segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

BOMM DIA EVANGELHO - 19. DEZEMBRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


19 DE DEZEMBRO  DE 2023 

Últimos dias feriais do Advento - 19 de dezembro

Oração: Deus Pai de infinita sabedoria, que desejais para os Vossos filhos não as trevas da ignorância, mas a luz do verdadeiro conhecimento, concedei-nos pela intercessão de São Urbano V, exemplo de estudo e caridade, a diligência na nossa formação espiritual e cultural, necessária para enfrentar os desafios do nosso tempo, e sobretudo na ciência plena da caridade, no amor à Igreja e ao próximo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Livro dos Juízes 13,2-7.24-25a.

Naqueles dias, vivia em Soreá um homem da tribo de Dã, chamado Manoé, cuja mulher, sendo estéril, não tinha filhos.
O anjo do Senhor apareceu a essa mulher e disse-lhe: «És estéril e sem filhos, mas conceberás e darás à luz um filho.
Agora tem cuidado: não bebas vinho nem outra bebida alcoólica, nem comas nada impuro, porque vais conceber e dar à luz um filho.
A navalha não tocará na sua cabeça, porque o menino será consagrado a Deus desde o seio materno e começará a libertar Israel das mãos dos filisteus».
A mulher foi dizer ao marido: «Veio ter comigo um homem de Deus. Tinha o aspeto de um anjo do Senhor, cheio de majestade. Não lhe perguntei donde vinha, nem ele me revelou o seu nome.
Mas disse-me: "Conceberás e darás à luz um filho. Agora não bebas vinho nem outra bebida alcoólica e não comas nada impuro, porque o menino será consagrado a Deus desde o seio materno até ao dia da sua morte"».
A mulher deu à luz um filho e pôs-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu e o Senhor abençoou-o.
Foi em Maané-Dan, entre Sorá e Estaol, que o espírito do Senhor começou a agitar Sansão.

Livro dos Salmos 71(70),3-4a.5-6ab.16-17.

Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador.

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protetor.

Meu Deus, hei de narrar os vossos feitos grandiosos,
recordarei, Senhor, a vossa justiça sem igual.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.

Evangelho segundo São Lucas 1,5-25.

Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel.
Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor.
Não tinham filhos, porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada.
Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no turno da sua classe,
coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso.
Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava cá fora em oração.
Apareceu-lhe então o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso.
Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor.
Mas o anjo disse-lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João.
Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão de alegrar-se com o seu nascimento,
porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio materno
e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.
Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de preparar um povo para o Senhor».
Zacarias disse ao anjo: «Como hei de saber que é assim, se eu estou velho e a minha esposa de idade avançada?».
O anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel, que assisto na presença de Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova.
Mas tu vais guardar silêncio, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto aconteça, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão a seu tempo.
Entretanto, o povo esperava por Zacarias e admirava-se por ele se demorar no Santuário.
Quando ele saiu, não lhes podia falar e então compreenderam que tinha tido uma visão no Santuário. Ele fazia-lhes sinais e continuava mudo.
Ao terminarem os seus dias de serviço, Zacarias voltou para casa.
Algum tempo depois, Isabel, sua esposa, concebeu e permaneceu oculta durante cinco meses, dizendo:
«Assim procedeu o Senhor para comigo nos dias em que Se dignou livrar-me desta desonra diante dos homens».(Tradução litúrgica da Bíblia)

Santo Agostinho (354-430) -bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja - Sermão 293

Não acreditaste nas minhas palavras (cf Lc 1,20); feliz a que acreditou (cf Lc 1,45)

A mãe de João Batista é velha e estéril; a de Cristo está no auge da sua juventude. João é fruto da esterilidade; Cristo, da virgindade. […] Um é anunciado pela mensagem de um anjo; ao anúncio do anjo, o outro é concebido. O pai de João não acredita na notícia do seu nascimento e emudece; a Mãe de Cristo acredita em seu Filho e, pela fé, concebe-O no seu seio. O coração da Virgem acolhe a fé; depois, tornando-se mãe, Maria recebe um fruto no seu ventre. As palavras que Maria e Zacarias dirigem ao anjo são, contudo, semelhantes. Quando o anjo lhe anuncia o nascimento de João, o sacerdote responde: «Como hei de saber que é assim, se eu estou velho e a minha esposa de idade avançada?» Ao anúncio do anjo, Maria responde: «Como será isto, se eu não conheço homem?» Sim, são quase as mesmas palavras. […] Contudo, o primeiro é repreendido e a segunda é esclarecida. A Zacarias é dito: «Por não teres acreditado»; a Maria: «Eis a resposta que pediste». Mais uma vez, são quase as mesmas palavras. […] Mas Aquele que ouvia as palavras também via os corações, pois nada Lhe está oculto. A linguagem de cada um velava o seu pensamento; mas, se esse pensamento estava oculto para os homens, não o estava para o anjo, ou melhor, para Aquele que falava por intermédio do anjo.

Santo Urbano V

Guilherme Grinoald, francês, de família nobre, formado em Direito, professor, estudioso renomado e monge e depois abade beneditino, desempenhava delicadas missões diplomáticas para o Papa Inocêncio IV, quando por sua morte foi eleito Papa em 1362, mesmo não fazendo parte do Colégio Cardinalício. Assumiu com o nome de Urbano V, numa época conturbada para a Igreja, cuja sede havia sido exilada de Roma para Avignon na França, por causa de intrigas e perseguições políticas. Em apenas oito anos de papado, desenvolveu enorme atividade. Pastoralmente, reformou a disciplina eclesiástica, reorganizou a corte pontifícia acabando com abusos e reduzindo a burocracia; instituiu norma de residência para os pastores da Igreja, foi severo com os simoníacos, elegeu pessoas dignas e competentes para os cargos eclesiásticos; opôs-se com energia contra o poder temporal nas atividades da Igreja. Para o povo promoveu o desenvolvimento cultural, criando centros de estudo e valorizando a Ciência, ajudando pessoalmente estudantes necessitados. (Nas universidades, exigiu roupa igual para os estudantes, a fim de se poupar humilhação aos pobres). Preocupou-se com atividades missionárias em regiões carentes de evangelização, como a Bulgária, a Romênia e os mongóis na Ásia. E de novo levou a sede papal para Roma em 1367, embora três anos mais tarde voltasse desgostoso a Avignon, por conta de novas intrigas políticas. Aí faleceu em 19 de dezembro de 1370.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)


Reflexão: A Igreja sempre valorizou e desenvolveu a Fé, a Ciência, a Cultura, ordenadas na honestidade e competência, e apoiando-se mutuamente, pois todas são dádivas do próprio Deus. Mesmo em tempos de crise, como prova o frutuoso pontificado de São Urbano V. As desordens deste mundo não são motivo para desespero ou inatividade, mas circunstâncias que o Pai permite para que os Seus filhos mais se empenhem e humildemente reconheçam a necessidade do Seu auxílio, em todas as atividades: “...sem Mim, nada podeis fazer”, afirmou Jesus (Jo 15,5).

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM

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