Cardeal Timothy Dolan. Foto: Arquidiocese de Nova Iorque NOVA IORQUE, 25 out. 21 / 11:34 am (ACI).- O primeiro passo para acabar com todas as formas de violência na sociedade, sejam elas relacionadas ao crime, o racismo ou à pobreza, é acabar com a violência do aborto, escreveu o arcebispo de Nova Iorque, cardeal Timothy Dolan. "Proponho que não acabará até que acabemos com a supostamente intocável permissão radical ao aborto, que parece ter cativado um segmento da nossa sociedade", escreveu o arcebispo em sua coluna no jornal da Arquidiocese de Nova Iorque. "Como escreveu Madre Teresa, 'Não devemos ficar surpresos quando ouvimos falar de assassinatos, de matanças, de guerras, de ódio. Se uma mãe pode matar o seu próprio filho, o que nos resta senão matarmo-nos uns aos outros?". Numa sociedade política e culturalmente dividida, a única coisa que parece unir todos os lados, escreveu Dolan, "é a preocupação de que o nosso mundo tenha perdido um certo respeito básico pela vida". Dolan citou vários exemplos de tratamento lamentável da vida humana, incluindo a situação de milhões de refugiados e migrantes indigentes; as cenas da retirada americana do Afeganistão; o desrespeito de alguns por vidas vulneráveis durante a pandemia do coronavírus; o crime violento, incluindo o assassinato de George Floyd; o aumento dos suicídios, especialmente entre os jovens; e o fantasma frequente, em tantos lugares dos Estados Unidos, dos tiroteios em massa. Estes exemplos, escreveu ele, mostram como "a vida humana é agora tratada como inútil, inútil, descartável". Ele citou palavras do papa Francisco sobre essas atitudes fazerem parte de uma "cultura descartável". Dolan argumentou que as leis que permitem a matança e o desmembramento de bebés inocentes no ventre mandam uma mensagem anti-vida poderosa que ameaça todos. "Pense nisso: se a frágil vida de um bebê inocente no ventre da sua mãe, que a natureza protege como o lugar mais seguro em qualquer lugar, pode ser terminada, quem está seguro?" "Se as conveniências, 'escolhas', ou 'os meus direitos' puderem triunfar sobre a vida do bebê no ventre, que vida humana não está ameaçada?...Quando a lei permite que a vida vulnerável seja destruída, obriga os profissionais de saúde a fazê-lo contra a sua consciência, e exige que o nosso dinheiro dos impostos a subsidie, qual é a mensagem que estamos dando sobre a dignidade da pessoa humana e a sacralidade da vida?" Dolan citou a observação do político democrata Robert Kennedy, assassinado em 1968 quando candidato a presidente dos EUA, de que "a saúde e a fibra moral da sociedade é avaliada pela forma como protegemos os mais indefesos e vulneráveis". "Quem é mais frágil e incapaz de se defender do que um pequeno bebê no ventre?" perguntou. "Aspirar esse bebê do ventre, desmembrá-lo, ou envenená-lo é, como descreveu o papa Francisco, contratar um 'assassino' para matar uma vítima". Dolan exortou todos os homens e mulheres, com ou sem fé, a falarem a favor dos "indefesos", dos nascituros e a denunciarem o "direito" ao aborto como "desumano, violento e contrário aos direitos humanos".
Oração: Ó Deus, que concedestes ao Papa Santo Evaristo a
graça do Magistério Romano, permiti que, pela sua intercessão, sejamos sempre
fiéis ao papa e aos Bispos a ele unidos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Lc 13,18-21)
Naquele tempo, Jesus
dizia: A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? É como
um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu jardim: cresceu, tornou-se
um arbusto, e os pássaros do céu foram fazer ninhos nos seus ramos. Jesus disse
ainda: Com que mais poderei comparar o Reino de Deus? É como o fermento que uma
mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até tudo ficar fermentado.
«A
que é semelhante o Reino de Deus»
+ Rev. D.
Francisco Lucas MATEO Seco(Pamplona, Navarra, Espanha)
Hoje, os textos da liturgia,
mediante duas parábolas, põem diante de nossos olhos uma das características
próprias do Reino de Deus: é algo que cresce lentamente - como um grão de
mostarda - mas que chega a ser grande ao ponto de oferecer refúgio às aves do
céu. Assim o manifestava Tertuliano: Somos de ontem e enchemos tudo!. Com essa
parábola, Nosso Senhor exorta à paciência, à fortaleza e à esperança. Essas
virtudes são particularmente necessárias a aqueles que se dedicam à propagação
do Reino de Deus. É necessário saber esperar a que a semente plantada, com a
graça de Deus e com a cooperação humana, vá crescendo, aprofundando suas raízes
na boa terra y elevando-se pouco a pouco até converter-se em árvore. Faz falta,
em primeiro lugar, ter fé na virtualidade -fecundidade-contida na semente do
Reino de Deus. Essa semente é a Palavra; é também a Eucaristia, que se semeia
em nós mediante a comunhão. Nosso Senhor Jesus Cristo se comparou a si mesmo
com : verdade, em verdade vos digo; se o grão de trigo, caído na terra, não
morrer, fica só; se morrer produz muito fruto;(Jn 12,24).
O Reino de Deus prossegue Nosso Senhor, é semelhante, é semelhante ao fermento
que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou
levedada (Lc 13,21). Também aqui se fala da capacidade que tem a levedura de
fazer fermentar toda a massa. Assim sucede com : o resto de Israel, de que se
fala no Antigo Testamento: o resto salvará e fermentará a todo o povo. Seguindo
com a parábola, só é necessário que o fermento esteja dentro da massa, que
chegue ao povo, que seja como o sal capaz de preservar da corrupção e de dar
bom sabor a todo alimento (cf. Mt 5,13). Também é necessário dar tempo para que
a levedura realize seu labor.
Parábolas que animam a paciência e a esperança; parábolas que se referem ao
Reino de Deus e à Igreja, e que se aplicam também ao crescimento deste mesmo
Reino em cada um de nós.
No atual Anuário dos Papas encontramos Evaristo em
pleno comando da Igreja católica, como quarto sucessor de Pedro, no ano 97. Era
o início da era cristã e poucos são os registros sobre ele. Somente encontramos
algumas indicações sobre sua vida nas obras de Irineu e Eusébio, escritores dos
inícios do cristianismo.
Evaristo era grego e foi formado na Antioquia. Em Roma ocupou o cargo de papa
como sucessor de Clemente. Ele governou a Igreja durante nove anos, nos quais
incentivou o crescimento das lideranças nas comunidades, ordenando pessoalmente
muitos padres, bispos e diáconos.
Atribui-se a Evaristo a divisão de Roma em “títulos” ou paróquias com um padre
encarregado delas. Esses títulos são o embrião dos futuros títulos dos
cardeais-presbíteros ou padres. Também teria ordenado que os bispos pregassem
sempre na presença de diáconos, náo só pela solenidade, mas para ter quem
pudesse atestar sobre o que o bispo tinha pregado.
Papa Evaristo morreu em 107. Uma tradição muito antiga afirma que ele teria
sido mártir da fé durante a perseguição imposta pelo imperador Adriano, e que
depois seu corpo teria sido abandonado perto do túmulo do apóstolo Pedro.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: Muitos dos papas da Igreja foram exemplos de
santidade e respeito pelo povo de Deus. Evaristo destacou-se pelo carinho com
que dirigiu as primeiras comunidades cristãs, sendo ele próprio um pastor
zeloso e preocupado pessoalmente com a evangelização do fiéis. Rezemos também
hoje por nosso atual pontífice.
TJL
– A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG. EVANGELI.NET
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