Imagem ilustrativa / Foto: ACN Portugal PEQUIM, 08 set. 21 / 04:20 pm (ACI).- As autoridades chinesas estão oferecendo recompensas para quem denunciar atividades religiosas consideradas ilegais. Segundo o jornal ‘China Christian Daily’, na província de Heilongjiang, no nordeste do país, entrou em vigor um sistema de recompensas pelo qual os informantes podem receber até mil yuans, cerca de US$ 150, por denúncia. Segundo o governo chinês, o sistema visa detectar a infiltração ilegal de estrangeiros, mas dará às autoridades comunistas acesso a informações sobre “atividades transregionais não autorizadas, pregação e distribuição de obras religiosas impressas e produtos audiovisuais fora dos locais de culto”, assim como “doações não autorizadas, ou reuniões em casas particulares”. As denúncias podem ser feitas por telefone, e-mail ou carta. Segundo o relatório da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) sobre liberdade religiosa na China, publicado em abril deste ano, o país vive “a mais séria repressão desde a Revolução Cultural”. “A política é mais centralizada, a repressão é mais intensa e generalizada, e a tecnologia está sendo aperfeiçoada para a criação de um Estado de vigilância”, diz o documento. O relatório afirma que, “sob a atual liderança de Xi Jinping, as perspectivas para a liberdade religiosa, e os direitos humanos em geral, estão a tornar-se cada vez mais frágeis”. “Sem uma liberalização política significativa à vista, a repressão e a perseguição continuarão e, com os instrumentos da tecnologia moderna, tornar-se-ão ainda mais intrusivas e generalizadas”, afirma.
Evangelho (Lc 14,1-6):
Num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de
um dos chefes dos fariseus. Estes o observavam. Em frente de Jesus estava um
homem que sofria de hidropisia. Tomando a palavra, Jesus disse aos doutores da
Lei e aos fariseus: «Em dia de sábado, é permitido curar ou não?» Eles ficaram
em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e o despediu. Depois
lhes disse: «Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o
tira logo daí, mesmo em dia de sábado?» E eles não foram capazes de responder a
isso.
«Em dia de sábado, é permitido curar ou
não?»
Rev. D. Antoni
CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje fixamos nossa atenção na
pergunta aguçada que Jesus faz aos fariseus: «Em dia de sábado, é permitido
curar ou não?» (Lc 14,3), e na significativa anotação que faz são Lucas: «E
eles não foram capazes de responder a isso» (Lc 14,4).
São muitos os episódios evangélicos nos quais o Senhor joga na cara dos
fariseus sua hipocrisia. É notável o empenho de Deus em nos deixar claro até
que ponto lhe desagrada esse pecado –a falsa aparência, o engano vaidoso-, que
situa-se nas antípodas daquele elogio de Cristo a Natanael: «Aí está um
verdadeiro israelita, em quem não há falsidade» (Jo 1,47). Deus ama a
simplicidade de coração, a ingenuidade do espírito e, pelo contrário, rechaça
energicamente o que é emaranhado, o olhar vago, a dupla moral, a hipocrisia.
O significativo da pergunta do Senhor e da resposta silenciosa dos fariseus, é
a má consciência que estes, no fundo, tinham. Diante jazia um doente que
buscava sua cura por Jesus. O cumprimento da Lei judaica –mera atenção à letra
com desprezo ao espírito- e a fátua presunção de sua conduta honorável os leva
a escandalizar-se ante a atitude de Cristo que, levado pelo seu coração
misericordioso, não se deixa amarrar pelo formalismo de uma lei, e quer
devolver a saúde a quem carecia dela.
Os fariseus se dão conta de que sua conduta hipócrita não é justificável e, por
isso, calam. Nesta parte resplandece uma clara lição: a necessidade de entender
que a santidade é seguimento de Cristo –até o enamorar-se plenamente- e não
frio cumprimento legal de uns preceitos. Os mandamentos são santos porque
procedem diretamente da Sabedoria infinita de Deus, mas que é possível vive-los
de uma maneira legalista e vazia, e então se dá a incongruência –autêntico
sarcasmo- de pretender seguir a Deus para terminar indo atrás de nós mesmo.
Deixemos que a encantadora simplicidade da Virgem Maria se imponha nas nossas
vidas.
Santo do Dia: São Narciso
A tradição da Igreja conta-nos que São Narciso foi
eleito bispo com quase cem anos de idade e administrou a diocese de Jerusalém
até a idade de 116 anos. A lembrança que se guardou dele é a de um homem
austero, penitente, humilde, simples e puro.
Fez um trabalho tão admirável, amando os pobres e doentes. Presidiu o Concílio
onde se decidiu que a Páscoa devia cair no domingo. Conta-se que foi também na
véspera de uma festa de Páscoa, que Narciso transformou água em azeite para
acender as lamparinas da igreja que estavam secas.
Narciso foi caluniado, sob juramento, por três homens e embora perdoasse seus
detratores, o inocente Bispo preferiu se retirar para o isolamento de um
deserto. Segundo a história os caluniadores sofreram terríveis castigos. Depois
de algum tempo Narciso reapareceu e foi aclamado novamente como bispo da
cidade.(Colaboração: Padre Evaldo César
de Souza, CSsR)
Reflexão: Rezemos hoje pelos bispos de nossas dioceses, para
que mantendo-se fiéis aos ensinamentos de Jesus Cristo, conservem unidos o
rebanho ao seu pastor. Peçamos ao bom Deus que esclareça as mentes de nossos
coordenadores e que iluminados pelo Espírito eles sejam sinal de unidade do
Povo de Deus.
TJL-
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