BOM DIA EVANGELHO
Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, Padroeira principal de
Portugal
Oração:
Senhor
Deus, Amor Todo Poderoso e o único em Quem se pode confiar, concedei-nos por
intercessão de São Sofrônio a graça, a coragem e a determinação de, por amor à
Verdade, isto é, a Vós como Pai, Filho e Espírito Santo, jamais deixarmos de
lutar pelo que nos ensinastes por Jesus, na Vossa única e Santa Igreja
Católica, para a Vossa glória, o bem das nossas almas e as dos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho
segundo São Lucas 1,26-38.
Naquele tempo, o anjo Gabriel
foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor
está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o
trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?».
O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te
cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de
Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto
mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua
palavra».(Tradução litúrgica da Bíblia)
-São Cláudio de la Colombière (1641-1682) jesuíta
«Eis a
escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».
No dia da
Imaculada Conceição da Santíssima Virgem, resolvi abandonar-me de tal modo em
Deus, que está sempre em mim e em quem estou e vivo, que não haja na minha
conduta, não só exterior, mas também interior, nada que me perturbe, mas
repouse suavemente nos seus braços, sem temer tentação nem ilusão, prosperidade
ou adversidade, nem as minhas más inclinações, nem sequer as minhas faltas, mas
esperando que Ele tudo dirija com a sua infinita bondade e sabedoria, de modo
que tudo se realize para sua glória; sem querer ser amado nem sustentado por
ninguém, mas querendo tê-lo por meu pai e minha mãe, meus irmãos e meus amigos,
e tudo o que pudesse ter sentimentos de ternura por mim. Parece-me que se está
bem em tal refúgio seguro e suave, e que não tenho de temer os homens, nem os
demónios, nem a mim próprio, nem a vida, nem a morte. Desde que Deus me
sustente em tudo isso, sinto-me feliz e parece-me que descobri o segredo de
viver contente, e que doravante nada do que temia na vida espiritual terá de me
assustar.
Imaculada Conceição de Nossa Senhora
O pecado original é uma realidade misteriosa e pouco evidente para nós
enquanto comporta um prolongamento da culpa dos progenitores até todos nós.
Neste dia, nós o consideramos na sua conspícua excepção ou melhor no singular
privilégio concedido a Maria, que foi dele preservada desde o primeiro instante
da sua concepção, da sua existência humana. O valor doutrinal desta festividade
é manifesto na prece da celebração litúrgica, que sublinha o privilégio
concedido à futura Mãe de Deus; "Ó Deus, que pela Imaculada Conceição da
Virgem preparaste ao teu Filho uma morada digna dele...", e a própria
natureza deste privilégio, enquanto não subtrai Maria à Redenção universal
efectuada por Cristo: "Tu que a preservaste de toda a mancha na previsão
da morte do teu Filho..."
Antes que Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus em 1854,
definisse solenemente o dogma da Imaculada Conceição, não obstante as
hesitações de alguns teólogos, que podiam apelar para o próprio São Tomás de
Aquino, tinha-se chegado a um desenvolvimento não só da devoção popular para
com a Imaculada mas também nas intervenções dos papas a favor desta celebração.
Antes que o calendário romano incluísse a festa em 1476, esta já havia
aparecido no Oriente no século sétimo, e contemporaneamente na Itália
meridional dominada pelos bizantinos.
Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e finalmente em 1708 Clemente XI estendeu
a festa, tornando-a obrigatória a toda a cristandade. Mas desde a origem do
cristianismo Maria foi venerada pelos fiéis como a TODA SANTA. No primeiro
esboço da festa litúrgica da Conceição, anterior ao século sétimo, nota-se, se
não a profissão explícita da isenção da culpa original, pelo menos uma
persuasão teologicamente equivalente. "Potuit, decuit, ergo fecit",
havia argumentado um brilhante teólogo medieval: "Deus podia fazê-lo,
convinha que o fizesse, portanto o fez." Do infinito amor de Cristo para
com a Mãe, que a pré-redimiu e a cumulou do Espírito Santo desde o primeiro
instante da sua existência, derivou este singular privilégio, que a Igreja hoje
celebra para nos fazer meditar sobre a beleza de toda alma santificada pela
graça redentora de Cristo.
Quatro anos após a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, a Virgem
apareceu a Santa Bernadette Soubirous. Para a menina que, timidamente,
perguntava: "Senhora, quer ter a bondade de me dizer o seu nome?",
Maria respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição."
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