REDAÇÃO CENTRAL, 03 out. 21 / 06:00 am (ACI).- “Mártires da fé, filhos do Rio Grande,
homens e mulheres, jovens e meninos. Pelo bom pastor deram o seu sangue, nossa Igreja em festa canta os seus hinos”, diz
o refrão do hino dedicado aos Protomártires do Brasil, os quais celebramos
DOMINGO, 3 de outubro.
Padre
André de Soveral, padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus
Moreira e outros 27
companheiros morreram por defender a fé diante daqueles que queriam
impedi-los de praticá-la.
A história desses homens remonta ao período em que holandeses
calvinistas ocuparam territórios do nordeste do Brasil, entre 1630 e 1654. Na
época, quiseram obrigar os católicos a se converterem ao calvinismo e proibiram
a celebração da Santa Missa.
Então, em 16 de julho de 1645, o padre André de Soveral e outros
70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios
potiguares. Eles participavam da Missa na Capela de Nossa Senhora das Candeias,
no Engenho Cunhaú, município de Canguaretama (RN).
Três meses depois, em 3 de outubro de 1645, houve o massacre em
Uruaçu, onde foram mortos padre Ambrósio Francisco Ferro e o leigo Mateus
Moreira, o qual, segundo relatos, teve o coração arrancado pelas costas, mas,
antes de morrer pôde gritar em alta voz: “Louvado seja o Santíssimo
Sacramento!”.
O nome de protomártires foi dado na ocasião da visita do papa
João Paulo II, em 13 de outubro de 1991, na Missa de encerramento do XII
Congresso Eucarístico, ocorrido em Natal.
Padre André de Soveral, padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus
Moreira e outros 27 companheiros foram beatificados por São João Paulo II, em 5
de março de 2000.
Em 15 de outubro de 2017, os protomártires foram canonizados
junto com outros 5 beatos pelo papa Francisco, em Missa na Praça de São Pedro,
no Vaticano, quando destacou que “eles não disseram ‘sim’ ao amor com palavras
e por um certo tempo, mas com a vida e até ao fim”.
Oração:
Senhor, Fazei-me
instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver
ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde
houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde
houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a
alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure
mais consolar, que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar, que
ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é
morrendo que se vive para a vida eterna. Amém.
Evangelho
segundo São Lucas 10,25-37.
Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e
perguntou a Jesus para O experimentar: «Mestre, que hei de fazer para receber
como herança a vida eterna?».
Jesus disse-lhe: «Que está escrito na lei? Como lês tu?».
Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a
tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo
como a ti mesmo».
Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás».
Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?».
Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e
caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e
foram-se embora, deixando-o meio morto.
Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou
adiante.
Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também
adiante.
Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se
de compaixão.
Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a
sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse:
"Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando
voltar".
Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos
dos salteadores?».
O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: «Então
vai e faz o mesmo».(Tradução litúrgica da Bíblia)
Que bom fostes,
Samaritano divino, levantando este mundo ferido, lamentavelmente caído no
caminho, mergulhado na lama e indigno da vossa bondade! Quanto pior é o mundo,
mais brilha a vossa misericórdia: ser infinitamente bom para os bons é mil
vezes menos admirável que ser infinitamente bom para seres que, ainda que
cumulados de graças, são todos ingratidão, infidelidade, perversidade. Quanto
piores somos, mais brilha e mais irradia a maravilha da vossa infinita misericórdia.
Basta isto para explicar o grande bem que o pecado produz neste mundo, e
explicar que o tenhais permitido: ele dá lugar a um bem incomparavelmente
maior, que é o exercício e a manifestação da vossa misericórdia divina. Sem
ele, este atributo divino não poderia manifestar-se; a bondade poderia
exercer-se e manifestar-se sem o pecado, mas a misericórdia só se exerce sobre
o mal. Meu Senhor e meu Deus, que bom sois, que misericordioso! A misericórdia
é, por assim dizer, o excesso da vossa bondade, aquilo que a vossa bondade tem
de apaixonada, o peso pelo qual a vossa bondade se sobrepõe à vossa justiça.
Vós sois divinamente bom! [...] Sejamos bons com os pecadores, porque Deus é
tão bom connosco; rezemos por eles e amemo-los. [...] Sejamos misericordiosos
como o nosso Pai é misericordioso (cf Lc 6,36), pois Deus prefere a
misericórdia aos sacrifícios (cf Mt 12,7).
Santo do Dia: São Francisco de Assis
Francisco Bernardone nasceu numa rica
família na cidade de Assis em 1182. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado
às festas, ostentando um ar de príncipe que encantava. Mas, mesmo dado às
frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda
solidariedade com os pobres.
Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa
guerra, mas o coração o chamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os
bens, até das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai revoltado.
Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu
gesto marcou o cristianismo.
A partir daí viveu na mais completa miséria. Fundou em 1209 a Primeira Ordem
dos frades franciscanos, fixando residência com seus jovens companheiros numa
casa pobre e abandonada. Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos
pássaros e à natureza. Foi a imagem do Cristo no segundo século da igreja.
Hoje, seu exemplo muito frutificou. Fundador de diversas Ordens, seus
seguidores ainda são respeitados e imitados. Franciscanos, capuchinhos,
conventuais, terceiros e outros são sempre recebidos com carinho e afeto pelo
povo de qualquer parte do mundo.
Morreu 04 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos.
De todos os santos da Igreja, Francisco é certamente um dos mais amados e
conhecidos.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
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