O 4o Domingo de
Páscoa é conhecido como o "Domingo
do Bom Pastor " porque todos os anos a
Liturgia propõe uma passagem do capítulo 10o de São João, na
qual Jesus é apresentado como "Bom Pastor".
No Antigo
Testamento essa imagem era muito familiar ao povo judeu.
Muitos
líderes foram pastores: Jacó, Moisés, Davi...
Freqüentemente
Israel é comparado a um rebanho, do qual Deus é o Pastor.
Ezequiel
afirma que o próprio Deus assumirá a condução do seu povo.
Ele porá à
sua frente um Bom Pastor, que o livrará da escravidão e o conduzirá à vida.
Essa promessa se cumpre em Jesus.
A 1ª
Leitura narra a 1ª viagem apostólica de Pedro e Barnabé. (At
13,14.43-52)
Diante da
proposta cristã, surgem duas reações bem diversas:
- Os JUDEUS pensam
ter o monopólio de Deus e da Verdade: são ovelhas fechadas, que
ficam indiferentes às propostas cristãs;
- Os PAGÃOS respondem
com alegria e entusiasmo: são ovelhas atentas à voz do Pastor
e dispostas a segui-lo.
*
Representam os "praticantes" acomodados, que tem medo da novidade de
Deus,
e os
"afastados" na caminhada da fé, mas abertos à novidade de Deus...
Na 2ª
Leitura, Cristo, o Cordeiro pascal, vencedor da morte,
é o Pastor
que conduz o seu povo às fontes de água viva." (Ap
7,9.14b-17)
No Evangelho,
Cristo se apresenta como o "BOM PASTOR". (Jo 10,27-30)
O texto é
uma Catequese sobre a Missão de Jesus: consiste em conduzir os
homens às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas de onde brota a vida em
plenitude.
Na
Parábola, vemos DUAS ATITUDES:
1. A Atitude do Pastor (Cristo):
- "Dá
a vida pelas ovelhas..."
- conhece:
"Eu conheço as minhas ovelhas..."
- cuida delas: "Jamais
se perderão, ninguém vai arrancá-las de minhas mãos"
* Muitos
ficam perturbados diante das falhas de representantes da Igreja...
das crises
e confusões, que percebem nas comunidades.
A Igreja
não está confiada apenas nas mãos de pastores humanos...
Estes são
apenas instrumentos, necessários e imperfeitos,
do único
pastor que guia a Igreja e que nos garante:
"Eu mesmo dou a vida para elas, e ninguém vai arrancá-las de minhas
mãos..."
Quem são os "Verdadeiros Pastores"?
Hoje
muitos se apresentam como Pastores,
prometendo
vida, conforto, felicidade...
- Em quem
devemos confiar? Quem são os "verdadeiros Pastores"?
- CRISTO:
É o único Pastor dos cristãos, da Igreja, na qual os demais
pastores são apenas instrumentos.
Pessoas que presidem e animam nossas comunidades cristãs:
Bispos,
Padres, Ministros... apesar dos seus limites e imperfeições; mas o
único Pastor, que devemos a escutar e a seguir sem condições, é Cristo.
- Pessoas
que ensinam a mensagem de Cristo:
. Os pais, os mestres, os
Catequistas...
. Os companheiros de trabalho que
se comportam com honestidade,
. A mãe, que marcada pela dor,
tudo suporta com paciência e com amor,
. O Pai que educa o filho para o
perdão, para a reconciliação, para a partilha...
Características do Bom Pastor:
O BOM
PASTOR... abre caminho... conhece suas ovelhas...
é
providente... vigia as ovelhas e as cura...
deseja
salvar todo o rebanho; é missionário... é coração....
O Bom
Pastor dá a vida por suas ovelhas...
2. A Atitude das OVELHAS:
- Elas ESCUTAM:
Supõe... a
alegre adesão ao conteúdo do que se escuta, a obediência à
pessoa que fala, a escolha de vida daquele que se dirige a
nós...
- Elas CONHECEM:
Envolve toda a pessoa humana (mente, coração, vontade), deixando-se transformar
pela sua voz no caminho da vida;
- Elas SEGUEM:
Cristo torna-se o único guia de sua vida...
Quem são as ovelhas desse Rebanho?
- Só os
que foram batizados e estão associados a uma paróquia?
Só os que
freqüentam regularmente a igreja?
- São
todas as pessoas que ESCUTAM A SUA VOZ e O SEGUEM...
Pode ser
discípulo do bom Pastor também aquele que,
embora não
conheça Cristo, se sacrifica pelo pobre,
pratica a
justiça, a fraternidade, a partilha dos bens,
a
hospitalidade, a fidelidade, a sinceridade, a recusa à violência,
o perdão
aos inimigos, o compromisso com a paz.
Celebramos hoje o 50º Dia
Mundial de Oração pelas Vocações.
Na mensagem para hoje, o Papa (Bento XVI) convida a todos para refletir sobre o tema "As vocações, sinal da esperança fundada na fé”, no contexto do Ano da Fé e no cinquentenário da abertura do Concílio
Ecumênico Vaticano II.( Pe.
Antônio Geraldo Dalla Costa -21.04.2013)
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