quarta-feira, 16 de abril de 2014

BomDia Evangelho -17.abril.2014 -quinta-feira


Bom dia evangelho

  5a-FEIRA DA SEMANA SANTA. Missa vespertina da Ceia do Senhor 
Festa da Igreja : 
Quinta-feira Santa
Santo do dia : 
Beata Maria Ana de Jesus, virgem, +1624,  Santa Catarina Tekakwitha, índia, mártir, +1680
Oração
 Pai, ajuda-me a superar os esquemas mundanos que rompem a fraternidade e me reduzem aos esquemas do pecado, impedindo que eu me faça servidor do meu próximo.
Evangelho segundo S. João 13,1-15. 
Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo.
O diabo já tinha metido no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a decisão de o entregar.
Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura.
Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura.
Chegou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe: «Senhor, Tu é que me lavas os pés?»
Jesus respondeu-lhe: «O que Eu estou a fazer tu não o entendes por agora, mas hás-de compreendê-lo depois.»
Disse-lhe Pedro: «Não! Tu nunca me hás-de lavar os pés!» Replicou-lhe Jesus: «Se Eu não te lavar, nada terás a haver comigo.»
Disse-lhe, então, Simão Pedro: «Ó Senhor! Não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!»
Respondeu-lhe Jesus: «Quem tomou banho não precisa de lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós estais limpos, mas não todos.»
Ele bem sabia quem o ia entregar; por isso é que lhe disse: 'Nem todos estais limpos'.
Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o manto, voltou a sentar-se à mesa e disse-lhes:
«Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me 'o Mestre' e 'o Senhor', e dizeis bem, porque o sou.
Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também.
Comentário do dia 
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja 
Sermões para o Domingo e as festas, Quinta-feira Santa
«Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22,27)
«Jesus levantou-Se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos». Lemos no Génesis uma narração do mesmo género. Abraão diz aos mensageiros, aos três anjos que o visitam: «Trarei um pouco de água para vos lavar os pés. Descansai debaixo desta árvore. Vou buscar um bocado de pão e quando as vossas forças estiverem restauradas…» (18,4-5). O que Abraão fez aos três anjos, Cristo fê-lo aos seus apóstolos, os mensageiros da verdade que iriam anunciar ao mundo inteiro a fé na Santíssima Trindade.
Ele inclina-Se perante eles como uma criança; inclina-Se e lava-lhes os pés. Que humildade incompreensível, que bondade inexprimível! Aquele que os anjos do céu adoram está aos pés destes pescadores! Esta face que faz tremer os anjos inclina-Se sobre os pés destes pobres! É por isso que Pedro é tomado de temor. […] Após ter-lhes lavado os pés, fá-los «descansarem debaixo da árvore», como está dito no Cântico dos Cânticos: «Anelo sentar-me à sua sombra, e o seu fruto é doce à minha boca» (2,3). Este fruto é o seu Corpo e o seu Sangue, que Ele lhes deu nesse dia. É o «bocado de pão» que colocou à frente deles e que os reconfortou para os trabalhos que haveriam de realizar. […]
Eis «o banquete de viandas gordas e tenras que o Senhor do universo prepara para todos os povos sobre este monte» (Is 25,6). […] Na sala alta, onde os apóstolos receberão o Espírito Santo no dia de Pentecostes, hoje o Senhor do universo prepara um festim para todos os povos que crêem nele. […] É isso que a Igreja faz hoje no mundo inteiro. Foi para ela que Cristo preparou este festim no monte Sião, este alimento que nos restaura, o seu verdadeiro Corpo, rico em todas as virtudes espirituais e em toda a caridade. Ele deu-o aos seus apóstolos e ordenou-lhes que o dessem àqueles que acreditam nele.
A igreja celebra hoje
Santa Catarina Tekakwitha, índia, mártir, +1680
Beatificada juntamente com Pe. José de Anchieta, era uma Índia pele-vermelha, nascida em 1656 em Ossemon, perto de Port Orange, atual Albany, filha de pai iroquês pagão e de mãe algonquina cristã. Tendo ficado órfã muito cedo, conseguiu sobreviver a uma epidemia de varíola com grave diminuição da visão e com o rosto desfigurado; foi então recolhida por um tio, chefe da aldeia, ajudando doravante a sua esposa no cuidado da casa.
O nome de Tekakwitha, que lhe foi dado nos anos de infância, significa "a que coloca as coisas em ordem", ou, com referência à enfermidade da visão, "a que avança e põe algo diante". 
Crescida na inocência, rejeitou propostas de matrimónio e em 1675 entrou em contacto com os missionários católicos do Canadá, recebendo o batismo em 18-4-1676, dia de Páscoa, das mãos do Pe. Jacques de Lamberville, que lhe impôs o nome de Kateri(Catarina). Ameaçada pelo tio pagão, fugiu para buscar refúgio na missão de S. Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde recebeu a eucaristia e deu exemplo de extraordinária piedade, mas com grande discreção.
Afastava-se por longo tempo na floresta onde, junto à cruz por ela traçada na casca de uma árvore, ficava por muito tempo em oração, sem porém descuidar das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Passou por provas terríveis. Em 25-3-1679 fez voto perpétuo de castidade. Extenuada pela doença e pelos sofrimentos, morreu em 17 de abril de 1680 e rapidamente se difundiu a fama das suas virtudes. Note-se que Catarina aprendera a religião católica com a mãe e desde menina, apesar da mãe ter morrido, conservou o que esta lhe ensinara, observando a moral cristã e rezando regularmente. Quando veio a encontrar pela primeira vez os missionários, já estava preparada para o baptismo. Amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, longe de qualquer outro companheiro de fé por muitos anos. Canonizada em 2012 por Bento XVI.

 

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