Oração: Senhor, cuja bondade abarca o Universo
inteiro, o Ocidente e o Oriente, concedei-nos pela intercessão e exemplo de São
Paulo Miki e companheiros a docilidade do coração e dos modos, a fim de
perdoarmos amorosamente mesmo os que nos perseguem, pedindo para eles a sincera
conversão, e sermos sempre voluntários para fazer o bem, especialmente diante
do mal, sem jamais recusar a nossa cruz, mas abraçando-a com a mesma caridade
dos santos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mc 7,1-13):
Os fariseus e alguns escribas vindos de
Jerusalém ajuntaram-se em torno de Jesus. Eles perceberam que alguns dos seus
discípulos comiam com as mãos impuras — isto é, sem lavá-las. Ora, os fariseus
e os judeus em geral, apegados à tradição dos antigos, não comem sem terem
lavado as mãos até o cotovelo. Bem assim, chegando da praça, eles não comem
nada sem a lavação ritual. E seguem ainda outros costumes que receberam por
tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras, vasilhas de metal, camas.
Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Por que os teus discípulos não
seguem a tradição dos antigos, mas tomam a refeição com as mãos impuras?» Ele
disse: «O profeta Isaías bem profetizou a vosso respeito, hipócritas, como está
escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de
mim. É inútil o culto que me prestam, as doutrinas que ensinam não passam de
preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus e vos apegais à
tradição humana». E dizia-lhes: «Sabeis muito bem como anular o mandamento de
Deus apegando-vos à vossa tradição. De fato, Moisés ordenou: ‘Honra teu pai e
tua mãe’. E ainda: ‘Quem insulta pai ou mãe, deve morrer’. Mas vós ensinais que
alguém pode dizer a seu pai e à sua mãe: ‘O sustento que poderíeis receber de
mim é destinado para oferenda’. E já não deixais tal pessoa ajudar seu pai ou
sua mãe. Assim anulais a palavra de Deus por causa da vossa tradição, que
passais uns para os outros. E fazeis ainda muitas outras coisas como essas!».
São Paulo Miki e seus companheiros
Paulo Miki nasceu em Kyoto, Japão, em 1564, e foi batizado ainda criança – no Oriente, já se faziam sentir os frutos da evangelização de São Francisco Xavier (1549-1551). Foi educado num colégio jesuíta e ingressou na Companhia de Jesus, o primeiro japonês a fazê-lo, desejando ser sacerdote e missionário. Pelo fato de ser do país, e portanto natural com a sua cultura e língua, pôde entrar em diversos ambientes, conseguindo muitas conversões. Era ótimo pregador e conferencista, e seu modo afetuoso e acolhedor foi apontado como maior expressão do seu zelo do que suas próprias palavras. Mas o imperador japonês iniciou uma perseguição aos católicos, expulsando-os do país. Os que ficaram foram presos e condenados, e assim Paulo Miki e dois companheiros, em Osaka. Notável foi a extraordinária coragem dos fiéis japoneses, que, não temendo a morte, publicamente proclamavam sua fé, acompanhavam os irmãos presos, e se ofereciam voluntariamente para o martírio. A pena para Paulo e 25 outros foi a crucifixão, num lugar elevado que ficou conhecido como Monte dos Mártires, em fevereiro de 1597. Entre eles havia crianças de 11 e 13 anos, adolescentes, sacerdotes e leigos. Testemunhos escritos exaltam a constância e felicidade de todos eles: cantavam salmos, rezavam, encorajavam uns aos outros e instruíam aos que observavam para que abraçassem a Fé. São Paulo Miki publicamente perdoou ao imperador e aos responsáveis por sua morte, e pediu que se convertessem. Um relato diz dele: “Paulo Miki, nosso irmão, vendo-se colocado no mais honroso e elevado púlpito que jamais tivera, começou por declarar aos circunstantes ser japonês e jesuíta e morrer por ter anunciado o Evangelho; e dava graças a Deus por tão excelente benefício.” E também, nas suas próprias palavras: “Declaro-vos, pois, que não há outro caminho de salvação fora daquele que os cristãos seguem.” São Paulo Miki é padroeiro do Japão.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Não há outro caminho de salvação, além do de
Jesus Cristo. E este caminho é a Cruz. Não necessariamente o martírio físico,
mas certamente o martírio do nosso egoísmo, da crucifixão das nossas próprias
vontades, quando são contrárias às de Deus; da resistência firme às pressões e
seduções do mundo, da carne e do demônio. Maravilhoso será se verdadeiramente
considerarmos como grande benefício morrer para o pecado, para viver com
Cristo. E, nesta missão, auxiliar e contarmos com o auxílio dos irmãos, como deve
ser numa família que se ama.
TJL – A12.COM
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