quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

BOM DIA 01 DE MARÇO DE 2018


BOM DIA EVANGELHO

01 DE MARÇO DE 2018
QUINTA-FEIRA - 2ª SEMANA DA QUARESMA - COR: ROXA - ANO B
Papa pronuncia sua catequese durante a Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO, 28 Fev. 18 / 10:00 am (ACI).- O tema central da nova catequese do Papa Francisco durante a Audiência Geral na manhã desta quarta-feira foi o a “Apresentação das ofertas” na Missa e desejou que este momento da Missa “possa iluminar os nossos dias, as relações com os outros, as coisas que fazemos, os sofrimentos que encontramos, ajudando-nos a construir a cidade terrena à luz do Evangelho”.
Na Liturgia Eucarística “a Igreja torna continuamente presente o Sacrifício da nova aliança sigilada por Jesus no altar da Cruz”. “Obediente ao mandato de Jesus, a Igreja dispôs a Liturgia eucarística em momentos que correspondem às palavras e aos gestos realizados por Ele, por Jesus, na véspera de sua Paixão”, explicou.
A Audiência foi realizada na Sala Paulo VI, para proteger os peregrinos do frio extremo de Roma durante estes dias. Entretanto, a Basílica também foi habilitada para centenas de fiéis que não tinham espaço na sala. Foi colocado um telão e inclusive o Papa Francisco, no final da Audiência, os saudou.
Em sua catequese, também disse que “é bom que sejam os fiéis a apresentar ao sacerdote o pão e o vinho, porque eles significam a oferta espiritual da Igreja ali recolhida para a Eucaristia”.
“Não obstante hoje os fiéis não levem mais, como em um tempo, o próprio pão e vinho destinados à Liturgia, todavia o rito da apresentação destes dons conserva o seu valor e significado espiritual”.
“Nos sinais do pão e do vinho o povo fiel deposita a própria oferta nas mãos do sacerdote, o qual a coloca sobre o altar ou banquete do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística”.
Além disso, o Pontífice também recordou que “‘no fruto da terra e do trabalho do homem’ é oferecido o compromisso dos fiéis em fazerem de si mesmos, obedientes à palavra de Deus, um ‘sacrifício agradável a Deus, Pai todo poderoso’, ‘para o bem de toda a Santa Igreja’”.
“É pouca a nossa oferta, mas Cristo tem necessidade deste pouco para transformá-lo em Dom eucarístico que alimenta todos e reúne em seu Corpo que é a Igreja”.
Sobre a oração que o sacerdote pronuncia sobre as ofertas, o Papa manifestou que “o sacerdote pede a Deus para aceitar os dons que a Igreja lhe oferece, invocando o fruto da maravilhosa troca entre a nossa pobreza e a sua riqueza”.
“No pão e no vinho apresentamos a ele a oferta de nossa vida, para que seja transformada pelo Espírito Santo no sacrifício de Cristo e torne com Ele uma única oferta espiritual agradável ao Pai”.

ORAÇÃO 
Ó Deus, que aos vossos pastores associastes Santo Albino, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

EVANGELHO (LC 16,19-31)
 O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
 Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 19 “Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias.
20 Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. 21 Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.
22 Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23 Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24 Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’.
25 Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26 E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’.
27 O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28 porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. 29 Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!’
30 O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. 31 Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”’.
 Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
«Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão»
Rev. D. Xavier SOBREVÍA i Vidal (Castelldefels, Espanha)
Hoje, o Evangelho é uma parábola que nos descobre as realidades do homem depois da sua morte. Jesus fala-nos do prêmio ou do castigo que obteremos de acordo com o nosso comportamento.
O contraste entre o rico e o pobre é muito forte. O luxo e a indiferença do rico; a situação patética de Lázaro, com os cães a lamber-lhe as feridas (cf. Lc 16,19-21). Tudo isso tem um grande realismo e permite que entremos na cena.
Podemos pensar: onde estaria eu se fosse um dos protagonistas desta parábola? A nossa sociedade recorda-nos, constantemente, como devemos viver bem, com conforto e bem-estar contentes e sem preocupações. Viver para nós próprios, sem nos preocupamos com os outros, ou preocupando-nos apenas o necessário para que a nossa consciência fique tranquila, mas não com um sentido de justiça, amor ou solidariedade.
Hoje se apresenta a necessidade de ouvir a Deus nesta vida, de nos convertermos nela e de aproveitarmos o tempo que Ele nos concede. Deus pede contas. Nesta vida jogamos a vida.
Jesus deixa clara a existência do inferno e descreve algumas das suas características: a pena que sofrem os sentidos —«Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas» (Lc 16,24)— e a sua eternidade —«há um grande abismo entre nós» (Lc 16,26).
São Gregório Magno diz-nos que «se dizem todas estas coisas para que ninguém possa desculpar-se por causa da sua ignorância». Há que despojar-se do homem velho e ser livre para poder amar o próximo. É necessário responder ao sofrimento dos pobres, dos doentes ou dos abandonados. Seria bom que recordássemos esta parábola com frequência para que nos tornemos mais responsáveis pela nossa vida. A todos chegará o momento da morte. E temos que estar sempre preparados, porque um dia seremos julgados.
SANTO DO DIA
SANTO ALBINO
Temos oito santos com o nome de Albino. Hoje celebramos Albino, bispo de Angers. Santo Albino nasceu em quatrocentos e sessenta e nove, em Vannes, na Bretanha. Era filho de uma família de nobres.
Tornou-se monge, sendo mais tarde escolhido para abade do mosteiro de Tintillant. Por trinta e cinco anos dirigiu a abadia. Para tornar-se monge teve que abandonar títulos e uma rica herança. Já era um sexagenário quando foi nomeado bispo de Angers, na França.
Foi sagrado por Melânio, bispo de Rennes. Fez-se pai e irmão dos pobres, dos humildes, dos injustiçados. Trabalhou incansavelmente pela moralização dos costumes, opondo-se às ligações incestuosas dos ricos senhores que tomavam como esposas as próprias irmãs ou filhas. Para combater este costume, condenado pela Igreja, Santo Albino convocou dois concílios regionais.
A piedade popular atribui-lhe fatos miraculosos, como o desmoronamento das portas da prisão, a libertação dos encarcerados e a morte de um soldado com um único sopro de sua boca. Foi, sem dúvida, um dos santos mais populares da Idade Média.
Santo Albino faleceu no dia primeiro de março de quinhentos e cinquenta. Seis anos depois de sua morte já lhe foi construída uma igreja em Angers, e sua fama de santidade espalhou-se rapidamente.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO :  “Quem quiser me seguir tome sua cruz e ponha-se no caminho atrás de mim”. O convite de Jesus continua ressoando ainda hoje nos ouvidos mais atentos. Santo Albino soube ouvir e acolher o chamado de Jesus e deixou todas as riquezas para servir somente ao Reino de Deus. Cada um de nós também é convidado ao seguimento de Jesus Cristo. Que Santo Albino auxilie-nos na difícil tarefa de tudo deixar por amor ao Cristo.
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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

bom dia evangelho -28.fev.018


Bom dia Evangelho

28 DE FEVEREIRO DE 2018
QUARTA-FEIRA - 2ª SEMANA DA QUARESMA - COR ROXA - ANO B
O advogado, o esposo e a filha de Asia Bibi com Ignácio Arsuaga de HazteOír, saudando o Papa Francisco no Vaticano em abril de 2015. Foto: Vatican Media
VATICANO, 23 Fev. 18 / 01:00 pm (ACI).- A Sala de Imprensa do Vaticano informou que o Papa Francisco receberá a família de Asia Bibi, a mãe católica presa injustamente no Paquistão acusada de blasfêmia contra o Islã.
O comunicado assinala que o Santo Padre se encontrará no sábado, 24 de fevereiro, em uma audiência privada com Ashiq Masih e Eisham Ashiq, o esposo e a filha de Asia Bibi.
No comunicado publicado na última quinta-feira, informaram que o Pontífice também receberá no Palácio Apostólico a senhora Rebecca Bitrus, uma mulher que foi sequestrada e violentada pelos terroristas muçulmanos de Boko Haram, na Nigéria.
Em setembro de 2017, Bitrus participou do evento “Livres ante o terror” realizado na Espanha, onde compartilhou que perdoou os agressores.
Essas três pessoas participarão da audiência junto com o diretor da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre(ACN) na Itália, Alessandro Monteduro.

ORAÇÃO
 Querido Deus, mais uma vez celebramos a vida de um mártir. Ajudai-nos a seguir o exemplo da vida de São Serapião e buscar em primeiro lugar a Verdade, que vem do seu Filho Jesus. Que nossa vida seja testemunha do amor que e vivamos a vocação de ser sal da terra e luz do mundo. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mt 20,17-28)
 Subindo para Jerusalém, Jesus chamou os doze discípulos de lado e, pelo caminho, disse-lhes: «Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, açoitá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia, ressuscitará».
A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido. Ele perguntou: «Que queres» Ela respondeu: «Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda». Jesus disse: «Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?» Eles responderam: «Podemos». «Sim», declarou Jesus, «do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou».
Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os e disse: «Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos».
«Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve»
Rev. D. Francesc JORDANA i Soler (Mirasol, Barcelona, Espanha)
Hoje, a Igreja — inspirada pelo Espírito Santo— nos propõe neste tempo de Quaresma um texto onde Jesus sugere aos seus discípulos —e, portanto, também a nós— uma mudança de mentalidade. Jesus hoje inverte as visões humanas e terrenas de seus discípulos e lhes abre um novo horizonte de compreensão sobre qual deve ser o estilo de vida de seus seguidores.
Nossas inclinações naturais nos movem ao desejo de dominar as coisas e as pessoas, mandar e dar ordens, que seja feito o que nós gostamos, que as pessoas nos reconheçam um status, uma posição. Pois bem, o caminho que Jesus nos propõe é o oposto: «Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo» (Mt 20,26-27). “Servidor”, “escravo”: não podemos ficar no enunciado das palavras! As escutamos centena de vezes, e devemos ser capazes de entrar em contacto com a realidade, saber o que significa, e confrontar tal realidade com nossas atitudes e comportamentos.
O Concilio Vaticano II afirma que «o homem adquire sua plenitude através do serviço e a entrega aos demais». Neste caso, nos parece que damos a vida, quando realmente a estamos encontrando. O homem que não vive para servir não serve para viver. E nesta atitude, nosso modelo é o próprio Cristo — o homem plenamente homem— pois «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mt 20,28).
Ser servidor, ser escravo, tal e como Jesus nos pede é impossível para nós. Está fora do alcance de nossa pobre vontade: devemos implorar; esperar e desejar intensamente que nos concedam esses dons. A Quaresma e suas práticas quaresmais —jejum, esmola e oração— nos lembram que para receber esses dons nós devemos dispor adequadamente
.
SANTO DO DIA
SÃO SERAPIÃO, BISPO
Serapião foi um grande monge e bispo de Thmuis, no Egito. Temos poucas informações sobre ele, mas sabemos que estudou na escola catequética de Alexandria. Aí conheceu Santo Antão, de quem se fez discípulo e de quem herdou uma túnica de pelo. São Serapião também foi grande amigo de Atanásio e lutou contra o arianismo.
Quando recebeu a indicação para tornar-se bispo, São Serapião mostrou-se um pouco triste em ter que abandonar a vida monástica. Para ele a vida de perfeição cristã era a vida do monge.
O santo que hoje comemoramos escreveu muitos livros e cartas pastorais. Quando Atanásio foi preso, Serapião foi até o imperador Constâncio II interceder pelo amigo, mas o grupo dos defensores da heresia ariana conseguiram derrubar Serapião e martirizá-lo em 370 no Egito.
O historiador Eusébio de Cesaréia registra seu martírio, com as seguintes palavras: "Preso Serapião em sua casa, foram-lhe infligidas cruéis torturas. Desfizeram-lhe todas as juntas dos membros e o precipitaram do andar de cima da casa, de cabeça para baixo".
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO : O mártir é a testemunha mais genuína da verdade da existência. Ele sabe que, no seu encontro com Jesus Cristo, alcançou a verdade a respeito da sua vida, e nada nem ninguém poderá jamais arrancar-lhe esta certeza. Nem o sofrimento, nem a morte violenta poderão fazê-lo retroceder da adesão à verdade que descobriu no encontro com Cristo.
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BOM DIA EVANGELHO - 27.FEV.018 - 3ª FEIRA


BOM DIA EVANGELHO

27 DE FEVEREIRO DE 2018
TERÇA-FEIRA - 2ª SEMANA DA QUARESMA - COR ROXA - ANO B
Papa Francisco durante a Missa na Casa Santa Marta. Foto: Vatican Media
VATICANO, 26 Fev. 18 / 10:00 am (ACI).- O Papa Francisco recordou que Deus é o único juiz e que, portanto, não corresponde às pessoas julgar os outros. Insistiu que o julgamento divino é muito diferente do humano e que é baseado na misericórdia.
Na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta na manhã de hoje, o Santo Padre recordou que “Deus é o único juiz” e, portanto, Ele é responsável por julgar as pessoas. “Não julgues e não sereis julgados”, disse referindo-se às palavras do Evangelho.
“Julgar os outros é algo feio, porque o único juiz é o Senhor”, afirmou. “Nas reuniões que nós temos, um almoço, o que quer que seja, pensemos em duas horas de duração: dessas duas horas, quantos minutos foram usados para julgar os outros?”.
Pelo contrário, convidou a ser misericordiosos. “Sejam misericordiosos como o Pai é misericordioso. E mais: sejam generosos. Dai e vos será dado. O que me será dado? Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante. A abundância da generosidade do Senhor, quando nós seremos plenos da abundância da nossa misericórdia”.
O Pontífice destacou que a justiça de Deus não é como a justiça humana, pois se fundamenta na misericórdia. “E nós sabemos que a justiça de Deus é misericórdia. Mas é preciso dizê-lo: ‘A Ti convém a justiça; a nós, a vergonha’. E quando se encontra a justiça de Deus com a nossa vergonha, ali está o perdão”.
Nesse sentido, convidou a perguntar-se : “Eu creio que pequei contra o Senhor? Eu acredito que o Senhor é justo? Eu acredito que é misericordioso? Eu me vergonho diante de Deus, de ser pecador? Tão simples: a Ti a justiça, a mim a vergonha”. Por isso exortou a “pedir a graça da vergonha”.
“A vergonha é uma grande graça”, explicou. Assim “recordamos a atitude em relação ao próximo, recordar que com a medida com a qual julgo serei julgado. Não devo julgar. E se digo algo sobre o outro, que seja generosamente, com muita misericórdia. A atitude diante de Deus, este diálogo essencial: ‘A Ti a justiça, a mim a vergonha’”, concluiu.

ORAÇÃO
 Concedei-nos, ó Pai, que a exemplo de São Leandro, lutemos pela transformação da sociedade, oferecendo nossos dons e carismas em favor dos mais esquecidos e necessitados. Faça de nós instrumentos de conversão e ilumine-nos com a luz do Santo Espírito. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

EVANGELHO (MT 23,1-12)
 O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
 PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
 Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e aos seus discípulos e lhes disse: 2“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo.
5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas.
6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.
 Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Recadinho: - Procuro praticar a humildade? - Posso dizer a meu próximo que imite minhas ações? - Tenho uma boa palavra a dar a quem necessita de ajuda? - Procuro me lembrar que o título mais importante é ser considerado irmão em Cristo? - Será que quero ser sempre dono(a) da verdade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
«Um só é vosso Mestre; um só é vosso Pai; um só é o vosso Guia»
Pbro. Gerardo GÓMEZ (Merlo, Buenos Aires, Argentina)
Hoje, mais do que nunca, devemos trabalhar pela nossa salvação pessoal e comunitária, como diz São Paulo, com respeito e seriedade, já que «É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação» (2Cor 6,2). O tempo quaresmal é uma oportunidade sagrada dada pelo nosso Pai para que, numa atitude de profunda conversão, revitalizemos nossos valores pessoais, reconheçamos nossos erros e nos arrependamos de nossos pecados, de maneira que nossa vida se transforme —pela ação do Espírito Santo— numa vida mais plena e madura.
Para adequar nossa conduta à do Senhor Jesus é fundamental um gesto de humildade, como diz o Papa Bento XVI: «Reconheço-me por aquilo que sou, uma criatura frágil, feita de terra e destinada à terra, mas também feita à imagem de Deus e destinada a Ele».
Na época de Jesus, havia muitos “modelos" que oravam e agiam para serem vistos, para serem reverenciados: pura fantasia, personagens de papelão, que não podiam estimular o crescimento e a madurez dos seus vizinhos. Suas atitudes e condutas não mostravam o caminho que conduz a Deus; «Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam» (Mt 23,3).
A sociedade atual também nos apresenta uma infinidade de modelos de conduta que abocam a uma existência vertiginosa, aloucada, debilitando o sentido de transcendência. Não deixemos que esses falsos referentes nos façam perder de vista o verdadeiro Mestre: «Um só é vosso Mestre; (...) um só é vosso Pai; (...) um só é o vosso Guia: Cristo» (Mt 23,8.9.10).
Aproveitemos a quaresma para fortalecer nossas convicções como discípulo de Jesus Cristo. Procuremos ter momentos sagrados de “deserto”, onde nos reencontremos com nós mesmos e, com o verdadeiro modelo e mestre. E diante às situações concretas nas que muitas vezes não sabemos como reagir poderíamos nos perguntar: Que diria Jesus? Como agiria Jesus?
SANTO DO DIA
SÃO LEANDRO
Leandro, cujo nome significa força do Leão, nasceu em Cartagena, por volta de 540. Pertencia a uma família de santos: seus irmãos Isidoro, Fulgêncio e Florentina, o acompanham no santoral.
Leandro foi desde jovem um homem dotado de grandes qualidades. Tinha facilidade de falar em público e atraía atenção de todos pela sua simpatia. Tornou-se monge, destacando-se pela oração, estudo e meditação.
Eleito Bispo de Sevilha, criou uma escola, na qual se ensinavam não somente as ciências sagradas, mas também todas as artes conhecidas naquele tempo. Entre os alunos, encontravam-se Hermenegildo e Recaredo, filhos do rei visigodo Leovigildo. Ali começou o processo de conversão de Hermenegildo, que abandonou o arianismo.
Leandro precisou exilar-se por causa da conversão de Hermenegildo, pois o rei passou a persegui-lo. O jovem de Sevilha aproveitou para escrever livros contra o arianismo, provando que Jesus Cristo é Deus verdadeiro e que os hereges estavam equivocados. Quando melhorou a situação, Leandro voltou para Sevilha. Hermenegildo havia sido morto por ordem de seu pai.
Nos últimos anos de sua vida o rei visigodo aconselhou bem seu outro filho, Recaredo, que seria seu sucessor no trono. O novo rei, aconselhado por Leandro, convocou o Concílio III de Toledo, no qual rejeitou a heresia ariana e abraçou a fé católica.
Devemos a São Leandro não apenas a conversão do rei, mas também por ter contribuído para ressurgir a vida cristã por todos os confins da Península: fundaram-se mosteiros, estabeleceram-se paróquias pelos povoados e cidades, novos Concílios de Toledo deram sábias legislações em matérias religiosas e civis.
Diz-se que Leandro foi um verdadeiro estadista e um grande santo. Ao mesmo tempo em que desenvolvia esse trabalho como homem de Estado, nunca esquecia que, como bispo, seu ministério lhe exigia uma profunda vida religiosa e uma dedicação pastoral intensa a seu povo. Pregava sermões, escrevia tratados teológicos, dedicava longos momentos à oração e à penitência e jejum.
Quando idoso sofreu muitas enfermidades, sendo a gota a doença que mais o afligiu. Tudo, porém, suportava com paciência. Morreu em Sevilha, por volta do ano 600.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Todos nós temos qualidades e dons. São Leandro tinha qualidades políticas e pastorais e as usou para favorecer a evangelização do seu povo. Lutou tenazmente contra as heresias de sua época, mas nunca perdeu a docilidade no trato com as pessoas. Nós também somos convidados a descobrir quais são os dons e carismas que Deus nos concede para lutar pela melhoria da sociedade e da vida das pessoas. Vivendo em união com Deus e com nossos irmãos, fazemos nosso caminho de santidade.
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domingo, 25 de fevereiro de 2018

BOM DIA EVANGELHO - 26.FEV.018 - 2ª FEIRA


BOM DIA EVANGELHO

26 DE FEVEREIRO DE 2018
SEGUNDA-FEIRA | 2ª SEMANA DA QUARESMA | COR ROXA | ANO B
Papa nos exercícios espirituais da Quaresma. Foto: Vatican Media
VATICANO, 23 Fev. 18 / 10:08 am (ACI).- Foram concluídos os exercícios espirituais de Quaresma que o Papa Francisco realizou entre domingo, 18, e esta sexta-feira, 23 de fevereiro, com os membros da Cúria do Vaticano na Casa do Divino Mestre, na cidade italiana de Ariccia; na ocasião, o Pontífice agradeceu ao sacerdote português José Tolentino Mendonça, responsável pelas pregações.
“Padre, gostaria de agradecer, em nome de todos, pelo acompanhamento destes dias, que hoje se prolongam com a jornada de jejum e oração pelo Sudão do Sul, o Congo e também a Síria”.
Francisco também agradeceu ao sacerdote por “por nos ter falado da Igreja, por nos ter feito sentir a Igreja, este pequeno rebanho. E também por nos ter advertido a não “diminui-lo” com as nossas mundanidades burocráticas”.
“Obrigado por nos ter recordado que a Igreja não é uma gaiola para o Espírito Santo, que o Espírito voa também fora e trabalha fora. E com as citações e as coisas que o senhor nos disse, nos fez ver como trabalha nos não crentes, nos ‘pagãos’, nas pessoas de outras confissões religiosas: é universal, é o Espírito de Deus, que é para todos”.
O Pontífice continuou dizendo que “também hoje existem os ‘Cornélios’, “’centuriões’, ‘guardiões da prisão de Pedro’ que vivem uma busca interior ou sabem também distinguir quando há algo que chama”.
“Obrigado por esta chamada a nos abrir sem medo, sem rigidez, para sermos suaves no Espírito e não nos mumificar nas nossas estruturas que nos fecham”.
“Obrigado, padre. E continue a rezar por nós. Como dizia a madre superiora às irmãs: ‘Somos homens!’, pecadores, todos. Obrigado, padre. E que o Senhor o abençoe”
Os exercícios espirituais do Papa e da Cúria Romana tiveram como tema “O elogio da sede”. Algumas meditações foram: “A ciência da sede”; “Percebi que estava sedento”; “Esta sede de nada”; “A sede de Jesus”; “As lágrimas contam uma sede”; “Beber da própria sede”; “As formas dos desejos”; “Ouvir a sede das periferias”; “A bem-aventurança da sede”.
Todos os dias começaram com a Missa às 7h30, seguida por uma meditação às 9h30. Às 16h, havia a segunda meditação, logo após, momento de adoração eucarística e oração das Vésperas.

ORAÇÃO
 Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Porfírio de Gaza, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

EVANGELHO (LC 6,36-38)
 O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
 PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
 Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.
 Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Recadinho: - O Evangelho para o dia de hoje é breve, mas se estende ao infinito! Misericórdia! Compaixão, Solidariedade, Ternura, Perdão, Bondade, Acolhida! Qual destas palavras mais me toca o coração no momento? - Lembro-me do testemunho do bom samaritano? A Misericórdia não tem fronteiras! - No caminho de Emaús, à beira do lago da Galileia, Jesus toma o pão, abençoa-o e o reparte. Tenho condições de partilhar meus bens espirituais? E os materiais? - Os discípulos reconheceram Jesus. Eu o reconheço em meus irmãos? - Meus irmãos o reconhecem em mim? - Como as pessoas que cruzam meu caminho reconhecem que vivo uma vida cristã?
(Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R)
«Dai e vos será dado»
+ Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret (Vic, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho segundo São Lucas proclama uma mensagem mais densa do que breve, e note-se que é mesmo muito breve! Podemos reduzi-la a dois pontos: um enquadramento de misericórdia e um conteúdo de justiça.
Em primeiro lugar, um enquadramento de misericórdia. Com efeito, a máxima de Jesus sobressai como uma norma e resplandece como um ambiente. Norma absoluta: se o nosso Pai do céu é misericordioso, nós, como filhos seus, também o devemos ser. E como é misericordioso, o Pai! O versículo anterior afirma: «(...) e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lc 6,35).
Em segundo lugar, um conteúdo de justiça. Efetivamente, encontramo-nos perante uma espécie de “lei de talião”, nos antípodas (oposta) da que foi rejeitada por Jesus («Olho por olho, dente por dente»). Aqui, em quatro momentos sucessivos, o divino Mestre ensina-nos, primeiro, com duas negações; depois, com duas afirmações. Negações: «Não julgueis e não sereis julgados»; «Não condeneis e não sereis condenados». Afirmações: «Perdoai e sereis perdoados»; «Dai e vos será dado».
Apliquemo-las fielmente à nossa vida de todos os dias, atendendo especialmente à quarta máxima, como faz Jesus. Façamos um corajoso e lúcido exame de consciência: se em matéria familiar, cultural, econômica e política o Senhor julgasse e condenasse o nosso mundo como o mundo julga e condena, quem poderia enfrentar esse tribunal? (Ao regressar a casa e ao ler os jornais ou escutar as notícias, pensemos apenas no mundo da política). Se o Senhor nos perdoasse como o fazem normalmente os homens, quantas pessoas e instituições alcançariam a plena reconciliação?
Mas a quarta máxima merece uma reflexão particular já que, nela, a boa lei de talião que estamos a considerar fica, de alguma forma, superada. Com efeito, se dermos, nos darão na mesma proporção? Não! Se dermos, receberemos — notemo-lo bem — «Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante» (Lc 6,38). É pois à luz desta bendita desproporção que somos exortados a dar previamente. Perguntemo-nos: quando dou, dou bem, dou procurando o melhor, dou com plenitude?
SANTO DO DIA
SÃO PORFÍRIO DE GAZA
Nasceu na Tessalônica em 353 e morreu em Gaza em 420. São Porfírio nasceu de uma família rica e com vinte e cinco anos mudou-se para o Egito, onde entrou no monastério de Esquete, no deserto. Cinco anos depois ele viajou para a Palestina, para visitar os lugares santos, e residiu numa caverna perto do Rio Jordão por mais cinco anos, em profunda solidão.
Neste período ele adoeceu profundamente e resolveu gastar seus últimos dias em Jerusalém, onde poderia estar perto dos lugares onde Jesus Cristo viveu. Sua austeridade era tão grande que a doença agravou e ele só podia visitar os lugares santos apoiado num pedaço de madeira.
Um amigo seu, chamado Marcos, propôs a ajudá-lo, oferecendo seu braço, mas Porfírio recusou a ajuda dizendo: “Eu vim até a Palestina para procurar o perdão dos meus pecados e não devo procurar o conforto de ninguém”, dizia Porfírio.
Neste sofrimento ele viveu alguns anos, com olhar sereno e feliz. Só uma coisa ainda o incomodava: sua riqueza deixada na Tessalônica. Um dia, chamou seu amigo Marcos e lhe deu ordens para ir até sua casa e vender suas propriedades. Três meses depois, seu amigo retornou trazendo grande quantia em ouro. Porfírio o recebeu com alegria, pois estava completamente recuperado de sua enfermidade.
O santo explicou ao amigo que, dias antes, durante um acesso de febre, ele tinha sentido vontade de caminhar até o Calvário. Lá chegando, ele teve uma queda como um desmaio e pensou ter visto Cristo na cruz. Implorou ao Mestre que o levasse com Ele para o Paraíso. Jesus então apontou-lhe a cruz e pediu que ele a carregasse. São Porfírio tomou então a cruz nos ombros e quando acordou estava completamente recuperado da doença.
O santo distribuiu, então, seus bens entre os pobres da Palestina. Para sobreviver, Porfírio aprendeu a fazer sapatos e tornou-se um grande sapateiro.
No fim da vida, Porfírio retornou para Gaza, foi ordenado bispo e passou a defender a fé contra o ataque constante dos pagãos. Diz a história que, em Gaza, terrível seca assolava os campos. Os pagãos culpavam os cristãos e não queriam receber Porfírio entre eles. Às portas da cidade, Porfírio rezou a Deus e a chuva caiu com abundância. Assim, ele foi reconhecido pelos cidadãos de Gaza e pôde entrar na cidade.
Porfírio retirou do maior templo da cidade os ídolos pagãos e construiu uma grande Igreja, consagrada em 408. Na ocasião de sua morte, sua diocese era toda cristã, conforme o testemunho de seu amigo Marcos, que escreveu a biografia do santo.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO : A vida de São Porfírio está cercada de lendas e tradições. Ele fascinava o povo. As pessoas simples encontravam em São Porfírio a expressão de sua alma. Nosso santo foi um eremita, mas nunca deixou de caminhar ao encontro do Cristo. Faleceu muito idoso, sempre no exercício zeloso de suas funções pastorais. Nós também somos chamados a seguir o caminho de Jesus Cristo, seja assumindo nossa vocação à vida ministerial, consagrada ou leiga. O importante é ter Jesus Cristo como meta de nossa vida. Só com Ele somos capazes de carregar nossas cruzes.
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