Bom dia evangelho
Terça-feira da 7ª
semana da Páscoa (3.junho)
Santo do dia : São Carlos Lwanga e companheiros, mártires do Uganda, +1885-87, Santo Ovídio, bispo lendário de Braga,
Santo do dia : São Carlos Lwanga e companheiros, mártires do Uganda, +1885-87, Santo Ovídio, bispo lendário de Braga,
Oração:
Pai, reforça minha
disposição a ser discípulo de teu Filho. Assim, poderei caminhar para ti com a
segurança de quem se deixa iluminar pela verdadeira luz.
Evangelho (Jo 17,1-11a)
O Senhor esteja convosco.— Ele está no meio de nós.— Proclamação do Evangelho de
Jesus Cristo + segundo João.— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai, chegou a
hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a
vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste.
3Ora, a vida eterna
é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu
enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei
na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a
glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.
6Manifestei o teu
nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste
a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem
que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as
palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente
que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste.
9Eu te rogo por
eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são
teus. 10Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu
sou glorificado neles. 11aJá não estou no
mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”.
— Palavra da
Salvação.— Glória a vós, Senhor.
Homilia
Jesus é a ponte que nos conduz ao coração do Pai
Jesus é nosso
eterno intercessor, Ele é a ponte que nos conduz ao coração do Pai.
“Eu
te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque
são teus” (João 16, 9).
Hoje Jesus conclui a Sua oração de despedida, a
sua última oração antes de ser glorificado. Quando falamos da glorificação de
Jesus, falamos da Sua entrega amorosa para morrer por todos nós. O Evangelho de
João nos dá a graça de poder sentir o coração de Jesus em Seus últimos momentos
antes de ser preso, na chamada “oração sacerdotal”. É uma oração muito amorosa,
uma oração cheia de confiança do amor de Deus, é uma oração repleta de doçura e
de amor, inspirada naquela relação mais profunda e íntima que Jesus tem com Seu
Pai. Nessa última parte, nesse pedaço final dessa oração, Jesus ora por Seus
apóstolos, por aqueles que são mais íntimos d’Ele, aqueles que caminharam com
Ele. Jesus pede por eles e por todos aqueles que, ao longo da história, vão
segui-Lo. Como Ele mesmo disse: “Não Pai, não estou orando pelo mundo não!
Agora é especificamente por eles que estou pedindo!”. Eu gostaria de dizer que é por mim e por você que nos tornamos
discípulos do Senhor que Ele faz essa súplica maravilhosa ao coração de
Deus. Jesus é nosso eterno intercessor, Ele é a ponte que nos conduz ao
coração do Pai e, assim, como Ele orou, assim como Ele intercedeu, assim como
Ele pediu, a nossa oração incessante precisa ser como a oração d’Ele! Primeiro,
nós precisamos ir ao coração do Pai, nós precisamos cultivar essa relação
amorosa e pessoal com o Pai e dirigirmos a Ele tudo aquilo que são os anseios
da nossa alma e do nosso coração, derramar o nosso coração na presença desse
Pai amoroso. Quem ora, não ora só
por si, não pede só por si, quem ora, clama, roga, intercede pelos outros. Nós,
hoje, nos unimos a Jesus para orarmos pela nossa casa, para orarmos pela nossa
família, para orarmos pelos nossos. Quantas pessoas precisam dessa proteção de
Deus, desse consolo, dessa força de Deus. Como o mundo precisa de pessoas de
joelhos no silêncio da adoração, clamando, pedindo e suplicando, como Jesus
está fazendo a nós na Sua prece final! Que
a oração de Jesus, que chegou ao coração do Pai, faça com que também as
nossas orações feitas com fé e com confiança cheguem ao coração de Deus e
sejamos intercessores uns dos outros! Deus abençoe você! (Padre Roger Araújo
- Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal
Canção Nova. FacebookTwitter)
Santos Carlos Lwanga - e
companheiros mártires + 1886
O
povo africano talvez tenha sido o último a receber a evangelização cristã,
mas já possui seus mártires homenageados na história da Igreja Católica. O
continente só foi aberto aos europeus depois da metade do século XIX. Antes
disso, as relações entre as culturas davam-se de forma violenta, principalmente
por meio do comércio de escravos. Portanto, não é de estranhar que os primeiros
missionários encontrassem, ali, enorme oposição, que lhes custava, muitas
vezes, as próprias vidas.
A pregação começou por Uganda, em 1879, onde conseguiu chegar a "Padres Brancos", congregação fundada pelo cardeal Lavigérie. Posteriormente, somaram-se a eles os padres combonianos. A maior dificuldade era mostrar a diferença entre missionários e colonizadores. Aos poucos, com paciência, muitos nativos africanos foram catequizados, até mesmo pajens da corte do rei. Isso lhes causou a morte, quase sete anos depois de iniciados os trabalhos missionários, quando um novo rei assumiu o trono em 1886.
O rei Muanga decidiu acabar com a presença cristã em Uganda. Um pajem de dezessete anos chamado Dionísio foi apanhado pelo rei ensinando religião. De próprio punho Muanga atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda uma noite e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte. Usou o exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam, isto é, os cristãos.
Compreendendo a gravidade da situação, o chefe dos pajens, Carlos Lwanga, reuniu todos eles e fez com que rezassem juntos, batizou os que ainda não haviam recebido o batismo e prepararam-se para um final trágico. Nenhum desses jovens, cuja idade não passava de vinte anos, alguns com até treze anos de idade, arredou pé de suas convicções e foram todos encarcerados na prisão em Namugongo, a setenta quilômetros da capital, Kampala. No dia seguinte, os vinte e dois foram condenados à morte e cruelmente executados.
Era o dia 3 de junho de 1886, e para tentar não fazer tantos mártires, que poderiam atrair mais conversões, o rei mandou que Carlos Lwanga morresse primeiro, queimado vivo, dando a chance de que os demais evitassem a morte renegando sua fé. De nada adiantou e os demais cristãos também foram mortos, sob torturas brutais, com alguns sendo queimados vivos.
Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em 1920. Carlos Lwanga foi declarado "Padroeiro da Juventude Africana" em 1934. Trinta anos depois, o papa Paulo VI canonizou esse grupo de mártires. O mesmo pontífice, em 1969, consagrou o altar do grandioso santuário construído no local onde fora a prisão em Namugongo, na qual os vinte e um pagens, dirigidos por Carlos Lwanga, rezavam aguardando a hora de testemunhar a fé em Cristo.
A pregação começou por Uganda, em 1879, onde conseguiu chegar a "Padres Brancos", congregação fundada pelo cardeal Lavigérie. Posteriormente, somaram-se a eles os padres combonianos. A maior dificuldade era mostrar a diferença entre missionários e colonizadores. Aos poucos, com paciência, muitos nativos africanos foram catequizados, até mesmo pajens da corte do rei. Isso lhes causou a morte, quase sete anos depois de iniciados os trabalhos missionários, quando um novo rei assumiu o trono em 1886.
O rei Muanga decidiu acabar com a presença cristã em Uganda. Um pajem de dezessete anos chamado Dionísio foi apanhado pelo rei ensinando religião. De próprio punho Muanga atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda uma noite e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte. Usou o exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam, isto é, os cristãos.
Compreendendo a gravidade da situação, o chefe dos pajens, Carlos Lwanga, reuniu todos eles e fez com que rezassem juntos, batizou os que ainda não haviam recebido o batismo e prepararam-se para um final trágico. Nenhum desses jovens, cuja idade não passava de vinte anos, alguns com até treze anos de idade, arredou pé de suas convicções e foram todos encarcerados na prisão em Namugongo, a setenta quilômetros da capital, Kampala. No dia seguinte, os vinte e dois foram condenados à morte e cruelmente executados.
Era o dia 3 de junho de 1886, e para tentar não fazer tantos mártires, que poderiam atrair mais conversões, o rei mandou que Carlos Lwanga morresse primeiro, queimado vivo, dando a chance de que os demais evitassem a morte renegando sua fé. De nada adiantou e os demais cristãos também foram mortos, sob torturas brutais, com alguns sendo queimados vivos.
Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em 1920. Carlos Lwanga foi declarado "Padroeiro da Juventude Africana" em 1934. Trinta anos depois, o papa Paulo VI canonizou esse grupo de mártires. O mesmo pontífice, em 1969, consagrou o altar do grandioso santuário construído no local onde fora a prisão em Namugongo, na qual os vinte e um pagens, dirigidos por Carlos Lwanga, rezavam aguardando a hora de testemunhar a fé em Cristo.
São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!
Jo-
17, 1-11 – Oração de Jesus
A caminho do
monte das Oliveiras, erguendo os olhos para o céu estrelado, Jesus pede ao Pai
que glorifique o Filho, “para que teu Filho, diz Ele, te glorifique”. Num
tom de suave e paternal ternura, Ele revela, nesta prece, o seu “interior”, o
sentido de sua obra e de sua vida. Das profundezas de suas entranhas, movido de
compaixão e carinho, Ele conduz seus discípulos a uma filial confiança em Deus,
denominado, repetidas vezes, “Pai”, “Pai santo”, “Pai justo”. Mas agora,
aproxima-se o momento em que Ele será entregue nas mãos de seus inimigos. Pasmos
os discípulos ouvem sua voz serena e imperturbável: “Pai, chegou a hora!
Glorifica teu Filho, para que Ele te glorifique”. Naquele instante solene,
perante seus discípulos, Ele profere a oração “sacerdotal”, revelando a
sua última vontade, o seu testamento. No seu imenso amor, Ele roga por aqueles
que, graças à sua Palavra, crerão nele, para que todos sejam um, “como tu, Pai,
estás em mim e eu em ti”. São os albores da revelação do mistério trinitário,
que já iluminam os átrios da futura Igreja. A lua cheia tingia os horizontes, o
olhar terno de Jesus dirige-se aos discípulos: “Rogo pelos que me deste, porque
são teus e tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu”. Surpresos e, ao
mesmo tempo, profundamente consolados e fortalecidos, os discípulos sentem-se
incluídos na própria filiação do Filho Unigênito. Unidos a Jesus, eles são
conduzidos ao coração do Pai, como filhos amados, reconhecendo que tudo quanto
Jesus possuía provinha do Pai, suas palavras, sua origem divina e sua missão
salvadora. E é o próprio Filho que intercede por eles e por todos os que,
através dos tempos, o seguem. Sua voz eleva-se ao Pai, glorificando-o sobre a
terra e rogando por todos os discípulos. Limite, se há, é a recusa da parte dos
homens, pois sua prece enlaça, em seu ardente amor, “todos os que fundados em
suas palavras, hão de crer nele”. A luz da Páscoa já refulge em seus irmãos,
confortando-os. Seu olhar penetra seus corações. Jesus se cala, não mais ora.
Ele é oração. Ele é comunhão serena com o Pai, comunhão que se irradia e abraça
os discípulos de todos os tempos, que respiram o ar da unidade. Porque, escreve
S. João Cassiano, “mediante a oração do Senhor, o amor com que ‘Deus nos amou
por primeiro’ entra em nosso coração: a partir de então respiraremos,
pensaremos e falaremos nele”. Dom
Fernando Antônio Figueiredo, OFM
Tjl@ - http://www.cancaonova.com/
- http://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-a-renovacao-carismatica
- paulinas.org.br - http://portalcatolico.org.br/portal/terca-feira-03-de-junho-jo-17-1-11-oracao-de-jesus/
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