Papa
aos atletas: manifestemos o compromisso por um mundo sem guerra
Aos atletas que participarão do
Campeonato Europeu de Natação em Roma, que se realiza daqui a um mês, o Papa
disse que a guerra em terras europeias, referindo-se à Ucrânia, deve se tornar
“um motivo para manifestar ainda mais fortemente nosso compromisso por um mundo
sem guerra, sem ódio entre os povos, sem ameaça nuclear” - Jane Nogara - Vatican News: Na
manhã desta segunda-feira, 4 de julho, o Papa Francisco recebeu no Vaticano os
Dirigentes da Liga Europeia de Natação. A delegação encontrou o Santo Padre a
um mês do início do Campeonato Europeu de Natação que será realizado em Roma.
Para a ocasião solicitaram a Francisco uma mensagem a todos os atletas que
participarão do campeonato. Antes de ler a mensagem, o Papa recordou que “neste
momento precisamos mais do que nunca do esporte, do esporte real, para
compensar o conflito a mais que pesa sobre nosso mundo e infelizmente também
sobre o continente europeu”.
Mensagem do Papa aos atletas - “Queridos
atletas!
Envio-lhes
minhas saudações de Roma, onde, dentro de cerca um mês, vocês serão os
protagonistas do Campeonato Europeu de Natação. Isto me alegra, porque cada
grande evento esportivo é um momento privilegiado de encontro entre jovens de
diferentes países e, portanto, um sinal de esperança por um mundo melhor. Em
particular, isto corresponde à vocação de Roma, cidade universal, cidade aberta
ao mundo, cidade da qual a Igreja espalha por toda parte o Evangelho da
fraternidade.
Acredito que
vocês, como eu, estão tristes pela sombra da guerra na Ucrânia que paira sobre
este encontro esportivo. Mas gostaria que isto se tornasse um motivo para
manifestar ainda mais fortemente nosso compromisso com um mundo sem guerra, sem
ódio entre os povos, sem ameaça nuclear.
Queridos
atletas, queridas atletas, desejo que vocês vivenciem o Campeonato Europeu em
Roma como um momento de festa, de fraternidade, em um clima sereno, que também
ajudará cada um de vocês a dar o melhor de si. Abençoo cordialmente a todos vocês
e a seus entes queridos. E peço-lhes, por favor, que rezem por mim. Obrigado!".
Depois
de ler a mensagem, Francisco ainda acrescentou aos presentes: "É fora
do programa, gostaria de dizer o meu prazer pela presença de uma criança aqui,
porque sempre a presença de uma criança tira a 'etiqueta do encontro', porque
elas são livres, fazem o que querem e vão aonde querem. As crianças ... Olhem
sempre para as crianças, elas nos indicam aquela zona de liberdade que nos faz
respirar bem. E obrigado por este gesto".
Oração: Santo Antônio Maria, que
desde menino tivestes imensa compaixão pelos pobres, inspirai nossas decisões
para que escolhamos governantes cristãos e justos para defendê-los nesta vida.
Visitai nossos seminários e seminaristas e ajudai-os a crescer em santidade.
Assim seja. Amém!
Evangelho (Mt 9,32-38):
Naquele
tempo as pessoas trouxeram a Jesus um possesso mudo. Expulso o demônio, o mudo
começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: «Nunca se viu coisa
igual em Israel». Os fariseus, porém, diziam: «É pelo chefe dos demônios que
ele expulsa os demônios».
Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas
sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de
enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque
estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos
discípulos: «A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois,
ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!».
«Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!» - Rev. D. Joan SOLÀ i Triadú(Girona, Espanha)
Hoje,
o Evangelho nos fala da cura de um endemoninhado mudo, que provoca diferentes
reações nos fariseus e na multidão. Enquanto os fariseus, ante a evidência de
um prodígio inegável, atribuem isso a poderes demoníacos - «É pelo chefe dos
demônios que ele expulsa os demônios» (Mt 9,34), a multidão fica maravilhada:
«Nunca se viu coisa igual em Israel» (Mt 9,33). São João Crisóstomo, comentando
essa passagem, diz: «O que verdadeiramente incomodava aos fariseus era que
consideravam Jesus superior a todos, não somente aos que existiam então, mas a
todos os que haviam existido anteriormente».
Jesus não se abala ante a aversão dos fariseus, Ele continua fiel à sua missão.
Na verdade, Jesus, ante a evidência de que os guias de Israel, ao invés de
guiar e instruir o rebanho, o estavam afastando do bom caminho, apiedou-se
daquela multidão cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Que as multidões
desejam e agradeçam uma boa orientação ficou comprovado nas visitas pastorais
do São João Paulo II a tantos países do mundo. Quantas multidões reunidas em
volta dele! Como escutavam sua palavra, sobretudo os jovens! E o Papa não
rebaixava o Evangelho, mas o pregava com todas as suas exigências.
Todos nós, «se fôssemos conseqüentes com a nossa fé - nos diz São Josémaria Escrivã
- se olhássemos à nossa volta e contemplássemos o espetáculo da História e do
Mundo, não poderíamos senão deixar crescer nos nossos corações os mesmos
sentimentos que animaram os de Jesus Cristo», o que nos conduziria a uma
generosa tarefa apostólica. Mas é evidente a desproporção que existe entre o
grande número de pessoas que esperam a pregação da Boa Nova e a escassez de
operários. A solução Jesus nos dá ao final do Evangelho: Pedi, pois, ao Senhor
da colheita que envie trabalhadores para sua colheita! (cf. Mt 9,38).
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Este
Coração divino é um abismo de alegria no qual submergimos todas as nossas
dores; É um abismo de humildade, um remédio para nossa vaidade» (Santa
Margarida Mª de Alacoque) «Jesus, pelo seu amor compassivo, curou os doentes
que lhe foram apresentados e com alguns pães e peixes acalmou a fome de grandes
multidões» (Francisco) «Comovido por tanto sofrimento, Cristo não só Se deixa
tocar pelos doentes, como também faz suas as misérias deles: «Tomou sobre Si as
nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças» (Mt 8, 17) (111)»
(Catecismo da Igreja Católica, nº 1.505)
Santo do Dia: Santo Antônio Maria Zacarias
Antônio Maria nasceu na tradicional nobreza italiana em 1502. Era filho único e
foi educado pela mãe na vida cristã. Era conhecido por sua inteligência precoce
e, ao mesmo tempo, pela disposição à caridade e humildade.
Ao completar
dezoito anos de idade doou toda sua herança para sua mãe e foi estudar
filosofia e medicina. Antônio Maria usava todo seu tempo para estudar e
meditar. Ao invés de se vestir como fidalgo, preferia as roupas simples e
comportava-se com humildade.
Depois de
formado, exerceu a medicina junto ao povo, cuidando principalmente dos que não
tinham recursos. Conta a tradição que, além de curar os males do corpo, ele
confortava as tristezas da alma de seus pobres pacientes. Finalmente, em 1528,
Antônio Maria ordenou-se sacerdote.
Fundou a
congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, cujos membros ficaram
conhecidos como "barnabitas", pois a primeira casa da ordem foi
erguida ao lado da igreja de São Barnabé, em Milão. Fundou também a congregação
feminina das Angélicas de São Paulo e criou o Grupo de Casais, para os leigos.
Não tinha
ainda completado os trinta e sete anos de idade quando foi acometido por uma
infecção. Sendo médico, ele sabia que a morte se aproximava, voltou então para
os braços da dedicada mãe Antonieta. Ele morreu sob o teto da mesma casa onde
nasceu em 05 de julho de 1539.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Ele é um
santo de carne e osso, viveu em seu tempo o drama e as preocupações dos homens
de hoje. Era rico de família nobre, mas escolheu a pobreza e as vestes da
penitência para servir melhor a Cristo e seus irmãos. Fez-se santo porque
encontrou-se com Cristo. Ele exortava a todos para irem às ruas, às praças,
como fazia Jesus, para levar o pão da verdade a este povo que tem fome de Deus.
Dizia: "Deus deu ao homem uma capacidade intelectual que não tem fim e que
nem pode acabar neste mundo; deu-lhe um desejo, que também não se acaba, de
saborear Deus e de experimentar a sua perfeição; deu-lhe uma insatisfação
permanente em relação às coisas deste mundo e um desejo contínuo das coisas do
céu" (Sermão 6).
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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