Papa Francisco durante a meditação. Foto: Vatican
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VATICANO,
21 Fev. 18 / 01:31 pm (ACI).- Na manhã desta quarta-feira, a
meditação dos exercícios espirituais do Papa Francisco e da Cúria Romana, que
estão sendo realizados na Casa Divino Mestre da cidade italiana de Ariccia e
terminam na sexta-feira, 23 de fevereiro, se centrou no significado das
lágrimas na vida do homem e em sua relação com Deus.
Na
meditação, pronunciada pelo sacerdote português José Tolentino Mendonça,
explicou-se que “as lágrimas mostram que Deus se encarna na nossa vida, nos
nossos fracassos, nos nossos encontros”.
“Nos
Evangelhos, Cristo também chora. Jesus assume a nossa condição, torna-se um de
nós e, por isso, as nossas lágrimas estão incluídas nas suas. Realmente as leva
com ele. Quando chora, reúne e assume solidariamente todas as lágrimas do
mundo”.
Pe.
Tolentino Mendonça indicou que “a nossa biografia também pode ser resumida por
meio de lágrimas: de alegria, de celebração, de emoção; e também de noite
escura, de aflição, de abandono, de arrependimento e de contrição”.
“Pensemos
nas nossas lágrimas – continuou – e também naquelas lágrimas que não se
derramaram, que permaneceram como um nó na garganta, e cuja ausência se
transforma em algo que pesa. A dor dessas lágrimas que não foram derramadas.
Deus conhece todas elas e as acolhe como uma oração. Portanto, confiemos. Não
as escondamos dele”.
Por
último, Pe. Tolentino Mendonça se referiu à mulher que chora e lava os pés de
Jesus com as suas lágrimas. Destacou que, muitas vezes, estabelece-se uma
distância crítica com a religiosidade popular, que se expressa com a abundância
de lágrimas.
Assinalou
que, às vezes, os pastores podem achar complicado perceber a religiosidade do
simples, baseado não em ideias, mas em gestos. Entretanto, em outras ocasiões,
pode-se viver de maneira asséptica. “É essa inédita hospitalidade – expressada
pela mulher com suas lágrimas – que Jesus pretende exaltar. As lágrimas são um
sinal da sede e nós devemos aprender”, concluiu.
EVANGELHO (MT 5,20-26)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo † segundo Mateus.
Glória a vós,
Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 20 “Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da
Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
21 Vós ouvistes o que foi dito aos
antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22 Eu, porém,
vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem
disser ao seu irmão: ‘Patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o
irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.
23 Portanto, quando tu estiveres levando
a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa
contra ti, 24 deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro
reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25 Procura reconciliar-te com teu
adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te
entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado
na prisão. 26 Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o
último centavo”.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Recadinho: - Para entrar no Reino dos Céus...
basta-me praticar a Justiça! Reflito sobre isso. - É fácil dominar a raiva? -
Sou fácil em ver os defeitos dos outros. Que valor dou às qualidades? Não são
maiores? - Poço dizer que meu coração é tão bom que facilmente perdoo as falhas
de meus irmãos? – Renovo agora meu ofertório de minha vida a Deus, para que eu
viva na mais perfeita paz!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
«Se a vossa justiça não superar a dos doutores da
Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu»
Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze
del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus chama-nos a irmos para lá da
legalidade: «Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos doutores
da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu» (Mt 5,20). A Lei de
Moisés aponta o mínimo necessário para garantir a convivência; mas o cristão,
instruído por Jesus Cristo e cheio do Espírito Santo, deve procurar superar
este mínimo para chegar ao máximo do amor possível. Os doutores da Lei e os
fariseus eram cumpridores estritos dos mandamentos; ao rever a nossa vida, qual
de nós poderia dizer o mesmo? Andemos com cuidado, por tanto, para não menosprezar
sua vivência religiosa.
O que hoje Jesus nos ensina é a não darmos como certo o fato de que se cumprirmos esforçadamente determinados requisitos possamos reclamar méritos a Deus, como faziam os doutores da Lei e os fariseus. De preferência, devemos por a ênfase no amor a Deus e aos nossos irmãos, amor esse que nos leva para lá da Lei fria e a reconhecer as nossas faltas numa conversão sincera.
Há quem diga: “Eu sou bom porque não roubo, nem mato, nem faço mal a ninguém”; mas Jesus diz-nos que isto não é suficiente, pois existem outras formas de roubar ou matar. Podemos matar as ilusões do outro, podemos menosprezar o próximo, anulá-lo ou deixá-lo marginalizado, podemos ter-lhe rancor; e tudo isto é matar, não com uma morte física, mas com uma morte moral e espiritual.
No decorrer da nossa vida podemos encontrar muitos adversários, mas o pior de todos eles somos nós próprios quando nos afastamos do caminho do Evangelho. Por isso mesmo, na procura da reconciliação com os irmãos, devemos, em primeiro lugar, estar reconciliados conosco. Santo Agostinho diz-nos: «Enquanto fores adversário de ti próprio, a Palavra de Deus será tua adversária. Torna-te amigo de ti mesmo e te reconciliarás com ela».
O que hoje Jesus nos ensina é a não darmos como certo o fato de que se cumprirmos esforçadamente determinados requisitos possamos reclamar méritos a Deus, como faziam os doutores da Lei e os fariseus. De preferência, devemos por a ênfase no amor a Deus e aos nossos irmãos, amor esse que nos leva para lá da Lei fria e a reconhecer as nossas faltas numa conversão sincera.
Há quem diga: “Eu sou bom porque não roubo, nem mato, nem faço mal a ninguém”; mas Jesus diz-nos que isto não é suficiente, pois existem outras formas de roubar ou matar. Podemos matar as ilusões do outro, podemos menosprezar o próximo, anulá-lo ou deixá-lo marginalizado, podemos ter-lhe rancor; e tudo isto é matar, não com uma morte física, mas com uma morte moral e espiritual.
No decorrer da nossa vida podemos encontrar muitos adversários, mas o pior de todos eles somos nós próprios quando nos afastamos do caminho do Evangelho. Por isso mesmo, na procura da reconciliação com os irmãos, devemos, em primeiro lugar, estar reconciliados conosco. Santo Agostinho diz-nos: «Enquanto fores adversário de ti próprio, a Palavra de Deus será tua adversária. Torna-te amigo de ti mesmo e te reconciliarás com ela».
SANTO DO DIA
SÃO POLICARPO
O Santo deste dia é um dos
grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que
conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja
primitiva e a Igreja do mundo greco-romano. São Policarpo foi sagrado bispo de
Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista.
Muito reverenciando pelos
cristãos como um líder, e foi escolhido para representar o Papa Aniceto na
questão da data da celebração da Páscoa.
A carta escrita por Policarpo aos
Filipenses foi preservada. Nesta carta ele diz: “Fique firme e na sua conduta
siga o exemplo do Senhor, firme e imutável em sua fé, ame seu irmão, amando a
cada um e a todos, unidos na verdade e ajudando a cada um com a bondade do
Senhor Jesus, não desprezando a nenhum homem”.
De caráter reto, de alto saber e
amor a Igreja, Policarpo era respeitado por todos no Oriente. Com a
perseguição, o Santo bispo, de 86 anos escondeu-se até que foi preso e levado
ao governador que o obrigou a ofender a Cristo. Policarpo respondeu: "Há
oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como
poderei rejeitar aquele a quem prestei culto e reconheço como o meu
Salvador?".
Condenado no estádio da cidade,
ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito
para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os
séculos".
Milagrosamente, as chamas não o
atingiam e não o machucavam e ele continuava a cantar hinos de louvor a Jesus.
Impressionado com o acontecimento, os guardas chamaram um arqueiro para que ele
perfurasse o santo com uma flecha. Ao ser atingido o seu sangue apagou as
chamas. Os guardas tentaram de novo acender a pira, mas sem sucesso. O
procônsul, encarregado do martírio, furioso ordenou que fosse decapitado com
uma adaga. São Policarpo morreu por amor a Deus em 155. É invocado como
protetor das dores de ouvido e das queimaduras.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Celebrar a festa de São Policarpo é relembrar as origens da Igreja e o
valor do sangue dos mártires para a fé dos cristãos. Aceitando doar sua vida
pelo Cristo, São Policarpo e muitos outros cristãos demonstraram a total
confiança nas promessas de Jesus. Regada com o sangue do martírio, a Igreja
brotou forte e conseguiu firmar-se como um espaço de fraternidade e esperança.
Hoje em dia nosso martírio acontece nos pequenos desafios do dia a dia, como a
paciência com os sofredores, doentes e idosos. Acolher em Cristo aqueles que
estão sofrendo, nos torna verdadeiros missionários do amor de Deus.
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