terça-feira, 13 de dezembro de 2011

BOM DIA EVANGELHO(13/DEZ/011)

BOM DIA EVANGELHO
Dia 13 de Dezembro — Terça-feira

Santa Luzia

(VgMt., Mem., Pf. Advento I ou da Santa, Cor Vermelha)
Que a luz de Deus penetre profundamente nossa existência e a transforme. Diante das muitas trevas reinantes em nosso mundo, que machucam a dignidade e o dom da vida, Luzia, luz de Deus, há de ajudar-nos a superar tais situações. Luzia recebeu boa formação cristã, fez sua entrega a Deus, vendeu seus bens para socorrer os pobres e foi acusada de ser cristã. Por isso sofreu perseguições e o martírio, sendo decapitada no ano 303. Santa Luzia, ajudai-nos a enxergar as coisas bonitas de Deus.
Oração
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta a teu apelo não seja pura formalidade.
Deus nos fala
A Palavra vem propor-nos um caminho a seguir e provoca a abertura de nosso coração para sua verdade. A conversão será sempre necessária, e quem acha que dela não tem necessidade está longe ainda do Reino de Deus.
Santo do dia : Santa Luzia, virgem, mártir, +303,  Santa Otília (ou Odília), religiosa, séc. VII

Livro de Salmos 34(33),2-3.6-7.17-18.19.23.
-Em todo o tempo, bendirei o Senhor;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
A minha alma gloria-se no Senhor!
Que os humildes saibam e se alegrem.
-Aqueles que o contemplam ficam radiantes,
não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o SENHOR,
Ele atende o e liberta o das suas angústias.
-A ira do Senhor volta-se contra os malfeitores,
para apagar da terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor atendeu-os
e livrou-os das suas angústias.
-O Senhor está perto dos corações contritos
e salva os espíritos abatidos.
O Senhor resgata a vida dos seus servos;
os que nele confiam não serão condenados.
 Coerência
Evangelho segundo S. Mateus 21,28-32.
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: 'Filho, vai hoje trabalhar na vinha.'
Mas ele respondeu: 'Não quero.’ Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi.
Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: 'Vou sim, senhor.’ Mas não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder vos no Reino de Deus.
João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.”“.
-Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 167; CCL 248, 1025, PL 52, 636
«João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele»
João Baptista ensina com palavras e actos. Verdadeiro mestre, mostra pelo seu exemplo aquilo que afirma com a sua palavra. O saber faz o mestre, mas é a conduta que confere autoridade. [...] Ensinar pelos actos é a única regra daquele que quer instruir. A instrução pelas palavras é sabedoria; mas quando passa pelos actos é virtude. Por conseguinte, a sabedoria é autêntica quando unida à virtude: só então é divina e não humana. [...]
«Naqueles dias, apareceu João, o Baptista, a pregar no deserto da Judeia. Dizia: 'Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu'» (Mt 3,1-2). «Convertei-vos.» Porque não diz: «Rejubilai»? «Rejubilai antes porque as realidades humanas dão lugar às realidades divinas, as terrestres às celestiais, as temporais às eternas, o mal ao bem, a incerteza à segurança, a tristeza à felicidade, as realidades perecíveis às que permanecerão para sempre. O Reino dos céus está muito próximo. Convertei-vos.» Que a tua conduta de convertido seja evidente. Tu que preferiste o humano ao divino, que quiseste ser escravo do mundo em vez de vencedor do mundo com o Senhor do mundo, converte-te. Tu que fugiste da liberdade que as virtudes conferem porque quiseste sofrer o jugo do pecado, converte-te; converte-te verdadeiramente, tu que, por medo de possuir a Vida, te entregaste à morte.
Santa Luzia ou Lúcia
Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Nápoles. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.
Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.
Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.
Luzia pertencia a uma rica família napolitana de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.
Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.
Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.

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