segunda-feira, 11 de julho de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 22. JULHO. 2022

 

BOM DIA EVANGELHO

12 DE JULHO DE 2022-Terça-feira da 15ª semana do Tempo Comum

São Bento, o homem de Deus que brilhou nesta terra

São Bento, com a sua vida e a sua obra, exerceu uma influência fundamental sobre o desenvolvimento da civilização e da cultura europeia. Mediante as ideias do seu tempo, ele pretende ilustrar com seu exemplo a subida aos cumes da contemplação, que pode ser realizado por quem se abandona em Deus. Temos em São Bento um modelo da vida humana como subida para o vértice da perfeição.

Marília Siqueira - Cidade do Vaticano

Em 11 de julho a Igreja celebra a memória de São Bento. Ele nasceu na Úmbria, Itália, no ano de 480, em uma família nobre romana. Desde pequeno manifestou um gosto especial pela oração.

São Bento fundou em poucos anos doze mosteiros. Antes de Bento, os monges viviam como eremitas, isolados, sozinhos. São Bento organizou a vida monástica comunitária e os mosteiros começaram a florescer. Todos eles seguiam a famosa Regra de São Bento.

Quem foi São Bento?  

O nascimento de São Bento é datado por volta de 480, assim ensina São Gregório: "ex provincia Nursiae" da região da Núrsia. Os seus pais enviaram-no para Roma para a sua formação nos estudos. Mas ele não permaneceu por muito tempo na Cidade eterna. São Gregório explica o fato de que o jovem Bento sentia repugnância pelo estilo de vida de muitos dos seus companheiros de estudos, que viviam de modo dissoluto, e não queria cair nos mesmos erros deles. Bento, desejava aprazer unicamente a Deus; "soli Deo placere desiderans" (II Dial., Prol. 1). Assim, ainda antes da conclusão dos seus estudos, Bento deixou Roma e retirou-se na solidão dos montes a leste da cidade.

Depois de uma primeira estadia na aldeia de Effide, onde durante um certo período se associou a uma "comunidade religiosa" de monges, fez-se eremita na vizinha Subiaco. O período em Subiaco, marcado pela solidão com Deus, foi para Bento um tempo de maturação. Ali tinha que suportar e superar as três tentações fundamentais de cada ser humano: a tentação da autossuficiência e do desejo de se colocar no centro, a tentação da sensualidade e, por fim, a tentação da ira e da vingança. De fato, Bento estava convencido de que, só depois de ter vencido estas tentações, ele poderia dizer aos outros uma palavra útil para as suas situações de necessidade. E assim, tendo a alma pacificada, estava em condições de controlar plenamente as pulsões do eu, para deste modo ser um criador de paz em seu redor. Só então decidiu fundar os seus primeiros mosteiros no vale do Anio, perto de Subiaco.

Oração: Amado São João Gualberto, que soubestes perdoar ao assassino de vosso irmão, intercedei por nossa Igreja. Que a cada minuto de nossas vidas sejamos ajudados pela misericórdia divina e por vós, para que aprendamos também nós a graça do perdão. Amém!

Evangelho (Mt 11,20-24): 

Naquele tempo, Jesus começou a censurar as cidades nas quais tinha sido realizada a maior parte de seus milagres, porque não se converteram. «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Se em Tiro e Sidônia se tivessem realizado os milagres feitos no meio de vós, há muito tempo teriam demonstrado arrependimento, vestindo-se de saco e cobrindo-se de cinza. Pois bem! Eu vos digo: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. E tu, Cafarnaum! Acaso serás elevada até o céu? Até o inferno serás rebaixada! Pois se os milagres realizados no meio de ti se tivessem produzido em Sodoma, ela existiria até hoje! Eu, porém, te digo: no dia do juízo, Sodoma terá uma sentença menos dura do que tu!».

«Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!» - Fr. Damien LIN Yuanheng(Singapore, Singapura)

Hoje, Cristo repreende a duas cidades de Galileia, Corozain e Betsaida, por sua incredulidade: «Ai de ti, Corozaín! ¡Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e no Sidão, tivessem feito os milagres que se fizeram em vocês, (...) “teriam se convertido» (Mt 11,21). Jesus mesmo dá depoimento em favor das cidades fenícias, Tiro e Sidão: estas teriam feito penitência, com grande humildade, de ter experimentado as maravilhas do poder divino.
Ninguém é feliz recebendo uma boa repreensão. No entanto, deve ser especialmente doloroso ser repreendido por Cristo, Ele que nos ama com um coração infinitamente misericordioso. Simplesmente, não há desculpa, não há imunidade quando se é repreendido pela própria Verdade. Recebamos, então, com humildade e responsabilidade cada dia o chamado de Deus à conversão.
Também notamos que Cristo não anda com rodeios. Ele situou a sua audiência frente a frente diante da verdade. Devemos examinar-nos sobre como falamos de Cristo aos outros. Frequentemente, também nós temos que lutar contra nossos respeitos humanos para pôr os nossos amigos diante das verdades eternas, tais como a morte e o juízo. O Papa Francisco, conscientemente, descreveu são Paulo como um “escandaloso”: «O Senhor sempre quer que vamos mais longe... Que não nos refugiemos em uma vida tranquila nem nas estruturas caducas (…). E Paulo, incomodava predicando o Senhor. Mas ele ia adiante, porque tinha dentro de sí aquela atitude cristã que é o cuidado apostólico. Não era um “homem de compromisso”». Não devemos evadir do nosso dever de caridade!
Talvez, como eu, encontrarás iluminadoras estas palavras de são Josémaria Escrivá: «(…) Trata-se de falar em sábio, em cristão, mas de modo acessível a todos». Não podemos dormir no ponto —acomodar-nos— para sermos entendidos por muitos, pois devemos pedir a graça de ser humildes instrumentos do Espírito Santo, com o fim de situar de cheio a cada homem e a cada mulher diante da Verdade divina.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Não há nada tão agradável e amado por Deus como o facto de que os homens se comvirtam a Ele com sincero arrependimento» (São Máximo, o Confessor) «Jesus exprime o seu desgosto ao ver-se atacado pelo seu próprio povo: 'Se os milagres realizados entre vós tivessem sido feitos em Tiro e Sidom'... Nesta comparação severa, mas também amarga, está toda a história da salvação» (Francisco) «O coração do homem é pesado e endurecido. É necessário que Deus dê ao homem um coração novo (cf. Ez 36,26-27) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1432)

Santo do Dia: São João Gualberto

João Gualberto nasceu no ano de 995 em Florença. Foi educado num dos castelos dos pais, nobres e cristãos. A mãe cuidou do ensino no seguimento de Cristo. O pai fez dos filhos perfeitos cavaleiros, hábeis nas palavras e nas armas, para administrar e defender o patrimônio e a honra da família.

Mas a harmonia acabou quando o primogênito da família foi assassinado. Buscando vingar o irmão, João Gualberto vivia a procura do homicida. Na sexta-feira Santa de 1028, ele o encontrou vagando solitário, numa das estradas desertas da cidade. João Gualberto empunhou imediatamente sua espada, mas o adversário, desarmado, abriu os braços e caiu de joelhos implorando perdão e clemência em nome de Jesus.

Tocado pelo clamor do assassino, jogou a espada, desceu do cavalo e abraçou fraternalmente o inimigo. No mesmo instante foi à igreja de São Miniato onde, aos pés do altar, ajoelhou-se diante do crucifixo de Jesus. Diz a tradição que a cruz do Cristo se inclinou sobre ele, em sinal de aprovação pelo seu ato.

João Gualberto tornou-se um humilde monge, exemplar na disciplina às Regras, no estudo, na oração, na penitência e na caridade. Por causa de divergências internas, João Gualberto resolveu fundar o próprio mosteiro, segundo as regras de São Bento.

Seguindo com rigor a disciplina e austeridade às regras da ordem, João Gualberto implantou um centro tão avançado e respeitado de estudos, que a própria Igreja enviava para lá seus padres e bispos para aprofundarem seus conhecimentos.

Morreu no dia 12 de julho de 1073, na Úmbria. São João Gualberto é o Santo Padroeiro da Guarda e Engenharia Florestal.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: "Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado". Estas palavras de João Gualberto revelam seu espírito abnegado e dedicado aos mais fracos. Que Deus nos conceda a docilidade deste monge e nos inspire sempre boas ações, sobretudo a virtude do perdão.

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