domingo, 10 de novembro de 2013

bom dia evangelho -11 de nov. Segunda-feira.


Bom dia evangelho
 

 11 de novembro – Segunda-feira da 32ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Martinho (de Tours), bispo, +397

Oração: Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.

O pecado e o perdão - Lc 17,1-6
Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que ocorram escândalos, mas ai daquele que os provoca! Seria melhor para ele ser atirado ao mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço, do que fazer cair um só desses pequenos. Cuidado, portanto! Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, perdoa-lhe”. Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” O Senhor respondeu: “Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.

A falta de perdão, de misericórdia,é pedra de tropeço.

O escândalo é pedra de tropeço, é obstáculo que dificulta ou que impede de prosseguir um caminho. Jesus alerta contra o escândalo provocado intencionalmente e que desestimula os membros da comunidade a permanecerem fiéis. A falta de perdão ou a recusa dele, a falta de misericórdia, é pedra de tropeço, é escândalo, pois é incompatível com uma vida que se pretenda cristã. A Igreja como Comunidade dos reconciliados deve ser marcada pela disposição permanente ao perdão: “Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe…” (v. 3). Não se trata de uma atitude, mas de um modo de viver (cf. v. 4). É a fé que nos enraíza em Deus e que nos faz viver segundo o Espírito. Em razão do dinamismo próprio da ação do Espírito em nós, a fé possibilita viver o que, aos olhos do mundo, poderia parecer impossível – perdoar e ser perdoado. A fé não é mensurável, basta crer!
Carlos Alberto Contieri, sj


São Martinho de Tours bispo (316-397)

Bastou o episódio do manto dividido em dois para abrigar contra o frio um mendigo encontrado à noite, quando estava de ronda, para torná-lo popular no decurso dos séculos. A vida de Martinho é constelada de gestos generosos.
Nascido na província romana da Panônia, o pai, militar, o encaminhou à mesma carreira em Pavia, para onde fora destinado. Martinho foi logo promovido ao grau de circitor, isto é, de ronda noturna, e foi durante este serviço que dividiu seu manto com o pobre friorento.
Recebeu o batismo na Páscoa de 339 e continuou a vida militar até os 40 anos. Depois da dispensa foi para Poitiers encontrar-se com o bispo Hilário, que o acolheu em sua diocese, ordenando-o exorcista e hospedando-o em uma vila um pouco distante, onde Martinho levou vida monacal, logo rodeado de discípulos.
Surgiu assim o primeiro mosteiro da Europa, em Ligugé. Realizava-se assim sua grande aspiração, expressa na juventude e contrariada pelo pai, obstinadamente pagão. Mas em Ligugé permaneceu apenas dez anos.
O bispo de Tours havia morrido, e os fiéis logo pensaram em Martinho. Não foi fácil convencê-lo; para vencer sua resistência, tiveram de recorrer a um estratagema: um certo Rusticus convidou-o a sua casa, para visitar a mulher enferma e tocá-la com as mãos. Martinho não pôde subtrair-se a um ato de caridade e foi. Mas no caminho um grupo de cristãos raptou-o e levou-o a Tours, onde a população o aclamou bispo. Isso também aconteceu a Ambrósio em Milão e a Agostinho em Hipona.
Martinho foi consagrado bispo em 4 de julho de 371. E foi um pastor zeloso e ativo, sobretudo um grande missionário, porque não se limitou a guiar seu rebanho e a servir de árbitro entre os cidadãos e as autoridades romanas. Percorreu os campos e as vilas e preparou seus sacerdotes para a missão, fundando em Mormutier o primeiro centro de formação missionária da Gália.
Ao findar o outono de 397, estava em visita pastoral em uma paróquia rural quando sentiu avizinhar-se a última hora. Estendeu-se sobre uma rude mesa recoberta de cinzas e em oração esperou a morte, que chegou em 8 de novembro. No dia 11 de fevereiro realizaram-se as exéquias em Tours, onde foi colocado em uma simples tumba. Contra esta se enfureceram os huguenotes que, em 25 de maio de 1562, queimaram os restos mortais do grande bispo.

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