada
em 5 de maio, a partir da reforma do calendário litúrgico, passou a ser
festejada nesta data, 30 de abril.
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