Oração: Deus de amor e bondade,
concedei-nos, por intercessão de Vossa queridíssima filha Santa Luzia, a graça
de nunca perder de vista os Vossos ensinamentos, para que, levando uma vida
conforme a luz da Vossa sabedoria e vontade, cheguemos a Vos ver face a face no
Paraíso que não tem fim. Por intercessão da sempre Virgem Maria, Vossa Mãe, e
do castíssimo São José, Seu esposo. Amém.
Evangelho
segundo São Mateus 11,28-30.
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais
cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de
coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».(Tradução litúrgica da
Bíblia)
Imitar a humildade de Cristo
Alguém quer e deseja ter uma vida virtuosa?
Afaste-se do orgulho e, através de uma obediência sem reservas, recupere a mais
alta humildade e será acompanhado pela alegria e a felicidade (cf Is 35,10). De
facto, desta boa raiz nasce toda a alegria, toda a paz, toda a bondade e
piedade, toda a docilidade e equilíbrio, toda a brandura e mansidão (cf Gl
5,22), tudo o que é belo, agradável e desejável, em suma, tudo o que
caracteriza o verdadeiro homem de Deus. [...] Levantai os olhos para Cristo,
nosso Senhor e Deus, mestre de todas as coisas, aquele que é verdadeiramente
rico, o filho único do Pai, deixai-vos atrair pelo que é humilde (cf Rm 12,6) e
imitai o que Ele fez; Ele era de aparência simples; foi submisso aos pais até
chegar a sua hora; andava pelos caminhos e sentava-se quando estava cansado (cf
Jo 4,6); quando era insultado, não retribuía o insulto; quando era maltratado,
não ameaçava (cf 1Pd 2,22); dava a face a quem lhe batia; não tinha muitas
roupas, contentando-se com uma pequena túnica e um manto; não levava consigo
cobertores macios; não andava de cavalo nem de mula; alimentava-se de pão e
bebia água dos ribeiros.
VIRGEM, MÁRTIR, +303
Santa
Luzia, como se lê nas Actas, pertencia a uma família
rica de Siracusa. Sua mãe, Eutíquie, ficou viúva e havia prometido dar a filha
como esposa a um jovem concidadão. Luzia, que tinha feito voto de se conservar
virgem por amor a Cristo, conseguiu que as núpcias fossem adiadas, em parte
porque a mãe foi atingida por uma grave doença. Devota de Santa Águeda, a
mártir de Catânia que vivera meio século antes, Luzia quis levar a mãe enferma
em visita ao túmulo da Santa. Desta peregrinação a mulher voltou perfeitamente
curada e por isso concedeu com a filha, dando-lhe licença para seguir a vida
que havia escolhido; consentiu também que ela distribuísse aos pobres da cidade
os bens do seu rico dote. O noivo rejeitado vingou-se acusando Luzia de ser
cristã ao procônsul Pascásio. Ameaçada de ser exposta ao prostíbulo para que se
contaminasse, Luzia deu ao procônsul uma sábia resposta: "O corpo
contamina-se se a alma consente."
O procônsul quis passar das ameaças aos factos, mas o corpo de Luzia ficou tão
pesado que dezenas de homens não conseguiram carregá-lo sequer um palmo. Um
golpe de espada pôs fim a uma longa série de sofrimentos, mas mesmo a morrer, a
jovem continuou a exortar os fiéis a antepôr os deveres para com Deus àqueles
para com as criaturas até que os companheiros de fé, que faziam um círculo à
sua volta, selaram o seu comovente testemunho com a palavra: Amén.
Testemunham-lhe a antiga devoção, que se difundiu muito rapidamente não só no
Ocidente, mas também no Oriente. O episódio da cegueira, ao qual ordinariamente
chamam a atenção as imagens de Santa Luzia, está provavelmente vinculado ao
nome: Luzia (Lúcia) derivada de lux (= luz), elemento indissolúvel unido não só
ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade
sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui a
Santa Lúcia ou Luzia a função de graça iluminadora.
Reflexão: Chama a atenção o fato de
quatro virgens, Santas Inês, Cecília, Águeda e Luzia, tivessem o privilégio de
um ofício litúrgico próprio, e serem mencionadas, até hoje, no cânon da santa
Missa. Todas elas foram muito veneradas na antiguidade. A pureza, de corpo e
espírito, é de sumo agrado de Deus, e nos inícios do Cristianismo, em meio ao
mundo pagão que desprezava a virgindade, quis a Trindade exaltar
particularmente aqueles que se Lhe dedicaram de corpo e alma. São um exemplo
que sempre será atual, não por acaso também nestes nossos dias, onde a
sensualidade é exacerbada e leva tantos ao pecado. Não é possível querer
agradar a Deus e ao mundo: ou seguimos os Mandamentos de Deus, que de fato
levam à felicidade verdadeira, ou ficaremos corrompidos pelos prazeres
ilegítimos, que por fim só trazem infelicidades e, pior, podem efetivamente
levar as almas para o inferno.
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